Pinheiro-bravo, a árvore que gosta do frio

24 ago, 2010 | Guia de Espécies, Para paisagismo, Para restauração, Secundárias

O Pinheiro-bravo ou Pinho-bravo, como também é conhecido, é encontrado na Floresta Ombrófila Mista (Floresta com Araucárias), mas podem ser encontradas em pequenos fragmentos nos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais (Floresta Semidecídua de Altitude).

Como a Araucária o Pinheiro-bravo é também uma gimnosperma e também dióica, ambas apresentam sementes nuas, ou seja, não apresentam frutos.

Esta árvore geralmente ocorre em ambientes de clima mais frio. Pode ocorrer nas Matas de Galerias, ao longo dos cursos de rios, em campos rupestres, em encostas e topos de montanhas (solos de baixa fertilidade). Ocorre em lugares onde há uma grande incidência luminosa, uma vez que necessitam de muita luz para se desenvolverem.

É uma árvore que mede aproximadamente de oito a 15 metros de altura.

A madeira é leve e macia, apropriada para carpintaria comum, confecção de compensados, palitos de fósforos, lápis, etc. Suas sementes podem ser utilizadas como fonte de alimento tanto para animais quanto para os homens. Elas são recobertas por uma película adocicada. Muitas aves procuram as sementes destas árvores para se alimentarem.

O cozimento das folhas é um ótimo xarope usado no combate a anemias, atuando como fortificante e estimulante.  A resina é usada também no tratamento das afecções da bexiga. É depurativo e estimula a sudorese.

Devido a sua beleza, é uma espécie muito utilizada no paisagismo de praças, parques e outras áreas urbanas, bem como na recuperação de áreas degradadas e em plantios comerciais.

Pinheiro-bravo

Nome cientifico: Podocarpaceae lambertti Klotzsch.
Família: Podocapaceae.
Utilização: na produção de embalagens, molduras, ripas, guarnições, carpintaria comum, tábuas para forros, caixaria, lápis e palitos de fósforos, brinquedos, marcenaria e caixas de ressonância, compensados, laminados, aglomerados e instrumentos musicais.
Coleta de sementes: o pseudofruto do pinheiro bravo é de cor roxo-escura e é colhido quando maduro. Após a colheita, deve-se separar o pedúnculo carnoso da semente, que deve ser seca em ambiente ventilado.
Número de sementes por quilo: 30.000 (Lorenzi, 1992) a 59.323 (Alcalay et al., 1988).
Fruto: os frutos amadurecem de dezembro a fevereiro, no Paraná; em janeiro, em Santa Catarina; de janeiro a março, no Rio Grande do Sul; de fevereiro a março, no  Rio de Janeiro e de abril a maio, em  São Paulo . O processo reprodutivo inicia a partir de oito anos de idade, em plantios.
Flor: feminina, solitária, axilar, com pedúnculo delgado de até 15 mm de comprimento, carnoso e comestível, com 4 mm de comprimento e masculina, umbeliforme, formada de até seis amentilhos, com pedúnculo delgado de até 10 mm de comprimento.
Floração: floresce durante os meses de setembro a dezembro. Os frutos amadurecem nos meses de fevereiro a maio.
Crescimento da muda: lento.
Germinação: com início entre 19 a 80 dias após a semeadura, sendo geralmente baixa; até 60%. As mudas atingem um porte adequado para plantio, cerca de oito meses após a semeadura.

* Os dados sobre usos medicinais das espécies nativas são apenas para informação geral. O uso de medicamentos fitoterápicos deve ser seguido de orientações médicas.

Fontes consultadas

ALCALAY, N.; DIAS, L.L.; AMARAL, D.M.I.; ANTONIO,M.G.; SAGRILLO, M.; MELLO, S.C.; RAGAGNIN, L.F.M.;SILVA,N.A. da. Informações sobre tecnologia de sementes e viveiro florestal. Porto Alegre: Instituto de Pesquisas de Recursos Naturais Renováveis “AP”, 1988.
9p. (Publicação IPRNR, 22).

LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa: Plantarum, 1992. 352p.

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