Tarumã, a azeitona do mato
Ocorre de Minas Gerais até o Rio Grande do Sul, Uruguai, Paraguai e Argentina, especialmente nas florestas estacionais e nas florestas com araucárias, predominando nas beiras de rios, as chamadas matas ciliares. O tarumã mede de quatro a 12 metros de altura quando isolado e chega a 20 metros de altura quando no meio da floresta. Tem uma copa em forma de taça com bordas arredondadas e sua casca é de um tom cinza escuro.
As suas flores são melíferas. Os frutos são comestíveis, tendo um gosto adocicado, podendo ser consumidos in-natura ou usados para fazer doces tipo goiabada ou licores. Também são muito procurados e apreciados por macacos, pássaros e outras espécies da fauna. Chegam a ser usados até como isca para pescaria. Na medicina popular, as folhas em infusão são usadas como diurético e depurativo do sangue.
Além de ser uma espécie importante para uso em projetos de restauração florestal, é também uma espécie boa para uso em projetos de paisagismo, por conta do seu potencial ornamental. Para fazer mudas dessa espécie, os frutos devem ser colhidos diretamente da árvore quando iniciarem a queda espontânea ou recolhidos do chão e em seguida despolpados manualmente em peneira sob água corrente. As sementes podem então ser secadas e semeadas em um ambiente semi-sombreado.
O seu crescimento de rápido a médio, resistindo a baixas temperaturas e em altitudes acima de 400 metros. Sua madeira é muito valorizada.
Tarumã
Nome científico: Vitex montevidensis Cham.
Família: Verbanaceae.
Utilização: madeira utilizada na construção civil, fabricação de dormentes, postes e tonéis. Seus frutos são comestíveis, servindo de alimento também para diversas espécies de animais, como macacos. Espécie utilizada para paisagismo urbano.
Coleta de sementes: diretamente da árvore quando começar a queda espontânea dos frutos ou recolhê-los do chão.
Época de coleta de sementes: fevereiro a março.
Fruto: baga marrom escura, arredondada, com uma única semente no seu interior, possuindo aproximadamente 2cm de diâmetro.
Flor: branca rosada.
Crescimento da muda: médio.
Germinação: normal.
Plantio: mata ciliar, área aberta.
Fontes consultadas
Frutas Raras. Disponível em: http://frutasraras.sites.uol.com.br/vitexmontevidensis.html. Acessado em 06 de maio de 2009.
PROCHNOW, M (org). No Jardim das Florestas. Rio do Sul: APREMAVI, 2007. 188p.