Apremavi comemora 34 anos; nova diretoria é eleita
Criada por um grupo de jovens ambientalistas e outros não tão jovens mas igualmente preocupados, numa década em que a degradação da Mata Atlântica era quase tudo que se via em Santa Catarina, a Apremavi começou denunciando a destruição da terra Indígena Ibirama-La Klãnõ, de onde saiam diariamente centenas de caminhões de toras em direção às madeireiras.
O “boca no trombone” ao denunciar desmatamentos, caça e poluição, veio acompanhado de muita “mão na massa” ao mostrar que existem maneiras de proteger e utilizar os recursos naturais de forma sustentável.
A trajetória de 1987 para cá é marcada por muitas conquistas e graças ao trabalho de um time comprometido com um futuro sustentável, a colaboração de muitas pessoas, organizações e empresas, a Apremavi desenvolveu diversos projetos e parcerias de sucesso.
Wigold B. Schaffer, um dos fundadores e conselheiros da Apremavi, relembra e agradece aos pioneiros do ativismo ambiental na região do Alto Vale do Itajaí que estiveram presentes na reunião realizada nas dependências do Colégio Hamônia em Ibirama (SC) que culminou com a criação da Apremavi. “Reunimos um grupo que achou importante, naquela época, confrontar poderes públicos omissos e empresas que degradavam o meio ambiente e outros destruidores. A assembleia de aprovação dos estatutos e constituição da ONG contou com as seguintes pessoas: Miriam Prochnow; Lúcia Sevegnani; Frank Dieter Kindlein; Phillipp Stumpe; Ieda Maria Tambosi Klug; Orival Grahl; Amauri Vogel; Astor Bender; Jaci Soares; Nodgi Pellizzetti; José Vilson Frutuoso; José Cezar Pereira; Ademir Gilson Fink; Alberto Pessatti Primo; Noêmia Bohn; Marisa Mello da Silva; Duílio Gehrke; Nilto Antônio Barni; Eliane Stoll Barni; Wigold Bertoldo Schäffer. Com o tempo, muit@s outr@s abnegad@s se juntaram a esse grupo e o resto é história, bem sucedida. Mas é fundamental destacar que os desafios para o futuro, embora diferentes dos que eram há três décadas, são gigantescos e igualmente exigirão empenho, dedicação e compromisso com o bem comum”, relembra Wigold.
A coragem dos pioneiros para enfrentar desafios continua motivando muita gente a ser ativista pela restauração e conservação da natureza. Carolina Schäffer, recém eleita vice-presidente, é motivada por essa coragem, “acompanhei muitos momentos da trajetória da Apremavi e percebo que sem esse protagonismo dos fundadores, o trabalho sério de toda a equipe e o engajamento da comunidade muitas das nossas lutas não teriam sido vitoriosas. É preciso ter coragem para fazer o ativismo acontecer na prática”.
A nova diretoria
Orientada pelo estatuto, que determina eleição a cada dois anos, a Assembleia Geral da Apremavi escolheu a nova Diretoria Executiva que toma posse no dia 22 de julho, junto com os novos integrantes do Conselho Fiscal e Conselho Consultivo. Confira aqui a composição da equipe gestora que estará à frente da Apremavi nos próximos dois anos.
Para Miriam Prochnow, fundadora e agora conselheira, “é muito bom ver a Apremavi entrando em uma nova fase, com a garotada assumindo cada vez mais o compromisso com um futuro sustentável e entendendo o valor de ser uma ONG ambientalista atuante. Tenho certeza de que essa nova gestão trará excelentes resultados na busca da missão coletiva.”
A nova gestão assume com muitos desafios, mas também muitas oportunidades. Na pauta estão projetos que têm como metas a conservação e restauração da Mata Atlântica e o incremento da qualidade de vida para todas as espécies, num cenário de crise climática. Para o cumprimento dessas metas serão necessárias muitas parcerias e todas as pessoas dispostas a ajudar nessa empreitada serão muito bem-vindas, afinal a visão para 2030 é ambiciosa:
A visão 2030 faz parte do Reposicionamento Estratégico da Apremavi e foi elaborada durante as oficinas de planejamento realizadas entre novembro de dezembro de 2020.
Edilaine Dick, nova integrante da diretoria, comenta que “é um grande desafio e uma grande oportunidade de contribuir ainda mais com o trabalho desenvolvido pela instituição que é referência no país. É ter um olhar amplo sobre os desafios e as oportunidades que se apresentam no dia-a-dia”.
34 anos em prol da natureza
A Apremavi é feita por um conjunto de pessoas, algumas já não fazem mais parte da nossa equipe, outras já deixaram o plano terrestre, mas o orgulho de ter feito parte da trajetória de 34 anos da instituição é comum com todas e todos que continuam trabalhando diariamente para o cumprimento da misão da instituição.
Filme construído coletivamente com depoimentos da equipe da Apremavi.
Autora: Carolina Schäffer.