Universitários colocam em prática o planejamento de propriedades e paisagens e a restauração ecológica
Através do projeto de extensão Raízes do Futuro, os estudantes de Agronomia da Universidade do Norte do Paraná (Unopar) planejaram e estão implementando a restauração ecológica em uma propriedade rural no município de Ibaiti (PR), unindo teoria, prática e compromisso com o futuro.
A ação envolveu a implantação de atividades em uma área de 1,3 hectares na Fazenda Figueira, utilizando o plantio de espécies nativas conjugado e a regeneração natural para para a restauração ecológica. Antes disso, os 21 estudantes do curso de Agronomia da Unopar, que participam do projeto, estudaram a legislação ambiental e planejaram as atividades considerando a propriedade e a paisagem do entorno, sob orientação do professor Emerson Belarmino. A ação contou com a participação de aproximadamente 30 pessoas, incluindo proprietários, parceiros e acadêmicos.
O projeto de extensão foi criado em setembro de 2025, para aplicar na prática os conhecimentos adquiridos em sala de aula. Durante as atividades, os estudantes vivenciam na prática as etapas e os desafios para promover a recuperação de áreas alteradas, desde a mobilização dos proprietários, visitas de diagnóstico e implantação da restauração, etapa realizada em 25 de outubro.
Roderick Hunter e Eliana Hunter, representantes dos proprietários da Fazenda Figueira, percebem que a iniciativa vai além da recuperação ambiental: “é uma honra explicar por que escolhi cooperar com este importante projeto: ao plantar árvores nativas em áreas improdutivas, não estou abrindo mão de terras, mas sim investindo no equilíbrio do planeta. Sem esse equilíbrio, não há futuro para a agricultura e nem para nós.”

Registros das atividades para a implantação da restauração ecológica. Fotos: Arquivo Apremavi.
O Presidente da Apremavi, Edinho Pedro Schäffer, destacou o caráter educativo e transformador da ação: “a restauração realizada por acadêmicos é um verdadeiro exercício de cidadania, consciência ambiental e compromisso com o futuro. Essa iniciativa fortalece o vínculo entre a universidade e a comunidade, mostrando que a educação pode ser um agente ativo na construção de um mundo mais sustentável.”
Além da Apremavi, que doou 500 mudas nativas e articulou atividades com os proprietários através do projeto Implantado o Código Florestal, o Raízes do Futuro contou com a colaboração do Instituto de Água e Terra (IAT), que também forneceu mudas. Já o consultor Robson Ferreira de Oliveira realizou a doação de fertilizantes; e Weliton Oliveira Machado, que é técnico ambiental na Apremavi, e contribuiu com hidrogel e ferramentas necessárias para implantação do projeto. As atividades foram facilitadas por Maurício Reis, coordenador de projetos da Apremavi e estudante do curso de Agronomia na Unopar.
O professor Emerson Belarmino, orientador do projeto, ressaltou a importância da extensão universitária: “como tutor dos alunos de Agronomia, é gratificante testemunhar o quanto essa ação transformou o aprendizado em uma experiência viva e significativa. Estamos formando profissionais que não apenas compreendem o meio ambiente, mas que também se dedicam a cuidá-lo.”
O estudante Gustavo Farias também compartilhou sua experiência: “participar desta ação representou para mim uma experiência única e de muito significado. Cada muda plantada representa esperança, vida e um futuro de qualidade. Que esta iniciativa seja exemplo e inspiração para outros.”
O Projeto Raízes do Futuro mostra como a união entre academia, proprietários rurais e organizações da sociedade civil podem gerar impactos positivos e duradouros, aliando o conhecimento técnico ao contexto prático, promovendo a implementação da legislação ambiental e plantando não apenas árvores, mas também consciência e esperança.
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Essa ação está relacionada com os ODS:
Autor: Maurício Reis
Revisão: Thamara S. de Almeida e Vitor Lauro Zanelatto
Foto da capa: Arquivo Apremavi