Contra o desmonte ambiental, ativismo sim!
O primeiro mês do governo Bolsonaro mostra claramente um desmonte da área ambiental, trazendo grandes preocupações para todos que se dedicam a busca de um futuro comum sustentável. Não é diferente para a Apremavi, que há 32 anos trabalha pela proteção e restauração da Mata Atlântica e outros biomas e pela qualidade de vida de todas as espécies.
Muitas análises já estão sendo feitas e convidamos todos a se inteirarem delas. Uma das análises foi feita por Carolina Schaffer, ambientalista e integrante da Rede Jovens pelo Clima, no texto 17 dias de desgoverno ambiental. Outras análises podem ser acessadas no site do Observatório do Clima (OC) e do Instituto Socioambiental (ISA).
Enquanto integrante da Rede de ONGs da Mata Atlântica, a Apremavi endossou a carta pública aos novos governantes “Sem Prescindir do Futuro”. Nela, apesar de reconhecer que as medidas tomadas durante os primeiros dias de governo são totalmente previsíveis e sinalizavam retrocessos em várias políticas públicas, sobretudo na área socioambiental, a RMA conclama a todas as suas entidades que se mantenham atentas e firmes na atuação isenta e independente; unidos e não abrindo mão da verdade e de nossos ideais continuaremos firmes na defesa da Mata Atlântica e da democracia.
A Apremavi também assinou o manifesto publicado pela Rede Brasileira de Educação Ambiental (REBEA) em defesa da Educação Ambiental na atualidade brasileira.
A importância do #AtivismoSim
Diante do avassalador cenário que o Brasil terá que enfrentar nos próximos anos é imprescindível a união e o trabalho dos ativistas em todas as áreas: meio ambiente, educação, direitos humanos, direitos indígenas e quilombolas, direitos dos negros, das mulheres, dos LGBT+ e de todas as minorias. Precisamos manter e consolidar os avanços conquistados nas políticas públicas e na legislação que protege o meio ambiente nas últimas 4 décadas. Esses avanços foram obtidos com muita luta, suor e lágrimas, e deram uma chance à Mata Atlântica (saiba mais no vídeo Aos Ativistas da Mata Atlântica), diminuíram o desmatamento na Amazônia, ampliaram o Sistema Nacional de Unidades de Conservação, demarcaram Terras indígenas e de quilombolas, diminuíram a caça aos animais silvestres e ampliaram a consciência ambiental dos brasileiros.
Manifestação contra o desmonte da área ambiental em frente ao MMA em outubro de 2018. Foto: Gabriela Schäffer.
A Mata Atlântica e os ativistas
Cada ativista, cada professor e cada amante da natureza precisa ficar mais vigilante e autuante do que antes, a voz de cada um de vocês vai ser a arma para combater os desmandos e os retrocessos anunciados. Façam a defesa do meio ambiente, não deixem liberar o desmatamento e a caça. Estimulem também as crianças e os jovens a entrarem nessa luta pois em tempos de aquecimento global eles vão precisar muito dos serviços ecossistêmicos. Lembremo-nos, o que acontecer com as florestas, acontecerá com a humanidade.
Também é de suma importância que seja valorizado e ressaltado o trabalho árduo e a atividade das Organizações não Governamentais (ONGs), que são parte fundamental da resiliência ambiental que precisa ser mantida. Por este motivo convidamos todos a conhecerem de perto o trabalho da Apremavi e de outras ONGs e se integrem nesse trabalho que tem como objetivo um futuro sustentável para todos.
Autora: Miriam Prochnow