Curso de Corredores Bioculturais fortalece saberes socioambientais rumo à COP30
O Curso de Extensão “Corredores Bioculturais e Direitos da Natureza: perspectivas territoriais para uma Ecologia Integral na COP30” reuniu, entre os meses de agosto e outubro, participantes de todo o Brasil para aprofundar a compreensão sobre a importância dos corredores bioculturais, dos biomas brasileiros e dos Direitos da Natureza como fundamentos para uma ecologia integral, orientada pela Justiça Socioambiental.
A formação apresentou ferramentas teóricas e práticas para análise e atuação diante dos desafios socioambientais intensificados pelas mudanças climáticas, contemplando a relação entre território, cultura, biodiversidade e direitos. A iniciativa é fruto da parceria entre o Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Socioambiental (FMCJS), o Observatório Nacional de Justiça Socioambiental (OLMA) e a Laudato Si da Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP) em parceria com diversas instituições.
Programação
A programação foi organizada a partir dos biomas brasileiros, destacando sua interconexão por meio dos corredores bioculturais. Ao longo dos encontros, foram apresentados conceitos fundamentais sobre Ecologia Integral e Justiça Socioambiental, dialogando com os desafios, potencialidades e especificidades de cada território.
As discussões contemplaram as relações entre biodiversidade, culturas tradicionais e mudanças climáticas, destacando a importância da conservação, restauração e proteção territorial, bem como estratégias de incidência política rumo à COP30, fortalecendo o protagonismo dos povos e comunidades que vivem e defendem esses biomas.
A aula sobre a Mata Atlântica foi ministrada por Miriam Prochnow, cofundadora e diretora da Apremavi, que trouxe reflexões sobre a legislação que protege o bioma, o papel do Código Florestal, os impactos das mudanças climáticas e os caminhos possíveis para conservação e restauração ecológica: “cuidar da Mata Atlântica e falar da Mata Atlântica é um grande privilégio e uma grande responsabilidade”, destacou Miriam durante a formação.
O curso se estruturou a partir da coleção de cartilhas “Corredores Bioculturais do Brasil”, que apresenta, para cada bioma brasileiro, seus principais desafios, ameaças, boas práticas e perspectivas de fortalecimento socioambiental. Também inclui questões para reflexão e explora a interconexão do bioma com os demais.

Autora: Thamara Santos de Almeida
Revisão: Vitor Lauro Zanelatto
Foto de capa: Wigold Schäffer