Diálogo sobre uso do solo será realizado no Alto Vale do Itajaí

29 mar, 2016 | Notícias

O Diálogo do Uso do Solo, conhecido em inglês pela sigla LUD (Land Use Dialogue), a ser desenvolvido no Alto Vale do Itajaí, em Santa Catarina, é uma iniciativa da parceria entre o Diálogo Florestal Internacional (TFD – The Forests Dialogue), o Diálogo Florestal Brasileiro, a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) e a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). Assista o vídeo.

A ideia é discutir cenários sustentáveis no longo prazo para a Mata Atlântica, levando em conta a paisagem e as diferentes formas de uso do solo. A proposta é reunir o conhecimento existente e envolver os diversos setores da sociedade para discutir cenários que permitam uma melhor governança e o desenvolvimento inclusivo em paisagens em risco de destruição, como é o caso da Mata Atlântica.

O projeto faz parte da iniciativa internacional do TFD, que pretende estimular diálogos sobre uso do solo e planejamento de paisagens sustentáveis, em diversos países.

A primeira reunião está prevista para ser realizada no final de abril de 2016, no Centro Ambiental Jardim das Florestas, em Atalanta (SC). A reunião contará com a participação de representantes de organizações internacionais, nacionais e locais, vindos de vários setores.

O projeto como um todo, que desenvolverá várias atividades até o final do ano, espera como resultados: ações diretas de planejamento de paisagens sustentáveis na região do Alto Vale do Itajaí, uma avaliação de oportunidades de restauração na região, o estabelecimento de intercâmbio com o Diálogo Florestal, visando a aplicação do aprendizado em outras regiões do Brasil, que também apresentem paisagens de risco e o intercâmbio com as outras iniciativas do TFD nos outros países.

Visita de Gary à Associação dos municípios do Alto Vale do Itajaí (AMAVI). Foto: Wigold Schaffer.

Para Gary Dunning, secretário Executivo do TFD, que visitou a região no início de março, o objetivo é que se possa construir um banco de dados de como o planejamento de paisagens funciona no solo, com pessoas reais e situações reais, não somente um professor em algum lugar escrevendo sobre o conceito de planejamento de paisagens: “para mim, estar nesse lugar nos fornece inspiração e esperança. Você pode ver com seus olhos e sentir com suas mãos como, com o tempo, uma paisagem que provavelmente era sem vida e de alguma forma danificada, pode ser restaurada. Quando pensamos em planejar paisagens, estamos pensando em restauração, pensando em uso do solo, pensando em todas as coisas que irão nos ajudar a restaurar o meio ambiente, mas também criar meios de sustento e acarretar em desenvolvimento sustentável.”

Visita ao Centro Ambiental Jardim das Florestas. Foto: Wigold Schaffer.

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