Troca de experiências sobre produção de mudas motiva parceria entre Apremavi e Fórum de Mudanças Climáticas e Justiça Socioambiental

9 ago, 2021 | Notícias

Uma das formas mais utilizadas para se combater a crise climática é através do plantio de árvores, visando o sequestro de carbono. Para intensificar essas ações será necessário aumentar a produção de mudas de árvores nativas. Essa produção precisa ser feita de forma a atender padrões técnicos e de qualidade. Nesse sentido, a capacitação para viveiristas é bastante importante.

Foi pensando nisso que a Apremavi realizou, em parceria com o Fórum de Mudanças Climáticas e Justiça Socioambiental (FMCJS) – Núcleo de Santa Catarina, uma série de atividades visando a troca de experiências sobre produção de mudas nativas e restauração da Mata Atlântica. As ações contaram com o apoio da Cáritas Brasileira e da Misereor.

A primeira ação foi um evento online, realizado no dia 30 de junho, com o objetivo de falar sobre viveiros e a produção de mudas nativas. O evento “Restauração e Produção de Mudas Nativas – O exemplo da araucária”, moderado por Vitor L. Zanelatto, trouxe a experiência da Apremavi sobre o assunto. Miriam Prochnow falou sobre a Mata Atlântica e Wigold B. Schäffer usou a araucária como exemplo sobre a importância do uso dessa espécie em plantios de restauração de áreas degradadas. O vídeo abaixo, disponível também no YouTube da Apremavi, já teve mais de 200 visualizações. Convidamos as pessoas que não tiveram a oportunidade de acompanhar o evento ao vivo, que o assistam.

Oficina de viveiritas realizada durante live no dia 30 de junho é uma iniciativa da Apremavi e do Fórum de Mudanças Climáticas e Justiça Socioambiental com apoio da Cáritas Brasileira e da Misereor.

Troca de experiências

Como atividades complementares, foram realizados dois dias de visitas ao Viveiro Jardim das Florestas, para mostrar ao vivo e em cores o dia-a-dia de um viveiro e também os projetos práticos de restauração que se encontram no entorno do Centro Ambiental da Apremavi.

Participaram dos dias de campo, lideranças Indígenas Guaranis da Aldeia Yaka Porã, Morro dos Cavalos, de Palhoça; representantes da Escola Estadual 30 de outubro, do assentamento Rio dos Patos, e da Escola Municipal Princesa Izabel, de Lebon Régis; representantes da Horta Urbana, de Itapema; representantes da pastoral da pesca, de Laguna; representantes da Marcha Mundial das Mulheres, de Florianópolis; representantes da Cooperativa de Reciclagem pro CREPE, de Palhoça; e assessoria do mandato popular do Deputado estadual Padre Pedro Baldissera. As atividades de campo aconteceram numa das semanas mais frias deste inverno, inclusive com um dia de chuva, o que não afetou o entusiasmo dos e das participantes.

Visita guiada Viveiro

Visitas guiadas nos dias 27 e 28 de julho fazem parte da programação da Oficina de Viveiristas desenvolvida pela Apremavi em parceria com o Fórum de Mudanças Climáticas e Justiça Social. As visitas foram realizadas em dois grupos e respeitando as regras sanitárias em decorrência da pandemia de COVID-19.

Tânia Slongo, do Núcleo SC do FMCJS, espera que as atividades sejam um impulso para a construção de uma grande rede de regeneração do bioma Mata Atlântica: “que seja uma pequena semente brotando em cada canto deste estado, que possamos assumir este compromisso de levar este trabalho nas escolas, nas cooperativas, associações movimentos organizados, pastorais, comunidades rurais e urbanas, enfim… cada um, cada uma, pode fazer a sua parte, produzir muda regenerar, cuidar das nascentes, repensar a forma de produção e consumo”.

Andrelisa Piccoli, da iniciativa Hortas Urbanas de Itapema, mandou um lindo poema de autoria de Flora Figueiredo chamado Ipê II:

 Sempre frágil e breve, o Ipê se comove
porque prevê curta estada no cenário.
Levado pela emoção da despedida,
chora amarelos um pouco antes da partida.
Só volta agora ao findar a rotação do calendário”.

Confira os depoimentos falando da importância dessa troca de experiências.:

Produção de mudas no Viveiro

O Viveiro Jardim das Florestas, que surgiu com 18 mudinhas produzidas no quintal da casa dos sócios-fundadores, é hoje um dos maiores viveiros do sul do Brasil tendo a capacidade de produzir cerca de um milhão de mudas por ano, de mais de 200 diferentes espécies nativas da Mata Atlântica. Carro-chefe da instituição, o viveiro é mantido com apoio de vários projetos através da demanda de mudas desses projetos, e com a comercialização do excedente de mudas, que são vendidas no atacado e no varejo. Além de autossuficiente em produção, o viveiro da Apremavi é um polo tecnológico, por conta de suas pesquisas, sobretudo na produção de espécies nativas da Mata Atlântica, e por conta do sistema Ellepot, que utiliza embalagens de papel biodegradável, implantado em 2019.

IMPORTANTE

Por conta das restrições impostas pela pandemia do coronavírus, as visitas foram realizadas em dois dias, com grupos diferentes e em número reduzido, para evitar aglomerações. Também foram seguidas todas as normas exigidas pelas autoridades sanitárias. A partir desse evento a Apremavi está avaliando a possibilidade de reabrir suas atividades de atendimento a visitas no viveiro, o que provavelmente poderá acontecer a partir do mês de outubro, quando também espera-se que todos os colaboradores já estejam vacinados. embalagens de papel biodegradável, implantado em 2019.

Autora: Miriam Prochnow.

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