8ª Reunião Técnica do chamamento público do Ibama é realizada em Abelardo Luz

Nos dias 24 e 25 de junho de 2025 foi realizada a 8ª Reunião Técnica do Chamamento Público nº 2 do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) em Abelardo Luz (SC). O evento foi organizado pelo Ibama e pela Apremavi, contando com a participação de 50 pessoas, sendo 42 participantes em formato presencial no auditório do Turis Hotel e 8 participantes de forma remota.

O objetivo do evento foi apresentar o desenvolvimento dos projetos e discutir sobre os indicadores ambientais a serem utilizados pelas entidades executoras para confirmação do alcance dos objetivos dos projetos executados. Além disso, os participantes visitaram duas áreas em restauração que foram implementadas pelo +Floresta.

Após as falas de abertura e recepção dos participantes no primeiro dia de evento, o Superintendente substituto do Ibama de Santa Catarina, Paulo Da Costa Maues Filho, apresentou o contexto da criação do Chamamento Público 2/2018 do Ibama e atualizou o desenvolvimento das atividades das instituições executoras. Em seguida, a coordenadora geral do Projeto +Floresta, Edilaine Dick, apresentou as atividades do +Floresta, com destaque para a implementação da restauração florestal e monitoramento nas unidades de implantação.

A Analista Ambiental Taise Bresolin apresentou a proposta de indicadores ambientais do Ibama, que serviu de base para a discussão sobre os indicadores a serem utilizados pelas entidades executoras. Para finalizar o primeiro dia de atividades, o grupo visitou a área em processo de restauração ecológica na TI Toldo Imbú.

O procurador do Ministério Público Federal de Santa Catarina, Renato Gomes, relatou: “Estou satisfeito em poder fiscalizar in loco a aplicação dos recursos de uma ação judicial e ver que é uma iniciativa que desenvolve restauração nos locais prejudicados.  Trata-se de uma forma inovadora de devolver integralmente à natureza valores que, de outra forma, seriam dispersos no orçamento público. O MPF entende que essa iniciativa deve ser replicada em todo o país, como uma estratégia eficaz para reverter o desmatamento e a extinção da Mata Atlântica. Me sinto orgulhoso e realizado por fazer parte desse projeto, que espero ser o primeiro de muitos.”

No segundo dia de evento, os participantes visitaram a Reserva Legal do PA Maria Silverston e participaram do plantio das primeiras mudas de xaxim-bugio (Dicksonia sellowiana). Cada participante teve a oportunidade de realizar o plantio de uma muda. As mudas foram produzidas pela Apremavi através do projeto de pesquisa desenvolvido em parceria com o IFC Câmpus de Rio do Sul.

Para Edilaine Dick esse plantio é um dia histórico para a Apremavi e a pesquisa. “Nós estamos colocando as primeiras mudas de xaxim-bugio em campo, e essas mudas foram produzidas por um longo processo de desenvolvimento de pesquisa. Esse é um trabalho de muitas pessoas de equipes técnicas e científicas até chegarmos nesta fase de plantio. Esperamos conseguir auxiliar na conservação da espécie através do plantio de mudas”.

Visita a TI Toldo do Imbú e plantio do xaxim-bugio na PA Maria Silverston na 8ª Reunião Técnica do chamamento público do Ibama é realizada em Abelardo Luz. Fotos: Carolina Schäffer.

O projeto +Floresta é financiado pelo Ibama através do Acordo de Cooperação Técnica nº 34/2021 e supervisionado pelo Ministério Público Federal de Santa Catarina (MPF/SC), pelo Instituto Socioambiental (ISA) e pela Justiça Federal de Santa Catarina, na forma da ação n° 5001458-53.2017.4.04.7200/SC. 

Além do +Floresta, outros quatro projetos estão em andamento pelo mesmo chamamento em Santa Catarina, sendo as instituições executoras: Aesca (Associação Estadual de Cooperação Agrícola), Avicitecs (Associação Vianei de Cooperação e Intercâmbio no Trabalho, Educação, Cultura e Saúde), Fundação Certi e Mater Natura. Representantes de todas as instituições envolvidas (financiadora, supervisoras e executoras) participaram do evento. Além destas, também participaram da reunião representantes do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e da Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas) (parceiros do projeto).