Empresa de seguros promove plantio às margens do Rio Itajaí
Recuperação da mata ciliar do Rio Itajaí. Esse é o objetivo de Carlos Ropelato, proprietário da Ropelato Seguros, de Rio do Sul, que há mais de dez anos promove o plantio de mudas nativas às margens do rio, em sua propriedade no bairro Taboão. A ação mais recente ocorreu em março e contou com algumas dezenas de mudas adquiridas no Viveiro Jardim das Florestas, incluindo espécies nobres da Mata Atlântica, como Canela-preta (Ocotea catharinensis), Canela-sassafrás (Ocotea odorifera) e Peroba (Aspidosperma polyneuron).
Segundo o idealizador do plantio, a restauração da área é um grande desafio, pois as frequentes enchentes que ocorrem na região afetam as mudas. Mas Carlos é persistente e está determinado em ver a floresta crescer: “todos os anos fazemos a reposição das plantas não vingaram com mudas obtidas com produtores da região, como a Unidavi e a Apremavi. Já temos mudas com vários anos que se desenvolveram bem e estão com grande porte”.
As mudas com altura aproximada de 1 metro foram plantadas em fileiras conforme orientação técnica, procurando colocar mais próximo do rio as mudas que aparentemente são mais resistentes a alagamentos. Além das espécies nativas, foi realizada a limpeza da margem e ajardinamento de parte do terreno nas imediações da Estrada Blumenau com flores e arbustos.
“Além da recuperação da mata, queremos proporcionar uma área de lazer, com um bosque que tenha a Canela-sassafrás, árvore símbolo de Rio do Sul. Na nossa visão as pessoas e empresas que possuem propriedades extremantes com o rio deveriam se responsabilizar pela conservação, limpeza da área e também pela recuperação da mata ciliar”, conta Carlos quando indagado sobre os resultados que espera proporcionar com a ação.
Registros do último plantio realizado às margens do Rio Itajaí, em Rio do Sul. Fotos: Carlos Ropelato.
Matas Ciliares
As matas ciliares são florestas, ou outros tipos de cobertura vegetal nativa, que ficam às margens de rios, igarapés, lagos, olhos d´água e represas. O nome “mata ciliar” vem do fato de serem tão importantes para a proteção de rios como são os cílios para nossos olhos.
Elas atuam na contenção de enxurradas, na absorção do excesso de nutrientes, na retenção de sedimentos e poluentes, colaboram na proteção da rede de drenagem e ajudam a reduzir o assoreamento da calha do rio. Também são essenciais para a conservação da fauna, já que conferem abrigo e alimento aos animais.
O Código Florestal inclui as matas ciliares na categoria de Áreas de Preservação Permanente (APPs). Portanto toda a vegetação nativa (arbórea ou não) presente ao longo das margens dos rios, lago e/ou ao redor de nascentes deve ser preservada e/ou restaurada. É de responsabilidade do proprietário restaurar e conservar as APPs, tando em áreas urbanas quanto rurais.
Autor: Vitor Lauro Zanelatto
Colaboração: Sirlene Ceola