Apremavi adere à Declaração de Emergência Climática
A lastimável estimativa até agora é de que um bilhão de animais foram afetados e mais de 10,5 milhões de hectares de floresta foram devastados por incêndios no continente australiano. Especialistas afirmam que o estrago já supera em seis vezes a área das queimadas que atingiram a Amazônia em 2019. No caso australiano, o fogo é consequência de extremos climáticos decorrentes de uma grave seca e ondas de calor recordes. Já na Amazônia as queimadas foram associadas predominantemente ao desmatamento ilegal, que usa o fogo para limpar áreas de pastagem e abrir clareiras na floresta.
Na mesma direção dos extremos climáticos que sufocaram a Austrália e agora carregam a fumaça das queimadas para todos os cantos do mundo, em 2019 a Europa atravessou duas ondas de calor consecutivas, a Califórnia e a Rússia também sofreram com incêndios florestais devastadores, Moçambique enfrentou o pior ciclone já formado no Índico… sim, não tem mais como alguém em sã consciência dizer que o aquecimento global é uma invenção dos cientistas, muito menos acreditar que ela é uma ameaça para o futuro. A emergência climática já é uma realidade e, para confirmar isso, 2019 foi coroado o segundo ano mais quente da história.
O recorde foi anunciado pela Nasa, pela Noaa e pela Organização Meteorológica Mundial. Segundo a Nasa, no ano passado a Terra teve temperatura média 0,98oC mais alta do que a média do século 20. A Noaa, que usa uma metodologia ligeiramente distinta, pôs a diferença em 0,95oC – e 1,15oC acima da média pré-industrial. Em ambos os casos, trata-se do segundo ano mais quente desde o início das medições com termômetros, em 1880. Perde apenas para 2016, e por uma diferença pequena de 0,04o C. A década de 2010 foi a mais quente de todos os tempos – os últimos cinco anos foram todos os mais escaldantes desde o início das medições.
Declaração de Emergência Climática
Muito mais do que simbólica, as declarações de emergências climáticas assinadas ao redor do mundo por cidades, estados e alguns países são uma tentativa conjunta de assumir a responsabilidade e lançar uma série de compromissos para conter a crise climática e suas graves consequências. No Brasil, organizações da sociedade civil, empresas e representantes dos estados e dos municípios brasileiros lançaram no ano passado, durante a Conferência Brasileira de Mudança do Clima, que aconteceu no Recife (PE), a Carta de Recife.
Entre os objetivos comuns das declarações, um deles é cumprir as metas do Acordo de Paris, reduzindo a zero a emissão de gases de efeito estufa e limitando o aquecimento global em 1,5°C. Além disso, muitas se comprometem também à promover e implementar ações para a superação das vulnerabilidades climáticas, como a neutralização das emissões de carbono até 2030.
Concomitante ao exemplo do Secretário-Geral das Nações Unidas, do Papa Francisco, de cidades e estados ao redor do mundo e de centenas de instituições, empresas e organizações não-governamentais, e, diante dos cenários de catástrofes ambientais que vemos diariamente, a Apremavi sente a urgência de agir no tempo de agora e declara estado de emergência climática.
Isso significa que assumimos publicamente o compromisso de continuar executando nossos projetos de restauração ambiental e proteção da natureza com exímio; além disso promoveremos ações de neutralização de carbono para diminuir nossa pegada ecológica; faremos um esforço para mobilizar mais recursos para realização de atividades de cunho climático, como por exemplo o Projeto Clima Legal; incluiremos a crise climática em nossas atividades de educação ambiental para conscientizar o público envolvido em nossos projetos; e, reforçamos também nosso apoio institucional ao Grupo Plantando o Futuro, especificamente às atividades desenvolvidas no âmbito do #FridaysForFuture.
Seja você também parte da solução
Entendemos que os maiores esforços nessa luta contra a crise climática devem ser assumidos pelos governos e grandes empresas, mas acreditamos que cada pessoa na sociedade deve assumir uma postura mais altruísta e também colocar a mão na massa, afinal de contas não existe planeta B para nenhum de nós.
Pensando nisso, separamos algumas dicas do que você pode fazer em 2020 para contribuir na construção de um mundo mais sustentável para as florestas, para os animais, para o clima, para o planeta e para o nosso futuro!
Você também pode assumir compromissos em 2020 e tornar sua trajetória mais sustentável, veja algumas dicas que a Apremavi separou. Fonte: Arquivo Apremavi.
Autora: Carolina Schäffer.