Apremavi inspira casal na implantação de agrofloresta com o apoio do projeto Matas Legais
Paulo Zanetti e Bárbara Sicuro, proprietários do Vale Mandaçaia em Urubici (SC) na Serra Catarinense, estão implantando uma agrofloresta na propriedade com o apoio do Matas Legais.
Tudo começou, segundo eles, quando avistaram uma placa em uma propriedade vizinha, que continha informações sobre área de amortecimento do Parque Nacional de São Joaquim, onde era possível visualizar logo de instituições parceiras, dentre elas, a da Apremavi.
Desde então, o casal acompanha o trabalho da instituição pelas mídias sociais e foi por meio da história de outro casal da Serra Catarinense, que também contou com o apoio do projeto Matas Legais para implantar uma agrofloresta, que a aproximação foi feita e a parceria para o plantio de 100 mudas de espécies nativas da Mata Atlântica foi concretizada.
Vale do Mandaçaia após o plantio de 100 mudas de árvores nativas da Mata Atlântica para implantação da agrofloresta. Foto: Paulo Zanetti e Bárbara Sicuro (Vale Mandaçaia)
Paulo Zanetti, proprietário do Vale Mandaçaia, relatou como ocorreu o contato com a Apremavi, bem como a parceria com o programa Matas Legais:
“E foi assim, vendo uma das publicações sobre o projeto Matais Legais em uma propriedade bem aqui, pertinho da gente, que encontramos o ponto desse cruzamento. Foi muito legal ver que seria possível, ainda que propondo um projeto pequeno, participar desse programa.
Rapidamente os dedos foram às teclas, e pela página sobre o Matas Legais, pude aprender sobre o projeto, realizado já há muitos anos pela Klabin e Apremavi. Gostei muito do conceito do projeto, dos objetivos e dos resultados. Entrei em contato pelas redes sociais e a equipe da Apremavi rapidamente nos respondeu, passando todas as orientações sobre como participar, e quando menos percebemos estávamos lá, a caminho para conhecer a Associação”.
Com o apoio do Matas Legais, a propriedade rural localizada em Urubici recebeu, além das mudas nativas, assistência técnica e apoio para realizar as primeiras etapas da restauração.
“No caminho, a paisagem que a gente já está bem acostumado: monocultura de Pinus, cebola e milho. Alguns fragmentos de mata nativa em terrenos acidentados faziam com que a imaginação fosse longe. Como será que é o viveiro? Como será que eles conseguem produzir tantas mudas? Onde coletam as sementes? Como é que funciona esse lance do vasinho biodegradável?
Fomos recebidos com muita hospitalidade pelo Leandro e Daiana, que nos contaram desde como tudo começou, as conquistas, evoluções, aumento e melhoria dos espaços da Associação até os detalhes das mudas, dicas de plantio, beneficiamento das sementes e outras curiosidades que iam surgindo no meio da conversa. Me impressionei com a organização e tamanho. Não só do volume de mudas produzidas, mas do que conquistaram com muito suor para chegar naquele ponto. Escritório amplo, alojamento para os programas de estágio, espaço para cursos, eventos e muito mais. Tudo impecável.
Depois da pausa para o almoço, fomos direto ao assunto. No nosso caso, iríamos selecionar 100 mudas de espécies nativas para ajudar na implantação do nosso primeiro sistema agroflorestal. E vou contar para vocês… não é nada fácil escolher as espécies entre as mais de 200 produzidas pelo viveiro que iriam compor esse plantio. Sorte a nossa que a experiência do pessoal é tamanha, que foram direto indicando aquelas mais aptas para sobreviver ao clima da serra catarinense.
Na hora da despedida, praticamos um pouco a identificação das espécies que estávamos levando. Mais um tanto enorme de aprendizado! São tantos detalhes que só o olhar treinado para diferenciar a Cereja do Rio Grande da Uvaia. Aos poucos a gente vai aprendendo, e um dia a gente chega lá!
Chegando no Vale Mandaçaia, foi hora de colocar a mão na terra e mesmo debaixo de chuva, plantar cada uma das 100 futuras árvores em sua nova casa. Cansados e cheios de esperança, a gente foi dormir, sonhando com o dia em que mais uma floresta estaria enfim, de pé novamente.”
Muda de Uvaia plantada pelo casal no Vale Mandaçaia. Foto: Paulo Zanetti e Bárbara Sicuro (Vale Mandaçaia)
O programa Matas Legais
É uma iniciativa da parceria entre a Apremavi e a Klabin que acontece em Santa Catarina e no Paraná. Busca desenvolver ações de conservação, educação ambiental e fomento florestal, que ajuda a preservar e recuperar os remanescentes florestais nativos, a melhorar a qualidade de vida da população e a aprimorar o desenvolvimento florestal, tendo como base o planejamento de propriedades e paisagens.
A palavra legal procura traduzir dois sentidos: o de cumprimento da legislação ambiental e o de expressão de um lugar agradável, bonito e bom para viver.
O Vale Mandaçaia se junta às outras mais de 1.300 propriedades rurais apoiadas pelo programa em atividades de restauração e planejamento da paisagem, buscando a restauração, conservação e uso sustentável dos recursos.
Autora: Thamara Santos de Almeida.
Revisão: Carolina Schäffer, Vitor Lauro Zanelatto e comunicação da Klabin.