Apremavi presente em evento sobre plantas, algas e fungos na UFSC

30 maio, 2022 | Notícias

Sediado no Centro de Ciências Biológicas da UFSC, o ciclo de palestras e debates reuniu docentes, pós-graduandos, alunos da graduação e comunidade durante os três dias de programação.

No dia 25 de maio de 2022, a Apremavi participou do VII Encontro de Fungos Algas e Plantas, com o tema específico de “Inovações e Impacto Social das pesquisas em Biologia de Fungos Algas e Plantas”. O evento foi realizado na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) com a organização dos estudantes do Programa de Pós-graduação em Fungos, Algas e Plantas e contou com diversos palestrantes dos mais diferentes setores da sociedade.

O evento concentrou palestras e mesas-redondas norteadas pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Organização das Nações Unidas (ONU), mais especificamente os objetivos 2 (Fome Zero e Agricultura Sustentável), 13 (Ação Contra a Mudança Global do Clima), 14 (Vida na Água) e 15 (Vida Terrestre).

Os ODS foram criados em conformidade com a Agenda 2030 e estipulam 17 objetivos comprometidos com acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que todas as pessoas do planeta possam ter paz e prosperidade. A Apremavi está comprometida com a Agenda 2030 e os ODS e, desde 2020, analisa internamente como incluir as metas globais em seu planejamento estratégico, além de desenvolver ações, projetos e campanhas para alcançá-las.

+ Saiba mais sobre a implementação dos ODS na Apremavi

A participação no evento se deu na mesa-redonda intitulada “Vida na água e na terra”, na qual participantes dos setores governamental, da sociedade civil e da iniciativa privada apresentaram um pouco do trabalho desenvolvido em cada instituição e discutiram possibilidades de parcerias com a universidade e sobre como aproximar os diferentes setores da sociedade das pesquisas realizadas na instituição.

Gabriela Goebel apresentou o trabalho desenvolvido pela Apremavi no primeiro dia do evento. Foto: Vitor Lauro Zanelatto.

Para Gabriela Goebel, colaboradora da Apremavi que representou a instituição no evento e mestranda no Programa Pós-graduação em Fungos, Algas e Plantas (PPGFAP) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), é muito importante o diálogo entre os diferentes setores da sociedade, como as universidades e o terceiro setor. “Existem projetos e iniciativas muito importantes acontecendo na Apremavi, assim como muitas pesquisas com biodiversidade e conservação na universidade. Sendo assim, para potencializar o impacto dessas iniciativas na sociedade é cada vez mais importante a parceria e cooperação entre as instituições, e a Apremavi está aberta ao diálogo e a propostas de futuras parcerias, a fim de desenvolver ações que visem solucionar os problemas ambientais atuais”, destacou a bióloga e técnica ambiental da Apremavi.

O Programa de Pós-graduação desenvolve pesquisas na área de biodiversidade, com foco em fungos, algas e plantas. Vale ressaltar que o Brasil é o país mais biodiverso do mundo, com cerca de 46.975 espécies nativas de fungos, algas e plantas, de acordo com a base de dados Flora e Funga do Brasil. Ainda em relação a esses dados, 55% das espécies de plantas terrestres são endêmicas do Brasil, ou seja, não existem em nenhum outro lugar do mundo.

A partir disso e cada vez mais, diante da emergência das mudanças climáticas, da perda de biodiversidade e destruição dos ecossistemas, torna-se urgente a união e a cooperação de diferentes setores da sociedade para construir projetos, campanhas e ações efetivas para combater os problemas citados.

+ Saiba mais sobre o Programa de Pós-graduação em Fungos, Algas e Plantas (PPGFAP) da UFSC

Importância dos fungos, algas e plantas

Muitas vezes invisíveis aos olhos humanos, os fungos possuem um importantíssimo papel ecológico nos ecossistemas. Muitas espécies atuam como decompositores da matéria orgânica, importantes por realizarem a ciclagem de nutrientes no ambiente, enquanto também há espécies que fazem associação com raízes de plantas. Essa associação é chamada de micorriza e traz benefícios para as plantas ao permitirem o aumento da absorção de água e nutrientes, assim como uma maior capacidade de sobrevivência.

Por sua vez, as algas e as plantas desempenham outro papel fundamental para a existência humana ao absorverem gás carbônico da atmosfera e liberam o oxigênio por meio da fotossíntese, essencial para a vida no planeta. Inclusive, os oceanos, por conta das algas, absorvem a maioria do carbono existente na atmosfera e abrigam uma cadeia alimentar muito complexa e interdependente.

Sendo assim, a diversidade de fungos, algas e plantas é essencial para vida no planeta e para existência humana. São inúmeras as funções que esses organismos desempenham nos ecossistemas e há muito ainda para ser descoberto. As pesquisas relacionadas à biodiversidade, realizadas majoritariamente em universidades, no caso do Brasil, possuem grande potencial para serem utilizadas no dia a dia humano, já que muitos medicamentos, alimentos e materiais são derivados desses organismos vivos.

Para os resultados de uma pesquisa serem aplicados diretamente muita pesquisa básica precisa ocorrer. Além disso, sendo o Brasil o país com a maior biodiversidade do planeta e dado o estado atual de devastação do meio ambiente, é cada vez mais urgente conhecer e conservar as mais diferentes formas de vida existentes.

Amostras de fungos coletados na Mata Atlântica pelo Laboratório de Micologia da UFSC (MICOLAB). Foto: Vitor Lauro Zanelatto.

Autora: Gabriela Goebel.
Revisão: Vitor L. Zanelatto.

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