Relatório aponta redução de 69% nas populações de animais no planeta nos últimos 48 anos

25 nov, 2022 | Notícias

O novo relatório “Planeta Vivo 2022: em prol de uma sociedade positiva” publicado em outubro deste ano pela WWF em colaboração com o Instituto de Zoologia ZSL (Sociedade Zoológica de Londres), buscou compreender como as espécies  espécies de animais ao redor do planeta estão respondendo às mudanças climáticas e à perda de biodiversidade causada por mudanças em seus ambientes. 

Foi observado um declínio de 69% na abundância de 32.000 populações de 5.230 espécies de mamíferos, peixes, répteis, aves e anfíbios monitorados entre 1970 e 2018 ao redor do mundo, sendo que, a América Latina é a região com a maior taxa de redução, cerca de 94%. A destruição de habitats ou fragmentação de ambientes naturais de muitas espécies, ocasionada pela mudança de uso e cobertura do solo, é a principal ameaça apontada pela publicação.

A avaliação ocorre desde 1998 e a atual confirma que estamos em meio a uma dupla emergência global: a da biodiversidade e a climática. A publicação também traz oportunidades para agirmos em conjunto. “Todos têm um papel a desempenhar no tratamento dessas emergências, e atualmente a maioria reconhece que as transformações são necessárias. Agora, esse reconhecimento precisa ser transformado em ação” aponta o relatório.

Mata Atlântica ameaçada

Uma nova análise, que utiliza os dados da Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas publicada pela IUCN (sigla em inglês para International Union for Conservation of Nature), permitiu sobrepor ameaças como agricultura, caça, exploração madeireira, poluição, espécies invasoras e mudanças climáticas aos vertebrados terrestres do mundo todo. Essa avaliação identifica locais que precisam de prioridade de conservação por possuírem uma intensidade maior de ameaças.

A Mata Atlântica, juntamente com outras florestas e locais ao redor do mundo, foi considerada como uma “áreas de alta prioridade para mitigação de riscos” para todos os grupos taxonômicos em todas as categorias de ameaças. Isso significa dizer que conservar a Mata Atlântica é urgente!

Ainda há tempo de agir, por isso, o relatório buscou trazer vozes, valores e evidências distintas e sugestões de ações individuais e coletivas para mostrar que mudanças diárias e globais podem melhorar a situação de ameaça à biodiversidade, com foco nos sistemas de alimentação, finanças e governança.

> Confira a publicação na íntegra

 

 

Autora: Thamara Santos de Almeida.
Revisão: Carolina Schäffer.
Foto de capa: Wigold Schäffer.

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