Mata Atlântica é tema de palestras da Apremavi na Alemanha
Entre os dias 21 e 25 de novembro de 2022, a Mata Atlântica foi tema de palestras ministradas pela Apremavi em escolas de Heidelberg, cidade localizada no sul da Alemanha.
Na semana passada, representantes da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), Carolina Schäffer e Miriam Prochnow, estiveram em Heidelberg, na Alemanha, e ministraram 10 palestras na língua alemã para 729 alunos, com idade entre 07 e 15 anos, de nove escolas diferentes da cidade. Elas estavam acompanhadas de Brigitte Heinz, representante da ONG alemã BUND – Bund Für Umwelt und Naturschutz Deutschland, parceira da Apremavi na ação.
Com duração de 1 hora e 30 minutos, as palestras abordam temas relacionados com a Mata Atlântica no Brasil, suas riquezas e belezas naturais e também os problemas e ameaças que afetam a sua biodiversidade. Um dos pontos altos do encontro foi a apresentação de um filme sobre os biomas brasileiros, elaborado pela Apremavi especialmente para este intercâmbio, além da distribuição de materiais de Educação Ambiental.
“Carolina, Miriam e eu corremos de escola em escola por cinco dias e mostramos às crianças como nossos hábitos cotidianos na Alemanha podem estar diretamente conectados com o estado de conservação da Mata Atlântica; da carne no nosso prato às cadeiras de jardim feitas com madeira tropical, nosso comportamento de consumidor pode fazer a diferença e é isso que tentamos mostrar para as crianças que sempre ficam maravilhadas com o tema”, comenta Brigitte ao mesmo tempo em que se diz orgulhosa da parceria e do projeto.
Realizada desde 2008, a ação “Der Regenwald kommt in die Klassenzimmer (nome em alemão para “a Mata Atlântica vai à sala de aula”), faz parte do projeto Bosques de Heidelberg no Brasil, da parceria entre a Apremavi, o BUND e a cidade de Heidelberg.
“Essa ação in loco na Alemanha é uma excelente oportunidade para trazer consciência ambiental para as crianças e jovens, pois expõe a imensa biodiversidade da Mata Atlântica e também a importância da sua preservação para o Brasil e o mundo. Além disso, incentiva os estudantes a tomarem ação no enfrentamento dos problemas ambientais globais”, comenta Carolina, atual vice-presidente da Apremavi.
Registros das palestras ministradas pela Apremavi em escolas de Heidelberg. Fotos: Carolina Schäffer e Miriam Prochnow
Inspirados na Mata Atlântica
Numa das escolas, High School English Institute, além de abrir as portas da sala de aula para a semana sobre a Mata Atlântica, os alunos também desenvolveram uma atividade artística e se inspiraram nas belezas da floresta tropical mais ameaçada do Brasil para criar desenhos que são verdadeiras obras de arte.
Além disso, também está nos planos desenvolver uma ação ainda este ano, provavelmente no Natal, para arrecadar fundos para o projeto. No âmbito do projeto, a cada dois euros arrecadados pelos alunos na Alemanha, uma árvore nativa é plantada num bosque no Brasil.
Pinturas feitas pelos alunos em uma escola da Alemanha sobre as belezas da Mata Atlântica. Fotos: Carolina Schäffer e Miriam Prochnow
Os Bosques de Heidelberg
Um dos primeiros Bosques de Heidelberg foi plantado no Brasil em 1999, na EMEF Ribeirão Matilde, depois do início da parceria firmado em 1998 numa reunião entre representantes da Apremavi, do BUND e da Prefeitura de Heidelberg.
Desde então, o projeto, conhecido em alemão como “Heidelberger Wäldchen in Brasilien”, já soma 169.045 mudas de árvores nativas da Mata Atlântica plantadas em Santa Catarina e em São Paulo com a ajuda de estudantes da região. Este ano o projeto também recebeu o Prêmio Expressão de Ecologia na categoria Parcerias pelo Clima.
Miriam Prochnow, conselheira e sócia fundadora da Apremavi, saiu da semana bastante animada: “ver que um projeto que ajudei a construir quase 25 anos atrás ainda está caminhando e gerando tantos resultados positivos reforça que um trabalho em parceria é muito valioso para as instituições e sobretudo para o Planeta”, comenta.
Bosques de Heidelberg no Brasil, mais de 20 anos de parceria entre a Apremavi e a ONG alemã Bund Für Umwelt und Naturschutz Deutschland.
Autora: Carolina Schäffer.
Revisão: Thamara Santos de Almeida.