Nota de repúdio da Apremavi ante os ataques terroristas aos poderes da República Brasileira

9 jan, 2023 | Notícias

“A tolerância ilimitada leva ao desaparecimento da tolerância” Karl Popper

A Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) repudia, com todo o ímpeto que um ataque à democracia demanda, os atos de terrorismo e vandalismo perpetrados contra os poderes da República Brasileira buscando impor um golpe de estado, na data de ontem (08/01/2023). A destruição causada nas sedes do Executivo, Legislativo e Judiciário demanda a responsabilização imediata dos seus autores, apoiadores e financiadores, que demonstraram desprezo e desrespeito pelo Estado Democrático de Direito, bem como pela História, Cultura e Patrimônio brasileiro, além de vilipendiarem a Constituição.

As cenas registradas em Brasília jamais poderão ser confundidas com manifestações pacíficas ou com liberdade de expressão, mas sim como explícito vandalismo e terrorismo contra os bens públicos e à Nação brasileira, materializada em cada um dos bens públicos fraturados ontem.

O constante trabalho em defesa da biodiversidade brasileira demandou a presença da Sociedade Civil em inúmeras manifestações, sempre buscando a valorização da democracia e promoção dos princípios republicanos na atuação, compromisso explícito na Carta de Princípios da Apremavi.

A Apremavi se solidariza com as instituições violadas e, coerente com sua missão e valores, se coloca à disposição para contribuir com o fortalecimento da nossa DEMOCRACIA, atacada covardemente, mas que se mantém resistindo, como faz uma Araucária da Mata Atlântica. A valorização e busca constante pelo fortalecimento da Democracia é dever de todas as instituições e cidadãos.

Democracia Sempre!

Redes e coletivos da Sociedade Civil Brasileira se posicionaram em defesa da Democracia e demandando a responsabilização dos envolvidos no ataque ao Estado Democrático de Direito.

 
Nota da Rede de ONGs da Mata Atlântica

A Rede de ONGs da Mata Atlântica – RMA organização da sociedade civil sem fins lucrativos que congrega 150 entidades ambientalistas, manifesta seu repúdio aos atos terroristas perpetrados nesta triste tarde de 08 de janeiro de 2023, perpetrados por aqueles que desprezam a Constituição Federal, o Estado Democrático de Direito e a soberania popular. Ocupação criminosa e depredação das sedes dos três poderes da República são atos inaceitáveis e que precisam ser veementemente rechaçados pela sociedade.

O grave atentado contra a democracia, agravado com o ataque ao patrimônio público brasileiro, precisa ser prontamente apurado, responsáveis identificados e devidamente punidos nos termos da legislação vigente, incluindo dentre esses as autoridades públicas que por incentivo, conivência ou omissão, concorreram para o desfecho desses lamentáveis episódios em Brasília.

Precisamos cobrar das autoridades que esses lamentáveis atos conduzidos por golpistas inescrupulosos nunca mais se repitam. A imensa parcela da sociedade brasileira que condena esses atos confia na democracia, e acredita que a necessária e pronta reação indica que ela, a Democracia, sai reforçada com esses atos que envergonham a memória nacional.

Coalizão Brasil condena ataques às instituições em Brasília

A Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, movimento formado por mais de 300 representantes de empresas, do agronegócio, setor financeiro, sociedade civil e academia, repudia veementemente a invasão e depredação do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal e do Palácio do Planalto ocorridas este domingo em Brasília. Mais do que atos de vandalismo, estas ações representam uma inaceitável afronta ao Estado Democrático de Direito.

É vital, portanto, que o planejamento e a realização dos ataques sejam investigados e que seus responsáveis e financiadores sejam identificados e punidos nos rigores da lei. A Coalizão Brasil espera que a defesa da democracia permaneça como um princípio básico aos Três Poderes e à nossa sociedade.

Nota do Observatório do Clima

O Observatório do Clima repudia os atos golpistas e terroristas que tomaram Brasília neste domingo, com conivência e omissão das forças de segurança. Não se trata apenas de ataques a prédios públicos, o alvo é a democracia. Uma horda criminosa que perdeu as eleições quer retomar o poder à força. Governo, Congresso e Justiça precisam agir. A democracia não é auto-realizável, depende de vigilância e cuidados constantes. Identificar e punir os responsáveis pelo que ocorreu, os que agiram ou se omitiram, além de seus financiadores, é o mínimo que se espera para a manutenção do Estado Democrático de Direito no país. O projeto bolsonarista de destruição e ódio foi derrotado em 30 de outubro. O resultado das urnas deve ser respeitado.

Nota do Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento  (FBOMS)

O FBOMS – Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Desenvolvimento e o Meio Ambiente, aliança criada em junho de 1990 (vide informações em anexo) ao manifestar publicamente seu repúdio aos atos de ataque ao Estado Democrático de Direito e às autoridades constitucionalmente no exercício de suas funções e mandatos, bem como aos atos de depredação de patrimônio público,  declara sua expectativa que as altas autoridades dos Poderes da República adotem as mais rigorosas medidas de investigação dos fatos e dos danos para, no devido processo administrativo, judicial e legal, sejam aplicadas as sanções aos participantes, aos financiadores e, inclusive, àqueles agentes públicos que, por omissão ou ação, contribuíram para tais fatos.

O FBOMS, seus integrantes, organizações e alianças que subscrevem esta Nota,  também reafirmam o compromisso com a democracia participativa e declaram a expectativa de que as lideranças governamentais do Brasil possam, apesar desses fatos, implementar políticas públicas que coloquem o país na retomada da superação da desigualdade social e econômica, da promoção da sustentabilidade e do respeito à justiça.

Democracia Sempre! Ditadura Nunca Mais!

Autor: Vitor Lauro Zanelatto | Revisão: Carolina Schäffer e Wigold B. Schäffer

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