No dia 18 de março de 2008, a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), recebeu o Prêmio Expressão de Ecologia, na categoria Conservação de Recursos Naturais. O prêmio que está em sua 15ª edição, é concedido pela Revista Expressão às iniciativas que se destacam na área ambiental, nos 3 estados do Sul do Brasil. O evento de premiação ocorreu no Parque Malwee em Jaraguá do Sul (SC) e contou com a presença de cerca de 300 pessoas, representando empresas, ONGs, universidades, órgãos governamentais e outros.

Ao todo foram 1208 inscrições de projetos. Desses, 31 foram premiados, entre instituições públicas, privadas, pessoa física e ONGs ambientalistas. O projeto premiado da Apremavi foi o “Planejando Propriedades e Paisagens”, desenvolvido no período de outubro de 2004 à abril de 2007, com o apoio da Fundação O Boticário de Proteção à Natureza e da Fundação Interamericana e parceria com a The Nature Conservancy, a Prefeitura Municipal de Atalanta e a Epagri.

O Projeto Planejando Propriedades e Paisagens foi desenvolvido em 35 propriedades rurais das cidades de Atalanta e Petrolândia (SC) com o objetivo de implantar na prática, o conceito de Propriedade Legal, ou seja, aquela que cumpre a legislação ambiental e ao mesmo tempo é um lugar bom e gostoso de se viver, com renda e qualidade de vida.

Uma das palestrantes do evento foi a conselheira da Apremavi Miriam Prochnow, que fez uma apresentação sobre a questão das parcerias entre o Terceiro Setor e o Setor Privado. Segundo ela, a formação de parcerias feitas com base em princípios sólidos, conteúdo, compromisso e profissionalismo são a receita para o sucesso das ações em comum e que também é fundamental que as organizações nunca e afastem dos seus objetivos originais.

Miriam falou também que ainda existem muito desafios a serem trabalhados e um deles é o fato de ainda termos nos dias atuais realidades tão distintas, como por exemplo: uma empresa como a Malwee Malhas apresentando tecnologias tão eficientes que até eliminam as emissões aéreas das chaminés e, ao mesmo tempo empresas como a Malhas Atalanta Ltda, que no dia 13 de março literalmente “pintou” de vermelho o rio que abastece o Parque Natural Municipal Mata Atlântica.

Outro assunto abordado na palestra foi a apresentação de uma experiência muito importante chamada "Diálogo Florestal para a Mata Atlântica", que tem reunido numa mesma mesa de discussões e projetos concretos, empresas do setor florestal e organizações ambientalistas. É uma iniciativa que poderia ser copiada para outros setores.

O Premio Expressão de Ecologia surgiu logo após a Rio-92, quando os principais líderes globais debateram no Rio de Janeiro os desafios para melhorar a interação do homem com a natureza. Na época, a Revista Expressão acompanhou as mudanças nas empresas sulistas na área ambiental e registrou a conferência em uma edição especial que relatou os principais projetos ambientais e as novidades nas políticas de meio ambiente estaduais.

Depois desta edição especial da revista, ficou um sentimento de que o trabalho estava apenas começando. Foi daí que nasceu o Prêmio Expressão de Ecologia, que viria a se tornar um dos maiores do gênero no país para empresas, entidades ONGs e poder público. Já estava consolidada a idéia de que a onda verde tinha vindo para durar, de que não se tratava apenas de um simples modismo, e as empresas passavam a dedicar efetiva atenção ao assunto, que começava a fazer parte de suas estratégias de negócios.

Este já é o terceiro Premio Expressão de Ecologia que a Apremavi recebe. Em 2002, na 10ª edição do Prêmio, foi vencedora na categoria Manejo Florestal com o case “Conservando a Mata Atlântica através do Enriquecimento das Florestas Secundárias”, e em 1998, na 6ª edição, foi vencedora na categoria Educação Ambiental com o case “Programa Agroeducação”.

A Apremavi já recebeu inúmeros outros prêmios relacionados à proteção e recuperação do meio Ambiente, com destaque para o “Prêmio Bem Eficiente 1997” concedido à Apremavi pela Kanitz & Associados de São Paulo como uma das 50 entidades sem fins lucrativos mais bem administradas e eficientes do Brasil. Também recebeu duas edições do Prêmio Fritz Muller de Ecologia, concedido pela Fundação de Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma), em 1996 e 2005, pelo destaque no profissionalismo e pela defesa da natureza e da qualidade de vida dos catarinenses.

Grupo de premiados

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