Um dos destaques da Semana da Mata Atlântica, que mobilizou mais de 500 pessoas, entre representantes de organizações da sociedade civil e órgãos governamentais de meio ambiente, e acontece até domingo (22.05.2005) em Campos do Jordão, São Paulo, foi a divulgação dos novos ganhadores do Prêmio Motosserra, escolhidos pela Rede de ONGs da Mata Atlântica, uma das organizadoras do evento.

Um grande painel contra o enchimento da represa de Barra Grande, em Santa Catarina, e destaque na manifestação realizada durante a visita da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, mostrava a ministra de Minas e Energia, Dilma Roussef, como a grande vencedora do Prêmio, "por sua política que pensa pouco em meio ambiente". Ao seu lado, foram premiados também a Engevix, empresa responsável pelo Estudo de Impacto Ambiental (EIA-Rima), que não citou a existência de mais de 4 mil hectares de Floresta com Araucárias primárias ou em estágio avançado de regeneração, e o Baesa – consórcio formado pela Alcoa, Barra Grande Energética (Begesa), Camargo Correa, Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), DME Energética e Bradesco -, que comprou a usina, cujo enchimento está embargado na justiça.

O Prêmio Motosserra foi instituído pela Rede para destacar pessoas cuja atuação fomenta a destruição da Mata Atlântica. Já foi entregue – sempre simbolicamente – ao parlamentar Paulo Bornhausen e ao ex-deputado federal Luciano Pizzato, pelo esforço que fizeram para a não aprovação do projeto-de-lei da Mata Atlântica, que encontra-se atualmente a espera de votação no Senado.

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