Enriquecimento Ecológico de Florestas Secundárias

Enriquecimento Ecológico de Florestas Secundárias

Enriquecimento de Florestas Secundárias

O Enriquecimento Ecológico de Florestas Secundárias é uma idéia pioneira da Apremavi e tem sido utilizado como uma forma de acelerar os processos naturais de regeneração destas florestas que se encontram presentes na maioria das propriedades rurais do município de Atalanta e da Mata Atlântica. Enriquecer florestas secundárias é aumentar, através do plantio, a quantidade de espécies de árvores e outras plantas em determinada área, contribuindo para o incremento da biodiversidade e para a aceleração na regeneração da floresta.

Florestas secundárias, também chamadas de capoeiras ou capoeirões, são matas resultantes de um processo de regeneração natural da vegetação, em áreas que já haviam sido totalmente desmatadas e usadas para agricultura ou pastagens. Também são conhecidas como secundárias as florestas descaracterizadas por intensa e irracional exploração madeireira.

Enriquecer florestas secundárias é aumentar, através do plantio, a quantidade de espécies de árvores e outras plantas em determinada área, contribuindo para o incremento da biodiversidade e para a aceleração na regeneração da floresta. A técnica pode trazer também inúmeras vantagens, como o retorno econômico através da retirada de lenha e uso de espécies como o palmito e a erva-mate.

As atividades de Enriquecimento Ecológico de Florestas Secundárias tiveram seu início em 1996, com o apoio do PDA. A fase II do projeto foi concluída em dezembro de 2003.

O projeto tinha como base uma propriedade piloto no munícipio de Atalanta, onde forma feitos os vários experimentos da metodologia de enriquecimento de florestas secundárias e também instaladas as parcelas que alimentaram um banco de dados, criado especialmente para fazer a análise dos resultados obtidos. Na propriedade piloto foram utilizados 10 hectares, implantadas 23 parcelas para medições e plantadas cerca de 40.000 mudas de espécies nativas, para atender os vários tipos de experimentos, que depois seriam replicados em outras propriedades. Com os dados coletados na propriedade piloto foi montado um banco de dados onde estão cadastradas 3.100 árvores.

Ao mesmo tempo foi conduzido um programa de capacitação para produtores rurais e técnicos, onde foram realizados dias de campo, palestras e cursos, envolvendo 1.306 pessoas. Também foram produzidos os seguintes materiais de apoio: os vídeos O Renascer das Florestas I e II e o livro A Mata Atlântica e Você – como preservar, recuperar e se beneficiar da mais ameaçada floresta brasileira.

Foram realizados ainda intercâmbios técnicos com projetos do PDA desenvolvidos no Acre, Pernambuco e Minas Gerais e recebidas visitas técnicas de uma comitiva de Madagascar e da Finlândia. O projeto de Enriquecimento de Florestas Secundárias da Mata Atlântica recebeu também em 2002, o Prêmio Expressão de Ecologia, na categoria Conservação dos Recursos Naturais.

Outro pilar do projeto nas fases I e II foi a implantação de áreas de enriquecimento em outras propriedades rurais. Foram enriquecidas florestas secundárias em outras 127 propriedades em 33 municípios, totalizando 150 hectares e 228.448 mudas de árvores de mais de 80 espécies nativas da Mata Atlântica.

Florestas Sustentáveis

Florestas Sustentáveis

Florestas Sustentáveis

Este projeto teve como objetivo “Apoiar a organização de agricultores familiares, visando o uso sustentável dos recursos naturais e incremento na geração de renda a partir da estruturação da cadeia produtiva da erva mate”.

A proposta do projeto teve um enfoque socioambiental expressivo e estava pautado em linhas de ação e metodologias participativas que levaram à integração e cooperação entre os participantes, comprometimento, envolvimento familiar, conservação de recursos naturais e geração de renda. Foi desenvolvido de maneira que os agricultores sentiram-se efetivamente responsáveis pelos resultados do projeto, instigando o aumento da capacidade organizacional, de administração e de gestão de todas as etapas envolvidas no processo de agregação de valor a erva mate.

Foi desenvolvido pela Apremavi, em parceria com instituições locais, voluntários e com teve apoio financeiro do Fundo Socioambiental Casa.

Adequação Ambiental de Propriedades Rurais

Adequação Ambiental de Propriedades Rurais

Adequação Ambiental de Propriedades Rurais

O projeto “Adequação ambiental de imóveis rurais através da Averbação de Reserva Legal” é uma iniciativa da Associação dos Municípios do Alto Vale do Itajaí (Amavi), em parceria com as  Prefeituras, a Apremavi e diversas outras instituições. O projeto teve como objetivo identificar e delimitar as Reservas Legais dos cerca de 25.000 imóveis rurais na região de abrangência dos 28 municípios do Alto Vale do Itajaí, além de Alfredo Wagner e Bom Retiro, em Santa Catarina.

Nesta parceria a Apremavi foi responsável pela capacitação de técnicos e proprietários rurais nas questões de legislação ambiental, adequação ambiental de propriedades e restauração de Áreas de Preservação Permanente e Reservas Legais.

Iniciado no segundo semestre de 2009, o projeto apoiou os produtores rurais na correta instrução dos processos de identificação, delimitação e averbação em cartório da Reserva Legal das propriedades rurais, além de organizar um cadastro geral da situação ambiental dos imóveis rurais da região.

Modelo de croqui de propriedade elaborado no âmbito do projeto. Croqui: Carolina C. Schäffer.

A proposta da Amavi surgiu após a publicação do Decreto no 6.514/08, que regulamentou a Lei no 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais) no que tange às infrações e sanções administrativas ao meio ambiente e estabeleceu prazo até 11 de dezembro de 2009 para que os proprietários rurais averbassem a Reserva Legal, sob pena de multa diária. Esse decreto foi alterado pelo Decreto no 7.029, de 2009, que criou o Programa Mais Ambiente e estendeu o prazo para averbação das Reservas Legais até 11 de junho de 2011.

Um levantamento preliminar da Amavi indicou que aproximadamente 70% das pequenas propriedades rurais da região ainda conservam áreas de vegetação nativa para constituir a Reserva Legal e são raros aqueles que não possuem mais nenhum remanescente de mata nativa e que terão que recuperar áreas. Ou seja, na região do Alto Vale do Itajaí, a regularização da Reserva Legal, mediante averbação de área equivalente a 20% do imóvel conforme preconiza o Código Florestal, depende basicamente da identificação, mapeamento e averbação em cartório.

Esta iniciativa colocou as prefeituras da região na vanguarda da discussão e solução dos problemas relacionados aos principais temas de importância não apenas local e nacional, mas também global, como a minimização dos efeitos das mudanças climáticas, a conservação da biodiversidade, a conservação dos recursos hídricos e a conservação do solo, todos temas relacionados aos processos agrícolas, industriais, energéticos e de abastecimento público e bem estar das populações humanas. Além disso, ao apoiar a elaboração dos mapas e processos de cada imóvel para a averbação da Reserva Legal, trouxe uma importante economia aos agricultores e pecuaristas da região.

PSA Carbono Alto Vale

PSA Carbono Alto Vale

PSA Carbono Alto Vale

O projeto teve como objetivo geral “estabelecer um mecanismo transparente e mensurável de pagamento por serviços ambientais de sequestro de carbono e emissões evitadas pela composição de restauro florestal de APP, reserva legal e outras áreas de conservação florestal”.

Nesse sentido, foram desenvolvidos pioneiramente os princípios, critérios e diretrizes deste mecanismo sob a forma de um programa de PSA que envolveu restauro florestal em APPs, reserva legal e outras áreas de importância ambiental, com a redução de emissões de desmatamento e degradação florestal (REDD) na região do Alto Vale do Itajaí.

Desenvolvido nos anos de 2011 a 2012, contou com o apoio do Funbio, dentro do Edital do AFCOF II, uma parceria do Ministério do Meio Ambiente da Alemanha, GIZ e Ministério do Meio Ambiente do Brasil.

Planejando Propriedades e Paisagens

Planejando Propriedades e Paisagens

Planejando Propriedades e Paisagens

O projeto teve como objetivo geral “Desenvolver e implementar modelos de planejamento de propriedades e paisagens, visando a conservação da mata atlântica, a melhoria da qualidade de vida e o incremento de renda, através da adoção e difusão de alternativas econômicas ambientalmente sustentáveis em propriedades rurais em Santa Catarina.”

Desenvolvido nos anos de 2005 a 2007, com apoio da Fundação Grupo Boticário, envolveu a participação de 35 agricultores familiares em Atalanta (SC).

Foram desenvolvidas ações de educação ambiental, cursos de capacitação e seminários, restauração de áreas degradadas, planejamento e adequação ambiental, legal e paisagística da propriedade.

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