Três estagiárias colocaram a mão na terra no viveiro Jardim das Floresta da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), no início da primavera.

Sirléia Lopes, de Ituporanga (SC), é uma delas. Ela é acadêmica do curso de Tecnologia em Gestão Ambiental, pela UNOPAR (Universidade Norte do Paraná). Mila Bryant, da Espanha, é a segunda estagiária. Mila é psicóloga educacional e fez mestrado em Cooperação para o Desenvolvimento e Ajuda Humanitária, colabora com diversas ONGs da Espanha e América Latina, tem maior interesse na relação entre desenvolvimento sustentável e participação. A terceira estagiária é Patrícia Regina Maier, de Ponte Serrada (SC).

Questionada sobre o que está achando de seu estágio, Sirléia diz que: “Fui muito bem recebida desde o primeiro instante. Me passam todos os dias inúmeras informações.Todos os colaboradores que se encontram no Viveiro Jardins das Florestas são de extrema importância, cada qual com conhecimento suficiente para auxiliar os futuros estagiários que por lá também vierem estagiar, como estão fazendo comigo. Procurei a APREMAVI, pois sei que enfrentarei inúmeras barreiras no futuro e convivendo com pessoas que tentam diariamente fazer um trabalho sério, terei um bom alicerce para minha futura profissão. Sou enorme admiradora do trabalho da Miriam, que para mim é um orgulho poder estar fazendo um pouquinho do que ela fez sua vida inteira, muitas vezes leio o que encontro na internet sobre a pessoa dela e me impressiono com tamanha vontade de ser diferente naquilo que todos deveríamos ser iguais. Com a APREMAVI me sinto como um afluente, tentando se juntar a outras águas para unidas alcançar o oceano”.

Como Mila é da Espanha, perguntamos como ela ficou conhecendo o trabalho da Apremavi, e diz que: “Conocí Apremavi cuando nuestro socio, Sergio Blanco, entró en contacto con ella siguiendo la recomendación de la Fundación Natura, en España.  Sergio quería invertir en la protección del bosque atlántico, y firmó un acuerdo con Apremavi para reforestar una pequeña propiedad en Atalanta, que antes había estado destinada, en parte, a usos agrícolas y ganaderos.  Al visitar la propiedad, quedé admirada de la belleza natural de este bosque, pero todavía más de la labor de Apremavi.  No sólo tuve la oportunidad de conocer su extraordinario vivero de mudas nativas, sino que fui testigo, en vivo y en directo, de su capacidad de reacción ante un delito de contaminación ambiental, cuando la cachoeira del Alto de Dona Luiza se volvió vermelha por un vertido ilegal.”  Quanto a seu estágio, Mila fala que: “Nada es equiparable a la experiencia directa. En estos primeros días de mi estagio, he podido comprobar con cuánto mimo y cuidado se tratan las mudinhas en el vivero.  El trabajo aquí transpira un profundo respeto y amor por la naturaleza.  El ambiente de trabajo es muy bueno, y los compañeros, siempre abiertos a enseñar incluso a quienes como yo, todavía nos cuesta un poco hacernos con el idioma.  Al principio pensé que me pasaría varios días haciendo la misma cosa, hasta poder aprender algo nuevo.  Sin embargo, en una semana he aprendido a hacer muchas cosas diferentes: hacer sacos, repicar, encanterar, limpiar, encachetar, ordenar, colectar simientes, trasplantar, etc., lo que hace que el trabajo sea muy variado y entretenido.  En pocos días he conocido decenas de especies: simientes, mudinhas, mudas, árboles… y voy adquiriendo al mismo tiempo una visión del trabajo del vivero en su conjunto.”

Patrícia é acadêmica do curso de Ciências Biológicas, pela Universidade do Contestado e realizou seu estágio dos dias 12 a 30 de outubro.

Sobre seu estágio, Patrícia diz que "foi fascinante o período de estagio na Apremavi.  Tanto pelos amigos e a acolhida que foi simplesmente maravilhosa, como pelas atividades desenvolvidas no Viveiro Jardim das florestas, um trabalho feito com muito amor e respeito pela natureza, em todo o processo de produção de mudas desde a coleta de sementes até o destino final, todos os amigos do Viveiro nos auxiliaram em todas as atividades, repassando todo o conhecimento sobre sementes, coletas, mudas etc. Aprendi muito durante o estágio, foi muito mais que uma formação, foi uma lição de vida, me sinto orgulhosa em poder fazer parte por alguns dias deste trabalho lindo que é desenvolvido pela equipe da Apremavi, em prol do meio ambiente."

Para a Apremavi, é muito importante receber estagiários por que, com isto, difundimos o trabalho para os mais variados cantos do país e do mundo, bem como podemos proporcionar conhecimento aos estudantes que recebemos. O desejo da Apremavi é que os mesmos possam difundir os aprendizados com outras pessoas e instituições e que consigamos cada vez mais aumentar a consciência ambiental nas comunidades.

A estrutura da Apremavi para abrigar os estagiários está necessitando de algumas reformas. Por este motivo, o número de estagiários que temos condições de atender está bem reduzido. Esperamos em breve contar com a nova estrutura para receber os estagiários de uma melhor forma, proporcionando mais conforto e aprendizado.

A Apremavi tem um programa de estágio voltado para estudantes de ensino médio de escolas agrotécnicas e técnicas, estudantes de ensino superior e formandos das áreas de biologia, engenharia florestal, ambiental e afins. Todo ano, recebemos vários estudantes de todo o país, inclusive do exterior.

Veja o depoimento completo de Mila, no anexo

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