Formações em geoprocessamento aprimoram a análise da restauração feita pela Apremavi

31 maio, 2023 | Notícias

Aprimorar continuamente a capacidade técnica, formar profissionais, promover a colaboração entre pessoas, a fim de qualificar o monitoramento e planejamento de ações de restauração ecológica, é fundamental para impulsionar a Década da Restauração de Ecossistemas, conforme postulado pela ONU no Plano de Ação para a Restauração de Ecossistemas na América Latina e no Caribe. 

Somado a isso, em 2017 o Brasil assumiu o compromisso político, por meio do Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa (PLANAVEG) de restaurar pelo menos 12 milhões de hectares até 2030.

Dar escala à restauração é primordial e o processo de mensurar os avanços da restauração pode ser facilitado utilizando tecnologias de ponta. O geoprocessamento é a ciência que une a geografia com a tecnologia para coletar, analisar e exibir dados geográficos usando dispositivos eletrônicos. As fotografias aéreas de áreas restauradas obtidas por meio de drones e as imagens das propriedades rurais obtidas por satélite, são excelentes fontes de informação para a elaboração de mapas por meio de ferramentas de geoprocessamento. 

 

Equipe técnica da Apremavi, no Centro Ambiental, pilotando o drone usado para mapeamento das propriedades. Foto: Vitor Lauro Zanelatto

Equipe técnica da Apremavi, no Centro Ambiental, pilotando o drone usado para mapeamento das propriedades. Foto: Vitor Lauro Zanelatto

Uma das ferramentas do geoprocessamento são os Sistemas de Informações Geográficas (SIG) como o ArcGis, software desenvolvido pela Esri (Environmental Systems Research Institute), que permite visualizar, questionar, analisar e interpretar dados para compreender relações, padrões e tendências.

O desenho de mapas, com uso do ArcGis, qualifica a implantação dos projetos de restauração e o monitoramento das áreas restauradas. À luz da legislação ambiental, especialmente o Código Florestal, são analisadas as áreas dentro de uma propriedade que precisam ser restauradas, avaliadas as mudanças ao longo do tempo e identificadas novas áreas que necessitam de intervenção. 

 

Mapa de uso do solo elaborado no ArcGis e sendo utilizado em campo na semana de campo no Paraná que ocorreu no início de maio de 2023 e ao fundo uma Área de Preservação Permanente em processo de restauração. Foto: Thamara Santos de Almeida

Mapa de uso do solo elaborado no ArcGis e sendo utilizado em campo na semana de campo no Paraná que ocorreu no início de maio de 2023 e ao fundo uma Área de Preservação Permanente em processo de restauração. Foto: Thamara Santos de Almeida

Apremavi promove troca interna de saberes sobre geoprocessamento

Um dos compromissos da Apremavi é formar e incentivar processos de aprendizado e capacitação da equipe, sobretudo sabendo dos desafios relacionados ao uso de novas tecnologias para ganhar escala na restauração. Uma importante etapa de capacitação interna em geoprocessamento ocorreu entre os dias 20 a 24 de junho de 2022, no Centro Ambiental da Apremavi em Atalanta (SC). A equipe técnica dos projetos que a Apremavi executa teve um contato inicial com o ArcGis e outros softwares para a criação de mapas de uso do solo por meio da explanação dos Coordenadores de Projeto da Apremavi, Edinho Schäffer e Maurício Reis.

Uma nova fase de capacitação ocorreu entre os dias 23 a 26 de agosto, e teve como objetivo aprofundar o conhecimento acerca das técnicas relacionadas à elaboração desses mapas. “Foi um processo maravilhoso poder ministrar essa formação para os nossos colegas de trabalho, pois também já passamos por essa etapa do aprendizado e tivemos as mesmas dúvidas e desafios”, relata Maurício Reis. 

Recentemente, a equipe contou com mais uma capacitação, que ocorreu entre os dias 28 fevereiro a 3 de março de 2023. Dessa vez, as Técnicas Ambientais, Daiana Tânia Barth e Maíra Ratuchinski, junto com Leandro Casanova, Coordenador de Projetos, tiveram a oportunidade de capacitar novos colegas que desconheciam as ferramentas e os conhecimentos compartilhados durante o ano passado.

O momento de troca de conhecimentos oportunizou de modo prático capacitar novos membros da equipe que desconheciam a ferramenta do ArcGis. Foi uma experiência gratificante e ao mesmo tempo desafiadora, mas de aprendizado mútuo para todos os envolvidos. Além de proporcionar o desenvolvimento e aprimoramento de comunicação verbal e didática da equipe”, relata Maíra sobre os momentos de capacitação.

Maíra Ratuchinski, Técnica Ambiental da Apremavi, pilotando o drone no monitoramento de áreas restauradas. Foto: Arquivo Apremavi

Maíra Ratuchinski, Técnica Ambiental da Apremavi, pilotando o drone no monitoramento de áreas restauradas. Foto: Arquivo Apremavi

Autores: Thamara Santos de Almeida e Vitor Lauro Zanelatto.
Revisão: Carolina Schäffer.

Pin It on Pinterest