Levantamento de campo do PARNA das Araucárias foi um sucesso

Após a visita para reconhecimento de campo do PARNA das Araucárias feita em julho deste ano, pesquisadores e estagiários retornaram aos municípios de Ponte Serrada e Passos Maia para fazer o levantamento biótico da área, dando continuidade às atividades de elaboração do plano de manejo da UC e seu entorno.

Foram 11 dias de campo, de 16 a 27 de outubro, com muito trabalho e dedicação de toda a equipe. Os pesquisadores, que estavam sob a orientação da APREMAVI e tiveram o apoio do ICMBio, realizaram os mais diversos levantamentos. Importante registrar também o enorme apoio recebido por parte dos proprietários das áreas onde foram montados os acampamentos.

Foi através de atividades como o levantamento da avifauna, instalação de redes de captura de aves e mamíferos voadores, montagem de armadilhas fotográficas para registrar mamíferos, realização de coletas de invertebrados aquáticos e anfíbios, análise da água dos rios, e coleta de rastros, pegadas e fezes de mamíferos, que a equipe pode obter vários registros que contribuíram para resultados positivos em relação a quantidade de espécies de animais ainda encontrados na região.

Mais de 200 espécies de aves, entre elas o ameaçadíssimo Pica-pau-de-cara-canela (Dryocopus galeatus), o Gavião-Pato (Spisaetus melanoleucus) e a Gralha-Azul (Cyanocorax caeruleus), se juntaram com os 26 registros de espécies de anfíbios e com os 19 registros de mamíferos, como o Tatu-Peludo, o Macaco-Prego, o Ratão-do-Banhado, o Veado-Mateiro, o Veado-Birá e o Veado-Bororó, este último ameaçado de extinção na categoria vulnerável. Também foram encontrados Jaguatirica e o Gato-do-Mato-Pequeno, ambos ameaçados de extinção.

Todos esses registros serão agora sistematizados num banco de dados que será utilizado na elaboração do Plano de Manejo e também na elaboração dos materiais de educação ambiental. Uma próxima etapa para levantamento de dados bióticos será realizada no início de 2009.

A equipe só sentiu certa tristeza com a identificação também de algumas ameaças à integridade do Parque, entre elas: a invasão de javalis, a dispersão do pinus em algumas áreas nativas e o desmatamento para abastecer fornos de carvão. Mas, se os dias de chuva e frio não conseguiram desanimar o pessoal, não serão alguns desafios causados por intempéries humanas que irão conseguir. A equipe e as organizações envolvidas no projeto trabalharão arduamente em prol da conservação da integridade do Parque Nacional das Araucárias.

Equipe

Adrian Eisen Rupp – Acaprena
Angelo de Lima Francisco – ICMBio
Bruna Broering Savi – estagiária pela Acaprena
Carlize Pasquali – estagiária pela Apremavi
Carolina Cátia Schaffer – estagiária pela Apremavi
Cintia Gisele Gruener – Acaprena
Edegold Schaffer – Presidente Apremavi
Elaine M. Lucas Gonsales – UNOChapecó
Edilaine Dick – Apremavi
Erikcsen A. Raimundi – UNOChapecó
Fábio Rafael Hillesheim – Voluntário Apremavi
Hellen José Florez Rocha – ICMBio
Jean Marcel Bernadon – Estagiário Unoesc – São Miguel d’Oeste
João Carlos Morroco – estagiário pelo UNOChapecó
Levi Beckhauser – estagiário pela Acaprena
Luís Esser – Apremavi
Marcos Alexandre Danieli – Apremavi

Para saber mais sobre o projeto que tem apoio do PDA clique aqui.

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Lançados editais para Conselhos Consultivos de UCs

Os Conselhos Consultivos das Unidades de Conservação (UCs) de Proteção Integral, tem como objetivo garantir a gestão participativa das mesmas, através das seguintes atividades: acompanhar a elaboração, implementação e revisão dos planos de manejo; buscar a integração da unidade de conservação com outras unidades e espaços territoriais protegidos e com o seu entorno; e propor diretrizes e ações para compatibilizar, integrar e otimizar a relação com a população do entorno ou do interior, conforme for o caso.

Através do projeto “Elaboração dos Planos de Manejo da Estação Ecológica (ESEC) da Mata Preta e do Parque Nacional (Parna) das Araucárias” a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) está desde julho de 2007, trabalhando na formação dos conselhos consultivos dessas UCs.

O projeto prevê três etapas para formação dos conselhos: identificação dos atores governamentais e da sociedade civil, mobilização dos atores e formação dos conselhos consultivos.

A primeira etapa, que teve como objetivo identificar entidades potenciais para participar do referido conselho e verificar como a sociedade encontra-se organizada, foi realizada entre o período de agosto/2007 a agosto/2008. Para isso, foram realizadas reuniões com os prefeitos dos municípios onde as UCs estão localizadas e também com organizações da sociedade civil. Além disso, também são realizadas reuniões com moradores das comunidades da zona de amortecimento das UCs e coletados dados através das entrevistas realizadas para a composição dos diagnósticos socioeconômicos das UCs.

A segunda etapa, que se refere à mobilização dos diversos atores sociais, acontecerá de 06 a 25 de outubro, através do lançamento de editais específicos para cada Unidade de Conservação.

Os critérios de cadastramento, o cronograma do processo e as informações adicionais ao presente documento, encontram-se disponíveis nos anexos abaixo.

Apremavi realiza diagnóstico socioeconômico da ESEC da Mata Preta

A elaboração do Diagnóstico Socioeconômico da Estação Ecológica da Mata Preta é uma das atividades a serem desenvolvidas para o Plano de Ação da referida ESEC. Esse Plano de Ação está previsto dentro das ações desenvolvidas pelo projeto “Elaboração dos Planos de Manejo da Estação Ecológica (ESEC) da Mata Preta e do Parque Nacional das Araucárias”. O projeto está sendo executado pela Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), desde julho de 2007,  com o PDA Mata Atlântica e parcerias com várias instituições.

A metodologia de elaboração do “Plano de Ação” para Unidades de Conservação (UC) foi desenvolvida pela The Nature Conservancy (TNC). Este plano constitui-se numa importante ferramenta para o monitoramento de áreas de conservação, uma vez que pode servir de base para o seu zoneamento e é aplicável durante todos os níveis de planejamento. Aliado a estes fatores, junto à ESEC da Mata Preta fornecerá a base para a posterior elaboração do plano de manejo, documento este que irá orientar a gestão da UC. Auxiliará ainda no estabelecimento de metas e prioridades de conservação, bem como no direcionando dos investimentos a serem aplicados e geridos pelo futuro chefe da unidade.

A elaboração do Plano de Ação será feita de forma participativa, envolvendo moradores da zona de amortecimento da UC, dos líderes comunitários, dos representantes das entidades governamentais e da sociedade civil dos municípios envolvidos e demais entidades que contribuam com o estudo.

Neste sentido, durante os dias 08 a 11 de setembro de 2008, o técnico ambiental da Apremavi, Marcos Alexandre Danieli, a estagiária Suiana Cristina Pagliari, a consultora Franciele Oliveira Dias e o analista ambiental do ICMBio Angelo Francisco Lima, iniciaram a elaboração do diagnóstico socioeconômico da ESEC da Mata Preta, através da realização de entrevistas com moradores localizados na zona de amortecimento da UC, das comunidades Barro Preto, Pagliosa e Sítio Barrichello.

O resultado das entrevistas dará um panorama geral da UC, com a identificação do número de pessoas que moram nessas áreas, o tipo de uso que fazem da terra, as características da população como: faixa etária, sexo, escolaridade, modo de vida, fontes de subsistência, estrutura familiar, entre outros.

Vai também identificar os alvos de conservação, ou seja, quais as peculiaridade da UC para as quais se deve dar mais atenção, e fontes que causam a degradação desse alvos.

Para o técnico ambiental da Apremavi, Marcos Alexandre Danieli, “o contato com os moradores é um importante momento para conhecer a realidade das comunidades e para informá-los sobre os objetivos e necessidade da criação da unidade. Também é um espaço para abordar a importância da participação dos moradores no conselho consultivo que encontra-se em processo de formação”.

As entrevistas nas demais comunidades estão previstas para acontecer de 29 de setembro a 03 de outubro de 2008.

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Projeto nas UCs da Floresta com Araucárias completa um ano

O projeto que prevê a “Elaboração dos Planos de Manejo da Estação Ecológica da Mata Preta e do Parque Nacional das Araucárias” completou no mês de julho de 2008, o seu primeiro ano de execução.

O projeto é uma iniciativa da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), apoiada pelo PDA Mata Atlântica, e realizado com a colaboração da The Nature Conservancy (TNC), Grupo Condor, Universidade Federal de Santa Catarina, Prefeitura Municipal de Ponte Serrada, Câmara de Vereadores de Ponte Serrada, Câmara de Vereadores de Abelardo Luz, ICMBio

Recentemente conta com a colaboração da Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc – Xanxêre), Universidade Comunitária de Chapecó (UNOChapecó), Adami S.A e Associação de Preservação da Natureza (Acaprena).

As ações do projeto estão voltadas para o estímulo da gestão participativa das Unidades de Conservação (UCs), através da formação dos conselhos consultivos das mesmas e no envolvimento da população na elaboração dos respectivos planos de manejo.

Um dos principais resultados alcançados nesse primeiro ano, foi a criação de espaços de diálogo com as comunidades do entorno das UCs, entidades governamentais e da sociedade civil possibilitando desta maneira a discussão e o levantamento de informações relevantes para subsidiar ações do projeto.

Outro ponto importante está sendo a sensibilização da população quanto à importância das Unidades para a região, bem como o entendimento de que o Parque Nacional (PARNA) das Araucárias e a Estação Ecológica (ESEC) da Mata Preta estão sendo fundamentais para a manutenção da floresta com araucárias na região.

Neste primeiro ano foram mobilizadas mais de 400 pessoas, através de reuniões realizadas com lideranças de entidades governamentais e da sociedade civil com atuação na região de abrangência do projeto, e através de 12 reuniões abertas realizadas com as comunidades, localizadas nas zonas de amortecimento do Parna das Araucárias e da ESEC da Mata Preta.

A realização de parcerias com entidades do terceiro setor, empresas privadas e instituições de ensino da região e de outras regiões do estado, também foi um ponto alto das atividades desenvolvidas.

Através das saídas de campo foi possível observar de perto a realidade do Parna das Araucárias, onde se constatou a existência de uma exuberante floresta primária, além de diferentes estágios de regeneração da floresta.

A Parna das Araucárias e a Esec da Mata Preta, além de terem belíssimos e representativos remanescentes de floresta Ombrófila Mista, constituem-se em importantes fragmentos para reprodução e manutenção das espécies animais nativas, além de estarem localizados em regiões com forte vocação para o desenvolvimento de atividades turísticas, com enfoque para o desenvolvimento de esporte de aventura, como rapel, canoagem, rafting, trekking entre outros.

Em anexo, é possível acessar o Relatório de Avaliação Semestral (Rais) referente ao 2º semestre de execução do projeto.

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Pesquisadores realizam visita de campo no Parna das Araucárias

Desde julho de 2007 a Apremavi está desenvolvendo o Projeto “Elaboração dos Planos de Manejo da Estação Ecológica da Mata Preta e do Parque Nacional das Araucárias”, Unidades de Conservação situadas na região oeste de Santa Catarina, criadas em outubro de 2005. O referido projeto está sendo desenvolvido em parceria com várias instituições, com o apoio do PDA Mata Atlântica e anuência do ICMBio.

De 08 a 10 de julho de 2008, 17 pessoas estiveram na área do Parque Nacional das Araucárias e seu entorno, nos municípios de Ponte Serrada e Passos Maia, para uma visita de reconhecimento de campo.

O "Reconhecimento de Campo” é uma das etapas previstas no roteiro metodológico para elaboração dos Planos de Manejo de Parques Nacionais, Reservas Biológicas e Estações Ecológicas e tem como objetivo fazer um reconhecimento local da Unidade de Conservação, com identificação de pontos positivos e negativos que afetam a área, bem como, identificar áreas relevantes para a coleta de informações para os diagnósticos bióticos e abióticos.

A saída de campo contou com a participação das seguintes pessoas:

Adelino dos Santos Neto – Consultor autônomo
Adrian Eisen Rupp – Acaprena
Carlos H. Salvador de Oliveira – Caipora Cooperativa
Celia Lontra – ICMBio
Cintia Gisele Gruener – Acaprena
Elaine M. Lucas Gonsales – UNOChapecó
Edilaine Dick – Apremavi
Erasmo Nei Tiepo – Caipora Cooperativa
Erikcsen A. Raimundi – UNOChapecó
Fábio André Faraco – ICMBio
Franciele Oliveira Dias – Acaprena
Gilsa Mª de Souza Franco – UNOChapecó
Hellen José Florez Rocha – ICMBio
Jaqueline Pesenti – Apremavi
Marcos Alexandre Danieli – Apremavi
Miriam Prochnow – Apremavi
Suiana Cristina Pagliari – Apremavi

Durante a visita foram realizados contatos com vários proprietários que possuem áreas dentro do parque e também na zona de amortecimento. Os proprietários acompanharam as visitas aos locais. A empresa Adami inclusive cedeu um dos seus alojamentos para servir como base de apoio da equipe.

Para a Coordenadora do Projeto, Edilaine Dick, a visita conseguiu atingir plenamente o seu objetivo: "Foi possível fazer um amplo reconhecimento da região, com a identificação dos pontos que servirão como base para a coleta científica, próxima etapa dentro do roteiro metodológico, visando a elaboração do Plano de Manejo do Parna", comenta a coordenadora de projetos da Apremavi.

A visita serviu também para confirmar que a criação e a implantação do Parque Nacional das Araucárias é uma grande oportunidade para a região, tanto do ponto de vista ambiental, quanto do ponto de vista de desenvolvimento econômico. As áreas bem conservadas dentro do parque são fundamentais para a conservação da Floresta com Araucárias, que é a mais ameaçada da Mata Atlântica e os atrativos naturais, dentro e fora do parque, representam potenciais para o turismo ecológico e rural.

Foram identificadas também algumas das ameaças à integridade do Parque, entre elas: a invasão de javalis, a dispersão do pinus para áreas nativas e o desmatamento para abastecer fornos de carvão.

As próximas etapas de campo com esta equipe de pesquisadores estão previstas param serem realizadas até outubro de 2008.

Fotos: Miriam Prochnow

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