Apremavi realiza reuniões abertas na Arie Serra da Abelha

Entre os dias 19 e 20 de março de 2014 a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) realizou em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) as primeiras reuniões abertas na Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) Serra da Abelha, visando a elaboração do Plano de Manejo da área.

Participaram da reunião em torno de 140 pessoas, entre elas representantes das comunidades de Santa Cruz dos Pinhais, Serra da Abelha II, Colônia Sadlowski e Varaneira, além do Prefeito (Lourival Lunelli), Vice-prefeito (Luiz Lúcio Fossa), Secretário de Agricultura e Meio Ambiente (Marcelo Sadlowski) e representantes do INCRA.

Com o objetivo de aproximar a comunidade do processo de construção do plano de manejo da Arie da Serra Abelha, as reuniões foram pautadas no esclarecimento à população, das atividades que vem sendo e ainda serão realizadas na área e da importância que a construção de um plano de manejo bem elaborado pode trazer para a comunidade abrangida pela Unidade de Conservação (UC).

Edilaine Dick, da Apremavi, pontua a importância desse processo quando diz: “um bom plano de manejo deve ter como característica principal a participação da comunidade para que dessa forma sejam apontadas as principais oportunidades e também as soluções para os problemas e contratempos que estão ocorrendo na área”.

José Guilherme Dias de Oliveira, representante do ICMBio recém nomeado gestor da ARIE, esclareceu durante as reuniões qual será o papel do ICMBio na construção do plano de manejo e quais vão ser as características da sua gestão. Além disso, auxiliou a comunidade a se localizar dentro dos limites da Arie e levantou questões relacionadas às atividades que são proibidas dentro dos limites de uma UC.

Quando questionado sobre os contratempos relacionados à questão fundiária, José Guilherme comenta: “acredito que, uma vez que o Conselho Consultivo da Arie seja implementado, a comunidade terá acesso de forma mais rápida e fácil ao INCRA e à prefeitura para resolver problemas relacionados às posses das terras”.

Durante as reuniões o prefeito evidenciou que o povo está bastante apreensivo e preocupado com uma possível saída da rotina em função das propostas que surgirão com elaboração do Plano de Manejo, mas acredita que reuniões vão ajudar no esclarecimento de várias questões: "o trabalho que tem que ser feito é de conscientização e informação e nós estamos cientes do andamento desse processo”, complementa o prefeito.

A deliberação da reunião foi a indicação, por parte das comunidades, dos representantes comunitários para que seja iniciada a criação do Conselho Consultivo que auxiliará a implementar e discutir o plano de manejo da Arie.

Esta meta de elaboração do plano de manejo integra o Projeto “Planejamento e Capacitação em Unidades de Conservação”, coordenado pela Apremavi e financiado pelo Tropical Forest Conservation Act (TFCA), por meio do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO).

Fotos: Carolina C. Schaffer

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Lançado edital para formação do conselho do PE Rio Canoas

A Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) e a Fundação de Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma) informam que está aberto o processo para formação do Conselho Consultivo do Parque Estadual (PE) Rio Canoas, localizado no município de Campos Novos, em Santa Catarina.

Instituições interessadas devem encaminhar oficio e preencher cadastro específico até o dia 23 de abril de 2014. Os critérios de cadastramento, o cronograma do processo e informações adicionais constam no edital em anexo que também pode ser acessado aqui.

A formação do conselho do PE Rio Canoas envolve atividades de mobilização e capacitação. Iniciou em 2013, durante a identificação de atores interessados, que ocorreu por meio de reuniões de mobilização com moradores, proprietários do entorno do Parque e representantes de instituições do Poder Público e Sociedade Civil.

As reuniões foram um momento importante para esclarecer dúvidas, mostrar a importância do PE Rio Canoas; apresentar as etapas de formação do conselho e para falar sobre o papel do conselheiro no apoio à gestão participativa do Parque.

O conselho será formado por representantes de instituições do Poder Público e Sociedade Civil atuantes na região do PE Rio Canoas. O objetivo do conselho é aproximar a sociedade da gestão deste Parque e funcionar como um fórum de discussão, planejamento e divulgação de atividades. A estrutura do conselho será definida localmente, junto às instituições interessadas, sendo observado o disposto na Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC).

Esta meta de formação do conselho integra o Projeto “Planejamento e Capacitação em Unidades de Conservação”, coordenado pela Apremavi e financiado pelo Tropical Forest Conservation Act (TFCA), por meio do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO).

Apremavi realiza levantamento biótico na ARIE Serra da Abelha

A Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) coordenou, entre os dias 2 e 9 de fevereiro de 2014, a saída de campo para levantamento dos dados bióticos da Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) Serra da Abelha, dando continuidade as atividades do plano de manejo.

Mamíferos, aves, anfíbios, répteis, peixes, macroinvertebrados aquáticos e insetos de serapilheira e vegetação foram os grupos amostrados por meio de diferentes metodologias utilizadas pelos pesquisadores da Bio Teia Estudos Ambientais. O trabalho contou com o apoio da coordenadora do plano de manejo Edilaine Dick e do auxiliar de campo Luiz Esser, ambos da Apremavi. Foi também acompanhado pelo gestor da ARIE José Guilherme Dias de Oliveira e moradores locais.

A elaboração deste plano de manejo faz parte do projeto “Planejamento e Capacitação em Unidades de Conservação”,  coordenado pela Apremavi e financiado pelo Tropical Forest Conservation Act (TFCA) por meio do Fundo Brasileiro para Biodiversidade (FUNBIO).

Após a análise dos dados será possível indicar com mais precisão o estado de conservação da ARIE Serra da Abelha, no entanto, já foi possível identificar algumas áreas em melhor estado de conservação, e outras que necessitarão de enriquecimento do  sub-bosque para incrementar a biodiversidade. Algumas dessas áreas tem presença de espécies invasoras e também de gado. As principais ameaças à fauna da ARIE são a caça e o tráfico de animais silvestres.

Pesquisadores relatam algumas das espécies registradas e falam da importância do estudo para a ARIE.

Localizada em uma região de transição entre a Floresta Ombrófila Mista e a Floresta Ombrófila Densa, foram encontradas espécies nobres de árvores nativas como o cedro (Cedrela fissilis), a araucária (Araucaria angustifolia), o sassáfras (Ocotea odorífera) e o pau-óleo (Copaífera trapezifolia).

"Dentre as espécies de aves registradas estão o trinca-ferro (Saltador similis), o jacú (Penelope obscura), o pica-pau (Melanerpes flarifrons), o tucano-de-bico-verde (Ramphastos dicolorus), e o papagaio-do-peito-roxo (Amazona vinacea), sendo esta ameaçada de extinção. Próximo ao Rio da Prata também foi registrado o joão-porca (Lochmias nematura), espécie que está associada à ambientes de riachos localizados dentro de florestas", relata a pesquisadora Mariana Santana Schlichting.

O conhecimento da ictiofauna (peixes) e dos macroinvertebrados aquáticos (larvas de insetos, moluscos e crustáceos que alimentam peixes e algumas aves) é um importante indicador da qualidade da água. Segundo Gislaine Otto, "é necessário respeitar o limite das matas ciliares, pois em regiões de relevo acidentado, como na ARIE, principalmente em épocas de chuva, o solo carrega para a água substâncias tóxicas e impurezas".

De acordo com Cintia Gizele Gruenner "foram registrados mamíferos que são predadores do topo da cadeia alimentar. São eles que regulam a população de presas naturais e por isso são significativos na manutenção do equilíbrio ecológico, destacando-se a jaguatirica (Leopardus pardalis), o gato-do-mato (Leopardus sp.), a irara (Eira barbara) e a lontra (Lontra longicaudis)".

Para Fabiana Dallacorte, "os répteis são importantes da mesma forma, principalmente os anfíbios que são a base da cadeia alimentar e regulam algumas espécies de insetos, além de serem bons indicadores de qualidade ambiental, pois sentem rapidamente os efeitos da utilização de agrotóxicos e poluição aquática e do solo, e a fragmentação de habitats. A espécie Aplastodiscus ehrardt foi registrada próximo a um ribeirão preservado".

"Outro indicador de qualidade ambiental elementar são os insetos encontrados na serapilheira, pois fornecem informações valiosas para a compreensão dos processos ecológicos que ocorrem na restauração de áreas degradadas e ainda podem refletir a composição e qualidade de sua estrutura vertical. Tais informações, são necessárias para o mapeamento da qualidade de áreas sob diferentes usos do solo, se configurando como um indicador biológico destes ambientes", declara o pesquisador Marcelo Diniz Vitorino.

Fotos: Edilaine Dick e Fabiana Dallacorte

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Apremavi inicia novos trabalhos na ARIE da Serra da Abelha

Durante os dias 26 a 28 de novembro de 2013, técnicos e pesquisadores da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (APREMAVI), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e da Bio Teia Estudos Ambientais realizaram saída de campo na Área de Relevante Interesse (ARIE) Ecológico da Serra da Abelha , localizada no município de Vitor Meireles (SC).

A atividade teve como objetivo identificar pontos positivos e negativos que afetam a Unidade de Conservação (UC). Foram visitados diversos locais, procurando identificar diferentes situações de uso do solo e estágios de conservação da floresta, definindo também os pontos de amostragem para a realização do diagnóstico biótico da UC, que será realizado em janeiro de 2014.

Foram também realizadas visitas a alguns moradores da UC e instituições que atuam no interior e entorno da ARIE, com o objetivo de informar sobre os trabalhos do plano de manejo, identificar os melhores locais, organizar e convidá-los a participar das reuniões comunitárias que serão realizadas em março de 2014.

A realização desta saída de campo contou com o apoio de Vanderlei Cardoso e Faustino Cardoso moradores da ARIE da Serra da Abelha. Ambos destacaram a importância de através do plano de manejo serem discutidas formas de conciliar a produção agrícola existente na UC, com a conservação da floresta e identificação de novas formas de produção mais sustentável. Acreditam ser essencial a formação de um conselho gestor para a área que envolva diferentes organizações locais.

O Plano de Manejo será elaborado através de um processo dinâmico e interativo, uma vez que a comunidade participará diretamente, ou por intermédio de seus representantes nas reuniões e oficinas a serem realizadas. Será um importante instrumento para discussão com a comunidade e consolidação de formas de uso do solo e conservação dos recursos naturais da ARIE da Serra da Abelha.

A elaboração do plano de manejo da Arie da Serra da Abelha será realizado no período de outubro de 2013 a dezembro de 2014 através do projeto “Planejamento e Capacitação em Unidades de Conservação”,  coordenado pela Apremavi e financiado pelo Tropical Forest Conservation Act (TFCA) por meio do Fundo Brasileiro para Biodiversidade (FUNBIO).

Fotos: Edilaine Dick

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Realizada oficina sobre Plano de Manejo no Parque Estadual das Araucárias

A Apremavi realizou no dia 19 de novembro de 2013, em São Domingos (SC), uma oficina para discussão sobre o Plano de Manejo do Parque Estadual (PE) das Araucárias.

O objetivo principal da reunião foi apresentar a situação atual do Parque, o projeto para revisão do seu plano de manejo e analisar o impacto gerado por esta Unidade de Conservação Estadual.

O evento faz parte do projeto “Planejamento e Capacitação em Unidades de Conservação”, coordenado pela Apremavi e financiado pelo Tropical Forest Conservation Act (TFCA) por meio do Fundo Brasileiro para Biodiversidade (FUNBIO). Uma das metas do projeto é a revisão do plano de manejo do Parque Estadual das Araucárias.

A Oficina contou com a participação dos conselheiros do Parque e colaboradores, abrangendo 22 pessoas, entre representantes da FATMA, Polícia Ambiental, Grimpeiro, Epagri, Prefeitura Municipal de São Domingos, moradores de comunidades próximas ao parque, Companhia Elétrica de Chapecó, Unochapecó e representantes de Escolas.

No início da oficina os participantes se apresentaram e apontaram a visão de cada um sobre o Parque, onde a maioria gostaria de vê-lo aberto para visitação pública, podendo, dessa forma, trabalhar a educação ambiental.

A situação atual do Parque foi apresentada por Alexandre Simioni, Diretor de Ecossistemas da FATMA e Arno Gesser Filho, Gerente de Unidades de Conservação da FATMA, que esclareceram as dúvidas gerais dos conselheiros. Mencionaram o histórico de conflitos relacionados a infraestrutura do Parque, que ainda continua fechado, mas afirmaram que as obras serão retomadas e a previsão é ver o Parque aberto em 2014.

Alexandre Simioni, Diretor de Ecossistemas da FATMA explicando a situação atual do Parque. Foto: Aline Mayer

Angelo Milani, presidente do Grupo de Apoio a Gestão do Parque Estadual das Araucárias (GRIMPEIRO) leu uma carta do conselho com sugestões ao Governo do Estado de Santa Catarina e à FATMA. O documento foi assinado pelos componentes do Conselho Consultivo do Parque e apoiadores e busca principalmente o fortalecimento do PE Araucárias.

Marcos Alexandre Danieli apresentou o projeto e a meta de revisão do plano de manejo do Parque. Destacou que esta revisão pode ser entendida como uma etapa de monitoramento e atualização do Plano, que busca agregar novos conhecimentos ao planejamento da unidade e dar continuidade do processo de mobilização do conselho e valorização do Parque.

No final da Oficina, foi realizado um trabalho em grupo para responder questões sobre o parque, visando analisar o impacto gerado pela Unidade de Conservação desde sua criação. Na avaliação do conselho, o Parque tem contribuído para a conservação da biodiversidade, mas carece de uma gestão adequada para efetivar seu uso público e incentivar atividades de educação ambiental, pesquisa e integração com o entorno.

Apremavi participa no I Seminário de Projetos do TFCA

Entre os dias 27 e 30 de outubro de 2013 a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) participou do I Seminário de Projetos do Tropical Forest Conservation Act (TFCA), em Florianópolis, Santa Catarina, representando o projeto “Planejamento e Capacitação em UCs”.

O evento foi realizado pelo TFCA por meio do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) e teve como objetivo principal promover o diálogo e troca de experiências entre representantes dos projetos apoiados na Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga.

As boas vindas foram dadas por membros da Conta do TFCA, representado por Daniela Oliveira, presidente da Conta (MMA), Carlos Scaramuzza, Diretor de Conservação da Biodiversidade do MMA, Kirsten Schultz, oficial de ciências, saúde, energia e meio ambiente da embaixada dos EUA no Brasil; e Fábio Leite, gestor de programas do Funbio.

Fábio Leite destacou a dimensão do trabalho, que já envolveu cinco chamadas, 280 propostas enviadas e 78 projetos aprovados, num investimento total de 32,6 milhões, em dados que futuramente serão sistematizados para replicação. Outros temas foram apresentados durante as palestras.

Eduardo Ribas do Amaral, do MAPA, falou sobre A Relação Homem-Natureza no Contexto da Produção de Alimentos, destacando que “são necessárias ações de conservação da biodiversidade e sociobiodiversidade” para compatibilizar as diferentes formas de uso e ocupação da terra.  

Carlos Scaramuzza abordou As Rotas da Conservação da Biodiversidade na SBF-MMA e os Desafios para integração de pesquisas e políticas públicas, enfatizando que é preciso “facilitar a absorção pela sociedade e tomadores de decisão dos resultados da ciência”, sendo necessária maior integração da pesquisa, ciência e tecnologia e a construção de confiança entre essas agendas.

Márcia Chame, da FIOCRUZ falou sobre Biodiversidade e Saúde, ressaltando o necessário esforço para incorporar o “olhar da saúde” no contexto da conservação da biodiversidade. Citou o trabalho no Parque Nacional Serra da Capivara, onde “a única forma que a gente entrou e começou a trabalhar foi através da saúde”, com ações posteriores de educação ambiental e geração de renda.  Para Márcia, o desafio futuro é a integração das políticas. “A gente tem uma força acadêmica muito grande, mas ainda não consegue transformar isso em políticas públicas”, ressaltando o necessário esforço para tornar mais eficiente a divulgação dos dados científicos, especialmente num país de grandes dimensões como o Brasil.

Além das palestras, o evento contou com grupos de trabalho para apresentação dos projetos apoiados pelo TFCA, focando no contexto e motivação, resultados, desafios e oportunidades, enquanto momento para socialização das experiências e ampliação da rede de contatos. Foram sete grupos temáticos: Áreas Protegidas, Capacitação / Mobilização, Conservação / Manejo sustentado de espécies, Fortalecimento de Cadeias, Recuperação de áreas Degradadas, Manejo Florestal / SAF / Comunitários, Fortalecimento de Redes Produtivas.

Após conhecer cada projeto, no segundo dia do evento os grupos discutiram os desafios, experiências exitosas e elaboraram recomendações ao Ministério do Meio Ambiente para pensar em políticas públicas de fortalecimento aos temas trabalhados. A Apremavi esteve presente no grupo de “Áreas Protegidas”, com o projeto “Planejamento e Capacitação em UCs”, em andamento desde abril de 2013. Marcos Alexandre Danieli e Aline Mayer representaram a Apremavi no evento.

O seminário teve vários espaços para troca de experiências, desde a apresentação de materiais dos projetos, entrevistas, almoço por biomas e o “Cine TFCA”, onde pode-se ampliar a rede de contatos e parcerias.

No último dia do Seminário, foram apresentados em plenária os desafios e experiências exitosas discutidas em comum pelos grupos temáticos, além de exporem as recomendações feitas ao Ministério do Meio Ambiente.

Para Marcos Alexandre Danieli, coordenador de projetos da Apremavi, o evento foi rico em troca de experiências e evidenciou o enorme esforço que está sendo empreendido pelas instituições apoiadas, que enfrentam muitos desafios, mas estão cheios de experiências exitosas para compartilhar. Cada projeto saiu fortalecido pela ampliação da rede de contatos que podem gerar bons frutos. Certamente o êxito e objetivos do seminário foram atendidos e isso foi percebido pelos diversos elogios dados à todos os envolvidos na organização do evento, especialmente à equipe do Funbio.

Fotos: Roberto Rangel

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Apremavi aproxima Parques e Conselhos

No dia 25 de setembro de 2013 a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) promoveu visita técnica ao Parque Estadual (PE) Fritz Plaumann, tendo como visitantes os conselheiros do Parque Nacional (PARNA) das Araucárias, nessa atividade que integra o projeto “Planejamento e Capacitação em Unidades de Conservação”, aprovado pelo TCFA/Funbio.

Entre os conselheiros do PARNA, estavam representantes do poder público municipal (executivo e legislativo), órgãos ambientais, de assistência técnica, universidades, representantes comunitários e gestores de Unidades de Conservação (UCs) próximas. Pela manhã o foco a visita ao Centro de Visitantes e trilhas do Parque e a tarde às iniciativas em andamento no Parque e região.

O evento retribui o convite do conselho do PE Fritz, feito durante sua visita ao PARNA das Araucárias em maio de 2012. Teve como objetivo aproximar o conselho do PARNA das Araucárias com a experiência do PE Fritz Plaumann, focando em sua atuação na conservação, gestão e envolvimento comunitário. Mas o objetivo foi além. Multiplicou-se nas rodas de conversa dos momentos mais "formais", previstos em pauta, e nos momentos de bastidores, formando pelo diálogo vínculos estratégicos para projetos e parcerias.

Essa foi a concepção do Projeto Filó “um projeto que iniciou pelo diálogo”, destacou Claudio Rocha de Miranda, pesquisador da Embrapa e convidado para o evento.  “Pra que lugar melhor para conciliar produção e conservação que o entorno do parque” ressaltou aos conselheiros do PARNA, trazendo o histórico desse projeto de agricultura familiar, o processo de envolvimento com os moradores vizinhos e as oportunidades que surgem quando as iniciativas são planejadas em conjunto. O desafio agora é a continuidade, ampliado a rede de parcerias e dividindo responsabilidades, tendo com um dos focos o Pagamento por Serviços Ambientais aos agricultores envolvidos.

Continuando a roda de conversa, representantes do conselho do PARNA das Araucárias trouxeram sua visão sobre essa Unidade de Conservação. Cleusa Gabiatti, da Comunidade Bela Planície de Passos Maia destacou “grande parte das pessoas que eram contrárias ao Parque hoje são defensoras dele”, evidenciando as mudanças ao longo do tempo e o envolvimento no conselho. “O Parque não é só feito de árvores, mas de pessoas que tem raízes na região”, complementou, trazendo a importância da valorização da cultura local e do envolvimento das pessoas na discussão das temáticas ambientais. Para o Prefeito de Passos Maia, Evandre Bocalon, o “Parque pode ser uma grande oportunidade para o município e região”. “O desafio é a comunidade ver o parque com olhos diferentes”, destacou Célio Maier, representando o Sindicato Rural de Ponte Serrada.

Algumas iniciativas visitadas pelos conselheiros do PARNA das Araucárias mostraram como esse “olhar” da comunidade mudou mediante parcerias e aproximação com o Parque. Prova disso é a agroindústria familiar do Sr. Evandro Macagnan e família, local do saboroso almoço da visita, onde em aproximadamente quarenta hectares produzem verduras, cítricos, nogueiras, gado leiteiro, pastagens, uva, mel, tudo com muita vontade e disposição. Destaque também para uma unidade familiar de produção de erva-mate, a ervateira Gheno, que planta e comercializa esse produto em propriedade vizinha ao Parque. Esses locais, além do Parque, são um atrativo para quem vem conhecer a região.

O Projeto Restauração e Conservação da Mata Ciliar do Lajeado Cruzeiro, realizado pela Ecopef, trouxe outra possibilidade de parceria com as seis propriedades de agricultura familiar envolvidas no trabalho. As instituições e agricultores trabalharam juntos, mostrando que essa relação de parceria entre o Parque e seus vizinhos é um dos caminhos para a conservação da biodiversidade.

Fazendo do PE Fritz Plaumann uma área de referência na gestão do uso público, a Ecopef é quem mantém a unidade viva, recepciona os visitantes e conquista novos admiradores e parceiros, como os conselheiros do PARNA, que acompanharam de perto o trabalho feito nessa área. “O parque precisa valorizar as pessoas, porque elas é que vão falar da unidade”, destacou Rafael Leão, da Ecopef.

A visita aproximou dois Parques e dois conselhos e proporcionou o diálogo e a troca de experiências. Esse é um dos papeis dos conselhos de Unidades de Conservação, enquanto espaço para discutir estratégias de valorização da cultura local, divulgação de informações, parcerias e projetos relacionados às UCs e sua região de inserção. É a “oportunidade do conselho de reunir diferentes instituições para discutir gestão do espaço, pontuou Juliano Rodrigues Oliveira, gestor do PARNA das Araucárias”, fazendo menção ao potencial e a responsabilidade desses conselhos.

Certamente os conselheiros do Parque Nacional das Araucárias voltaram pra casa com novas ideias e uma rede de contatos ampliada, numa experiência que será tema de uma reunião extraordinária, prevista para novembro, como encaminhamento da atividade realizada, para qualificar a atuação do conselho e propor ações para ao Parque.

Conhecendo o PE Fritz Plaumann. Foto: Marcos A. Danieli.

Apremavi participa de evento promovido pelo TFCA – Funbio

Entre os dias 19 e 22 de junho de 2013 a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) participou de uma oficina de capacitação realizada pelo TFCA – Tropical Forests Conservation Act, por meio do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade – Funbio.  

O evento foi realizado na sede da Associação Mico-Leão-Dourado (AMLD), junto a Reserva Biológica de Poço das Antas, em Silva Jardim (RJ) e reuniu mais de 40 representantes dos 22 projetos apoiados pelo TFCA mediante Chamadas 02 (relançamento) e 04/2012, de fortalecimento de Redes de ONGs na Mata Atlântica e Caatinga e de Conservação da Biodiversidade, respectivamente.

Teve como objetivo a capacitação técnica e financeira para a realização dos projetos aprovados, além da socialização de algumas propostas. A Apremavi esteve representada por Maria Luiza Schmitt Francisco e Marcos Alexandre Danieli, que representaram o projeto “Planejamento e Capacitação em Unidades de Conservação”.

Vindos de várias regiões do Brasil, os participantes foram recepcionados pela equipe do Funbio no Rio de Janeiro, de onde partiram para a sede da AMLD, onde houve a abertura do evento, apresentação dos participantes, apresentação do Funbio, TFCA e Projeto Mico-Leão-Dourado.

No segundo dia, todos puderam conhecer mais de perto o Projeto Mico-Leão-Dourado, em visita a área de vida desta espécie, guiada pelo secretário geral da AMLD, Luiz Paulo Ferraz e sua equipe de campo, que nos falaram sobre o comportamento da espécie, o projeto e sua meta atual de estabelecer uma população mínima viável até o ano de 2025, com 2.000 micos-leão-dourados e 25.000 hectares de florestas protegidas e interligadas.

Na socialização das propostas aprovadas, Marcos Alexandre Danieli apresentou o projeto “Planejamento e Capacitação de Unidades de Conservação”, situando seu contexto, área de abrangência, objetivos e metas. Ressaltou a importância de editais como o lançado pelo Funbio, por possibilitar às instituições apoiadas a base necessária ao fortalecimento de suas ações institucionais. Outros projetos também foram apresentados, focados em diferentes linhas temáticas, tendo no evento um importante momento de integração.

Na sequencia do dia 20 e 21 seguiu-se com o nivelamento de informações e treinamento das regras e ferramentas operacionais do TFCA, realizado por Filipe Mosqueira, Natalia Prado Lopez Paz e Maria Rita Olyntho, da coordenação gerencial e Ana Paula Lopes, responsável pela gestão financeira, os quais compõem a equipe TFCA – Funbio e se colocaram a inteira disposição para contribuir da melhor maneira com o desenvolvimento dos projetos.

Para Maria Luiza, Coordenadora Administrativa e representante do setor financeiro da Apremavi no Projeto Planejamento e Capacitação de Unidades de Conservação, "o evento foi extremamente importante, pois possibilitou o conhecimento e a troca de experiências entre os projetos desenvolvidos pelas organizações e o recebimento de orientações sobre os procedimentos e regras a serem adotadas durante a execução destes projetos. A equipe do Funbio foi muito esclarecedora e dedicada e a recepção que tivemos foi excepcional. O apoio do TFCA – Funbio nos projetos que estão em desenvolvimento é de fundamental importância para que possamos atingir os resultados esperados em prol da conservação e uso sustentável das florestas".

Fotos: Marcos A. Danieli, Fábio Nunes, Associação Mico-Leão-Dourado e Funbio.

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Apremavi inicia atividades nos PEs das Araucárias e Rio Canoas

De 14 a 16 de maio de 2013 a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) realizou as primeiras reuniões do projeto “Planejamento e Capacitação em Unidades de Conservação (UCs)“. O projeto foi aprovado na Chamada 04/2012 do TFCA – Tropical Forests Conservation Act, realizada pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO), na linha de Ação Temática Manutenção de Áreas Protegidas.

As reuniões tiveram por objetivo a apresentação das atividades previstas no projeto, focando neste momento em duas das quatro metas, sendo: Revisão do plano de manejo do Parque Estadual (PE) das Araucárias e Formação e capacitação do conselho consultivo do PE Rio Canoas. As atividades foram conduzidas pelos técnicos da Apremavi, Marcos Alexandre Danieli e Edilaine Dick.  

Para a revisão do plano de manejo do PE Araucárias, destaca-se a realização da “Oficina de integração com a equipe do projeto e parceiros”, realizada na Prefeitura de São Domingos, com representantes desta Prefeitura, Apremavi, Grupo de Apoio à Gestão do PE Araucárias (GRIMPEIRO) e Unoesc. Fez parte da pauta da reunião a apresentação do cenário atual da UC pelos representantes da Fundação de Meio Ambiente (FATMA), Eduardo Mussatto e João Luiz Godinho, seguido da apresentação do projeto e planejamento das atividades previstas.

Nas “Oficinas de Integração com as Comunidades” vizinhas ao PE Araucárias, foram envolvidos moradores da Vila Milani e Nova Limeira, de São Domingos e em outra reunião moradores da Linha Manfroi, Valendorff e Berthier, de São Domingos e Linha Divino, do município de Galvão. Nestes contatos foi realizada apresentação do cenário do Parque e dos objetivos e metas previstas na revisão do plano de manejo. Representantes da ONG GRIMPEIRO também estiveram presentes, os quais destacaram seu objetivo principal de apoiar a implantação do Parque, por meio da fala do presidente desta instituição, Angelo Milani. Foi um encontro para tirar dúvidas, ouvir as expectativas dos moradores sobre o Parque, sobre o projeto e, amparado pelas representações comunitárias que fazem parte do conselho, reforçar a importância deste no acompanhamento das etapas de revisão do plano de manejo.

O conselho consultivo do PE Araucárias tomou posse na semana em que ocorreram estas reuniões e nesse momento foram identificados demais representantes que participarão mais ativamente do processo de revisão do plano de manejo.

Para a formação e capacitação do conselho consultivo do PE Rio Canoas, foi realizada reunião no município de Campos Novos (SC) para apresentação do projeto e meta específica, contando com a presença da Apremavi, FATMA e Associação de Preservação Ambiental Leão Baio, em processo de criação, e que entre os seus objetivos visa apoiar a implantação do Parque.

No Oeste de Santa Catarina, a Apremavi possui sede regional na Unochapecó, local onde foi realizada reunião com representantes do Curso de Ciências Biológicas e do Mestrado em Ciências Ambientais para fortalecimento da parceria e onde foi selecionada acadêmica de biologia que atuará no projeto.

Apremavi inicia novo projeto com unidades de conservação

A Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) iniciou, em abril de 2013, o projeto “Planejamento e Capacitação em Unidades de Conservação (UCs)”, que terá dois anos de duração. O projeto foi aprovado na Chamada 04/2012 do TFCA – Tropical Forests Conservation Act, realizada pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO), na linha de Ação Temática Manutenção de Áreas Protegidas.

O projeto tem como objetivo principal contribuir com a implementação, manutenção e gestão participativa de Unidades de Conservação, através do apoio aos seus principais instrumentos de gestão, como o plano de manejo, plano de ação para conservação e o conselho consultivo. Tem como público alvo os gestores dos órgãos ambientais, conselheiros e comunidades vizinhas das UCs e a sociedade em geral interessada em contribuir com as UCs e com o projeto.

A área de atuação abrange oito municípios de Santa Catarina, localizados nas regiões do Alto Vale do Itajaí, Meio Oeste e Oeste e dois municípios do Centro Sul do Paraná, tendo como foco três UCs Federais e duas Estaduais, que juntas conservam significativos remanescentes de Floresta com Araucárias, alguns em transição com Campos Nativos ou Floresta Ombrófila Densa.

A motivação para este novo projeto reflete a necessidade de ações que ampliem os esforços de conservação da biodiversidade da Mata Atlântica, por meio do apoio às UCs. Dá continuidade ainda às atividades que vem sendo realizadas pela Apremavi na região, visando o apoio à criação, planejamento e gestão participativa de UCs.

As atividades previstas no projeto envolvem a revisão do plano de manejo do Parque Estadual (PE) das Araucárias; formação e capacitação do conselho consultivo do PE Rio Canoas; elaboração do plano de ação para conservação da Área de Relevante Interesse da Serra da Abelha e apoio à gestão do Refúgio de Vida Silvestre dos Campos de Palmas e do Parque Nacional das Araucárias.

O projeto conta com a anuência e parceria da Fundação de Meio Ambiente do Estado de Santa Catarina (FATMA) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), e parceria do Grupo de Apoio à Gestão do Parque Estadual das Araucárias (GRIMPEIRO) a Prefeitura Municipal de Vitor Meireles e a Universidade Comunitária da Região de Chapecó (UNOCHAPECÒ).

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