Entre os dias 27 e 30 de outubro de 2013 a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) participou do I Seminário de Projetos do Tropical Forest Conservation Act (TFCA), em Florianópolis, Santa Catarina, representando o projeto Planejamento e Capacitação em UCs.
O evento foi realizado pelo TFCA por meio do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) e teve como objetivo principal promover o diálogo e troca de experiências entre representantes dos projetos apoiados na Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga.
As boas vindas foram dadas por membros da Conta do TFCA, representado por Daniela Oliveira, presidente da Conta (MMA), Carlos Scaramuzza, Diretor de Conservação da Biodiversidade do MMA, Kirsten Schultz, oficial de ciências, saúde, energia e meio ambiente da embaixada dos EUA no Brasil; e Fábio Leite, gestor de programas do Funbio.
Fábio Leite destacou a dimensão do trabalho, que já envolveu cinco chamadas, 280 propostas enviadas e 78 projetos aprovados, num investimento total de 32,6 milhões, em dados que futuramente serão sistematizados para replicação. Outros temas foram apresentados durante as palestras.
Eduardo Ribas do Amaral, do MAPA, falou sobre A Relação Homem-Natureza no Contexto da Produção de Alimentos, destacando que são necessárias ações de conservação da biodiversidade e sociobiodiversidade para compatibilizar as diferentes formas de uso e ocupação da terra.
Carlos Scaramuzza abordou As Rotas da Conservação da Biodiversidade na SBF-MMA e os Desafios para integração de pesquisas e políticas públicas, enfatizando que é preciso facilitar a absorção pela sociedade e tomadores de decisão dos resultados da ciência, sendo necessária maior integração da pesquisa, ciência e tecnologia e a construção de confiança entre essas agendas.
Márcia Chame, da FIOCRUZ falou sobre Biodiversidade e Saúde, ressaltando o necessário esforço para incorporar o olhar da saúde no contexto da conservação da biodiversidade. Citou o trabalho no Parque Nacional Serra da Capivara, onde a única forma que a gente entrou e começou a trabalhar foi através da saúde, com ações posteriores de educação ambiental e geração de renda. Para Márcia, o desafio futuro é a integração das políticas. A gente tem uma força acadêmica muito grande, mas ainda não consegue transformar isso em políticas públicas, ressaltando o necessário esforço para tornar mais eficiente a divulgação dos dados científicos, especialmente num país de grandes dimensões como o Brasil.
Além das palestras, o evento contou com grupos de trabalho para apresentação dos projetos apoiados pelo TFCA, focando no contexto e motivação, resultados, desafios e oportunidades, enquanto momento para socialização das experiências e ampliação da rede de contatos. Foram sete grupos temáticos: Áreas Protegidas, Capacitação / Mobilização, Conservação / Manejo sustentado de espécies, Fortalecimento de Cadeias, Recuperação de áreas Degradadas, Manejo Florestal / SAF / Comunitários, Fortalecimento de Redes Produtivas.
Após conhecer cada projeto, no segundo dia do evento os grupos discutiram os desafios, experiências exitosas e elaboraram recomendações ao Ministério do Meio Ambiente para pensar em políticas públicas de fortalecimento aos temas trabalhados. A Apremavi esteve presente no grupo de Áreas Protegidas, com o projeto Planejamento e Capacitação em UCs, em andamento desde abril de 2013. Marcos Alexandre Danieli e Aline Mayer representaram a Apremavi no evento.
O seminário teve vários espaços para troca de experiências, desde a apresentação de materiais dos projetos, entrevistas, almoço por biomas e o Cine TFCA, onde pode-se ampliar a rede de contatos e parcerias.
No último dia do Seminário, foram apresentados em plenária os desafios e experiências exitosas discutidas em comum pelos grupos temáticos, além de exporem as recomendações feitas ao Ministério do Meio Ambiente.
Para Marcos Alexandre Danieli, coordenador de projetos da Apremavi, o evento foi rico em troca de experiências e evidenciou o enorme esforço que está sendo empreendido pelas instituições apoiadas, que enfrentam muitos desafios, mas estão cheios de experiências exitosas para compartilhar. Cada projeto saiu fortalecido pela ampliação da rede de contatos que podem gerar bons frutos. Certamente o êxito e objetivos do seminário foram atendidos e isso foi percebido pelos diversos elogios dados à todos os envolvidos na organização do evento, especialmente à equipe do Funbio.
Fotos: Roberto Rangel
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