Projeto nas UCs da Floresta com Araucárias completa um ano

O projeto que prevê a “Elaboração dos Planos de Manejo da Estação Ecológica da Mata Preta e do Parque Nacional das Araucárias” completou no mês de julho de 2008, o seu primeiro ano de execução.

O projeto é uma iniciativa da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), apoiada pelo PDA Mata Atlântica, e realizado com a colaboração da The Nature Conservancy (TNC), Grupo Condor, Universidade Federal de Santa Catarina, Prefeitura Municipal de Ponte Serrada, Câmara de Vereadores de Ponte Serrada, Câmara de Vereadores de Abelardo Luz, ICMBio

Recentemente conta com a colaboração da Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc – Xanxêre), Universidade Comunitária de Chapecó (UNOChapecó), Adami S.A e Associação de Preservação da Natureza (Acaprena).

As ações do projeto estão voltadas para o estímulo da gestão participativa das Unidades de Conservação (UCs), através da formação dos conselhos consultivos das mesmas e no envolvimento da população na elaboração dos respectivos planos de manejo.

Um dos principais resultados alcançados nesse primeiro ano, foi a criação de espaços de diálogo com as comunidades do entorno das UCs, entidades governamentais e da sociedade civil possibilitando desta maneira a discussão e o levantamento de informações relevantes para subsidiar ações do projeto.

Outro ponto importante está sendo a sensibilização da população quanto à importância das Unidades para a região, bem como o entendimento de que o Parque Nacional (PARNA) das Araucárias e a Estação Ecológica (ESEC) da Mata Preta estão sendo fundamentais para a manutenção da floresta com araucárias na região.

Neste primeiro ano foram mobilizadas mais de 400 pessoas, através de reuniões realizadas com lideranças de entidades governamentais e da sociedade civil com atuação na região de abrangência do projeto, e através de 12 reuniões abertas realizadas com as comunidades, localizadas nas zonas de amortecimento do Parna das Araucárias e da ESEC da Mata Preta.

A realização de parcerias com entidades do terceiro setor, empresas privadas e instituições de ensino da região e de outras regiões do estado, também foi um ponto alto das atividades desenvolvidas.

Através das saídas de campo foi possível observar de perto a realidade do Parna das Araucárias, onde se constatou a existência de uma exuberante floresta primária, além de diferentes estágios de regeneração da floresta.

A Parna das Araucárias e a Esec da Mata Preta, além de terem belíssimos e representativos remanescentes de floresta Ombrófila Mista, constituem-se em importantes fragmentos para reprodução e manutenção das espécies animais nativas, além de estarem localizados em regiões com forte vocação para o desenvolvimento de atividades turísticas, com enfoque para o desenvolvimento de esporte de aventura, como rapel, canoagem, rafting, trekking entre outros.

Em anexo, é possível acessar o Relatório de Avaliação Semestral (Rais) referente ao 2º semestre de execução do projeto.

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Pesquisadores realizam visita de campo no Parna das Araucárias

Desde julho de 2007 a Apremavi está desenvolvendo o Projeto “Elaboração dos Planos de Manejo da Estação Ecológica da Mata Preta e do Parque Nacional das Araucárias”, Unidades de Conservação situadas na região oeste de Santa Catarina, criadas em outubro de 2005. O referido projeto está sendo desenvolvido em parceria com várias instituições, com o apoio do PDA Mata Atlântica e anuência do ICMBio.

De 08 a 10 de julho de 2008, 17 pessoas estiveram na área do Parque Nacional das Araucárias e seu entorno, nos municípios de Ponte Serrada e Passos Maia, para uma visita de reconhecimento de campo.

O "Reconhecimento de Campo” é uma das etapas previstas no roteiro metodológico para elaboração dos Planos de Manejo de Parques Nacionais, Reservas Biológicas e Estações Ecológicas e tem como objetivo fazer um reconhecimento local da Unidade de Conservação, com identificação de pontos positivos e negativos que afetam a área, bem como, identificar áreas relevantes para a coleta de informações para os diagnósticos bióticos e abióticos.

A saída de campo contou com a participação das seguintes pessoas:

Adelino dos Santos Neto – Consultor autônomo
Adrian Eisen Rupp – Acaprena
Carlos H. Salvador de Oliveira – Caipora Cooperativa
Celia Lontra – ICMBio
Cintia Gisele Gruener – Acaprena
Elaine M. Lucas Gonsales – UNOChapecó
Edilaine Dick – Apremavi
Erasmo Nei Tiepo – Caipora Cooperativa
Erikcsen A. Raimundi – UNOChapecó
Fábio André Faraco – ICMBio
Franciele Oliveira Dias – Acaprena
Gilsa Mª de Souza Franco – UNOChapecó
Hellen José Florez Rocha – ICMBio
Jaqueline Pesenti – Apremavi
Marcos Alexandre Danieli – Apremavi
Miriam Prochnow – Apremavi
Suiana Cristina Pagliari – Apremavi

Durante a visita foram realizados contatos com vários proprietários que possuem áreas dentro do parque e também na zona de amortecimento. Os proprietários acompanharam as visitas aos locais. A empresa Adami inclusive cedeu um dos seus alojamentos para servir como base de apoio da equipe.

Para a Coordenadora do Projeto, Edilaine Dick, a visita conseguiu atingir plenamente o seu objetivo: "Foi possível fazer um amplo reconhecimento da região, com a identificação dos pontos que servirão como base para a coleta científica, próxima etapa dentro do roteiro metodológico, visando a elaboração do Plano de Manejo do Parna", comenta a coordenadora de projetos da Apremavi.

A visita serviu também para confirmar que a criação e a implantação do Parque Nacional das Araucárias é uma grande oportunidade para a região, tanto do ponto de vista ambiental, quanto do ponto de vista de desenvolvimento econômico. As áreas bem conservadas dentro do parque são fundamentais para a conservação da Floresta com Araucárias, que é a mais ameaçada da Mata Atlântica e os atrativos naturais, dentro e fora do parque, representam potenciais para o turismo ecológico e rural.

Foram identificadas também algumas das ameaças à integridade do Parque, entre elas: a invasão de javalis, a dispersão do pinus para áreas nativas e o desmatamento para abastecer fornos de carvão.

As próximas etapas de campo com esta equipe de pesquisadores estão previstas param serem realizadas até outubro de 2008.

Fotos: Miriam Prochnow

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Imbuia perto de ter Parque Ambiental

No dia 15 de maio de 2008, através da realização de consulta pública, o município de Imbuia deu um importante passo para criação do “Parque Natural Municipal Trilha dos Bugres”, uma Unidade de Conservação (UC) de proteção integral.

O evento contou com a presença de aproximadamente 70 pessoas, entre, proprietários de terras da área de abrangência da UC e da zona de amortecimento, representantes de entidades governamentais e não-governamentais da região do Alto Vale do Itajaí.

A consulta pública foi coordenada pelo prefeito municipal, Neri Fermino, e a apresentação da proposta foi realizada por Edilaine Dick, coordenadora de projetos da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) e Dulciani Terezinha Allein Schilikmann, ecóloga, da Secretaria de Agricultura, Indústria, Comércio e Meio Ambiente de Imbuia. Ambas foram responsáveis pela coordenação dos estudos que subsidiaram a proposta.

Foi visível a preocupação da população presente, para que se realizem ações de conservação na área proposta, com muitos posicionamentos favoráveis à criação do parque. Várias pessoas da comunidade também levantaram a necessidade de incluir na área do Parque Natural Municipal Trilha dos Bugres, uma área localizada acima do manancial “águas cristalinas”, ponto em que Casan capta a água para o abastecimento da população urbana do município.

A área proposta para o parque é de 104,6 hectares, sendo que cerca de 70% da mesma possui remanescentes florestais nativos em diferentes estágios de regeneração. É uma área importante na região do Alto Vale do Itajaí, pois abriga espécies ameaçadas de extinção, como a araucária, a imbuia, a canela-sassafrás e o xaxim-bugio, além de diversas espécies de animais.

Além de proteger a biodiversidade e manter o patrimônio natural e genético, a área representa a garantia da qualidade e disponibilidade de recursos hídricos da região, influenciando o regime de clima e de chuva.

A proteção da área é fundamental porque ao mesmo tempo em que ainda mantém todos esses atributos, sofre forte pressão pelo plantio de culturas agrícolas e reflorestamento de espécies exóticas em áreas de preservação permanente, caça de animais silvestres e desmatamento para retirada de lenha para secagem de fumo, entre outros.

Os estudos para a criação do Parque Natural Municipal Trilha dos Bugres, também contou com o apoio do Conselho Municipal de Meio Ambiente de Imbuia, Ministério Público – comarca de Ituporanga, Universidade do Planalto Catarinense (Uniplac) e o Instituto de Pesquisas Ambientais da Furb.

Para Edegold Schäffer, presidente da Apremavi, é uma alegria imensa ver mais um parque se concretizando, uma vez que o apoio à criação de Unidades de Conservação é um dos objetivos da Apremavi: “trabalhamos muito, em conjunto com a prefeitura de Atalanta, para a criação e implantação do Parque Natural Municipal da Mata Atlântica e sabemos o quanto essas áreas são importantes para o bem estar da população e também para o equilíbrio ambiental. A Apremavi está de portas abertas para apoiar outras iniciativas desse tipo”, complementa Edegold.

O Prefeito de Imbuia, Neri Fermino, destaca a importância da área para a manutenção dos mananciais do município e a grande oportunidade que a criação do Parque representa para o desenvolvimento do turismo ecológico.

As próximas duas semanas serão dedicadas ao fechamento da proposta, levando em conta sugestões feitas durante a consulta. Após essa data o parque poderá ser decretado e o Alto Vale do Itajaí passará a ter mais uma importante Unidade de Conservação.

Prefeito Neri Fermino coordenando a Consulta Pública.

Parque Mata Atlântica comemora oito anos de criação

Para comemorar os oito anos de criação do Parque Natural Municipal da Mata Atlântica, a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) e a Prefeitura Municipal de Atalanta(SC), realizaram no dia 09 de maio de 2008, nas dependências do parque, um evento com o objetivo de apresentar ao público a importância das Unidades de Conservação e os resultados e perspectivas para o parque. O evento contou com a presença de cerca de 60 pessoas e foi realizado com o apoio da Metalúrgica Riosulense S/A.

Entre os presentes, estavam representantes do poder público e legislativo de Atalanta e de outros municípios da região do Alto Vale do Itajaí, membros da Apremavi, estudantes das escolas municipais e da escola estadual do município, comunidade local, representantes da Metalúrgica Riosulense e da família Gropp.

O Parque Natural Municipal da Mata Atlântica, localizado no município de Atalanta (SC), tem 54 hectares e desde 2004 é gerido e administrado pela Apremavi, através de um Termo de Parceria firmado com a Prefeitura Municipal. No passado, a área abrigava uma fecularia pertencente à família Gropp e hoje é a primeira e até o momento, a única área pública oficialmente protegida dentro do município de Atalanta.

Na gestão do parque, a Apremavi conta com o valiosíssimo apoio da empresa Metalúrgica Riosulense S/A desde 2005. Ações como esta, vem provar que a visão empreendedora ultrapassa os limites da empresa e se foca na preservação ambiental local e regional e defende um planeta ecologicamente sustentável e equilibrado.

A primeira palestra da noite foi ministrada por Lucia Sevegnani, que falou sobre a criação de Unidades de Conservação e sua importância, apresentando dados e fotos alarmantes sobre a situação ambiental do planeta terra. Lúcia é mestre em Botânica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Dra. em Ecologia pela Universidade de São Paulo, Professora e Pesquisadora em Botânica e Ecologia Florestal, Cursos de Ciências Biológicas e Engenharia Florestal, professora do Mestrado em Engenharia Ambiental da Universidade Regional de Blumenau – FURB.

A segunda palestra da noite foi ministrada pelos funcionários da Apremavi, Leandro Casanova e Jaqueline Pesenti que apresentaram ao público as atividades que foram realizadas desde a criação do parque, relembrando os fatos históricos nos tempos em que ainda funcionava a fecularia. Foi enfatizada a importância do parque para o desenvolvimento da economia local, além de apresentadas algumas idéias de projetos que se pretende desenvolver na área do parque.

O evento contou com a apresentação especial dos alunos da Escola Municipal Vila Gropp, que se localiza nas proximidades do parque. Os estudantes cantaram uma canção e leram trechos da carta escrita pela adolescente canadense Seven Suzuki, apresentada em 1992 aos representantes de quase todos os países do mundo durante a ECO 92. A carta mostra que muitas vezes as crianças podem dizer verdades inconvenientes e que estão preocupadas com o futuro do planeta.

Desde a sua criação, o Parque Mata Atlântica já recebeu cerca de 7 mil visitantes de várias cidades, estados e até de fora do país. A estrutura de recepção e trilhas existentes na área permite que o parque receba e sensibilize crianças desde a pré-escola até grupos de terceira idade, sempre enfatizando e motivando essas pessoas a valorizar e preservar os recursos naturais existente no seu município de origem e região.

É importante salientar que cada um de nós tem uma parcela de responsabilidade na preservação do meio ambiente. Nós somos os responsáveis pelo ambiente que queremos!

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Elaboração de Plano de Manejo envolve participação da comunidade local

No dia 07 de maio de 2008, a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), deu mais um passo importante na “Elaboração do Plano de Manejo do Parque Nacional das Araucárias”. Neste dia foi realizada uma reunião com as comunidades Granja Berté e Rio do Mato, ambas localizadas na zona de amortecimento do Parque Nacional (Parna), no município de Ponte Serrada (SC).

Essa reunião faz parte da etapa “reconhecimento de campo”, prevista no Roteiro Metodológico de Planejamento – Parque Nacional Reserva Biológica e Estação Ecológica (2002), e tem como objetivo informar sobre o Plano de Manejo, obter informações sobre a área, identificar as expectativas, avaliar a visão da comunidadesobre a Unidade de Conservação e identificar os prováveis participantes da Oficina de Planejamento.

Além da presença de aproximadamente 25 agricultores das comunidades, estavam presentes técnicos da Epagri, do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Marcos Alexandre Danieli – técnico ambiental da Apremavi e as estagiárias Suiana Cristina Pagliari e Françoise Catapan.

Inicialmente, Hellen José Florez Rocha, analista ambiental do ICMbio, fez um breve relato sobre a necessidade da criação do PARNA das Araucárias para a região, haja vista seu contexto de degradação ambiental.

Em seguida, Edilaine Dick, coordenadora de projetos da Apremavi, fez uma abordagem sobre os motivos de criação desta Unidade de Conservação, aos problemas identificados em sua área de abrangência, aos passos de construção do plano de manejo, do conselho consultivo e, principalmente, sobre a importância do envolvimento e participação da população do entorno do Parque, como aliados a conservação da área.

Logo após, os participantes foram divididos em 5 grupos de trabalho, onde responderam à algumas questões relacionadas ao conhecimento e visão sobre o Parque, os problemas encontrados e as maneiras de colaborar com o mesmo. Em seguida os grupos apresentaram para os demais participantes.

A realização destes encontros é importante, pois propicia a interação entre os diversos atores do município envolvidos com o Parque, o que é um grande passo para o fortalecimento de suas relações e contribui diretamente para o processo de elaboração do plano de manejo. Outro ponto que merece atenção se refere às informações levantadas a respeito do Parque pelos moradores, as quais podem subsidiar e orientar ações para o planejamento e implantação do plano de manejo.

Estão programadas para acontecer cerca de 10 reuniões abertas envolvendo comunidades e assentamentos do Incra, localizadas na zona de amortecimento do Parque Nacional das Araucárias.

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