Uma árvore de natal nada convencional

O natal é mesmo feito de tradições. Mesmo quando não são importadas, mesmo quando muitas delas não são conhecidas, especialmente por serem típicas de regiões distantes dos centros da informação. Nem por isso são esquecidas ou abandonadas.

Uma delas, introduzida no interior do Vale do Itajaí (SC), pelos imigrantes alemães, no início do século 20, está relacionada com uma árvore da Mata Atlântica, que se enche de frutos bem na época do natal, virando uma verdadeira árvore de natal cobiçada pela garotada e claro pelos animais nativos.

Reza a tradição, que a garotada começava a cobiçar os frutos do ingá-macaco, como é popularmente conhecido o inga sessillis, já no início do mês de dezembro, mas a autorização para a colheita dos frutos só era dada no dia 25 de dezembro, como se fosse um presente da natureza.

É claro que a garotada de hoje, já não espera mais a tão sonhada “autorização” para comerem os gostosíssimos ingás, mas mesmo assim, dezembro é época de ingá e não tem como esquecê-los, eles continuam fazendo parte das diversões de fim de ano.

O ingá-macaco é uma variedade muito generosa, que produz frutos carnudos e doces. Além disso, para abrí-los é necessária uma técnica especial (dominada com exímio pelo macaco-bugio), que faz com que quase sempre as crianças procurem um adulto para ajudá-las com a abertura dos frutos. Assim, a atividade de colher e comer os ingás, acaba sempre sendo uma diversão em família, bem de acordo com o espírito natalino.

Mas a frutificação do ingá-macaco também é esperada pela turma do viveiro “Jardim das Florestas”,  que com suas sementes produzem milhares de mudinhas para serem usadas nos projetos de restauração de áreas da Mata Atlântica, em especial as matas ciliares, onde essa espécie se desenvolve muito bem.

Além de ter um bom desenvolvimento, o ingá-macaco, assim como todos os ingás, é uma ótima alternativa para o plantio, por ser tratar de uma espécie frutífera, o que beneficia a fauna nos processos de recuperação de áreas.

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Árvores nativas são sucesso na Semana da Primavera

Setembro sempre foi um mês especial para o Viveiro Jardim das Florestas. É o mês em que se comemora o dia da árvore e o início da primavera, mas também um mês em que as pessoas se animam muito em plantar árvores e por isso a movimentação no viveiro é grande. Grande por conta do número de mudas que são preparadas para deixar o viveiro rumo ao seu destino final e também porque começa a época em que se intensifica a coleta de sementes.

Em setembro foram coletas muitas sementes de várias espécies de ipês, que virarão belas mudas de árvores para serem plantadas no ano que vem. Este mês também foi intenso na realização de mutirões de plantio por parte de empresas, que também distribuíram mudas aos seus funcionários.

Durante o mês de setembro, foram retiradas do viveiro “Jardim das Florestas”, cerca de 100.000 mudas de árvores nativas. Dessas, 40 mil foram destinadas ao Programa Matas Legais em parceria com a Klabin e outras 30 mil foram retiradas pelo Supermercado Archer, que há 11 anos mantém parceria com a Apremavi. 8 mil foram para a Adami e 3 mil para a Malwee, que também mantém um amplo programa de plantio de nativas durante o ano todo.

Mas não foram só as empresas e as grandes quantidades que fizeram a movimentação no viveiro. Inúmeras pessoas como Tarcisio Polastre, Josemir Trentini e Joelson Eger retiraram entre 20 e 30 mudas cada um, ou o exemplo de Osni Schiestl que pegou 600, contribuindo dessa forma com a melhoria da qualidade de vida nas suas comunidades.

A certeza é de que todas essas mudas irão colaborar na amenização dos efeitos das mudanças climáticas e embelezarão os lugares  onde forem plantadas.

Empresa recupera Mata Ciliar em Atalanta

Nos meses de fevereiro e março de 2008, funcionários e estagiários da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) realizaram e acompanharam o plantio de mudas de árvores nativas em uma área de preservação permanente (APP) pertencente à Indústria e Comércio de Madeiras Scheller Ltda. Localizada no município de Atalanta (SC).

O objetivo do plantio é recuperar a mata ciliar de um trecho do rio São João que passa próximo ao pátio da indústria. O rio São João é um dos afluentes do rio Dona Luiza, principal rio do município de Atalanta.

A empresa, que há vários anos já vem apoiando as ações da Apremavi, iniciou a recuperação da mata ciliar nas imediações do seu parque industrial no final da década de 90. Já em 2004, numa parceria com a Apremavi, recuperou cerca de 300 metros de mata ciliar no rio Santo Antônio, outro afluente do rio Dona Luiza.

Segundo Cristiano José Scheller, representante da empresa, a recuperação da Mata Ciliar junto aos Rios São João e Santo Antônio, em parceria com a Apremavi, representa um trabalho de conscientização e de preservação do meio ambiente importante para todos: "a empresa Scheller Indústria e Comércio de Madeiras Ltda tem a convicta confiança que a Apremavi faz um trabalho exemplar no desenvolvimento de projetos de recuperação ambiental e conscientização da preservação do meio ambiente em todo o nosso país colaborando assim para termos um futuro melhor. Esperamos ser parceiros em novos projetos que visam melhorar as condições de nossa qualidade de vida e das gerações que estão por vir", acrescenta Cristiano.

Participaram do plantio, pela Apremavi, os funcionários Sidnei Prochnow e Roberto Kuerten. Além deles, participaram ainda os estagiários Schinayder Holanda, Aline Tomazi e Morgana Freitas. Foram plantadas mais de 1.000 mudas de aproximadamente 40 espécies de árvores nativas da Mata Atlântica. Todas produzidas no viveiro Jardim das Florestas da Apremavi.

A Indústria de Madeiras Scheller Ltda, produz carretéis e bobinas para acondicionamento de fios elétricos e cabos de fibra ótica e usa na sua linha de produção apenas madeira de pinnus sp, tendo sua produção voltada para o mercado interno e externo.

Em 2007 a empresa conseguiu o certificado ISO 9001 pelo sistema de gestão da qualidade, e tem como principal meta para os próximos anos a conquista do certificado ISO 14001.

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Apremavi vistoria projeto de recuperação

A secretária executiva e o presidente da Associação de Preservação do Meio Ambiente do Alto Vale do Itajaí (Apremavi), Maria Luiza S. Francisco e Edegold Schäffer, estiveram, no dia 18 de fevereiro de 2008, visitando o projeto de enriquecimento de florestas realizado pela Apremavi na Floresta Virgem René Frey, de propriedade da empresa Renar Maçãs, em Fraiburgo (SC).

O projeto de enriquecimento de florestas secundárias, que foi implantado em dezembro de 2007, tem como finalidade a recuperação da floresta e o incremento de sua biodiversidade, uma vez que a área passou recentemente pelo fenômeno da seca da taquara, o que possibilitou a abertura de clareiras naturais na mata.

“As taquaras são espécies dominantes que, muitas vezes, impedem a regeneração natural da floresta e consequentemente diminuem a diversidade do ambiente, em áreas que foram manejadas de forma inadequada no passado”, comenta Edegold Schaffer. O presidente da instituição, que visitou a área antes do plantio das árvores também disse ter ficado satisfeito com o que viu: "A diferença é muito significativa. Além do bom crescimento das mudas plantadas, e da regeneração natural de espécies nativas, observa-se o aumento no número de animais, que contribuem na dispersão de sementes, acelerando o processo de regeneração da floresta", complementa Edegold.

Além dessa área onde foi feito o enriquecimento ecológico, a floresta Virgem René Frey tem áreas de beleza exuberante, com vários exemplares de araucárias e imbuias seculares.

Quem quiser maiores informações sobre a metodologia adotada pela Apremavi no enriquecimento ecológico de florestas secundárias pode acessar o seguinte endereço: "Enriquecimento de Florestas Secundárias", ou então entrar em contato com o Viveiro Jardim das Florestas.

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Apremavi e Adami recuperam APPs

No dia 18 de fevereiro de 2008, a Associação de Preservação do Meio Ambiente do Alto Vale do Itajaí (Apremavi) formalizou com a empresa Adami S/A de Caçador (SC), uma parceria para a recuperação de Áreas de Preservação Permanente (APPs).

Participaram do ato, a secretária executiva da Apremavi Maria Luiza Schmitt Francisco, o presidente da instituição Edegold Schäffer e representando a Adami, o Engenheiro Florestal Olindo Piacentini.

O projeto que prevê a recuperação de 300 hectares de APPs na Fazenda Jangada, município de Matos Costa (SC), e que será executado pela Adami, foi elaborado pelos técnicos da Apremavi, sob a coordenação do engenheiro florestal Leandro Casanova e da bióloga Edilaine Dick. Foram realizadas 5 vistorias e encontros para a elaboração e finalização do projeto.

Para a recuperação das APPs serão utilizadas diferentes metodologias, de acordo com a situação e estágio de regeneração em que se encontra cada área, desde o plantio de árvores em maior densidade nas áreas desprovidas de vegetação, até o enriquecimento ecológico de florestas secundárias.

No projeto serão utilizadas mudas de árvores nativas do viveiro Jardim das Florestas da Apremavi, situado no município de Atalanta (SC). Dentre as mudas que serão produzidas se destacam as espécies pioneiras e secundárias de crescimento rápido como o ingá, a aroeira, o pessegueiro-bravo, o cedro, entre outras. Além das pioneiras que serão utilizadas em maior proporção, se destacam também, algumas espécies nobres, que estão na lista das ameaçadas de extinção, como a imbuia, o sassafrás, a canela-preta e a araucária. O plantio das primeiras mudas deverá acontecer no mês de março.

 

Área a ser recuperada

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