10 rios de Santa Catarina estão na lista dos rios mais poluídos do mundo

7 fev, 2023 | Notícias

A The Ocean Cleanup, ONG internacional que tem como objetivo desenvolver e ampliar tecnologias para livrar rios e oceanos do plástico, divulgou uma lista dos 1000 rios mais poluídos por plástico do mundo em um mapa em seu site. Santa Catarina (SC) tem 10 rios figurando na lista e este não pode ser um motivo de orgulho para os catarinenses.

Além disso, um estudo publicado por pesquisadores da mesma ONG na revista Science Advance avaliou a emissão de plásticos no mundo todo e chegou a conclusão que os 1000 rios mais poluídos são responsáveis por 80% das emissões globais anuais, correspondendo a 2,17 milhões de toneladas de plástico enviados para os mares e oceanos todo ano. 

 

Rios mais poluídos do mundo. Figura: The Ocean Cleanup.<br />

Mapa com avaliação da quantidade de plástico nos rios ao redor do mundo, em vermelho estão os rios mais poluídos. Figura: The Ocean Cleanup.

Santa Catarina é o terceiro Estado brasileiro a ter mais rios contemplados na lista, são 10 rios, conforme consta no ranking a seguir. Chama atenção a situação mais grave que é o caso do Rio Itajaí-Açu, o maior rio em extensão do Estado (são 300 km das nascentes no Alto Vale até a foz em Itajaí) que perpassa cidades como Blumenau, e que atualmente apresenta um nível de poluição equivalente a 641,8 mil quilos de plástico sendo despejado no rio por ano.

Segundo no ranking catarinense de mais poluídos por plástico, o Rio Cachoeira é um curso de água inteiramente localizado na cidade de Joinville, a mais populosa do Estado. Este rio, assim como os demais que figuram na lista, sofrem não só pela contaminação por resíduos como plástico, mas também pela degradação da vegetação em vários pontos do leito dos rios.

 

Ranking de poluição dos rios de Santa Catarina
10 rios mais poluídos de Santa Catarina. Figura: Marquito Agroecologia

Ranking dos 10 rios de Santa Catarina que fazem parte da lista. Figura: Marquito Agroecologia

As soluções para esse desafio são várias e estão integradas, mas começam com a gestão eficiente dos resíduos por meio da implementação de programas de reciclagem e coleta seletiva, da oferta de saneamento e de ações que fomentem a redução do consumo de plásticos, sobretudo os de uso único. 

Além disso, a conservação e restauração ecológica das matas ciliares, que são consideradas pelo Código Florestal como Áreas de Preservação Permanente (APPs), auxiliam na manutenção dos recursos hídricos, pois sem as florestas ciliares os rios estão suscetíveis à erosão e assoreamento que aumentam o nível de sedimento nos corpos d’água, diminuindo a quantidade de água, piorando a sua qualidade e muitas vezes impedindo sua balneabilidade. 

Em muitas áreas rurais são visíveis os efeitos negativos nos rios que não possuem a proteção da APP, pois nos períodos de estiagem percebe-se pouca água em seus leitos. Já nas épocas de chuvas ocorrem enchentes e enxurradas.

A Apremavi atua na restauração de áreas degradadas desde 1987 e acredita que a restauração ecológica é uma das soluções para diversas crises que a sociedade enfrenta nos dias de hoje, como as crises climática, hídrica e de biodiversidade. Faça parte da #geraçãorestauração, plante árvores e seja você também um agente da solução!

Autoras: Thamara Santos de Almeida e Carolina Schäffer.

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