Atividades educativas e práticas na semana do meio ambiente

Durante a Semana do Meio Ambiente, de 01 a 05 de junho, a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) desenvolveu uma série de atividades no município de Atalanta (SC), vinculando a disseminação de conhecimento com a prática. Em Atalanta funciona o viveiro de mudas “Jardim das Florestas” da instituição. Desde quando se instalou no município, no ano de 1992, até os dias atuais, a Apremavi vêm implantando projetos piloto de recuperação e conservação da natureza, educação ambiental e planejamento de propriedades e paisagens. Tais trabalhos contribuíram de forma significativa para o município receber os títulos de “Cidade Jardim da Mata Atlântica” e “Capital Ecológica do Estado de Santa Catarina”.  

Uma das ações desenvolvidas durante a semana foi a distribuição e o plantio de mudas nativas que enriqueceram três áreas e mobilizaram diversas pessoas. Foram doadas à Escola Municipal de Ensino Fundamental Ribeirão Matilde aproximadamente 40 mudas nativas da Mata Atlântica para enriquecer o bosque da escola, local onde no ano de 1999 foram plantadas 2.000 mudas pela Apremavi. Outra área enriquecida foi a propriedade do Sr. Valmor Chiquetti, na comunidade de Dona Luiza, onde aproximadamente 800 mudas de árvores nativas foram plantadas por alunos e professores da Escola de Educação Básica Dr. Frederico Rolla.

Na sexta-feira, 05 de junho, dia mundial do meio ambiente e data em que o Parque Natural Municipal da Mata Atlântica comemorou seus nove anos de criação, a Apremavi em parceria com a empresa Scheller Madeiras realizou um seminário voltado aos estudantes do ensino fundamental da E.E.B.Dr. Frederico Rolla, agricultores e gestores municipais. O evento foi realizado nas dependências do parque, e contou com a participação de aproximadamente 230 pessoas.

As palestras do seminário tiveram a abordagem dos seguintes temas: “Áreas de Preservação Permanente” (APP), ministrada pelo Presidente da Apremavi, Edegold Schäffer, que enfatizou a importância de manter as  APP’s preservadas, principalmente nas margens dos rios, encostas e morros e as consequências desastrosas que a falta das APP’s pode causar; em seguida a funcionária da Apremavi, Jaqueline Pesenti, tratou do tema “O turismo como ferramenta para o desenvolvimento sustentável”, mostrando ao público as diversas atividades que podem ser desenvolvidas através do uso racional dos recursos naturais e culturais de uma localidade; a empresa Scheller Madeiras, realizou uma apresentação institucional, falando sobre seus produtos, política de qualidade e responsabilidade ambiental da empresa. Além das palestras, o público também assistiu aos vídeos “Parque Mata Atlântica” e “Mata Atlântica – Uma grande Oportunidade” e também prestigiou as apresentações culturais dos alunos da E.M.E.F Vila Gropp e do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI).

Durante a semana, a Apremavi também participou da sessão da Câmara de Vereadores de Atalanta, a fim de lembrar o papel que os legisladores devem desempenhar com relação à questão ambiental, e também cobrar o compromisso que os mesmos assumiram ao assinar um documento durante o período eleitoral, onde comprometeram-se com o desenvolvimento de algumas ações em prol do meio ambiente.

Na mesma ocasião foi levado ao conhecimento dos legisladores a situação do lixo produzido pela população Atalantense. O município possui um centro de triagem que no passado já foi considerado uma referência dentro do estado de Santa Catarina e infelizmente, quem visita o local hoje, não encontra a mesma situação. O lixo não é separado e muitas vezes até seringas são encontradas no meio do lixo, colocando em risco a saúde dos funcionários que hoje trabalham no centro de triagem, além de outros fatores que criam condições para a proliferação de diversos mosquitos, inclusive os transmissores de doenças graves.

O que vêm ocorrendo no Centro de Triagem, além de ser crime ambiental, é uma situação desumana. Além de comunicar ao Poder Legislativo Municipal a Apremavi, também realizou a explanação do problema em um evento realizado na Escola de Educação Básica Dr. Frederico Rolla, onde estavam presentes estudantes e representantes das Secretarias Municipais de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Meio Ambiente, Saúde Assistência Social. A instituição se colocou a disposição do município para discutir possíveis soluções para este problema.

Para concluir com chave de ouro a Semana do Meio Ambiente em Atalanta, no sábado, dia 06 de Junho, o grupo da catequese familiar do município de Atalanta, realizou o plantio de 650 árvores em uma área localizada no Parque Natural Municipal da Mata Atlântica. Foi um momento onde os pais deram um tempo da correria do dia-a-dia para ensinar seus filhos a cuidar do meio ambiente. Todos os plantios contaram com a colaboração de funcionários da Apremavi.

Já no município de Ponte Serrada (SC), distante mais de 400 km de Atalanta, a Apremavi participou no dia 05 de junho, do Seminário Municipal “Por uma vida melhor”, realizado pela prefeitura Municipal e pela Epagri. O evento que contou com a presença de cerca de 400 estudantes do ensino médio, teve como assuntos principais: água e desenvolvimento e a importância do Parque Nacional das Araucárias na preservação dos recursos hídricos.

Os técnicos da Apremavi, Edilaine Dick e Marcos Alexandre Danieli, apresentaram os principais resultados obtidos no âmbito do projeto de elaboração plano de manejo e formação do conselho consultivo do Parna das Araucárias, desenvolvido desde julho de 2007, e as perspectivas de continuidade dos trabalhos da Apremavi no próximo ano, nas comunidades localizadas na zona de amortecimento do Parna e rede de ensino municipal e estadual.

Ainda na semana do Meio Ambiente, a Apremavi também participou da Exposição Mostra Científica Ambiental – 3ª Semana do Meio Ambiente, realizada em Otacílio Costa (SC), juntamente com a Klabin. O evento contou com várias atrações, onde mais de 3.000 alunos da rede pública e particular do município de Otacílio Costa puderam participar, além da comunidade em geral. Durante o evento, Apremavi e Klabin fizeram uma exposição sobre o programa Matas Legais e o jogo Fique Legal.

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I Ecofest em Atalanta

Nos dias 17, 18 e 19 de abril de 2009, acontecerá no município de Atalanta (SC), a 1ª Ecofest, a festa ecológica municipal. Organizada pela Prefeitura Municipal, juntamente com diversos apoiadores o evento acontecerá no Parque de Exposições Virgílio Scheller. Estão sendo esperados milhares de visitantes. Atalanta resolveu fazer uma Ecofest, por ser considerada a Capital Ecológica de Santa Catarina.

O público poderá desfrutar de uma programação especial com várias atividades relacionadas ao meio ambiente. No sábado, acontecerá, no auditório do Parque Mata Atlântica, o seguinte ciclo de palestras:
•    Legislação Ambiental – Jadson J. Teixeira
•    Proposta da Amavi para a Averbação das Reservas Legais nos Municípios do Alto Vale do Itajaí –  Agostinho Senem
•    Parcerias com o Ministério do Meio Ambiente – Wigold B. Schäffer
•    Utilização Sustentável de Florestas – Lauro Bacca

Também no sábado, nas salas de apoio do Parque Mata Atlântica, será realizada a Assembléia Geral Ordinária da Associação dos Proprietários de Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN Catarinense).

Além disso, as pessoas que participarem da festa terão a oportunidade de plantar uma árvore nativa no Parque Natural Municipal da Mata Atlântica, localizado ao lado do Parque Virgílio Scheller. Será mais um plantio do Programa Clima Legal da Apremavi. O Clima Legal tem o objetivo de promover a implantação de plantios para seqüestro de carbono ajudando a amenizar os efeitos do aquecimento global tanto no planeta, como em Santa Catarina. É também uma estratégia para a conservação da biodiversidade na Mata Atlântica. Este plantio será o primeiro a ser feito com as doações da festa de Bodas de Prata do casal Miriam Prochnow e Wigold Schäffer.

No local do evento também haverá uma exposição com estandes de várias empresas e organizações, como o CDL de Atalanta, a Epagri, a Associação de Agroturismo Acolhida na Colônia, a Associação dos produtores agroecológicos Sementes do Futuro, a Associação dos Piscicultores do município de Atalanta, entre outros. A Apremavi também terá um estande durante os três dias de realização da festa, para mostrar as atividades que desenvolve em prol da preservação e recuperação do meio ambiente.

A festa também terá outras atrações como bailes e shows e a oportunidade de se fazer o passeio na trilha ecológica do Parque Mata Atlântica, com destino à cachoeira “Perau do Gropp” com 41 metros de queda livre.

Maiores informações no fone: (47) 3535 0101

Educação Ambiental no Parque Mata Atlântica

Março foi um mês de diversas atividades de educação ambiental no Parque Mata Atlântica. Quatro grupos de estudantes visitaram a área procurando conhecer alternativas de conservação e recuperação da mata atlântica, bem como sua diversidade biológica.   

Visitaram a área os estudantes da 3ª e 4ª série da Escola de Ensino Fundamental Vila Gropp, localizada no município de Atalanta; alunos da 1ª série do Centro Educacional Bom Pastor do município de Ituporanga; jovens do 3º e 4º ano do Curso Técnico Madeireiro da Escola de Educação Básica Elza Deeke, de Otacílio Costa; e o Grupo de Escoteiros do município de Agrolândia.

Os alunos foram recepcionados no auditório do parque onde receberam informações sobre a Unidade de Conservação e sua importância para a sociedade. Acompanhados pela funcionária da Apremavi, Jaqueline Pesenti, e pela bolsista contratada pela Prefeitura Municipal de Atalanta, Brenda Bilck, os estudantes percorreram a trilha principal do parque, a “trilha da lontra”, observando a fauna e a flora local, chegando até a cachoeira “Perau do Gropp” com 41 metros de altura.

No local, as monitoras lembraram aos alunos que nem sempre o parque foi assim. Em tempos passados a beleza da cachoeira dividia espaço com lixo e entulho de todos os tipos, afetando diretamente a diversidade biológica do local, a qualidade da água e de vida das pessoas, bem como a qualidade visual da paisagem, hoje tão apreciada.

Além do parque os estudantes dos municípios de Otacílio Costa visitaram também o viveiro de mudas “Jardim das Florestas” da Apremavi, onde foram recebidos pelo engenheiro florestal Leandro Casanova e puderam conhecer a produção de mudas nativas, além de receber informações sobre os diversos trabalhos que a instituição vem desenvolvendo em prol da conservação do meio ambiente.

Segundo a professora Nadilene Vicari, a visita foi muito importante: “É muito importante a proximidade e a possibilidade de observação que os educandos têm quando surge uma oportunidade como da visita a este Parque Municipal de Atalanta, que é um dos últimos remanescentes da Mata Atlântica. E, também, é uma forma de percepção de como é possível restaurar esta mata e buscar o desenvolvimento econômico de um modo sustentável. A exemplo disto a Apremavi é um referencial para toda a sociedade e demonstra claramente este fato através de projetos desenvolvidos com empresas do setor de base florestal, como por exemplo o projeto "Matas Legais". Sempre é uma satisfação e motivo de orgulho para todos nós conhecermos e participarmos de um trabalho sério como o desenvolvido por todos vocês!”

O Parque Mata Atlântica e o viveiro de mudas da Apremavi, sempre possibilitaram às pessoas o contato direto com a natureza e com experiências de desenvolvimento econômico sustentável. Visitas podem ser agendadas através dos telefones:

Viveiro de Mudas: (47) 3535-0119
Parque Mata Atlântica: (47) 3535-0229

O horário de funcionamento do Parque, para atendimento de grupos para educação ambiental é Segunda á Sexta, das 7:30h às 12h e 13:30h às 18h.

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Lançado Pacto pela Restauração da Mata Atlântica

Mais de 60 organizações ambientalistas, empresas e governos se uniram e assinaram no dia 07 de abril de 2009, o Pacto pela Restauração da Mata Atlântica. A iniciativa visa promover a restauração florestal em larga escala, por meio da integração de ações e da ampliação do alcance dos projetos, criando sinergias entre os diferentes agentes que atuam na região.

”A perda de cobertura florestal e a fragmentação dos remanescentes compromete a biodiversidade e os serviços ambientais da Mata Atlântica. É necessário reverter o processo de degradação e começar um amplo programa de recuperação dessa floresta. A restauração florestal deverá estar associada a outras ações, como a criação de Unidades de Conservação, mosaicos e corredores de biodiversidade, a promoção do uso sustentável dos recursos naturais e a eficácia de instrumentos de fiscalização e controle. Somente assim será possível manter vivo este bioma, que garante o abastecimento de água para quase 130 milhões de pessoas, além de ser um dos maiores repositórios de biodiversidade do planeta”, comenta Miguel Calmon, coordenador geral do Conselho de Coordenação do Pacto pela Restauração da Mata Atlântica.

Durante os últimos dois anos, especialistas de algumas das principais organizações que atuam no bioma realizaram um mapeamento que identificou 15 milhões de hectares de áreas potenciais para restauração na Mata Atlântica. A meta do Pacto é ter essa área restaurada até 2050, a partir de um esforço coletivo que também visa disseminar informações sobre técnicas de restauração florestal a fim de melhorar a qualidade dos projetos e monitorar as ações desenvolvidas em toda a Mata Atlântica, ampliando a eficácia do reflorestamento e os índices de sucesso.

Além do setor privado, o Pacto irá estabelecer parcerias com os governos estaduais, municipais e o federal, que tem a meta oficial de preservar 10% do bioma.

A iniciativa conjunta também prevê a geração de trabalho e renda na cadeia produtiva da restauração por meio da manutenção das áreas, produção de mudas, coleta de sementes, valoração e pagamento por serviços ambientais. Os esforços vão ainda se concentrar em ações de facilitação do cumprimento do Código Florestal brasileiro através da adequação ambiental das propriedades rurais, por meio da averbação de reservas legais e áreas de preservação permanente nos 17 estados do bioma Mata Atlântica.

O Pacto pretende, ainda, realizar eventos regionais para garantir a adesão de atores locais, promover cursos e treinamentos para a capacitação em restauração florestal nas principais regiões da Mata Atlântica e o estímulo à formação de centros de excelência em reflorestamento e serviços ambientais. Além disso, também está prevista a criação de um fundo privado para apoiar as ações diretas de restauração e garantir a sustentabilidade e a escala dos esforços planejados.

A Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) é umas das organizações signatárias do Pacto e integra também o Conselho de Coordenação do mesmo, juntamente com outras 15 instituições. Para Miriam Prochnow, representante da Apremavi junto ao Pacto, essa iniciativa é de grande relevância para a Mata Atlântica e está mostrando que parcerias para a conservação e restauração do meio ambiente são necessárias e possíveis.

Em anexo podem ser acessados os documentos produzidos pelo Pacto até o momento. Maiores informações também podem ser obtidas no site do pacto: www.pactomataatlantica.org.br

A Apremavi realiza ações de restauração da Mata Atlântica, desde a sua fundação em 1987. O Programa Clima Legal é um exemplo, como mostram as fotos abaixo.

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Mapa de aplicação da Lei da Mata Atlântica é publicado

Já está disponível nos sites do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Ministério do Meio Ambiente (MMA), o Mapa de aplicação da Lei 11.428, conhecida como Lei da Mata Atlântica.

O mapa foi elaborado de acordo com os textos da Lei, que é de 2006, e do Decreto 6.660, editado em 2008.

Nota explicativa do IBGE

Mapa da Área de Aplicação da Lei nº 11.428, de 2006

A Lei 11.428, aprovada pelo Congresso Nacional em 22 de dezembro de 2006, remeteu ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)  a elaboração do Mapa, delimitando as formações florestais e ecossistemas associados passíveis de aplicação da Lei, conforme regulamentação.

O Decreto 6.660, de 21 de novembro de 2008, estabeleceu que o mapa do IBGE previsto no Art. 2º da Lei 11.428 “contempla a configuração original das seguintes formações florestais nativas e ecossistemas associados: Floresta Ombrófila Densa; Floresta Ombrófila Mista, também denominada de Mata de Araucárias; Floresta Ombrófila Aberta; Floresta Estacional Semidecidual; Floresta Estacional Decidual; campos de altitude; áreas das formações pioneiras, conhecidas como manguezais, restingas, campos salinos e áreas aluviais; refúgios vegetacionais; áreas de tensão ecológica; brejos interioranos e encraves florestais, representados por disjunções de Floresta Ombrófila Densa, Floresta Ombrófila Aberta, Floresta Estacional Semidecidual e Floresta Estacional Decidual; áreas de estepe, savana e savana-estépica; e vegetação nativa das ilhas costeiras e oceânicas”.

O Decreto também determinou que o mapa do IBGE, denominado Mapa da Área de Aplicação da Lei 11.428, de 2006, fosse disponibilizado nos sítios eletrônicos do Ministério do Meio Ambiente e do IBGE e de forma impressa.

Em atendimento ao disposto nas normas legais o IBGE elaborou o “Mapa da Área de Aplicação da Lei 11.428, de 2006” na escala 1:5.000.000, que mostra a cobertura vegetal conforme sua configuração original, apresentando a distribuição das distintas tipologias que integram a área passível de aplicação da Lei. Esse mapa tem como base técnica o Mapa de Vegetação do Brasil (IBGE, 2004) e o Mapa de Biomas do Brasil, primeira aproximação (IBGE, 2004).

O IBGE esclarece, na Nota Explicativa que acompanha o “Mapa da Área de Aplicação da Lei 11.428, de 2006”, que a localização dos remanescentes de vegetação nativa das diferentes tipologias vegetais e a identificação dos seus respectivos estágios sucessionais deverá ser feita com a observância do disposto no Art. 4º da Lei 11.428, de 2006, bem como do disposto no Decreto 6.660, de 2008, e nas Resoluções do  Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), que definem os parâmetros técnicos para identificação da vegetação primária e da vegetação secundária nos estágios inicial, médio e avançado de regeneração.

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