Apremavi realiza curso de Educação Ambiental em Chapecó

Nos dias 03 e 04 de abril de 2012, a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), através do projeto “Integração e Capacitação de Conselhos e Comunidades na Gestão Participativa de Unidades de Conservação (UCs) Federais e Estaduais – Oeste de Santa Catarina e Centro Sul do Paraná”, promoveu um Curso de Educação Ambiental, com a condução de Deusdedet Alle Son (Detinha), especialista em Gestão e Educação Ambiental. Detinha desenvolve projetos de Educação Ambiental junto ao Instituto de Pesquisas da Mata Atlântica (Ipema), ONG sediada em Vitória (ES).

O curso foi realizado na Universidade Comunitária da Região de Chapecó – Unochapecó, e teve como objetivo capacitar os educadores com atuação nas escolas da região das UCs envolvidas no projeto, em temas e práticas relacionados à questão ambiental, visando ampliar suas capacidades e habilidades e instrumentalizá-los para suas práticas profissionais e pessoais.

Estiveram presentes 55 pessoas, entre educadores de 10 municípios da região Oeste de SC e Centro Sul do PR, equipe do projeto, gestores das UCs envolvidas no projeto e outros convidados.

A programação do encontro foi pensada com base nas respostas dos educadores à seguinte pergunta orientadora: “Qual minha necessidade enquanto educador para trabalhar a educação ambiental no ambiente formal e não formal?”

No primeiro dia foram distribuídos aos educadores kits e materiais para subsidiar ações de educação ambiental. Detinha trabalhou os marcos históricos e teóricos da Educação Ambiental e Edilaine Dick, técnica da Apremavi, falou sobre os principais conceitos e objetivos do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), especialmente sobre as características das UCs e dos conselhos gestores.

Patrícia Maria Soliani, da Fundação do Meio Ambiente de SC (FATMA), falou dos projetos e de como esta instituição vem trabalhando com a Educação Ambiental no Estado. Também foi realizada uma atividade para conhecer a percepção dos educadores sobre as UCs da região em que atuam, através de trabalhos em grupo. Logo em seguida, os gestores apresentaram o contexto de cada UC, como forma de aproximá-las das escolas da região e pensar em possibilidades de atuação conjunta.

Na manhã do segundo dia foi realizada uma trilha com os participantes na Floresta Nacional (FLONA) de Chapecó, orientada pelos gestores da UC, Fabiana Bertoncini e Juares Andreiv, e pelo Técnico Ambiental Onório Heuko. Na oportunidade, Fabiana apresentou o contexto geral e principais características da FLONA. No período da tarde, as educadoras Maritânia Rodi Schimitt (Escola Estadual de Ensino Fundamental Francisco Bagatini) e Alexandra Dallagnol (Escola de Educação Básica José Pierezan), de Concórdia (SC), apresentaram relatos de experiências de projetos de educação ambiental desenvolvidos nas escolas em que atuam, sendo respectivamente: Projeto Guias Mirins (parceria da escola com a Equipe Co-Gestora do Parque Estadual Fritz Plaumann – Ecopef) e Projeto Implantação do Bosque Vida Verde.

A atividade final envolveu trabalhos em grupo para a construção de um plano de ação entre os educadores e gestores de cada UC, sendo planejadas ações de Educação Ambiental que serão realizadas de forma conjunta.

Fotos: Marcos Alexandre Danieli.

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Conselho do Parque Estadual das Araucárias é renovado

No dia 28 de março de 2012, através do projeto “Integração e Capacitação de Conselhos e Comunidades na Gestão Participativa de Unidades de Conservação (UCs) Federais e Estaduais”, a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) e a Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma) realizaram a oficina para renovação do conselho consultivo desta Unidade de Conservação (UC).

A oficina foi realizada na Câmara de Vereadores de São Domingos e contou com a presença de representantes de entidades governamentais e da sociedade civil, interessados em contribuir com a gestão do PE das Araucárias através da participação no conselho consultivo.

A metodologia para renovação deste conselho foi construída em conjunto entre Apremavi, FATMA e GRIMPEIRO (OSCIP local), os quais foram responsáveis pela execução das atividades propostas, como visitas e reuniões de mobilização, até a efetiva oficina de renovação. Este processo também foi divulgado em mídias gerais, como jornais de circulação local e regional, rádios e sites da Apremavi e FATMA.

A oficina de renovação foi conduzida pelos técnicos da Apremavi Edilaine Dick e Marcos Alexandre Danieli, contando com o apoio da gestora do Parque, Patricia Maria Soliani e do geógrafo da FATMA, João Luiz Godinho. Inicialmente, cada participante se apresentou e destacou a contribuição de sua representação para a gestão do Parque. Na sequência, Patrícia contextualizou o Parque e o conselho, ressaltando a importância do trabalho conjunto para a consolidação do PE das Araucárias.

Em seguida, o Sr. Angelo Milani apresentou o “GRIMPEIRO”, Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) criada com o objetivo de auxiliar a gestão da UC, realizando ações de educação ambiental, apoio a pesquisa científica, integração da comunidade local com a UC, entre outras ações, por meio da gestão compartilhada com a FATMA.

Marcos Alexandre Danieli abordou sobre o conselho consultivo e o papel do conselheiro, destacando os princípios e orientações previstos na Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) e os direitos e deveres dos conselheiros. Destacou que o conselho é composto por diversas representações, e que cabe a este grupo o acompanhamento e monitoramento das diversas atividades que são realizadas na UC, para sua boa implementação.

Em plenária, definiu-se a nova estrutura do conselho, que não sofreu muitas alterações em relação à composição anterior, formado por 17 instituições, sendo que a maioria destas reafirmou o compromisso de conselheiro do PE das Araucárias. Outros contatos serão feitos com cooperativas locais e comunidades vizinhas do Parque, citados em plenária enquanto representações importantes para serem integradas ao conselho.

Após atendimento aos encaminhamentos gerais demandados, a Apremavi reunirá esse novo conselho para a uma oficina de capacitação em gestão participativa, que será realizada no dia 15 de maio de 2012.

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Parque Estadual das Araucárias vai renovar seu conselho

O Parque Estadual (PE) das Araucárias é uma Unidade de Conservação (UC) estadual criada pelo Decreto nº 293 de 30 de maio de 2003 e localiza-se nos municípios de São Domingos e Galvão (SC), abrangendo uma área de 625,11 hectares.  

Tem como objetivo conservar uma amostra de Floresta com Araucárias, bem como, promover atividades de educação ambiental com a comunidade do entorno, pesquisas científicas e extensão e contribuir para a proteção dos recursos hídricos da bacia do Rio Jacutinga. O parque também objetiva contribuir para o desenvolvimento do potencial turístico da região, apesar de oficialmente ainda não estar aberto para visitação.

O conselho consultivo do PE Araucárias foi formado em 2008, sendo composto por diversas instituições governamentais e da sociedade civil com atuação na região do Parque. O conselho é principalmente um espaço de participação da sociedade na gestão da UC, tendo como objetivo principal auxiliar o Parque no cumprimento de seus objetivos de criação.

Atualmente, encontra-se aberto o processo de renovação do conselho do Parque, no período de 01/03/2012 a 20/03/2012.  Dessa maneira, convidamos as instituições já integrantes do conselho a manifestar continuidade ou desligamento deste espaço, assim como, convidamos demais instituições da sociedade civil, representantes comunitários, dos proprietários de imóveis inseridos na UC e governamentais interessadas e que tenham relação com o Parque a se manifestarem formalmente até o dia 20 de março de 2012, entrando em contato diretamente com a representante da FATMA e chefe do PE Araucárias, Patrícia Maria Soliani, através do telefone (48) 3216-1755 ou e-mail: patricia@fatma.sc.gov.br ou Marcos Alexandre Danieli (Apremavi) marcos@apremavi.org.br (49) 8834-8397.

Ressaltamos que as entidades interessadas em integrar o conselho deverão indicar dois representantes, sendo necessário o comprometimento e participação destes nas diversas atividades relacionadas ao conselho e Parque, bem como, da oficina de renovação do conselho, a ser realizada no dia 28 de março de 2012, em local a ser informado.

Esse processo de renovação do conselho está sendo conduzido pela Fundação do Meio Ambiente de SC (FATMA) em parceria com a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), por meio do projeto “Integração de Conselhos e Comunidades na Gestão Participativa de UCs ”, que tem como objetivo principal o fortalecimento dos conselhos consultivos envolvidos.

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Pesquisas aumentam conhecimento sobre o PARNA das Araucárias

De 06 a 10 de fevereiro de 2012, pesquisadores da Unochapecó e analistas ambientais do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) estiveram no Parque Nacional das Araucárias para mais uma etapa de pesquisas.

Dentre as pesquisas, destaca-se o inédito inventário da comunidade de peixes dos corpos d’água do PARNA e o estudo de composição, abundância e diversidade de macroinvertebrados aquáticos, com ênfase em odonatofauna, as conhecidas libélulas, conduzidos, respectivamente, pelos mestrandos Jerri Andre Berto e Bruna Laís Turra, ambos orientados da Profª Dra. Gilza Maria de Souza Franco, do programa de Mestrado em Ciências Ambientais da Unochapecó.

Segundo Jerri Andre Berto, as pesquisas com peixes são importantes, pois poucos são os estudos para a região, onde em grande parte, o conhecimento se deve a inventários superficiais realizado por empreendimentos hidrelétricos. Conhecer a diversidade de peixes, sua distribuição e sua abundância é importante, pois se podem sugerir ações para preservação e recuperação da fauna íctica.

De acordo com Bruna Laís Turra, pesquisas com macroinvertebrados aquáticos são de extrema importância por serem bioindicadores de qualidade ambiental, ou seja, através deles podemos avaliar a saúde biológica dos corpos d’água. Concomitante às análises biológicas, estão sendo medidas as variáveis físicas e químicas, assim será possível um levantamento detalhado da situação dos ambientes aquáticos do Parque. Devido à carência de estudo no local, esperam-se ótimas contribuições quanto ao conhecimento de diversidade da Odonatofauna (libélulas) e demais macroinvertebrados aquáticos, tanto para o Parque, como para Santa Catarina.

Além destas, destacam-se as pesquisas realizadas durante o projeto de elaboração do Plano de Manejo do PARNA das Araucárias, realizado pela Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) no período de julho de 2007 a março de 2010, com apoio do Subprograma Projetos Demonstrativos – PDA Mata Atlântica. O plano de manejo do Parque foi aprovado em outubro de 2010, sendo uma importante ferramenta de planejamento da Unidade de Conservação (UC), pois traz, inclusive, uma lista de pesquisas prioritárias para o Parque.

Durante a elaboração do plano de manejo foram estudados diversos grupos da fauna e flora (invertebrados aquáticos, anfíbios, aves e mamíferos), contexto socioeconômico da região e potencial turístico, além de informações sobre clima, geologia, geomorfologia, solos e hidrografia.  Estes estudos permitiram verificar a importância do Parque para a conservação da biodiversidade, e da necessidade de novos estudos que aprofundem o conhecimento desta área e auxiliem no planejamento e implementação de estratégias de conservação. Acesse aqui os relatórios destas pesquisas

Em continuidade às prioridades apontadas pelos estudos do plano de manejo, outras pesquisas estão em andamento, como o projeto de reintrodução do papagaio-de-peito-roxo (Amazona vinacea). Este papagaio não possui registros recentes no Parque, e está ameaçado de extinção.

Segundo Adrian Eisen Rupp, biólogo responsável pelo levantamento de aves para o plano de manejo, a ausência desta espécie no PARNA é atribuída aos impactos causados pela atividade humana, relacionados principalmente à caça, captura, coleta desordenada de pinhões e desmatamentos, fatores que comprometem a viabilidade da manutenção de sua população.

O projeto de reintrodução iniciado em 2010 na R3 Animal, é executado pelo Espaço Silvestre- Instituto Carijós desde 2011 em parceria com ICMBio, IBAMA, Policia Militar Ambiental de Santa Catarina, UFSC e Fundação O Boticário

Destaca-se também a pesquisa relacionada aos javalis (Sus scrofa), que objetiva fornecer subsídios para o manejo destas populações em Santa Catarina, e outra relacionada à identificação de espécies exóticas aquáticas presentes no PARNA.

Segundo Juliano Rodrigues Oliveira, analista ambiental do ICMBio e chefe do PARNA das Araucárias, a expectativa é que mais pesquisas sejam realizadas na área, pois é por meio delas que se aprofundará o conhecimento que se tem desta UC, de sua biodiversidade, da sua importância no contexto da conservação da biodiversidade, de seus potenciais e de estratégias que podem ser implementadas para possibilitar sua conservação a longo prazo.

Contato para interessados em fazer pesquisas no PARNA das Araucárias, através do e-mail juliano.oliveira@icmbio.gov.br, ou pelo fone (46) 3262-5099, em Palmas (PR).

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Projeto de Gestão Participativa completa um ano

Em fevereiro de 2011 iniciaram as atividades do projeto “Integração e Capacitação de Conselhos e Comunidades na Gestão Participativa de Unidades de Conservação (UCs) Federais e Estaduais – Oeste de SC e Centro Sul do PR”, coordenado pela Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), com apoio do Subprograma Projetos Demonstrativos – PDA Mata Atlântica.

O projeto abrange 04 UCs federais e 02 estaduais, localizadas próximas geograficamente: Floresta Nacional de Chapecó, situada nos municípios de Chapecó e Guatambu (SC), Estação Ecológica Mata Preta em Abelardo Luz (SC), Parque Nacional das Araucárias em Passos Maia e Ponte Serrada (SC), Refúgio de Vida Silvestre dos Campos de Palmas localizado em Palmas e General Carneiro (PR), Parque Estadual das Araucárias em Galvão e São Domingos (SC) e Parque Estadual Fritz Plaumann, Concórdia (SC).

Como forma de incrementar e potencializar a gestão participativa nestas UCs, o projeto tem como público alvo, os gestores das UCs, os integrantes dos conselhos consultivos e pessoas das comunidades localizadas na zona de amortecimento, além de professores com atuação nesta área.

Em março e maio de 2011 foram realizadas, respectivamente, a oficina de integração entre UCs e a oficina de trabalho da equipe do projeto e gestores das UCs. Nos meses posteriores, foram desenvolvidas oficinas de capacitação com cada conselho consultivo das UCs envolvidas no projeto, as quais foram divididas em três etapas: Modulo I, Modulo II e Enriquecimento Prático. No total, participaram das oficinas 286 pessoas, entre conselheiros, gestores, equipe do projeto e convidados.

Nos dois primeiros módulos de capacitação, participaram os representantes do conselho consultivo de cada UC, considerando titulares e suplentes. Destaca-se que os temas trabalhados nas oficinas foram demandados pelos conselheiros e gestores das UCs, a partir de seus anseios e necessidades de aprofundar o conhecimento sobre determinada área e mediante análise da situação atual do conselho. As principais temáticas sugeridas para as oficinas estiveram voltadas, principalmente, ao funcionamento do conselho gestor, papel do conselheiro e ferramentas de um conselho; histórico e aspectos gerais da UC; legislação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC); plano de manejo; e experiências de sucesso em zonas de amortecimento e conselhos de UCs.

A análise das demandas revelou que as principais dificuldades dos conselhos envolvem a participação, sendo esta relacionada à pouca motivação das instituições em participar das atividades do conselho; seguida de comunicação e informação, principalmente, pela falta de integração e comunicação entre os conselheiros e destes com pessoas externas ao conselho. Destacam-se ainda, dificuldades na representatividade dos conselheiros, em relação a sua atuação de elo entre o conselho e os membros de sua instituição ou grupo de interesse; e institucionalização, envolvendo dificuldades do conselho, como por exemplo, de conciliar as atividades profissionais com a função de conselheiro, e dos órgãos gestores das UCs (quadro funcional reduzido, entraves burocráticos e dificuldades financeiras).

A partir dos módulos realizados, os conselheiros construíram planos de trabalho e/ou ação, destinados ao fortalecimento dos conselhos, com previsão de implementação ainda no primeiro semestre de 2012, com auxílio e acompanhamento do projeto. Dentre as ações demandadas, a Apremavi vai contribuir, especialmente, na produção de materiais informativos, realização de visitas de integração entre UCs, organização de reuniões comunitárias para a aproximação com a UC, dentre outras ações. 

Em julho de 2012 será realizado um seminário para a socialização e avaliação das atividades realizadas, em que serão convidados os conselheiros e gestores das 06 UCs, além de parceiros do projeto, professores e acadêmicos interessados.

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