Quem quer Cereja da Mata Atlântica?

Quem quer Cereja da Mata Atlântica?

Quem quer Cereja da Mata Atlântica?

Popularmente conhecida também como cerejeira, cerejeira-do-mato e cerejeira-da-terra, a cereja, Eugenia involucrata, ocorre naturalmente do Rio Grande do Sul à Minas Gerais, principalmente nas floresta Semideciduais e na floresta com araucárias.

É uma planta de mata densa. Quando cultivada a pleno sol não se desenvolve em altura. Com uma copa arredondada, chega a ter de 5 a 8 metros de altura quando isolada e de 10 a 15 metros, quando na mata. Seu tronco é ereto e mais ou menos cilíndrico, de 30 a 40cm de diâmetro, com casca lisa e descamante. Floresce durante os meses de setembro a novembro e os frutos amadurecem em novembro e dezembro.

A cereja da Mata Atlântica é amplamente cultivada em pomares domésticos da região sul do país. Seus frutos são também avidamente consumidos pela avifauna, tornando a espécie bastante interessante para o plantio em áreas degradadas.

As cerejas são frutos pequenos e arredondados que podem apresentar várias cores, sendo que a mais comum dentre as variedades comestíveis é a de cor vermelha. É rica em vitamina A, cálcio e fósforo. Com um aroma muito delicado, é utilizada para decorar doces, sorvetes, coquetéis e licores. Quando consumida in natura, a cereja tem propriedades refrescantes, diuréticas e laxativas. Porém, o consumo excessivo pode provocar problemas estomacais.

Sua madeira é moderadamente pesada, compacta, elástica, muito resistente e de boa durabilidade. É empregada para confecção de cabos de machado e outras ferramentas. A árvore é extremamente ornamental e pode ser utilizada no paisagismo, principalmente na arborização de ruas estreitas e sob redes elétricas.

Muda de Cereja. Foto: Acervo Apremavi.

Cereja

Nome científico: Eugenia involucrata DC.
Família: Myrtaceae.
Utilização: madeira utilizada para lenha e cabo de ferramentas agrícolas. Possuem frutos comestíveis que podem ser transformados em geléias, doces e licores. Aves de diversas espécies se alimentam de seus frutos.
Coleta de sementes: diretamente da árvore ou no chão após a queda.
Época de coleta de sementes: agosto a novembro.
Fruto: vermelho-roxo.
Flor: branca.
Crescimento da muda: lento.
Germinação: normal.
Plantio: mata ciliar, área aberta, solo degradado.
Observação: espécie frequentemente atacada por fungo causador da ferrugem, muito comum em plantas da família das Myrtaceaes.

Fontes consultadas

DICK, Edilaine. Avaliação do crescimento das espécies arbóreas nativas em plantio de restauração localizada nas margens do reservatório Irai –- Pinhais, PR. Videira, 2005.

PROCHNOW, M (org). No Jardim das Florestas. Rio do Sul: APREMAVI, 2007. 188p.

Autora: Miriam Prochnow

Canjerana, a árvore da madeira vermelha

Canjerana, a árvore da madeira vermelha

Canjerana, a árvore da madeira vermelha

A canjerana, também conhecida como canjarana, ocorre desde Minas Gerais e Mato Grosso do Sul até o Rio Grande do Sul. Apresenta ampla dispersão em Santa Catarina, sendo bastante comum em todas as formações florestais do estado.

Seu nome científico (Cabralea canjerana) faz referência à Pedro Álvares Cabral, por sua expedição nas terras hoje pertencentes ao Brasil, enquanto a segunda parte vem da língua tupi-guarani e significa “cajá falso”. Ocorre naturalmente em vários tipos de solos, de férteis aos de baixa fertilidade, principalmente os situados no alto dos morros, porém prefere solos úmidos e profundos, em terrenos planos ou suavemente ondulados, onde a drenagem é lenta.

Sua árvore é de grande porte, podendo atingir até 35 metros na idade adulta e 100 centímetros de diâmetro, embora o comum seja algo próximo de 40 centímetros.. Sua casca é de cor cinzenta escura, resinosa, com até 2 cm de espessura; levemente fendilhada e um pouco fibrosa. Seu tronco é cilíndrico e pode ser reto ou tortuoso, sendo que, quando atinge grandes idades a árvore apresenta raízes tabulares proeminentes, auxiliando em sua sustentação.

A madeira da canjarana, que tem uma cor bem avermelhada, sempre foi considerada muito valiosa para a construção civil, por sua resistência ao ataque de pragas. Além disso, também é muito empregada na marcenaria, especialmente para a estrutura de móveis. Pode também ser utilizada para fins ornamentais, melíferos e medicinais. O suco dos frutos pode ser empregado como inseticida.

Mudas de Canjerana. Foto: Acervo Apremavi.

Seus frutos, de grande valor ecológico pelo alto teor nutricional, são muito apreciados por aves e pequenos mamíferos, fazem com que seja uma espécie facilmente disseminada. Este também é um dos motivos para que a canjerana seja utilizada em reflorestamentos e plantios de restauração ambiental.

A floração costuma ocorrer nos meses de outubro até dezembro e é seguida pela frutificação, que ocorre por volta de maio até agosto. O processo gera um fruto globuloso avermelhado, composto de uma até dez sementes no seu interior, que não é carnoso, e apresenta um látex branco pegajoso. É uma planta dióica, ou seja, hermafrodita, e apresenta uma relação muito importante com diversas aves e artrópodes na sua região de ocorrência, como por exemplo aves, abelhas e e marimbondos que, ao se alimentarem consomem o pólen produzido.

A espécie é indicada para recuperação de matas ciliares por suportar bem áreas sujeitas à inundação temporária.

Diferentes estruturas e aspectos da Canjerana. Fotos: Gabriela Schaffer, Wilsonpni, Reserva Aponapo e Ruth Ripley; através do Biodiversity4All.

Canjerana

Nome científicoCabralea canjerana (Vell.) Mart.
Família: Meliaceae
Utilização: madeira utilizada em rodapés, construção civil, molduras e artesanato. Possuem frutos atrativos a avifauna.
Coleta de sementes: diretamente da árvore quando começar a abertura espontânea dos frutos.
Fruto: carnoso deiscente.
Flor: branca.
Crescimento da muda: médio.
Germinação: normal.
Plantio: mata ciliar, área aberta, sub-bosque, solo degradado.
Status na Lista Vermelha da IUCN: pouco preocupante (least concern).

 

Fontes consultadas

BARSTOW, M. 2018. Cabralea canjerana. A Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN 2018: e.T62967A68080470. https://dx.doi.org/10.2305/IUCN.UK.2018-1.RLTS.T62967A68080470.en . Baixado em 11 de outubro de 2021 .

DICK, Edilaine. Avaliação do crescimento das espécies arbóreas nativas em plantio de restauração localizada nas margens do reservatório Irai –- Pinhais, PR. Videira, 2005.


Autores:
Geraldine Marques Maiochi e João Casimiro

Revisão: Vitor Lauro Zanelatto

Foto de capa: Gabriela Schaffer

 

Espinheira-santa, um espinho que cura

Espinheira-santa, um espinho que cura

Espinheira-santa, um espinho que cura

A Espinheira Santa é conhecida também como cancerosa, cancorosa, cancorosa-de-sete-espinhos, cancrosa, cangorça, coromilho-do-campo, erva-cancerosa, espinho-de-deus, espinheira-divina, limãozinho, maiteno, marteno, pau-josé, salva-vidas, sombra-de-touro. É uma espécie amplamente utilizada na medicina popular, conhecida pelos índios há muitos anos, ganhou esses nomes justamente pela aparência de suas folhas, que apresentam espinhos nas bordas e por ser um “santo remédio” para tratar vários problemas.

Na medicina popular o chá das folhas, das cascas ou das raízes da espinheira-santa é famoso no combate à úlcera e outros problemas estomacais. Além de indicado contra vários males do aparelho digestivo, era muito usado no passado pelos índios brasileiros com outra finalidade: eles usavam suas folhas no combate a tumores (esse uso pode ter gerado um dos seus nomes populares: erva-cancerosa). Estudos mostram a indicação popular também como depurativo do sangue e no tratamento de diabetes, problemas no sistema urinário e problemas intestinais.

Em uma ampla revisão sobre o uso tradicional da espinheira-santa, Scheffer (2004) cita ainda, como indicação popular, o uso desta espécie como anticonceptivo, abortivo, anti-séptico, anti-espasmódico, diurético, anti-asmático, anti-tumoral, laxativo, cura do vício da bebida e enfermidades do fígado, para tratar a hidropisia devido ao abuso do álcool e para reduzir a produção de leite em quem amamenta.

Atualmente a espinheira santa já é manipulada pela indústria farmacêutica na produção de vários medicamentos e é sempre bom lembrar que sua utilização deve ser feita por indicação médica e não pela auto-medicação.

A espinheira santa e uma árvore pequena, ramificada desde a base, medindo até cerca de cinco metros de altura, com distribuição nos estados do sul do país, nos sub-bosques das florestas de Araucária nas margens dos rios. Ocorre também nos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, porém em baixa freqüência. Também no Paraguai, Bolívia e Leste da Argentina.

O número de sementes por fruto varia de um a quatro, tendo sido observada uma variabilidade altamente significativa para este caráter dentro da espécie, é uma planta que produz frutos pequenos e vermelhos.

A espécie prefere solos úmidos em ambientes ciliares e, também, desenvolve-se bem sob luz difusa, no interior de sub-bosques, onde a floresta não é muito densa, bem como a pleno sol.

É uma excelente espécie para o plantio com fins econômicos, visando a extração de suas folhas e pode muito bem ser utilizada em Sistemas Agroflorestais.

Para a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) essa é uma espécie prioritária para ações de conservação e uso sustentável.

Observação importante: A Apremavi reitera que o uso da espinheira santa deve ser feito com indicação médica e não se responsabiliza por orientações deixadas nos comentários.

Aspectos das folhas da espinheira santa. Foto: Acervo Apremavi.
Espinheira Santa 

Nome cientifico: Maytenus ilicifolia (Schrad.)
Família: Celastraceae
Utilização: altamente medicinal e também muito utilizada como paisagismo.
Coleta de sementes: diretamente da árvore quando começar a queda espontânea das árvores.
Época de coleta de sementes: dezembro a fevereiro
Fruto: carnoso (pouca polpa) deiscente
Flor: branca
Crescimento da muda: médio
Germinação: normal
Plantio: mata ciliar, sub bosque, área aberta.

Autora: Tatiana Arruda Correia.
Fontes Consultadas:

BLANCO, R. A. Espinheira-santa. Disponível em: http://www.jardimdeflores.com.br/ERVAS/A06espinheira.htm   Data de acesso: 10 jun.2009.

CARVALHO-OKANO, R. M. Estudos taxonômicos do gênero Maytenus Mol emend. Mol.(CELASTRACEAE) do Brasil extra-amazônico. Campinas: UNICAMP, 1992. 253p. Tese (Doutorado).

KLEIN, R. M. Árvores nativas da Mata Pluvial da costa atlântica de Santa Catarina. Congresso Florestal Brasileiro – contribuições e trabalhos apresentados e pareceres das comissões. p. 65-103, 1968.

LORENZI, H. Árvores Brasileiras: Manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil – Vol 02 – 2. edição. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum. 2002. 384 p.

MARIOT, M.P. et al. Dissimilaridade entre genótipos de Maytenus ilicifolia (espinheira-santa) de uma população do Rio Grande do Sul. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE MELHORAMENTO DE PLANTAS, 2., 2003, Porto Seguro, BA. Anais… Porto Seguro :  Sociedade Brasileira de Melhoramento de Plantas, 2003. 1 CD-ROM.

PROCHNOW. M. No Jardim das Florestas. Rio do Sul: Apremavi, 2007, 188p.

SCHEFFER, M.C. Uso Tradicional e atual de espécies de Maytenus. In: REIS, M.S.; SILVA, S.R. (org.). Conservação e uso sustentável de plantas medicinais e aromáticas: Maytenus spp., espinheira-santa. Brasília: IBAMA, 2004. p. 53-66.

Uvaia, super dose de vitamina C

Uvaia, super dose de vitamina C

Uvaia, super dose de vitamina C

O nome uvaia deriva do tupi ubaia ou ybá-ia e quer dizer fruto azedo, ela é típica da Mata Atlântica, e ocorre de São Paulo ao Rio Grande do Sul.

A árvore tem de seis a 13 metros de altura e geralmente tem um tronco único ou bifurcado, com no máximo de 50 centímetros de diâmetro.

A uvaia tem alto teor de vitamina C (cerca de quatro vezes mais do que a laranja). Tem a polpa muito delicada, com a casca bem fina, de um amarelo-ouro ligeiramente aveludado. O aroma é suave e muito agradável. Um dos grandes problemas desse fruto é que amassa, oxida e resseca com facilidade, por isso não é muito encontrada em supermercados.

A uvaia é utilizada em projetos de reflorestamento (áreas degradadas, preservação permanente e plantios mistos) e paisagismo (ornamental e pomar doméstico). Sua madeira é empregada apenas localmente para moirões, estacas, postes e lenha.

Seus frutos são comestíveis e muito apreciados para o consumo na forma de sucos, razão pela qual é largamente cultivada em pomares domésticos. São também avidamente consumidos por várias espécies de pássaros, o que a torna bastante recomendável para reflorestamentos heterogêneos destinados à recomposição de áreas degradadas de preservação permanente.

Muda de Uvaia. Foto: Arquivo Apremavi.

Uvaia

Nome científico:Eugenia pyriformis Cabess.
Família: Myrtaceae.
Utilização: madeira utilizada para moirões, cercas e lenha. Seus frutos são comestíveis e servem de alimento para diversas espécies de aves.
Coleta de sementes: diretamente da árvore quando começar a queda espontânea dos frutos ou recolhê-los do chão.
Época de coleta de sementes: dezembro a janeiro.
Fruto: amarelo, arredondado, contendo duas sementes em seu interior, possuindo aproximadamente quatro centímetros de diâmetro.
Flor: branca.
Crescimento da muda: médio.
Germinação: normal.
Plantio: mata ciliar, área aberta.

Fontes consultadas

Uvaia. http://faunaeflora.terradagente.g1.globo.com/flora/arvores-palmeiras/NOT,0,0,1223640,Uvaia.aspx. Acessado em 10 de julho de 2009.

Uvaia. http://pt.wikipedia.org/wiki/Uvaia. Acessado em 10 de julho de 2009.

Autora: Geraldine Marques Maiochi.

Palmito-juçara, o açaí da Mata Atlântica

Palmito-juçara, o açaí da Mata Atlântica

Palmito-juçara, o açaí da Mata Atlântica

O palmito-juçara (Euterpe edulis) é uma das palmeiras mais características da Mata Atlântica, sendo também o local onde ela tem sua maior ocorrência. Aparece também em algumas áreas no cerrado, perto dos cursos dos rios e das matas úmidas. Essas palmeiras desempenham um papel essencial para a manutenção do ecossistema, uma vez que são vitais para a fauna e ocupam lugar de destaque no sub-bosque.

As palmeiras em geral compreendem um grupo de plantas de grande importância econômica e ornamental, pois podem fornecer cocos, tâmaras, palmito, açúcar, sagu, óleo, cera, fibras e material para a construção de habitações rústicas. Dentre as espécies de sua família, o palmiteiro, é uma das mais importantes sob todos os aspectos. Infelizmente a situação atual das populações naturais dessa espécie é de grande fragmentação e uma reduzida área de ocorrência e, apesar de todo seu potencial de regeneração ou recuperação em áreas naturais, a super-exploração dificulta sua recomposição.

O fato de ter sido explorado ao extremo para a retirada do palmito (cabeça do estipe utilizada em conservas e in natura), que é de altíssima qualidade, fez com que a espécie fosse parar nas listas das espécies ameaçadas de extinção. Diferentemente do açaí, o palmito juçara quando cortado, não rebrota, por isso a sua exploração extrema o levou a essa condição de ameaça. Com o advento da Lei da Mata Atlântica (11.428/2006) o seu corte e manejo está proibido, sendo possível sua exploração somente através de plantios, que podem ser feitos através do enriquecimento ecológico de florestas secundárias, conforme o decreto 6.660 de 2008, ou através de sua utilização em Sistemas Agroflorestais.

O seu efetivo plantio nos sub-bosques da Mata Atlântica pode fazer com que ele saia da lista de espécies ameaçadas de extinção. Infelizmente o palmiteiro ainda hoje tem sido explorado ilegalmente. A ação mais comuns é o roubo do palmito e beneficiamento (fabricação da conserva) na própria floresta, com posterior comercialização, também ilegal, o que coloca em risco inclusive a saúde humana de quem consome um produto dessa natureza. O consumidor tem um papel fundamental no controle desse crime ambiental, consumindo apenas produtos que tenham sua origem certificada.

Considerando a prática do uso sustentável em áreas de palmiteiros plantados, é possível a geração de renda significativa nas propriedades rurais. Além do “palmito” outro produto obtido do palmiteiro é o suco dos frutos, conhecido como polpa de açaí. Está comprovado que a polpa do palmito-juçara é tão saboroso quanto o do palmito-açaí (Euterpe oleraceae Mart.), de ocorrência mais ao norte do Brasil, e tradicionalmente conhecido como vinho de açaí. Confira a receita de polpa de juçara abaixo.

Essa espécie tem também outros atrativos como sua madeira leve, resistente e durável (longe da umidade), muito usada como ripas no telhado das casas do interior do país. Além disso é uma espécie muito ornamental, usada para ajardinamentos.

Detalhes do sub-bosque e do fruto de palmito-juçara. Foto: Carolina Schäffer.

Palmito-juçara

Nome científicoEuterpe edulis Mart.
Família: Arecaceae.
Utilização: madeira pouco utilizada, mas podendo-se fazer ripas, calhas para água e fabricação de compensado e celulose. Sua principal finalidade econômica é a cabeça do estipe, chamada de palmito, que é muito consumida em conserva, podendo ser consumida in natura também. Seus frutos são muito apreciados por animais, principalmente aves, sendo um dos seus principais consumidores os tucanos (Ramphastidae). Da polpa dos frutos também se faz suco.
Coleta de sementes: diretamente da árvore.
Época de coleta de sementes: outubro a janeiro.
Fruto: coquinhos roxo-escuro, quase pretos, dispostos em cachos, com aproximadamente 2cm cada fruto.
Época de colheita de frutos: abril a agosto.
Germinação: normal.
Flor: amarela disposta em ramos abaixo da copa.
Plantio: sub-bosque, áreas sombreadas, enriquecimento e regeneração de florestas secundárias.
Observação: os frutos deverão ficar imersos em água por três ou quatro dias e depois despolpados. A semeadura desta espécie é feita através de pré germinação em canteiros com serragem.
Status de conservação: Vulnerável segundo a Lista Oficial de Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção publicada em 2022 pelo MMA

Receita para lá de especial

Polpa do fruto palmiteiro

Os frutos estão maduros quando começarem a cair sozinhos. Colha as hastes e retire os frutos selecionando e retirando os verdes ou estragados, em seguida abane numa peneira para retirar a sujeira. Coloque os frutos selecionados dentro de um recipiente e lave-os com água corrente.

Em seguida encha o recipiente com água potável até cobrir totalmente os frutos e deixe descansar até a casca e a polpa começarem a soltar esfregando os frutos no dedo.

Se quiser acelerar o processo, deixe os frutos imersos em água morna (quanto maior a temperatura, mais rápido a polpa se solta).

Com um pilão (ou pedaço de madeira) aperte os frutos contra o fundo do recipiente. A polpa irá se soltar formando um caldo grosso e os frutos começarão a ficar claros. Pode-se acrescentar um pouco mais de água para afinar a polpa. Passe o caldo por uma peneira bem grossa para retirar as sementes. Peneire novamente o caldo numa peneira fina para a retirada da casca exterior. Coloque a polpa dentro de sacos plásticos.

Depois de passar pela peneira fina ele está pronto para consumir como suco, podendo se adicionar um pouco mais de água e adoçar a gosto. Se consumir como polpa, como o açaí na tigela, congele a polpa e depois bata com banana, guaraná em xarope ou mel.

As sementes que foram separadas da polpa podem ser utilizadas para o plantio.

Fontes consultadas

ALVES, M.R.P.; DEMATTÊ, M.E.S.P. Palmeiras: características botânicas e evolução. Campinas: Fundação Cargill, 1987. 129p.

LORENZI, H. Palmeiras Brasileiras e Exóticas Cultivadas. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2004.

PROCHNOW, M (org). No Jardim das Florestas. Rio do Sul: APREMAVI, 2007. 188p.

Autores: Geraldine Marques Maiochi, Leandro Casanova e Tatiana Arruda Correia.
Colaboração: Miriam Prochnow.

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