Lançado Pacto pela Restauração da Mata Atlântica

Mais de 60 organizações ambientalistas, empresas e governos se uniram e assinaram no dia 07 de abril de 2009, o Pacto pela Restauração da Mata Atlântica. A iniciativa visa promover a restauração florestal em larga escala, por meio da integração de ações e da ampliação do alcance dos projetos, criando sinergias entre os diferentes agentes que atuam na região.

”A perda de cobertura florestal e a fragmentação dos remanescentes compromete a biodiversidade e os serviços ambientais da Mata Atlântica. É necessário reverter o processo de degradação e começar um amplo programa de recuperação dessa floresta. A restauração florestal deverá estar associada a outras ações, como a criação de Unidades de Conservação, mosaicos e corredores de biodiversidade, a promoção do uso sustentável dos recursos naturais e a eficácia de instrumentos de fiscalização e controle. Somente assim será possível manter vivo este bioma, que garante o abastecimento de água para quase 130 milhões de pessoas, além de ser um dos maiores repositórios de biodiversidade do planeta”, comenta Miguel Calmon, coordenador geral do Conselho de Coordenação do Pacto pela Restauração da Mata Atlântica.

Durante os últimos dois anos, especialistas de algumas das principais organizações que atuam no bioma realizaram um mapeamento que identificou 15 milhões de hectares de áreas potenciais para restauração na Mata Atlântica. A meta do Pacto é ter essa área restaurada até 2050, a partir de um esforço coletivo que também visa disseminar informações sobre técnicas de restauração florestal a fim de melhorar a qualidade dos projetos e monitorar as ações desenvolvidas em toda a Mata Atlântica, ampliando a eficácia do reflorestamento e os índices de sucesso.

Além do setor privado, o Pacto irá estabelecer parcerias com os governos estaduais, municipais e o federal, que tem a meta oficial de preservar 10% do bioma.

A iniciativa conjunta também prevê a geração de trabalho e renda na cadeia produtiva da restauração por meio da manutenção das áreas, produção de mudas, coleta de sementes, valoração e pagamento por serviços ambientais. Os esforços vão ainda se concentrar em ações de facilitação do cumprimento do Código Florestal brasileiro através da adequação ambiental das propriedades rurais, por meio da averbação de reservas legais e áreas de preservação permanente nos 17 estados do bioma Mata Atlântica.

O Pacto pretende, ainda, realizar eventos regionais para garantir a adesão de atores locais, promover cursos e treinamentos para a capacitação em restauração florestal nas principais regiões da Mata Atlântica e o estímulo à formação de centros de excelência em reflorestamento e serviços ambientais. Além disso, também está prevista a criação de um fundo privado para apoiar as ações diretas de restauração e garantir a sustentabilidade e a escala dos esforços planejados.

A Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) é umas das organizações signatárias do Pacto e integra também o Conselho de Coordenação do mesmo, juntamente com outras 15 instituições. Para Miriam Prochnow, representante da Apremavi junto ao Pacto, essa iniciativa é de grande relevância para a Mata Atlântica e está mostrando que parcerias para a conservação e restauração do meio ambiente são necessárias e possíveis.

Em anexo podem ser acessados os documentos produzidos pelo Pacto até o momento. Maiores informações também podem ser obtidas no site do pacto: www.pactomataatlantica.org.br

A Apremavi realiza ações de restauração da Mata Atlântica, desde a sua fundação em 1987. O Programa Clima Legal é um exemplo, como mostram as fotos abaixo.

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Prêmio Expressão de Ecologia é entregue à Apremavi

No dia 18 de março de 2008, a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), recebeu o Prêmio Expressão de Ecologia, na categoria Conservação de Recursos Naturais. O prêmio que está em sua 15ª edição, é concedido pela Revista Expressão às iniciativas que se destacam na área ambiental, nos 3 estados do Sul do Brasil. O evento de premiação ocorreu no Parque Malwee em Jaraguá do Sul (SC) e contou com a presença de cerca de 300 pessoas, representando empresas, ONGs, universidades, órgãos governamentais e outros.

Ao todo foram 1208 inscrições de projetos. Desses, 31 foram premiados, entre instituições públicas, privadas, pessoa física e ONGs ambientalistas. O projeto premiado da Apremavi foi o “Planejando Propriedades e Paisagens”, desenvolvido no período de outubro de 2004 à abril de 2007, com o apoio da Fundação O Boticário de Proteção à Natureza e da Fundação Interamericana e parceria com a The Nature Conservancy, a Prefeitura Municipal de Atalanta e a Epagri.

O Projeto Planejando Propriedades e Paisagens foi desenvolvido em 35 propriedades rurais das cidades de Atalanta e Petrolândia (SC) com o objetivo de implantar na prática, o conceito de Propriedade Legal, ou seja, aquela que cumpre a legislação ambiental e ao mesmo tempo é um lugar bom e gostoso de se viver, com renda e qualidade de vida.

Uma das palestrantes do evento foi a conselheira da Apremavi Miriam Prochnow, que fez uma apresentação sobre a questão das parcerias entre o Terceiro Setor e o Setor Privado. Segundo ela, a formação de parcerias feitas com base em princípios sólidos, conteúdo, compromisso e profissionalismo são a receita para o sucesso das ações em comum e que também é fundamental que as organizações nunca e afastem dos seus objetivos originais.

Miriam falou também que ainda existem muito desafios a serem trabalhados e um deles é o fato de ainda termos nos dias atuais realidades tão distintas, como por exemplo: uma empresa como a Malwee Malhas apresentando tecnologias tão eficientes que até eliminam as emissões aéreas das chaminés e, ao mesmo tempo empresas como a Malhas Atalanta Ltda, que no dia 13 de março literalmente “pintou” de vermelho o rio que abastece o Parque Natural Municipal Mata Atlântica.

Outro assunto abordado na palestra foi a apresentação de uma experiência muito importante chamada "Diálogo Florestal para a Mata Atlântica", que tem reunido numa mesma mesa de discussões e projetos concretos, empresas do setor florestal e organizações ambientalistas. É uma iniciativa que poderia ser copiada para outros setores.

O Premio Expressão de Ecologia surgiu logo após a Rio-92, quando os principais líderes globais debateram no Rio de Janeiro os desafios para melhorar a interação do homem com a natureza. Na época, a Revista Expressão acompanhou as mudanças nas empresas sulistas na área ambiental e registrou a conferência em uma edição especial que relatou os principais projetos ambientais e as novidades nas políticas de meio ambiente estaduais.

Depois desta edição especial da revista, ficou um sentimento de que o trabalho estava apenas começando. Foi daí que nasceu o Prêmio Expressão de Ecologia, que viria a se tornar um dos maiores do gênero no país para empresas, entidades ONGs e poder público. Já estava consolidada a idéia de que a onda verde tinha vindo para durar, de que não se tratava apenas de um simples modismo, e as empresas passavam a dedicar efetiva atenção ao assunto, que começava a fazer parte de suas estratégias de negócios.

Este já é o terceiro Premio Expressão de Ecologia que a Apremavi recebe. Em 2002, na 10ª edição do Prêmio, foi vencedora na categoria Manejo Florestal com o case “Conservando a Mata Atlântica através do Enriquecimento das Florestas Secundárias”, e em 1998, na 6ª edição, foi vencedora na categoria Educação Ambiental com o case “Programa Agroeducação”.

A Apremavi já recebeu inúmeros outros prêmios relacionados à proteção e recuperação do meio Ambiente, com destaque para o “Prêmio Bem Eficiente 1997” concedido à Apremavi pela Kanitz & Associados de São Paulo como uma das 50 entidades sem fins lucrativos mais bem administradas e eficientes do Brasil. Também recebeu duas edições do Prêmio Fritz Muller de Ecologia, concedido pela Fundação de Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma), em 1996 e 2005, pelo destaque no profissionalismo e pela defesa da natureza e da qualidade de vida dos catarinenses.

Grupo de premiados

Apremavi promove viagem técnica

A Apremavi promoveu, com o apoio da Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC de Lages, uma viagem técnica ao município de Joinville, SC, no dia 09 de novembro passado, com o objetivo de conhecer um modelo de reflorestamento com espécies nativas para fins econômicos, implantado dentro do sistema agroflorestal – SAF.

O projeto visitado localiza-se no distrito de Pirabeiraba, mais precisamente, no Sitio Ribeirão do Braço, pertencente ao casal Nilsa e Ivo Grankow que também são integrantes da ONG Vida Verde. Este projeto, pioneiro em Santa Catarina, deixou os visitantes impressionados com o desenvolvimento das árvores nativas, sinalizando um grande sucesso ambiental e econômico.

O sistema agrolforestal visitado foi implantado em fevereiro de 2006. Foram plantadas 6.500 mudas, adquiridas do viveiro Jardim das Florestas, das seguintes espécies: Louro-pardo (4.000), Ipê-rosa (250), Canjerana (250), Tucaneira (250), Angico (250), Guapuruvu (250), Canafistula (250), Ripão (250), Cedro (250), Garuva (250) e Sucurujuva (250).

Na mesma propriedade também já haviam sido plantadas 2.000 mudas, no ano de 2001, com o apoio do projeto PDA.

A comitiva era composta por 26 pessoas, entre eles: 18 alunos do curso de Engenharia Florestal da UDESC de Lages, SC, liderados pelos professores André e Germano Gütller; um representante da ONG Mãe D,água de Ituporanga; o engenheiro agrônomo e secretário municipal de agricultura de Atalanta, SC, Lauro Krunwald; a Apremavi nas pessoas do presidente Edegold Schäffer, o vice-presidente Urbano Schmitt Jr. e o engenheiro florestal Leandro Casanova.

Acompanhou também a viagem o engenheiro mecânico Ângelo Sarda, brasileiro, residente na Alemanha há 11 anos, que está investindo na compra de terras no município de Atalanta para implantar um projeto semelhante, o qual será monitorado pelos alunos do curso de engenharia florestal da Udesc sob a coordenação e orientação dos professores André e Germano.

Os proprietários apresentaram aos visitantes, além do reflorestamento, a empresa Via Pax Bio, instalada na propriedade com o propósito de industrializar e embalar produtos orgânicos.

A viagem/estudo serviu para agregar conhecimento e comprovar as perspectivas otimistas da experiência em vista da sustentabilidade ambiental e econômica das propriedades rurais.

Em julho de 2007, uma outra equipe da Apremavi, acompanhada de William Dent, da Natural Partners dos Estados Unidos, já havia visitado o projeto e constatado o enorme sucesso do mesmo. Hoje este projeto já pode ser considerado um modelo para a implantação de outros projetos com o mesmo objetivo, na região.

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Apremavi recebe Prêmio Expressão de Ecologia

O projeto premiado da Apremavi, "Planejando Propriedades e Paisagens", foi executado com patrocínio do programa de Ecodesenvolvimento da Fundação O Boticário de Proteção à Natureza e da Fundação Interamericana de Desenvolvimento, com o apoio da Prefeitura Municipal de Atalanta, da Epagri e da The Nature Conservancy.

Reunindo a experiência acumulada pela Apremavi nos 20 anos de existência, em atividades de recuperação de matas ciliares e áreas degradadas, enriquecimento de florestas secundárias e agricultura ecológica, o projeto tinha como objetivo conservar e recuperar áreas de Mata Atlântica, através da manutenção e implantação de modelos de planejamento de propriedades e paisagens e a capacitação de técnicos e proprietários rurais, contribuindo para o aumento da qualidade de vida dos mesmos e o incremento de renda nas suas propriedades. As atividades foram concentradas no município de Atalanta, no Vale do Itajaí, mas difundidas em todo Estado de Santa Catarina.

Num resumo, foram executadas as seguintes atividades:

1 – Manutenção da propriedade demonstrativa onde está o viveiro da Apremavi.
2 – Implantação de modelos de reflorestamento com espécies nativas de potencial econômico de forma “piloto” na propriedade jardim das florestas.
3 – Implantação de uma propriedade modelo em conservação de floresta com araucária na região de ocorrência natural desta floresta.
4 – Implantação de experiências em 35 propriedades em Atalanta.
5 – Produção de 200 mil mudas de árvores nativas para atender as atividades do projeto.
6 – Realização de visitas de assistência técnica aos proprietários onde foram implantadas as experiências.
7 – Elaboração de um Kit com modelos de planejamento de propriedades e paisagens.
8 – Realização de cursos de capacitação e seminários regional e estadual.
9 – Manutenção de um banco de dados sobre a propriedades implantadas

Os 30 projetos vencedores desta premiação serão retratados no Anuário Expressão de Ecologia 2007, que estará em circulação a partir da segunda quinzena do mês de novembro. Essa tradicional edição de ecologia vai apresentar um panorama completo sobre as iniciativas em benefício do meio ambiente na região Sul e os atuais debates acerca da questão ambiental e o aquecimento global.

Os vencedores serão homenageados em cerimônia de premiação que acontecerá entre os dias 28 a 30 de novembro, durante o evento Eco Power, que será realizado em Florianópolis (SC).

Saiba mais sobre o Programa: Planejando Propriedades e Paisagens da Apremavi

Veja em anexo o "case" inscrito, com todos os detalhes do projeto

Kit "Propriedade Legal" elaborado pelo projeto

Capacitação é ferramenta de Educação Ambiental

Para que as pessoas sejam capazes de se desenvolver elas precisam serem capazes de controlar suas próprias atividades dentro da estrutura das suas comunidades. Precisam participar, não apenas do trabalhobraçal, mas também do seu planejamento e da determinação de prioridades.

Nesse sentido a capacitação de setores da sociedade, na questão do planejamento de propriedades e paisagens, é indispensável. Pois para que essa ação aconteça de maneira efetiva é importante toda a família estar envolvida no processo, assim comooutros atores sociais, entre eles: técnicos e professores, que são os principais disseminadores de informações.

Considerando esses fatores a APREMAVI, através do projeto Planejando Propriedades e Paisagens, realizou uma jornada de cursos de capacitação que envolveu estudantes, agricultores, merendeiras, professores e técnicos. Os cursos foram realizados no município de Atalanta (SC).O primeiro curso aconteceu no dia 19/03, e foi realizado nas dependências do Viveiro Jardim das Florestas. Estiveram presentes técnicos de diversas instituições, entre elas ONGs, instituições governamentais e empresas privadas da região. O tema do curso foi Legislação Ambiental e teve como objetivo principalrepassar informações sobre as principais leis e regulamentos em vigorpara que os técnicos possam orientar proprietáriose também terem subsidios para atuarem frente aos crimes ambientais que vem acontecendo na região.

No dia 26, aconteceu na propriedade do Sr. Raimundo Hobus e do Sr. Argemiro Kubiack um dia de campo sobre Permacultura.Num primeiro momento foi discutido qual era o objetivo coletivo do grupo não somente para esse dia, mas também para os próximos anos. A parte prática aconteceu na propriedade do Sr. Argemiro Kubiack. Durante esse momento foram levantados os principais problemas encontrados na propriedade, mas também quais eram as espectativas da familia em curto, médio e longo prazo. Adiscussão possibilitou ao grupo encontrar algumas soluções simples e economicamente viáveis de ações que podem ser realizadas.

Segundo o palestrante Jorge Thimmerman um passo importante no planejamento não é apenas identificar os problemas, mas sim o agricultor identificar o que ele quer para ele e para sua familia.

Um dos objetivos da permacultura é planejar a propriedade de maneira que se tenha qualidade de vida, e segundo o palestrante Hernades Werner a alimentação é a base da nossa saúde, pois o alimento saudável proporciona qualidade de vida. Por isso no dia 27/03 foi feito uma discussão entre agricultores, merendeiras e professoras sobre ocultivo agroecologico de hortaliças, através de um curso no Parque Natural Municipal Mata Atlântica. O objetivo do curso é estimular que as escolas do município possam oferecer uma alimentação saudável para os alunos e que os agricultores passem a utilizar a técnica em suas propriedades.A parte prática do curso foi realizada na propriedade Serra do Pitoco.

Já é fato comprovado, que a prática do paisagismo eleva a alto estima das pessoas, da mesma maneira que os jardins proporcionam um clima harmônico entre as mesmas. Para atingir esse objetivo, foi realizado nos dias 28 e 29 de março um curso de jardinagem em duas comunidades do município: Rio Caçador e Dona Luiza respectivamente. O curso foi marcado por aulas praticas e teóricas, sendo as mesmas realizadas nas escolas das comunidades e em propriedades particulares. Durante os dois dias estiveram participando do evento professoras, agricultores e os grupos de mulheres organizados dentro do Projeto Microbacias 2.

Um dos principais problemas hoje enfrentados na agricultura, é o êxodo rural, principalmente por parte dos jovens, o que nos leva a crer que é necessária uma ação urgente para auxiliar no processo de reversão desse quadro. Como passo inicial foi então realizada também no dia 29 de março, uma palestra no Parque Natural Municipal Mata Atlântica, voltada a jovens agricultores e estudante do ensino médio. O tema abordado durante a palestra foi A importância do agricultor para a sociedade.

A jornada de capacitação foi desenvolvida durante todo o mês de março, com o envolvimento de 150 pessoas. Entre os palestrantes estiveram presentes representantes da Epagri, do Ministério do Meio Ambiente e profissionais autônomos.

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