Campanha da Fraternidade no Alto Vale

A Apremavi prestigiou o "Encontro do Conselho Diocesano de Pastoral” da Diocese de Rio do Sul, realizado no dia 27 de fevereiro, nas dependências da Obra Kolping, em Rio do Sul, realizando uma palestra com o tema da Campanha da Fraternidade: “Fraternidade e Amazônia”.

A palestra, que fez uma ligação entre o tema da Campanha da Fraternidade com a realidade do Bioma Mata Atlântica, foi ministrada pelo ex-diretor e atual conselheiro Urbano Schmitt Júnior e a Secretária Executiva Maria Luiza Schmitt Francisco.

Traçar este paralelo entre os biomas é muito importante, uma vez que todas as coisas estão interligadas e que todas as pessoas precisam ter consciência da importância de se preservar a natureza, independentemente de onde ela está.

Também é importante lembrar que mesmo as pessoas que não moram na Amazônia, podem ajudar a cuidar dela. Uma atitude por exemploé não utilizar madeiras provenientes ilegalmente desta floresta.

O tema da Campanha foi discutido pelos 40 representantes de Dioceses da região do Alto Vale que estiveram presentes. A contadora e administradora da diocese de Rio do Sul Eldiria Ventura, ficou encantada com a palestra ministrada e pelo trabalho que a Apremavi vem desenvolvendo na região – “Conhecendo essas iniciativas mais a fundo, é que percebemos sua importância na preservação do Meio Ambiente” relatou Eldiria.

“Maravilhosa a Palestra ministrada pelo Sr. Urbano e pela funcionária da Apremavi Maria Luiza, sobre o Tema da Campanha da Fraternidade deste ano "Fraternidade e Amazônia", trazendo para a realidade do Alto Vale do Itajaí. Fiquei encantada com o trabalho que vem sendo feito pela Apremavi na região. O projeto e desenvolvimento acontece em cima da realidade de nossa região. Além de ser um trabalho de conscientização, é no agir que ele tem o seu grande foco. Conhecendo essas iniciativas mais a fundo, é que percebemos sua importância na Preservação do Meio Ambiente. Sou apaixonada por todas as iniciativas que visam a conscientização do Ser Humano no todo. Precisamos perceber que quando falamos de natureza estamos inclusos nela. Portanto não somos mais ou menos importante, somos parte dela. E que tudo é criação de Deus. Obrigada Urbano, Obrigada Maria Luiza pela oportunidade de conhecer este maravilhoso trabalho, e me conscientizar que preciso fazer a minha parte”.

Seminário Estadual enfatiza importância das Unidades de Conservação

O Seminário Estadual “Planejando Propriedades e Paisagens” que aconteceu nos dias 08 e 09 de dezembro, no Parque Natural Municipal da Mata Atlântica, em Atalanta (SC), contou com a expressiva participação de 90 pessoas, entre estudantes, agricultores, professores, empresários e técnicos de vários municípios de Santa Catarina.

O assunto de maior destaque foi a conservação da biodiversidade, principalmente através da criação e consolidação de Unidades de Conservação, sejam elas públicas ou privadas.

Alexandre Martinez, presidente da Confederação Nacional de RPPNs, explicou aos presentes os procedimentos necessários para se criar uma Reserva Particular do Patrimônio Natural e a contribuição fundamental que o conjunto de RPPNs já criadas tem dado para a preservação da Mata Atlântica. Fez ainda um apelo para que mais proprietários transformem suas propriedades, em áreas protegidas. Cláudio Klems da TNC completou falando sobre como proteger o meio ambiente em propriedades privadas. Veja como criar uma RPPN no site: www.rppncatarinense.org.br

A ecologista Miriam Prochnow falou sobre as metas da convenção da biodiversidade e de como ainda temos trabalho pela frente para atingir os 10% do território transformados em Parques e Reservas, índice necessário, segundo a convenção, para que se tenha uma efetiva garantia da conservação da rica biodiversidade brasileira.

Lauro Eduardo Bacca da Acaprena e Nélcio Lidner do Parque das Nascentes, falaram sobre a importância e a relação das florestas com a conservação da água e do balanço hídrico, enquanto que Edilaine Dick, bióloga da Apremavi e Alessandro Ângelo, professor da UFPR, abordaram a questão do planejamento de propriedades e paisagens e a interação da fauna e flora com a recuperação de áreas degradadas.

O evento faz parte do Projeto Planejando Propriedades e Paisagens, realizado pela APREMAVI em parceria com a Fundação O Boticário de Proteção a Natureza e a Fundação Interamericana e apoio da Prefeitura Municipal de Atalanta e da TNC. O seminário contou ainda com o apoio do Projeto Piava e da Epagri. No dia 08, após a realização das palestras aconteceu uma visita às trilhas do Parque Mata Atlântica , com o objetivo de mostrar a importância da criação de Unidades de Conservação Municipais e no dia 09 os participantes do seminário visitaram o viveiro Jardim das Florestas e a propriedade modelo da APREMAVI, onde puderam verificaram “in loco” que é possível aliar produção com conservação da natureza.

Os participantes ainda aprovaram dois manifestos, um aos Deputados Estaduais da Assembléia Legislativa de Santa Catarina, pedindo a imediata aprovação do Projeto de Lei que cria o ICMS Ecológico, por se tratar de uma ferramenta fundamental para a conservação ambiental no Estado e o outro à Ministra Marina Silva apoiando e pedindo a criação do Parque Nacional do Campo dos Padres, cujas consultas públicas aconteceram também nos dias 08 e 09 de dezembro.

Fotos: Miriam Prochnow e Edilaine Dick

APREMAVI e Escola Agrotécnica realizam dia de campo

No dia 20 de novembro de 2006, foi realizado em Atalanta, um dia de campo sobre planejamento de propriedades e paisagens; no qual estiveram presentes alunos e professores do Programa de Educação de Jovens e Adultos (PROEJA), da escola Agrotécnica Federal do município de Rio do Sul/SC.

O primeiro modulo do PROEJA, é definido como "fundamentos básicos" e apresenta uma matriz curricular integrada, envolve assim, uma equipe multidisciplinar de professores; entre eles; das disciplinas de geografia, matemática, português e zootecnia.

Para a efetivação do trabalho a equipe no decorrer do 2º semestre de 2006, desenvolveu um projeto no qual, os alunos deveriam ter como base a leitura de uma novela de Charles Kiefer “O pêndulo do relógio”, onde o personagem principal vai a falência com a monocultura em seus 10 hectares de terra e a partir dessa história o trabalho final do projeto é construir uma proposta de propriedade sustentável para o personagem em questão.

Nesse sentido o dia de campo teve como objetivo mostrar que na prática e a partir do planejamento da propriedade é possível chegar ao resultado esperado, que é a sustentabilidade do meio rural.

Nesse dia inicialmente os alunos participaram de uma palestra, que foi realizada no Parque Mata Atlântica. Durante a palestra foi apresentado o Projeto Planejando Propriedades e Paisagens, com enfoque aos resultados já alcançados; aos princípios básicos que envolvem o planejamento de propriedades, entre eles os aspectos que devem ser observados na propriedade; quais são os objetivos principais do planejamento, sua importância e resultados esperados; a importância do conhecimento e do entrosamento do proprietário com o local em que vive; a importância da microbacia dentro do planejamento; entre outros assuntos.

Logo após foi realizada uma caminhada pelas trilhas do parque, e falado sobre as unidades de conservação municipais e o seu papel na conservação.

Os alunos visitaram também experiências já implantadas pela APREMAVI e por agricultores do município. Dentre elas: reflorestamento de araucárias consorciada com palmito; recuperação de áreas de preservação permanente, enriquecimento de florestas secundarias, planejamento da propriedade para o desenvolvimento do ecoturismo.

Para encerrar as atividades do dia, o público visitou o a propriedade modelo da APREMAVI, o qual é um exemplo real de que é possível conciliar conservação com produção agrícola.

Fotos: Edilaine Dick

Florestas de Setembro

A preservação ambiental esteve em destaque no mês de setembro, mês em que se comemora o dia da árvore e a semana da primavera. A Apremavi aproveitou este mês tão significativo e realizou várias ações de plantio de mudas por toda região. Além de atividades que tiveram como objetivo despertar a consciência ambiental.

Durante o mês de setembro foram retiradas do Viveiro “Jardim das Florestas” em Atalanta, cerca de 120 mil mudas de árvores nativas. Só através do programa Matas Legais que é fruto da parceria entre a Apremavi e a Klabin, 36.000 mudas foram distribuídas com o apoio das prefeituras de Otacílio Costa, Palmeira, Correia Pinto, Ponte Alta do Norte e São Cristóvão. O programa Matas Legais que completou um ano em abril de 2006, oferece também aos proprietários toda a orientação para o plantio e o planejamento das propriedades de forma a se tornarem “legais”.

 

 

 

Outra parceira da Apremavi é o Supermercado Archer do município de Brusque. Este é o Oitavo ano que a empresa auxilia no processo de conscientização sobre a importância de se preservar o meio ambiente Em comemoração ao dia da árvore de 2006, o supermercado adquiriu 26.000 mudas nativas para doar aos seus funcionários e clientes.

Também em comemoração ao dia da árvore, o setor de Gestão de Qualidade e Meio Ambiente da empresa Metalúrgica Riosulense, realizou no dia 23 de setembro, o 5º plantio de mudas nativas, em área da empresa. O plantio foi realizado com o auxílio de integrantes da diretoria e de funcionários da empresa. Integrantes da Apremavi também participaram do plantio. Preocupada com o meio ambiente, a empresa vem sensibilizando seus colaboradores da importância da preservação ambiental. Foram utilizadas 130 espécies diferentes da Mata Atlântica.

 

No mês de setembro a Apremavi também totalizou 30.000 mil mudas plantadas através do projeto Planejando Propriedades e Paisagens, que tem o apoio da Fundação O Boticário de Proteção da Natureza e da Fundação Interamericana. O projeto visa desenvolver e implantar modelos de propriedades e paisagens, aliando a conservação da Mata Atlântica e melhoria da qualidade de vida, com a geração de renda. Uma das atividades especiais realizadas foi na comunidade de Ribeirão Matilde, em parceria com a Escola Municipal de Ensino Fundamental da comunidade. Foram dois plantios, o primeiro de caráter paisagístico, e o segundo com fins de recuperação de mata ciliar.

No mesmo momento estava acontecendo na escola um mutirão para limpeza e organização do pátio da escola, incluindo ações como pintura de algumas dependências da escola e poda de condução em algumas árvores do bosque que já existe no local. A escola é uma das mais atuantes no município, porque além da preocupação com a recuperação de áreas, também realiza a coleta seletiva de lixo da comunidade a cada 15 dias.

Além dos projetos já citados, o outro destaque do mês de setembro foi o projeto Piava, uma iniciativa do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Itajaí e que apóia a recuperação de matas ciliares na bacia. Neste mês foram mais de 15.000 mudas plantadas.

Setembro sempre é um mês marcante e acreditamos que este ano ele superou as expectativas. Temos certeza de que isso é só o começo e que inúmeras ações em prol da natureza ainda estejam por vir. Com um pouco de boa vontade podemos operar verdadeiros milagres, transformando novamente o meio ambiente naquilo que ele já foi um dia, para o bem das presentes e futuras gerações.

Seminário para repensar a paisagem

Experiências de recuperação de matas ciliares e de áreas degradadas, planejamento de paisagens e alternativas de geração de renda foram alguns dos assuntos do seminário Planejando Propriedades e Paisagens que começou hoje e vai até amanhã, dia 3 de dezembro, em Atalanta, município no Alto Vale do Itajaí, Santa Catarina.

O evento, uma promoção da Associação de Preservação do Meio Ambiente do Alto Vale do Itajaí (Apremavi ) lotou o auditório do Parque Mata Atlântica. Está reunindo especialistas em biodiversidade e conservação, estudantes de escolas técnicas e comunidade da região. Conta ainda com a participação de integrantes do Grupo de Trabalho de Áreas de Proteção Permanente e Reserva Legal da Rede de ONGs da Mata Atlântica.

Na abertura dos trabalhos foram lançados materiais de educação ambiental. Em conjunto com a Apremavi, a Empresa de Pesquisa e Extenção Rural de Santa Catarina (Epagri), dentro do projeto Micro Bacias 2 do Governo do Estado de Santa Catarina, foi lançada a cartilha "Gota D’Água". A publicação congrega idéias e conceitos desenvolvidos em escolas públicas de Atalanta e Rio do Sul. Há histórias contadas por crianças, dados sobre a situação das águas, ilustrações em vários formas de linguagens.

Miriam Prochnow, presidente do Conselho da Apremavi, apresentou três peças gráficas do projeto Planejando Propriedades e Paisagens: folder, cartaz e cartilha ilustrada. Os materiais trazem informações que são fruto do trabalho de quase 19 anos da entidade "a cartilha é mais um cardápio para o produtor rural ver o que é possível fazer na sua propriedade", comenta Miriam, que na semana passada recebeu o Prêmio Ford Motor Company de Conservação Ambiental na categoria conquista individual. Miriam também anunciou a reedição dos vídeos da Apremavi em formato dvd.

O projeto Planejando Propriedades e Paisagens, visa implantar modelos rurais sustentáveis. Pretende recuperar e conservar o que ainda resta de Mata Atlântica, mas com geração de renda, através da adoação de alternativas econômicas ambientalmente corretas, e da melhoria da qualidade de vida da comunidade.

Com o apoio da Fundação O Boticário de Proteção à Natureza e a Fundação Interamericana, com parceria com a Prefeitura Municipal de Atalanta, a Epagri e The Nature Conservancy (TNC), a Apremavi está propondo para as comunidades da região uma série de possibilidades de uso da terra como sistemas agroflorestais (SAF), piscicultura, agricultura orgânica, enriquecimento de florestas secundárias, a recuperação de áreas de preservação permanente (APPs), o plantio de árvores nativas e exóticas com fins econômicos, entre outros.

Um dos pontos destacados pelo programa é a importância de se ver a propriedade como um todo. A manutenção das APPs, da Reserva Legal – que é de 20% da área da propriedade no caso da Mata Atlântica no sul do Brasil – e a criação de uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) são considerados dentro do contexto particular de cada agricultor. De uma forma planejada, a Apremavi mostra através de exemplos práticos qual a função de cada elemento, isto é, do bosque reflorestado, do lago com peixes, da horta, etc, dentro da propriedade.

A iniciativa é considerada excelente pela professora Eliana Santos da Silva, da Escola Agrotécnica Federal de Rio do Sul, onde estudam cerca de 600 alunos em regime de internato. A professora explica que é muito bom para os alunos terem contato com este conhecimento, por que está se vivendo um processo de transição. "O retorno que a natureza tem dado com secas, com enchentes, entre outros desastres, é a maior prova de que é necessário uma transformação das nossas relações com o meio ambiente".

Para os alunos as propostas são viáveis para a realidade regional. Os estudantes, todos filhos de proprietários rurais do interior de Santa Catarina, estão tendo aulas de como integrar plantações, criações de animais com qualidade de vida para suas famílias. Dentro desse aprendizado, o seminário trouxe muitas novidades, como a palestra "Corredores Florestais – unindo espécies, habitat e pessoas na área do Mico-leão-dourado" com Rosan Valter Fernandes, ecólogo e coordenador do Programa Conservação em Áreas Privadas da Associação Mico-Leão-Dourado (RJ).

* Silvia Marcuzzo é assessora de comunicação da Rede de ONGs da Mata Atlântica, Philipp Stumpe foi assessor de comunicação da Apremavi

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