Curso de Turismo em Atalanta faz saída de campo

Desde julho de 2008 a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) e a Prefeitura Municipal de Atalanta, vem promovendo o curso de Profissionalização para o Turismo, voltado para os jovens do município.

Sábado, dia 16 de agosto de 2008, os alunos que participam do curso, realizaram a primeira saída de campo no município, que teve por objetivo verificar "in loco" o processo de planejamento de uma propriedade rural, visando o desenvolvimento do turismo e de atividades agrícolas, com base na sustentabilidade.

No período da manhã os estudantes conheceram duas propriedades na comunidade de Alto Dona Luiza: A Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Serra do Pitoco, utilizada pela Apremavi como propriedade modelo, e a Propriedade Paraíso das Trutas.

O grupo foi recepcionado pelo presidente da associação, Edegold Schäffer, que foi uma das primeiras pessoas do município de Atalanta que apostou no desenvolvimento do turismo em propriedades rurais. Edegold, mostrou aos jovens que é possível conciliar o desenvolvimento agrícola e econômico de uma propriedade, respeitando e cumprindo a legislação ambiental.

No período vespertino, os estudantes conheceram a propriedade de Abelino Jochem, na comunidade de São Miguel, que ainda não trabalha com turismo, mas, possui um grande potencial natural ainda a ser planejado.

O proprietário guiou o grupo em seis cachoeiras existentes no local, uma delas com a formação de duas grutas em rocha calcária. O acesso até as cachoeiras ainda é difícil, uma vez que o terreno apresenta declives acentuados e até o momento não existem trilhas planejadas até as mesmas.

A última visita do dia foi na Agroindústria que está sendo implantada na comunidade de Dona Luiza, por iniciativa do Projeto Microbacias 2. Um dos alunos do curso que faz parte do projeto, explicou ao grupo como se dará o processo de produção e comercialização dos produtos.

Com essa saída de campo os estudantes puderam ver na prática a teoria passada em sala de aula. O curso, que termina no final do ano e está sendo ministrado pela funcionária da Apremavi e acadêmica do curso de turismo, Jaqueline Pesenti, prevê mais duas saídas de campo.

As aulas teóricas estão sendo ministradas no Parque Natural Municipal da Mata Atlântica.

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Apremavi e Prefeitura de Atalanta promovem curso sobre turismo

O município de Atalanta tem os títulos de “Cidade Jardim da Mata Atlântica” e “Capital Ecológica de Santa Catarina”. Com isso vem despontando para a atividade turística, explorando de forma sustentável as suas paisagens naturais e propriedades agrícolas.

O turismo necessita da participação do poder público, privado e comunidade local para atingir a sua sustentabilidade. Tendo em vista essa questão e também a necessidade da qualificação de mão de obra local para o setor, a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), juntamente com a Prefeitura Municipal de Atalanta, iniciaram um curso de “Capacitação Profissional para o Turismo”.

O curso tem como principal objetivo formar multiplicadores do turismo e capacitar a mão de obra local para oferecer e atender os serviços turísticos do município de Atalanta. Foram disponibilizadas duas vagas para cada localidade do município, totalizando uma turma com vinte e dois alunos.

As aulas serão ministradas no Parque Mata Atlântica, pela funcionária da Apremavi e acadêmica do curso de turismo, Jaqueline Pesenti. Serão realizados onze encontros, abordando temas referentes a planejamento, hospedagem, alimentação, ecoturismo, patrimônio histórico, entre outros. O curso prevê também algumas atividades práticas, como saídas a campo no município para levantamento de dados e reconhecimento de locais com potencial turístico e viagens técnicas.

Jaqueline Pesenti diz que “é de extrema importância que a comunidade local participe do desenvolvimento turístico do município. Atalanta vem presenciando o aumento do êxodo rural, com jovens que abandonam as atividades agrícolas e migram para os centros urbanos”. Acrescenta ainda que “neste cenário o turismo se apresenta como uma atividade que pode minimizar este problema. O município necessita de mão de obra qualificada e esses alunos conhecem o município, são filhos da terra, e não existe ninguém melhor do que eles para atender os serviços do setor turístico municipal”.

No final do curso os alunos vão apresentar para autoridades municipais e regionais, projetos turísticos para o município. Para a elaboração destes projetos os alunos contaram com assessoria de técnicos da Apremavi e da Prefeitura Municipal de Atalanta.

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Apremavi e Klabin lançam Programa Matas Legais no Paraná

No dia 19 de junho de 2008, foi lançando em Telêmaco Borba (PR), o Programa Matas Legais, uma parceria entre a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) e Klabin.

O Programa já existe em Santa Catarina desde 2005, onde tem apresentando resultados animadores. No primeiro ano contava com apenas 11 proprietários rurais, já no terceiro ano, esse número subiu para 238 produtores. Desde o início do programa, foram doadas cerca de 258 mil mudas de espécies nativas.

Além da recuperação da mata nativa, o programa estimula o planejamento da propriedade rural, com a adequação das propriedades à legislação, promove educação ambiental e a conservação do meio ambiente, utilizando o conceito da “Propriedade Legal”, ou seja, aquela que cumpre a legislação e ao mesmo tempo é lugar agradável, bonito, bom de viver e com geração de renda.

Inicialmente, no Paraná, as cidades beneficiadas pelo programa serão Curiúva, Sapopema e São Jerônimo da Serra. Com o decorrer do projeto, outras cidades poderão ser incluídas no programa.

"Os resultados apontados pelo Programa Matas Legais demonstram que é possível colocar em prática os conceitos do cumprimento da legislação, aliados ao desenvolvimento sustentável. Por isso, estamos apostando em sua expansão", afirma Miriam Prochnow, Coordenadora de Políticas Públicas da Apremavi. “Assim, incentivamos a melhoria da qualidade de vida da população e do desenvolvimento florestal, com base no planejamento das paisagens”, completa. O programa também incentivará a silvicultura com plantas exóticas e nativas, o enriquecimento de florestas secundárias, agricultura orgânica e ecoturismo.

A iniciativa está em sintonia com a Política de Sustentabilidade da Klabin, pela qual a empresa se compromete a assegurar o abastecimento de madeira plantada para suas fábricas de forma sustentada, preservando os ecossistemas naturais associados. “A companhia aposta no Programa Matas Legais, em parceria com a Apremavi, e em seus benefícios para o meio ambiente e para as comunidades. Com esta ação, trazemos a sociedade para participar de nossa cadeia produtiva de forma sustentável”, enfatiza Carlos Mendes, gerente da Unidade Florestal da Klabin no Paraná.

O evento, que ocorreu no Clube Harmonia, na fazenda Monte Alegre em Telêmaco Borba, foi um sucesso e contou com a presença de mais de 150 pessoas, entre elas proprietários rurais, representantes de prefeituras, do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), Instituto Ambiental do Paraná (IAP), do Ministério do Meio Ambiente e de outros parceiros da Apremavi, como a The Nature Conservancy (TNC), a Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS) e o Mater Natura.

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Diálogo para a Mata Atlântica vai a campo

Representantes de 12 empresas de base florestal e de 15 organizações ambientalistas estiveram reunidos entre os dias 11 e 13, em Brasília, para o V Encontro Nacional do Diálogo Florestal para a Mata Atlântica. O evento marcou o início da segunda fase do Diálogo, estabelecido em 2005 face à importância dos remanescentes florestais localizados nas propriedades das empresas, principalmente nas do setor de papel e celulose.

Nas próximas semanas serão inaugurados fóruns regionais que levarão a campo, em sete áreas prioritárias, as diretrizes nacionais para realização de ações concretas para proteção de remanescentes florestais e restauração do bioma. O setor de base florestal é detentor de mais de 1 milhão de hectares de terras onde não são feitos plantios homogêneos de espécies exóticas como pinus e eucalipto. Além desse território, a iniciativa também tem potencial para influenciar milhares de proprietários de terra, fornecedores de mais de 20% da matéria-prima utilizada pelo setor.

Entre as diretrizes apontadas durante o encontro estão o fortalecimento e a valorização das equipes de meio ambiente das empresas, a proteção física das áreas de remanescentes e o compartilhamento de dados ambientais para formação de um protocolo comum de monitoramento da conservação da biodiversidade. O grupo também se comprometeu a buscar mecanismos capazes de incentivar os proprietários rurais dispostos a adequar ambientalmente suas terras, além de promover capacitação para os vários atores envolvidos no processo de valoração de serviços ambientais, incluindo as populações de entorno.

“As instituições estão todas animadas e acreditando cada vez mais umas no trabalho das outras”, diz Miriam Prochnow, secretária-executiva do Diálogo. Para ela, o fato de que todos se comprometeram a cuidar melhor das suas áreas para que, de fato, elas sejam conservadas, pode ser um estímulo para que outros setores que têm ativos florestais façam o mesmo, especialmente, porque não é possível criar unidades de conservação em todos os remanescentes.

“Na Mata Atlântica, a gente sabe que todos os fragmentos são importantes e contribuem para a manutenção do equilíbrio ambiental e da biodiversidade”, complementa Miriam.

“Este tipo de fórum é fundamental para estabelecer marcos referenciais. Enquanto eu vou demonstrar para você a complexidade da questão econômica, você vai me mostrar a complexidade da questão socioambiental, e, assim, a gente consegue visualizar a realidade de forma ampla e concreta”, esclarece João Augusti, gerente de meio ambiente da Votorantim Papel e Celulose.

Além de trazer benefícios para a paisagem florestal do bioma, a aplicação das diretrizes do Diálogo deverá trazer impactos positivos também para o setor de silvicultura. “Quanto mais próximos os plantios florestais estão das matas nativas, maior o equilíbrio ecológico, menos ataques de pragas, maior produtividade, em uma menor área de plantio”, explica Luciano Lisbão Jr., gerente de meio ambiente e segurança florestal da Aracruz Celulose.

Para Miguel Calmon, diretor do programa Mata Atlântica da The Nature Conservancy, o espaço de diálogo está se consolidando como uma das iniciativas mais inovadoras já realizadas no bioma. “A execução de ações concretas em campo vai fortalecer o diálogo e influenciar agendas e compromissos assumidos pelo Brasil com relação à biodiversidade e às mudanças climáticas”, diz Calmon.

No encontro também foi ratificada a definição de 13 diretrizes para as empresas que fomentam a silvicultura entre proprietários rurais. A partir de agora, todas deverão incluir algumas salvaguardas socioambientais em seus contratos com fomentados, condicionando seu apoio a contrapartidas que deverão ser cumpridas pelos proprietários. As empresas também se dispõem a atuar de forma integrada, com relação ao meio ambiente, nas áreas onde possuem operações florestais geograficamente próximas umas das outras.

Outro resultado importante da reunião foi a inclusão oficial do bioma Pampa na área de atuação do Diálogo. Com isso, o fórum passa a se chamar Diálogo Florestal para a Mata Atlântica e Pampa. "A decisão é uma resposta à demanda conjunta da sociedade civil e das empresas que atuam no Rio Grande do Sul, como uma forma de buscar o equilíbrio entre a conservação ambiental e o desenvolvimento dos negócios de base florestal no extremo sul do país", explica André Guimarães, diretor executivo do Instituto BioAtlântica.

Todas as diretrizes definidas no encontro deverão ser implementadas em nível regional nas áreas de plantio no sul e extremo sul da Bahia, norte do Espírito Santo, vale do Rio Doce (MG e ES), vale do Paraíba (SP), e em regiões específicas dos estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina.

Thadeu Melo (comunicacao@bioatlantica.org.br)

Apremavi participa de planejamento da Federação de Entidades Ecologistas Catarinenses

A Federação de Entidades Ecologistas Catarinenses (FEEC), foi criada em 10 de dezembro de 1988, e conta atualmente com aproximadamente 60 entidades filiadas.

Considerando sua finalidade maior, de “congregar as entidades ambientalistas, para articular uma ação coordenada visando maior eficácia na defesa do meio ambiente e da qualidade de vida da população”, no dia 07 de junho de 2008 os membros da coordenação da entidade, eleitos em assembléia geral no mês de abril de 2008, reuniram-se no município de Garopaba (SC), nas dependências da Fundação Gaia, para planejar as ações da entidade para os próximos anos. A reunião teve como pauta: estratégias de atuação da FEEC, análise do regimento interno, representações institucionais da entidade e deliberações de cada coordenação.

A coordenadora de projetos da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), Edilaine Dick, é a responsável pela Coordenação de Comunicação da FEEC, assim a Apremavi vai ajudar a FEEC a divulgar os seus trabalhos.

A atual diretoria parte da premissa de que, atualmente, na mesma proporção em que várias ONGs ambientalistas estão surgindo no Estado, muitas outras estão perdendo força de atuação, logo, a equipe delimitou como objetivos fundamentais da nova diretoria: a promoção da integração e articulação entre essas organizações, visando o fortalecimento do movimento ambientalista no estado de Santa Catarina.

Ficou definido também que, dentre outras estratégias, a FEEC, irá promover a assessoria jurídica e de comunicação às entidades filiadas, servindo ao mesmo tempo de espaço de consulta e de divulgação dos trabalhos das organizações.

Segundo Alexandre Lemos, coordenador geral da entidade “estamos em um momento de mostrar a nova fase de atuação, que consiga promover a integração entre os diferentes segmentos da sociedade em favor da melhoria da qualidade de vida, atenuando o antagonismo entre os interesses coletivos, em prol da conservação.”

A próxima reunião da coordenação acontecerá no dia 05 de julho e as demais serão realizadas a cada dois meses. A sede dos encontros será intercalada de maneira a acontecer nas sedes das entidades participantes da coordenação da FFEC.

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