04/05/2016 | Notícias
Plano de Manejo da Arie Serra da Abelha é aprovado
É com imensa alegria e sensação de dever cumprido que a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) informa que o Plano de Manejo da Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) Serra da Abelha foi aprovado pela Portaria nº 28, de 26 de abril de 2016, publicada no Diário Oficial da União do dia 27 de abril.
A elaboração do plano de manejo da ARIE foi coordenada pela Apremavi, sob a supervisão do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e elaborado no âmbito do Projeto Planejamento e Capacitação em Unidades de Conservação, coordenado pela Apremavi e financiado pelo Tropical Forest Conservation Act (TFCA), por meio do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio). Os trabalhos foram realizados no período de abril de 2013 a dezembro de 2015.
Desde a criação da ARIE, a comunidade local, as autoridades municipais e organizações da sociedade civil como a Apremavi, a Associação Catarinense de Preservação da Natureza (Acaprena) e a Associação José Valentim Cardoso (Ajovacar), com apoio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama), realizaram diversas ações para garantir a conservação dos recursos naturais desta Unidade de Conservação. Com a criação do ICMBio, em 2008, ampliou-se a expectativa pela efetiva implantação dessa importante UC.
Durante o processo de elaboração do plano houve o envolvimento da comunidade local por meio de reuniões de mobilização, entrevistas para elaboração do diagnóstico socioeconômico e ambiental, saídas de campo para realização dos levantamentos de fauna e flora e reunião de planejamento participativo.

Um dos momentos de discussão do Plano de Manejo com a comunidade na Arie Serra da Abelha. Foto: Arquivo Apremavi.
José Guilherme Dias de Oliveira, chefe da ARIE, comenta que chegou para trabalhar na ARIE em setembro de 2013 e que ao longo do processo de elaboração do plano de manejo vários foram os atores que contribuíram na construção do documento: pesquisadores; ONGs, entre elas a Apremavi; representantes de setores da economia e moradores da Arie e vizinhança, além do ICMBio, responsável pela supervisão.
Ele complementa que o processo de formação do conselho consultivo, com aprovação publicada no final do ano passado, paralelamente à elaboração do plano de manejo, propiciou ampla participação da sociedade na elaboração do documento: acredito que o resultado final é um documento equilibrado, onde se podem identificar os diversos vetores de interesse na gestão da unidade de conservação, observando as possibilidades e limites da legislação pertinente e o grau de importância e influência de cada setor na gestão, ressalta Oliveira.
No âmbito do mesmo projeto a Apremavi também promoveu a Oficina de Capacitação do Conselho da ARIE, com o objetivo de discutir o papel do conselho e conselheiro na gestão da ARIE Serra da Abelha e definir as prioridades de ação do conselho.
Oliveira cita que na fase final, de análise pela Diretoria respectiva no ICMBio e Procuradoria Jurídica, foi dado o devido refinamento, visando maior adequação ao direcionamento institucional e segurança jurídica: a aprovação do plano de manejo e do conselho consultivo da Arie Serra da Abelha finalizam um ciclo de gestão, de estruturação da unidade de conservação, e iniciam um novo, de implementação, onde o que está previsto no plano de manejo deve ser posto em prática, o que só será possível e legítimo com o apoio, participação e acompanhamento da sociedade.

Momento de discussão do Plano de Manejo com a comunidade na Arie Serra da Abelha. Foto: Arquivo Apremavi.
Wigold B. Schaffer, conselheiro da Apremavi, comenta que o Plano de Manejo aprovado apresenta as ações prioritárias a serem desenvolvidas nos próximos cinco anos de gestão e que ele não é apenas um documento, é mais um passo para a consolidação definitiva dessa importante Unidade de Conservação: além de representar uma nova fase para a ARIE, o plano de manejo aprovado abre concretamente o caminho para se buscar a proteção dos importantíssimos remanescentes florestais do seu entorno e para isso o passo seguinte é a criação do Refúgio de Vida Silvestre do Rio da Prata, com mais de 30.000 hectares. Conclamo a todos para se empenharem nessa tarefa, destaca.
A Apremavi agradece a todas as pessoas que participaram e contribuíram com a elaboração do Plano de Manejo da ARIE Serra da Abelha, especialmente aos financiadores do projeto, as instituições parceiras, os moradores da ARIE, pesquisadores e participantes das oficinas e reuniões comunitárias, os quais não mediram esforços para tornar realidade este Plano de Manejo.
A ARIE Serra da Abelha
A ARIE foi criada por motivação da Apremavi, através da Resolução 005 de 17.10.90 do CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente e referendada por Decreto Presidencial publicado no Diário Oficial da União no dia 28 de maio de 1996.
Localizada no município de Vitor Meirelles, é uma área de 4.251 hectares de Mata Atlântica, que abrange uma zona de transição entre as Florestas Ombrófila Mista e Ombrófila Densa, o que lhe confere grande importância científica, por sua biodiversidade e características fitossociológicas.
Para mais informações, entre em contato com José Guilherme Dias de Oliveira, chefe da ARIE, no telefone (47) 3357-9064 ou e-mail joseguilhermediasoliveira@gmail.com
Confira algumas imagens da Arie. Fotos: Edilaine Dick
12/04/2016 | Notícias
Parque Estadual das Araucárias é inaugurado
O Parque Estadual das Araucárias está oficialmente aberto à visitação pública. O evento de inauguração ocorreu no dia 07 de abril de 2016, no Centro de Visitantes da Unidade, em São Domingos (SC) e contou com cerca de 300 participantes. A data também marcou o aniversário de 53 anos de emancipação dos municípios de São Domingos e Galvão.
Momento inaugural. Ascom/FAIC São Domingos.
Alcimar de Oliveira, Prefeito do Município de São Domingos, mencionou que é uma imensa alegria fazer a inauguração e entrega desta Unidade de Conservação para o conjunto da sociedade catarinense, frisando que São Domingos contribui, juntamente com o município de Galvão, com mais de 600 hectares de áreas de seu território para serem preservadas e serem colocadas à disposição da comunidade, para que a gente construa um ambiente melhor para se viver.
Angelo Milani, presidente do Grupo de Apoio à Gestão do Parque Estadual das Araucárias (Grimpeiro) agradeceu todos os parceiros que contribuíram e apoiaram o Parque e sua abertura, e aproveitou para convidar todos para visitar e conhecer a área.
Alexandre Waltrick Rates, presidente da Fundação de Meio Ambiente (Fatma), ressaltou que uma unidade de conservação não se faz de forma individualizada, mas em um trabalho coletivo, que deve envolver interação, lazer, pesquisa e principalmente educação ambiental. Destacou também que É com muito carinho que nós entregamos essa Unidade e temos a certeza que a população da região vai aproveitar bastante.
Carlos Chiodini, Secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável de Santa Catarina, mencionou que os Parques existem para promover a sinergia entre a comunidade e a sociedade local e estadual com as riquezas que nele se encontram, de forma educativa, promovendo a conscientização e funcionando como espaço para pesquisa e inovação. Finalizando sua fala dizendo que Esse patrimônio é um presente para os municípios de São Domingos e Galvão.
Marcos Alexandre Danieli, da Apremavi, foi o mestre de cerimônias do evento, que também contou com a assinatura do contrato de apoio do Sicredi à gestão compartilhada do Parque, entre Fatma e Grimpeiro, e com uma homenagem às pessoas que se destacaram no histórico de apoio ao Parque.

Urbano Schmitt, vice-presidente da Apremavi, entregando o plano de manejo revisado ao presidente da Fatma, Alexandre Waltrick Rates. Foto: Ascom/FAIC São Domingos.
O processo de revisão deste plano foi realizado no período de abril de 2013 a dezembro de 2015, no âmbito do projeto Planejamento e Capacitação em UCs, coordenado pela Apremavi e financiado pelo Tropical Forest Conservation Act (TFCA), por meio do Fundo Brasileiro para Biodiversidade (FUNBIO).
Foram diversas reuniões e oficinas de planejamento, sensibilização e mobilização até chegar ao plano de manejo revisado. As ações contaram com a anuência e parceria da Fatma, e parceria do Grimpeiro, Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó), Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc), além de instituições e comunidades do Conselho Consultivo do Parque.
A Apremavi agradece a todos pela parceria e deseja sucesso na gestão do Parque Estadual das Araucárias, na expectativa de ver o plano de manejo revisado efetivamente implementado e na busca por tornar o Parque referência em gestão e implementação de Unidades de Conservação.
Apremavi na FAIC
No dia 08 de abril a Apremavi participou na 5ª Feira Agropecuária, Artesanal, Industrial e Comercial (FAIC) de São Domingos, a convite do Grimpeiro, em um estande também compartilhado com a Unochapecó e Unoesc. Foi um momento para divulgar os resultados dos projetos realizados (Projeto Planejamento e Capacitação em UCs e Projeto Araucária), falar sobre ações em andamento (PSA em Santa Catarina) e convidar os visitantes para conhecerem o Parque inaugurado.

A Apremavi recebeu a homenagem Você faz parte do Parque Estadual das Araucárias. Foto: Antonio de Almeida Correia Junior.
O Parque
O Parque é uma Unidade de Conservação (UC) Estadual de proteção integral de 612,5 hectares, que foi criada em maio de 2003, nos municípios de São Domingos e Galvão, Oeste de Santa Catarina, como medida de compensação pela implantação da Usina Hidrelétrica Quebra Queixo. Sua missão é proteger e conservar uma amostra representativa de Floresta com Araucárias, e possibilitar a realização de pesquisas científicas, o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico.
A Fatma é responsável pela gestão do Parque, que agora será realizada de maneira compartilhada com Grimpeiro, ONG local que existe há cinco anos e que trabalhou voluntariamente no Parque até janeiro deste ano, quando então foi firmado um contrato para a gestão no período de dois anos.
A visitação
O Parque está aberto para visitação de quarta-feira à domingo, das 09h às 12h e das 13h30 às 17h. O acesso se dá a partir do centro de São Domingos, indo em direção à Vila Milani, com entrada pelo Portão de Acesso Norte.
Para mais informações, entre em contato com o Parque no telefone: (49) 9132-4969 e email: grimpeiro@gmail.com.
22/10/2015 | Notícias
Parque Nacional das Araucárias iniciará visitação pública
O Conselho Consultivo do Parque Nacional das Araucárias tem a enorme satisfação em convidar a população em geral para comemorar o aniversário de 10 anos de criação do Parque e o início da visitação pública, a partir das 13h do dia 25 de outubro de 2015, domingo, na Comunidade Rio do Poço, município de Passos Maia (SC).
Haverá trilhas e atividades ecológicas para você e sua família e sinalização nas estradas de Ponte Serrada e Passos Maia, indicando como chegar ao local. Se houver chuva, o encontro será na Associação Amigos do Cavalo, na Comunidade Bela Planície, Passos Maia.
A programação de abertura também conta com:
Sessões solenes de abertura do Parque
Dia 19/10/2015 (segunda-feira), às 15h, na Câmara de Vereadores de Passos Maia.
Dia 23/10/2015 (sexta-feira), às 18h30, na Câmara de Vereadores de Ponte Serrada.
Feira de Saberes e Sabores
Pesquisadores, conselheiros do Parque, parceiros e apoiadores! Tragam seus banners, cartazes, folders, livros, fotografias, filmes, artesanato e demais materiais! Teremos tendas e montaremos uma exposição relacionada ao Parque! Será um momento para compartilhar experiências!
Aproveite para chegar antes, conhecer os atrativos da região e almoçar perto do Parque.
Para Juliano Rodrigues Oliveira, gestor do Parque, o ICMBio fica feliz em colocar à disposição da comunidade mais um Parque Nacional. Estamos iniciando as atividades de uso público no Parque Nacional das Araucárias, em um momento muito especial, pois comemoramos o aniversário de 10 anos de criação da unidade. E foi justamente a sociedade local que se manifestou, através do conselho consultivo do parque, pedindo que déssemos início a essas atividades, destaca Oliveira.
Ele complementa que a comemoração no dia 25 estará aberta a todos, sem a necessidade de agendamentos, e que após o evento, as visitas às áreas do Parque acontecerão de forma agendada, para pequenos grupos. Depois de algum tempo, a atividade será reavaliada para fazer as correções necessárias. Certamente, com o apoio das instituições e pessoas envolvidas, será um grande sucesso e vai contribuir muito para a unidade de conservação cumprir os objetivos para os quais foi criada. Pessoalmente, agradeço a todos pelo empenho e também pela oportunidade de aprender tanto, ressalta Oliveira.
Hoje o município está entendendo que o Parque é uma grande oportunidade para Passos Maia e Ponte Serrada fazerem diferença e serem reconhecidos internacionalmente por ser sede do Parque, frisou Ivandre Bocalon, Prefeito de Passos Maia, durante a Sessão Solene em homenagem aos 10 anos de criação do Parque, realizada na Câmara de Vereadores deste município.
Bocalon comenta que a abertura será simples e simbólica para a grandiosidade do Parque, mas decisiva para avançar na gestão e uso público: Temos muito orgulho viver este momento histórico, de comemoração dos 10 anos de criação do Parque Nacional das Araucárias e o início da visitação pública. Lá na frente vejo os frutos sendo colhidos pelos moradores do município, aponta.
Marcos Alexandre Danieli, representante da Apremavi e segundo secretário executivo no conselho, relembra que a criação e planejamento do Parque representaram um grande esforço empreendido, de instituições e pessoas dedicadas a ver o Parque funcionando: Para a Apremavi, é uma enorme satistação poder olhar a trajetória do Parque Nacional das Araucárias e perceber que as ações e projetos geraram resultados importantes, que hoje contrinuem efetivamente com a gestão da Unidade, a exemplo dos projetos voltados à elaboração do plano de manejo, formação e fortalecimento do conselho, realizados pela Apremavi, em parceria com o ICMBio e diversas instituições. A abertura à visitação é um retorno mais que merecido à comunidade local, conclui.

Quedas do Rio Chapecó no Parque Nacional das Araucárias. Foto: Marcos Alexandre Danieli.
Parque Nacional das Araucárias
O PARNA das Araucárias foi criado no ano de 2005, em Passos Maia e Ponte Serrada, com 12.841 hectares e é gerenciado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Além da proteção ambiental, pesquisas científicas e atividades de educação ambiental, sua grande vocação é receber a visitação de pessoas interessadas em turismo ecológico e recreação em contato com a Natureza.
Para mais informações entre em contato com Juliano Oliveira no telefone (46) 3262-5099 ou pelo e-mail juliano.oliveira@icmbio.gov.br.
Para acompanhar tudo que acontece no Parque, acesse a página do Parque no Facebook e dê o seu like!
15/09/2015 | Notícias
A Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), em parceria com a Fundação do Meio Ambiente (Fatma) e o Grupo de Apoio à Gestão do Parque Estadual das Araucárias (Grimpeiro), promoveu nos dias 02 e 03 de setembro de 2015, no auditório do Parque Estadual das Araucárias, em São Domingos (SC), o Seminário Planejamento e Capacitação em Unidades de Conservação (UCs).
O evento discutiu a temática dos Corredores Ecológicos, Pesquisa e Uso Público em UCs e teve como objetivo a integração, discussão e troca de experiências entre os diversos participantes envolvidos no desenvolvimento do projeto. Participaram os gestores e conselheiros das UCs envolvidas (PARNA das Araucárias, REVIS Campos de Palmas, ARIE Serra da Abelha, PE Araucárias, PE Rio Canoas), além de outras UCs (ESEC Mata Preta, FLONA Chapecó e Três Barras, PE Tabuleiro, REBIO Aguaí), representantes da Rede Gestora (REGE) do Corredor das Araucárias, estudantes e demais interessados nos temas abordados, num público de 75 pessoas.
Mesa 1: Pesquisa para a gestão de Unidade de Conservação ou gestão para a pesquisa? Foto: Arquivo Apremavi.
O primeiro dia foi dedicado a conhecer os Corredores Ecológicos de Santa Catarina, na fala de Pedro de Sá (Fatma), e para debater a relação entre a pesquisa e a gestão de UCs, em uma mesa integrada por Carlos Ribeiro (FLONA Três Barras); Joel Casagrande (REBIO Aguaí); Carlos Eduardo Conte (UFPR); Alexandre Siminski (UFSC/Curitibanos); Angélica Cassol (Unochapecó); Ronei Baldissera (Unochapecó) e Manuela Gazzoni dos Passos (Unoesc Chapecó).
No segundo dia, a discussão foi sobre o Uso Público em Unidades de Conservação, em uma mesa composta por Carlos Ribeiro (FLONA Três Barras); Juliano Rodrigues Oliveira (PARNA das Araucárias) e Alexandre Sachs (Grimpeiro).
Neste dia os participantes também conheceram o Programa Desmatamento Evitado, na fala de Romulo Cícero da Silva (SPVS), e assistiram aos vídeos Aguaí Floresta Atlântica: uma viagem pelo interior da Reserva Biológica do Aguaí e Projeto Araucária Conservando e Recuperando a Mata Atlântica. Em função da chuva no dia, a trilha no Parque não pôde ser realizada, mas todos os participantes foram convidados para uma nova visita à UC após sua abertura oficial, que deve ocorrer em breve.
A troca de experiências também ocorreu durante a exposição de banners, cartazes, folders, livros, artesanatos e demais materiais relacionados às UCs e temas afins, realizada junto ao café colonial produzido por integrantes do Grimpeiro, e também durante a hospedagem e alimentação, realizada na Vila Milani, comunidade vizinha ao Parque.
Divulgação de materiais relacionados às UCs e temas discutidos. Foto: Eloisa Donna.
Para o analista ambiental do ICMBio, Carlos Ribeiro, gestor da FLONA de Três Barras, o desenvolvimento das pesquisas, o incremento do uso público nas unidades de conservação e os benefícios socioambientais decorrentes estão ligados diretamente à capacidade dos gestores e suas equipes de dialogarem e desenvolverem projetos em parceria com outras instituições, sejam elas públicas e/ou da sociedade civil e ao envolvimento direto das populações do entorno nestes projetos.
O seminário foi importante pela troca de experiências realizadas. Acreditamos que o diálogo permanente através da gestão participativa, os Conselhos Gestores atuantes, a aproximação e o apoio aos pesquisadores e as parcerias institucionais são instrumentos essenciais para que as unidades de conservação federais, estaduais e municipais, sejam viabilizadas, atinjam seus objetivos e cumpram seu importante papel na construção do desenvolvimento sustentável e na conservação da nossa biodiversidade, frisa Ribeiro.
Angelo Milani, presidente do Grimpeiro, cita que foi uma grande satisfação poder receber os participantes do Seminário no Parque, Vila Milani e município de São Domingos. Ele comenta que as unidades de conservação constituem peça-chave para promover a conservação e a provisão dos serviços ambientais, além do seu potencial econômico, desde que haja a devida gestão, por meio do plano de manejo e das pessoas que as administram. Não há receitas prontas, mas esperamos que o seminário realizado venha a trazer benefícios a todas as unidades de conservação, principalmente o Parque Estadual das Araucárias, pontua Milani, que representa a instituição que deverá ser responsável pela cogestão do Parque.
Gilberto João Morsch, Gerente de Unidades de Conservação e Estudos Ambientais da Fatma, ressalta que as discussões do Seminário contribuem para a valorização e qualificação da gestão das Unidades, a exemplo do Parque Estadual das Araucárias, que logo vai inaugurar uma nova fase com sua abertura à visitação. É com prazer que informamos que todas as demandas necessárias já estão adiantadas e que a abertura do Parque se dará no máximo em 90 dias, destaca Morsch.
Para Edegold Schaffer, presidente da Apremavi, o seminário foi um grande sucesso, pois conseguiu reunir gestores, chefes e conselheiros das UCs que estão inseridas no projeto, além de representantes dos órgãos ambientais e universidades. A Apremavi, ao longo dos anos, vem apoiando a criação de unidades de conservação em Santa Catariana e esse projeto foi muito importante, tanto para nossa instituição, quanto para as UCs, pois permitiu o apoio às principais ferramentas de gestão das Unidades, como os conselhos e planos de manejo. A Apremavi espera poder continuar apoiando e capacitando os conselhos para que eles possam desenvolver cada vez melhor suas funções dentro das UCs, conclui Schaffer.
O seminário integra o projeto Planejamento e Capacitação em UCs, coordenado pela Apremavi e financiado pelo Tropical Forest Conservation Act (TFCA), por meio do Fundo Brasileiro para Biodiversidade (FUNBIO).
13/10/2014 | Notícias
No dia 02 de outubro de 2014 foi realizada a 1ª Etapa da Oficina de Capacitação do Conselho Consultivo do Parque Estadual Rio Canoas, no Salão da Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR) de Campos Novos (SC). O evento foi promovido pela Associação de Preservação do Meio Ambiente (Apremavi) em parceria com a Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (FATMA) e dá continuidade ao processo de formação deste conselho.
O objetivo principal da oficina foi aprofundar o conhecimento sobre o papel do conselho e conselheiro, sobre funcionamento, ferramentas de trabalho e também sobre a biodiversidade do Parque.
Participaram 25 conselheiros representantes de prefeituras, comunidades da zona de amortecimento, empresas de papel, celulose e energia, cooperativas, secretarias de desenvolvimento, órgão de segurança, assistência e fiscalização, associação de municípios, comitê de bacia e academia científica. Além de Leila Alberti, chefe do Parque Estadual Rio Canoas, da Fatma também participaram Carlos Soares, Aurélio José de Aguiar e Morgana Eltz Henrich, representando a Gerência de Unidades de Conservação (GERUC). O evento contou com a moderação e facilitação de Marcos Alexandre Danieli e Edilaine Dick, coordenadores de projetos da Apremavi.
Após situar o processo de formação e formalização do conselho, foi abordado o contexto do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), com destaque à inserção da participação social nos processos de criação, planejamento e gestão de UCs. O papel do conselho e conselheiro foi definido pelos próprios conselheiros, a partir de grupos de trabalho, socialização e discussão em plenária, que permeou também a discussão sobre as ferramentas para o bom funcionamento do conselho gestor.
O momento de interação e troca de experiências entre os conselheiros também buscou aprofundar o conhecimento sobre o Parque e sua biodiversidade. Para isso, pesquisadores da Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó) e da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) socializaram os resultados parciais das pesquisas que vem desenvolvento no Parque, com destaque nos levantamentos macroinvertebrados aquáticos, peixes, anfíbios e aves; e sucessão ecológica, insetos, peixes e parasitos e mamíferos (felinos, roedores e quirópteros), respectivamente.
Estas pesquisas integram projetos financiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), em parceria com a Fundação do Meio Ambiente (Fatma).
Djalma Santos Niles, que no conselho do Parque representa o Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Canoas, mencionou que o Parque será forte se o conselho também for. Não podemos esperar que o conselho faça tudo, mas ele é importante para o empoderamento dos conselheiros e da própria sociedade, enfatiza Niles.
Leila Alberti, chefe do Parque Estadual Rio Canoas, ressalta que o conselho é o espaço para dar sugestões e soluções aos assuntos pertinentes à Unidade de Conservação, no sentido auxiliar na resolução de problemas identificados. O conselho representa um dos passos mais importantes em direção a gestão participativa no Parque Estadual Rio Canoas, conclui Leila.
A próxima etapa da oficina de capacitação será realizada dia 30 de outubro, em Campos Novos. O objetivo será a discussão teórica sobre o Plano de Manejo e Zona de Amortecimento do Parque Estadual Rio Canoas, aliada ao conhecimento prático, a partir de visita técnica a este Parque.
O processo de formação e capacitação do Conselho Consultivo do Parque Estadual Rio Canoas integra o Projeto Planejamento e Capacitação em Unidades de Conservação, coordenado pela Apremavi e financiado pelo Tropical Forest Conservation Act (TFCA), por meio do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio).
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16/09/2014 | Notícias
A Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) deu mais um importante passo no processo de elaboração do plano de manejo da Área de Relevante Interesse Ecológico (Arie) Serra da Abelha, no dia 12 de setembro de 2014.
Neste dia foi realizada em Blumenau (SC) a reunião técnica de pesquisadores, aonde 09 pesquisadores da Apremavi e da Bio Teia Estudos Ambientais, realizaram a apresentação e socialização dos resultados das pesquisas realizadas na Arie e que contribuirão na elaboração do plano de manejo da unidade de conservação (UC).
A reunião contou com a presença de Célia Lontra e José Guilherme Dias de Oliveira do Instituto de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
As pesquisas realizadas, mesmo num curto espaço de tempo, revelaram que a floresta encontra-se em geral em bom estado de conservação e com a ocorrência de espécies importantes de fauna e flora, inclusive espécies ameaçadas de extinção. Os grupos da fauna pesquisados foram: mamíferos, anfíbios, répteis, aves, insetos de serapilheira, invertebrados aquáticos e ictiofauna. Também foram identificados potenciais problemas e ameaças a essas espécies e áreas que necessitam ser recuperadas.
Os dados das pesquisas de fauna e flora foram complementados com os resultados do diagnóstico socioambiental realizado através de entrevistas aos moradores da UC. O plano de manejo deve levar em consideração o objetivo principal de existência da Arie que é a compatibilização entre os processos ambientais, sociais e econômicos envolvidos neste território.
Os pesquisadores sugeriram áreas, que do ponto de vista científico, merecem maior atenção para a preservação, áreas que necessitam ser recuperadas, áreas para a realização de pesquisas que visem o desenvolvimento sustentável e também propuseram programas para ser realizados visando garantir e/ou melhorar o status de conservação da área.
Na oportunidade também foi apresentado um histórico de atividades que a Apremavi vem desenvolvendo na área desde 1987. A Apremavi e a Associação Catarinense de Preservação da Natureza (Acaprena) trabalharam desde o início para a criação da Arie. Miriam Prochnow, Coordenadora de Políticas Públicas da Apremavi, disse estar muito satisfeita com os resultados das pesquisas: "os resultados mostram que a área continua sendo muito importante para a conservação da biodiversidade na Mata Atlântica e que a Arie continua mantendo as características especiais e únicas que motivaram a criação da UC". Miriam também ressaltou que a Apremavi continuará trabalhando para a implantação plena da Arie Serra da Abelha.
A próxima etapa do plano de manejo será a realização da oficina de planejamento participativo em que será consultada a comunidade através dos seus representantes no conselho consultivo da Arie, que está em processo de formação, a ser realizada no mês de novembro.
A elaboração do plano de manejo da Arie Serrra da Abelha, faz parte do projeto Planejamento e Capacitação em Unidades de Conservação, executado pela Apremavi e financiado pelo Tropical Forest Conservation Act (TFCA), por meio do Funbio.
Aspecto geral da floresta na Arie Serra da Abelha. Foto: Wigold B. Schaffer.
01/08/2014 | Notícias
O ano de 2014 foi escolhido pelo Conselho Consultivo do Parque Nacional (PARNA) das Araucárias (SC) como o início das discussões e primeiros encaminhamentos referentes ao uso público da Unidade de Conservação (UC). Um Grupo de Trabalho (GT) foi criado para conduzir as discussões e promoveu uma assembleia extraordinária aberta, com a participação de várias instituições e gestores de outras UCs da região, estaduais e federais.
O Parque, localizado nos municípios Passos Maia e Ponte Serrada, no oeste catarinense, foi criado em 2005. Segundo Juliano Rodrigues Oliveira, chefe da UC, sua regularização fundiária é bastante incipiente, mas nada disso tem sido um obstáculo para a comunidade, que deseja ver o Parque Nacional aberto em pouco tempo.
Entre as atividades promovidas pelo GT de Uso Público está o intercâmbio dos conselheiros com outras UCs. O Parque Nacional das Araucárias já recebeu conselheiros dos parques estaduais das Araucárias e Fritz Plaumann. Já os seus conselheiros visitaram o Parque Estadual Fritz Plaumann e também irão conhecer a Floresta Nacional de Chapecó e o Parque Nacional do Iguaçu, para compreender como ocorre a gestão da visitação nessas áreas.
As visitas já realizadas contaram com apoio da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), por meio de projetos de gestão participativa, planejamento e capacitação em UCs, realizados por esta associação em parceria com o ICMBio e outras instituições. A Apremavi é conselheira do PARNA das Araucárias e integrante do GT de Uso Público e desde a criação do Parque tem contribuído com sua gestão.
Outro encaminhamento aprovado pelos conselheiros foi a concepção de uma marca para a unidade. Sugestões de elementos para compor o logo foram apresentadas em um formulário e a votação foi feita por conselheiros, parceiros, alunos de escolas públicas e também pela comunidade. Cerca de 500 pessoas participaram da escolha dos aspectos que irão compor a marca. Com isso, conseguimos também a aproximação dos cidadãos com o Parque Nacional, afirmou Juliano.
Floresta com araucárias, papagaio-do-peito-roxo e rio/cachoeira foram os temas escolhidos na votação. Agora, o material segue para a Divisão de Comunicação (DCom) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) para desenvolvimento de opções de marca e posterior avaliação dos conselheiros e da comunidade.
A próxima atividade será a realização do Workshop Turismo de observação de aves para gestores de UCs, pousadas e empreendimentos turísticos, de 13 a 17/08/2014, em Passos Maia (SC), com o objetivo de fornecer informações que auxiliem no planejamento para implantação da atividade. Trata-se de um evento promovido pelo Conselho Consultivo do Parque Nacional das Araucárias, com o apoio do ICMBio, da Prefeitura de Passos Maia e do SEBRAE/SC e que será ministrado pela consultora Maria Antonietta Castro Pivatto, especialista na área.
O papagaio-de-peito-roxo foi um dos símbolos escolhidos para compor a logo do parque. Foto: Cleiton Brugnarotto.
15/07/2014 | Notícias
Durante o período de 07 a 09 de julho de 2014 a equipe da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) iniciou o processo de elaboração do diagnóstico socioeconômico e socioambiental da Área de Relevante Interesse Ecológico (Arie) Serra da Abelha.
Durante os três dias foram entrevistados 60 moradores das comunidades de Colônia Sadlowki e Varaneira, com o objetivo de caracterizar a comunidade local quanto ao seu modo de vida, caracterização da propriedade frente aos aspectos econômicos e ambientais, organização e percepção dos moradores sobre a unidade de conservação e potencialidade turística da área.
Entrevista sendo realizada. Foto: Edilaine Dick.
O diagnóstico dos aspectos turísticos também foi realizado com moradores da comunidade Santa Cruz dos Pinhais, nas propriedades aonde já existe visitação em pontos de relevante beleza cênica, ou pousadas rurais. Os demais dados desta comunidade serão levantados posteriormente.
Esta etapa de campo faz parte da metodologia para elaboração do plano de manejo da Arie, para o qual já foram realizadas as etapas de levantamento primário e secundário de dados bióticos e abióticos, bem como reuniões abertas com as comunidades.
A elaboração do Plano de Manejo da ARIE Serra da Abelha integra o projeto Planejamento e Capacitação em Unidades de Conservação, coordenado pela Apremavi e financiado pelo Tropical Forest Conservation Act (TFCA), por meio do Funbio.
Atividade de fumicultura na Arie Serra da Abelha. Foto: Edilaine Dick
Os moradores entrevistados também foram convidados a participar do Seminário Regional Conservação Ambiental e Cultivo de Erva-mate a ser realizado pelo Projeto Araucária desenvolvido pela Apremavi no dia 22 de julho de 2014 em Santa Terezinha.
02/07/2014 | Notícias
Visando a revisão do Plano de Manejo do Parque Estadual das Araucárias (PEA), foram realizadas várias oficinas, com diversos públicos, nos municípios de São Domingos e Chapecó.
Em junho de 2014 a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) realizou a Oficina de Planejamento Participativo e a Oficina de Pesquisadores do Parque, localizado nos município de São Domingos e Galvão.
A Oficina de Planejamento Participativo foi realizada dia 10, na Câmara Municipal de Vereadores de São Domingos, com o objetivo de revisar aspectos do Plano de Manejo do PEA, especialmente de diagnóstico do ambiente interno (pontos fortes e pontos fracos) e externo (ameaças e oportunidades) do Parque. O evento reuniu lideranças comunitárias e conselheiros do parque.
Grupo de trabalho na Oficina de Planejamento Participativo. Foto: Marculi Pozzan.
Já no período de 24 a 26 aconteceu a Oficina de Pesquisadores do PEA, em Chapecó. O evento foi promovido em parceria com o Projeto Qual o status de conservação da biodiversidade em Unidades de Conservação na região Oeste do Estado de Santa Catarina?, desenvolvido pela Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó) e financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), em parceria com a Fundação do Meio Ambiente (Fatma).
Essa oficina teve como objetivo socializar as pesquisas realizadas no PEA pela Unochapecó (Macroinvertebrados aquáticos; peixes; aves; anfíbios, educação e comunicação ambiental e percepção ambiental) e pela Universidade do Oeste de Santa Catarina Unoesc (Vegetação) e revisar aspectos do seu Plano de Manejo com embasamento nos dados apresentados no evento.
Os três dias do evento reuniram 55 participantes, principalmente conselheiros do parque, pesquisadores que realizam trabalhos na Unidade de Conservação, comunidade acadêmica e representantes do Grimpeiro (Grupo de Gestão de Apoio à Gestão do Parque Estadual das Araucárias).
Grupo de trabalho na Oficina dos Pesquisadores. Foto: Marcos Alexandre Danieli.
Segundo Marcos Alexandre Danieli, coordenador de Projetos da Apremavi, a oficina de planejamento participativo e a oficina de pesquisadores constituíram momentos fundamentais para subsidiar o processo de revisão do plano de manejo: "as discussões foram especialmente importantes pela valorização do Parque Estadual das Araucárias e a atualização dos cenários, complementa Marcos.
Para Elaine M. Lucas Gonsales, vinculada ao curso de Ciências Biológicas e mestrado em Ciências Ambientais da Unochapecó, a oficina de pesquisadores foi bastante positiva: "foi um momento de discussão e de socialização sobre um assunto de interesse comum: a conservação da biodiversidade. Nesses momentos, percebemos a importância dos estudos que realizamos e como eles podem contribuir com a definição de políticas públicas e estratégias de conservação. Por outro lado, percebemos a complexidade envolvida na criação e implementação de unidades de conservação, e o quanto precisamos avançar para que esta seja uma estratégia realmente efetiva para a conservação da biodiversidade no Brasil.
A oficina de pesquisadores também foi marcada pela visita de monitoria da gestora de Programas no Fundo Brasileiro de Biodiversidade (Funbio), Maria Rita Olyntho Machado.
Para Maria Rita, a oficina foi muito importante: "serviu para embasar as decisões referentes à gestão do PEA. A troca de informações entre os pesquisadores contribui para a otimização dos esforços voltados à conservação dessa área. Parabéns a toda equipe da Apremavi e a seus parceiros na construção do evento.
As oficinas integram o processo de revisão do Plano de Manejo do PEA, realizado no âmbito do Projeto Planejamento e Capacitação em Unidades de Conservação, coordenado pela Apremavi e financiado pelo Tropical Forest Conservation Act (TFCA), por meio do Funbio.
01/07/2014 | Notícias
A Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) promoveram no dia 13 de junho o Seminário sobre Uso do Fogo no Refúgio de Vida Silvestre dos Campos de Palmas (RVS-CP). O Seminário, realizado no auditório da Câmara dos Vereadores no município de Palmas, no estado do Paraná, teve como objetivo promover uma reflexão sobre a importância dos campos nativos, legislação ambiental vigente e alternativas existentes atualmente ao uso do fogo. Participaram do evento principalmente conselheiros da Unidade, entre proprietários e representantes de instituições governamentais e não governamentais.
Durante o evento foram realizadas 4 apresentações, onde Joaquim Osório Ribas, proprietário de áreas do RVS-CP fez um breve histórico do uso do fogo no RVS dos Campos de Palmas; Marcia Barbosa Abraão, analista ambiental do ICMBio e chefe do RVS-CP abordou o que está sendo proposto com relação ao uso do fogo no plano de manejo da Unidade; João de Deus Medeiros, professor do Departamento de Botânica da Universidade Federal de Santa Catarina UFSC discorreu sobre a Lei 12.651 aprovada em 2012 e o que esta especifica para as áreas de campo nas Áreas de Preservação Permanente, Reserva Legal, Cadastro Ambiental Rural e uso do fogo; e José Antônio Ribas Ribeiro professor aposentado da UFSC, atualmente produtor rural e proprietário da Fazenda Santa Rita, no município de Lages (SC), mostrou as experiências que ele aplica em sua propriedade como alternativas ao uso do fogo.
Participação do Professor João de Deus Medeiros da UFSC. Foto: Marcos Alexandre Danieli.
Após as apresentações foi feito um debate onde os participantes contribuíram com reflexões e delinearam encaminhamentos para seguir com as ações:
1 -criação de um grupo de estudo para aprofundar as ideias apresentadas durante o seminário;
2 – contato com o conselho para debater a continuidade da câmara técnica sobre uso do fogo, como contribuição para a criação de critérios de compatibilização entre conservação da biodiversidade e uso do fogo, em conformidade com o plano de manejo;
3 – seminário para apresentação das pesquisas realizadas no RVS-CP e identificação de lacunas de conhecimento, buscando o envolvimento das universidades;
4 – envolvimento do Parque Estadual de Palmas nas discussões relacionadas ao RVS;
5 – captação de recursos e desenvolvimento de projetos sobre formas de produção agropecuária sustentáveis e compatíveis com o RVS dos Campos de Palmas;
6 – aproximação com iniciativas de turismo da Serra Catarinense, para troca de experiências com o conselho do RVS; e
7 – o convite para que conselheiros do Refúgio acompanhem as discussões do conselho do Parque Nacional das Araucárias, com relação ao uso público e turismo.
O evento faz parte do projeto Planejamento e Capacitação em Unidades de Conservação, executado pela Apremavi e financiado pelo Tropical Forest Conservation Act (TFCA) por meio do Fundo Brasileiro para Biodiversidade (FUNBIO).
05/06/2014 | Notícias
A Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) promovem no dia 13 de junho o Seminário sobre Uso do Fogo no Refúgio de Vida Silvestre (RVS) dos Campos de Palmas, Unidade de Conservação Federal criada em 2006.
O Seminário será realizado no município de Palmas (PR) e tem como objetivo promover uma reflexão sobre a importância dos campos nativos, legislação ambiental vigente e alternativas ao uso do fogo. É direcionado principalmente aos conselheiros, proprietários e funcionários relacionados ao RVS e sua zona de amortecimento, além de outros interessados pelo tema.
O evento faz parte do projeto Planejamento e Capacitação em Unidades de Conservação, executado pela Apremavi e financiado pelo Tropical Forest Conservation Act (TFCA) por meio do Fundo Brasileiro para Biodiversidade (FUNBIO).
Seminário sobre Uso do Fogo no RVS dos Campos de Palmas
Data: 13 de junho de 2014.
Local: Câmara de Vereadores de Palmas, Avenida Clevelândia, 491, Centro, Palmas (PR)
Horário: das 9h às 16h.
Programação
09h00min: Chegada e boas vindas. ICMBio e Apremavi.
09h10min: Breve histórico do uso do fogo no RVS dos Campos de Palmas. Joaquim Osório Ribas/proprietário de áreas do RVS/Palmas (PR).
09h40min: O que diz o plano de manejo do RVS dos Campos de Palmas e quais as diretrizes atuais do ICMBio. Marcia Barbosa Abraaão/Analista ambiental do ICMBio/chefe do RVS.
10h20min: Importância dos campos para conservação da biodiversidade e os impactos do uso do fogo. Leonardo Von Linsingen/Faculdade Jaguariaíva (PR).
11h10min: Intervalo
11h25min: Legislação ambiental atual sobre as áreas de campo, APP, Reserva Legal e CAR. João de Deus Medeiros/Departamento de Botânica/UFSC.
12h30min: Almoço.
14h00min: Alternativas ao uso do fogo em propriedade rural em Lages José Antonio Ribas Ribeiro/Fazenda Santa Rita/Lages (SC).
14h50min: Troca de experiências, momento de discussão sobre alternativas e encaminhamentos.
16h00min: Encerramento.
Obs: Interessados devem entrar em contato até dia 09/06/2014 com Marcos pelo e-mail marcos@apremavi.org.br
10/04/2014 | Notícias
Dias 25 e 26 de março de 2014, a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) promoveu oficina técnica de revisão do plano de manejo do Parque Estadual das Araucárias. O evento foi realizado em Florianópolis (SC) e contou com a presença de representantes da Fundação de Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma), do Grupo de Apoio à Gestão do Parque Estadual das Araucárias (Grimpeiro) e da Apremavi.
O evento teve como objetivo nivelar informações entre a equipe do projeto e parceiros, planejar atividades, levantar informações disponíveis e analisar o impacto, resultados e implementação do plano de manejo do Parque, compreendendo o período de setembro de 2007 a março de 2014. Este encontro deu continuidade à oficina realizada em São Domingos em novembro de 2013.
A próxima atividade será a realização das oficinas de Planejamento Participativo e de Pesquisadores, previstas para o primeiro semestre de 2014. Depois de compiladas as informações levantadas, serão realizadas as oficinas de estruturação do plano de manejo, culminando com a submissão para aprovação e divulgação, com término do projeto em março de 2015.
Angelo Milani, presidente do Grimpeiro, fala sobre algumas barreiras que devem ser superadas pelo Parque: O desafio é a conclusão da obra existente no Parque e a abertura para a visitação do público, pois isso contribuirá para que muitos objetivos sejam realizados. Sobre a oficina realizada, Milani comenta que ela permitiu uma análise mais aprofundada das atividades realizadas no Parque, especialmente no período da existência dos vigilantes, que atuaram de fevereiro de 2008 a novembro de 2013: Algumas etapas do plano de manejo foram concluídas, e outras parcialmente, e outras não aconteceram, cita Milani.
Para Eduardo Mussatto, da Fatma, o Projeto de Revisão do Plano de Manejo do Parque Estadual das Araucárias possui um contexto ímpar no processo de implantação de uma Unidade de Conservação (UC): "de uma forma geral, as UCs no Brasil carecem até mesmo de um plano de manejo e isto faz deste Projeto um dos poucos exemplos da etapa no processo de implantação de uma Unidade. Também, faz dele um processo ímpar, o fato de estar sendo executado no mesmo momento em que se discute a abertura de uso público na UC. Abertura esta, que é normatizada por um plano distante da realidade encontrada.
Mussatto comenta também que analisar, reconhecer e entender as modificações ocorridas e estabelecer critérios para as alterações necessárias requer o conhecimento do Plano de Manejo em vigor e a organização e identificação das realizações implantadas ao longo do tempo: "Neste sentido, a oficina realizada em Florianópolis foi fundamental para a continuidade das etapas do Projeto de Revisão. Contudo, as próximas etapas, pautadas nos levantamentos técnicos e informações prestadas na oficina acima referida, serão decisivas para a formatação final do Plano de Manejo revisado. Nelas, serão discutidos e elencados os programas que farão parte do Plano de Manejo e nortearão a implantação da UC até a próxima revisão, conclui Mussatto.
Esta meta de revisão do plano de manejo do Parque Estadual das Araucárias integra o Projeto Planejamento e Capacitação em Unidades de Conservação, coordenado pela Apremavi e financiado pelo Tropical Forest Conservation Act (TFCA), por meio do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio).
Momentos da oficina. Foto: Marcos Alexandre Danieli.