Matas Legais tem resultados impressionantes no Paraná

Matas Legais tem resultados impressionantes no Paraná

Matas Legais tem resultados impressionantes no Paraná

O Programa Matas Legais, uma parceria entre a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) e a Klabin, tem obtido resultados muito animadores no Paraná, região onde está atuando desde 2008.

O programa teve início em 2005 em Santa Catarina e em 2008 foi implantado no Paraná, atendendo três municípios do norte pioneiro: Curiúva, Sapopema e São Jerônimo da Serra. Sete anos se passaram desde sua implementação, e atualmente temos atividades em 30 municípios: Arapoti, Bandeirantes, Candido de Abreu, Congonhinhas, Conselheiro Mairinck, Curiúva, Figueira, Ibaiti, Imbaú, Jaboti, Jaguariaíva, Londrina, Mauá da Serra, Nova Santa Barbara, Ortigueira, Pinhalão, Piraí do Sul, Reserva, Santana do Itararé, Santo Antônio da Platina, Sapopema, Siqueira Campos, Tamarana, Telêmaco Borba, Tibagi, Tomazina, Uraí, Ventania e Wenceslau Braz, estando localizados nas regiões: Norte Pioneiro, Centro Oriental e Norte Central do Paraná.

O objetivo do programa é desenvolver ações de conservação, educação ambiental e fomento florestal, que ajudam a recuperar os remanescentes florestais nativos, a melhorar a qualidade de vida da população e a aprimorar o desenvolvimento florestal, tendo como base o planejamento de propriedades e paisagens.

Atualmente o Matas Legais PR conta com a participação de 599 propriedades, distribuídas em quatro bacias hidrográficas: Bacia do Rio Tibagi, Ivaí, Cinzas e Itararé. Já restaurou mais de 1.500 hectares entre áreas de preservação permanente e reservas legais, destes hectares, 294 foram restaurados através do plantio de mudas nativas da Mata Atlântica, o restante está em regeneração natural. O trabalho envolveu a conservação de quase 7 mil hectares de  vegetação nativa em diversos estágios de regeneração.

O Programa tem se mostrado uma importante ferramenta para planejamento de propriedades e paisagens, levando em consideração a restauração de áreas degradadas, tornando-se referência para região e também para diversas instituições de outros setores.

Fórum Florestal PR e SC discute planejamento de propriedades e paisagens

Fórum Florestal PR e SC discute planejamento de propriedades e paisagens

Fórum Florestal PR e SC discute planejamento de propriedades e paisagens

Nos dias 23 e 24 de fevereiro de 2016, o Fórum Florestal Paraná e Santa Catarina se reuniu para sua XXIII reunião, na sede da Klabin, no município de Telêmaco Borba (PR). Participaram da reunião 22 representantes de organizações ambientalistas e empresas do setor de base florestal.

Foram dois dias de troca de experiências sobre o planejamento de propriedades e paisagens sustentáveis, incluindo visita técnica em uma propriedade modelo, que alia produção e conservação.

Miriam Prochnow, secretária executiva do Diálogo Florestal Nacional e conselheira da Apremavi, abordou planejamento de propriedades e paisagens sustentáveis, especialmente sobre a importância de unir recuperação, produção e conservação em um cenário de mudanças climáticas.

Durante a realização do Fórum, Miriam lançou o  volume 7, da série Cadernos do Diálogo, publicação que conta a experiência do Fórum Florestal do Sul e Extremo Sul da Bahia e também do Fórum Nacional e outros Fóruns Regionais.

Nos relatos de experiência sobre trabalhos voltados ao planejamento da propriedade rural, restauração de áreas e certificação, Ivone Namikawa, coordenadora de Sustentabilidade Florestal da Klabin, trouxe o histórico e a importância do processo de certificação do Grupo de Produtores Florestais do Médio Rio Tibagi.

Maurício Reis, coordenador do Programa Matas Legais no Paraná (parceria Apremavi e Klabin), apresentou as oportunidades e resultados do trabalho desenvolvido no período de 2008 a 2016, que já envolveu mais de 350 propriedades em ações de preservação e recuperação de remanescentes florestais nativos.

Sabrina de Freitas Bicca, coordenadora do Projeto Planejando Propriedades Sustentáveis, juntamente com Emílio André Ribas, da Apremavi e Paulo Santana, da TNC, apresentaram este projeto, que tem como objetivo a melhoria das condições econômicas, sociais e ambientais das pequenas e médias propriedades rurais nos municípios de Ortigueira, Imbaú e Telêmaco Borba.

Marcos Alexandre Danieli, secretário executivo do Fórum, apresentou um balanço das atividades realizadas no período de 2014 a 2015. Em grupos, também foram discutidas as prioridades de atuação do Fórum, um trabalho que segue em andamento.

Conhecendo o sistema silvipastoril durante a visita técnica. Foto: Marcos Alexandre Danieli.

No segundo dia de reuniões, o destaque foi a visita técnica realizada a uma propriedade do município de Reserva(PR), guiada por Vinicius Oliveira e Victor Fagundes/2Tree Consultoria, Maurício Reis/Apremavi, Ivone Namikawa/Klabin e o proprietário, Sr. Júlio Pisani F. A propriedade desenvolve um modelo silvipastoril (eucalipto consorciado com ovinos) e possui certificação FSC (Forest Stewardship Council), selo que reconhece a produção responsável de produtos florestais. Ela também integra o Programa Matas Legais e já foi beneficiada com o plantio de 20.660 mudas nativas durante as ações de restauração.

No local os participantes do Fórum tiveram a oportunidade de ver na prática os temas apresentados no primeiro dia. Somado à troca de experiências dos dois dias de reunião, saem do evento com o importante papel de levar a experiência às suas empresas e instituições, sabendo que a demanda por projetos que aliem conservação e produção dentro de uma visão de planejamento de propriedades e paisagens sustentáveis é crescente e estratégica dentro dos objetivos do Fórum Florestal Paraná e Santa Catarina.

As reuniões do Fórum acontecem em importantes momentos para a troca de experiências entre os participantes, de maneira que experiências bem sucedidas possam servir de exemplos e replicadas para o setor florestal e organizações ambientalistas.

Para mais informações, entre em contato com a secretaria executiva: Marcos A. Danieli – marcos@apremavi.org.br.

Propriedades ficam mais bonitas com Paisagismo Rural

Quando se fala em paisagismo geralmente as pessoas se lembram de belos jardins e praças de cidades. Entretanto, os ensinamentos da arte paisagística podem e devem ser aplicados também nas áreas rurais, onde já existem vários elementos naturais como ar puro, terra fofa e presença de árvores, que trazem uma noção de ordem e beleza.

Como a propriedade rural, principalmente para o agricultor familiar, é um espaço de trabalho, moradia e lazer, o paisagismo adquire uma importância ainda maior. É o local onde a maioria dos agricultores passa o maior tempo da vida, um local considerado “sagrado” e que expressa o amor pela terra e pela forma de produzir a sua própria existência e a da família.

O paisagismo no ambiente rural possibilita tornar a propriedade um local agradável de viver, transformando-a em uma bela paisagem a ser admirada, além de oferecer sombra para tomar o chimarrão da tarde na varanda, sombra para as crianças brincarem e colocar o balanço, a rede, espaço para as reuniões com os amigos, entre outros benefícios.

Uma bela paisagem também é um grande atrativo para o turismo rural e ecológico, que atualmente é uma alternativa muito procurada por pessoas que querem fugir da poluição e do estresse das grandes cidades. Representa um potencial de renda para os proprietários rurais e de desenvolvimento para as pequenas cidades.

Com o paisagismo os outros elementos de uma propriedade rural também ganham destaque. Foto: Miriam Prochnow.

Por essa razão o paisagismo na propriedade rural deve ser planejado para trazer beleza cênica e funcionalidade para a área. O projeto deve ser executado levando em consideração a cultura local, o clima predominante, as características do solo, a topografia, a disponibilidade de água, a beleza das plantas e a presença de crianças, adultos e as espécies de animais existentes no local.

O plantio de árvores, arbustos e flores em alguns pontos das propriedades como por exemplo nas margens das estradas e nos quintais, somado às florestas naturais situadas nas áreas de preservação permanente e reservas legais, permite criar uma paisagem harmônica e melhorar a qualidade de vida. Isto aplicado ao conjunto das propriedades cria um ambiente comunitário harmonioso e bonito, ajudando a desenvolver ou resgatar a cultura de amor à terra. O gosto e o amor pela terra natal, tantas vezes cultivado pelos mais idosos, pode ser resgatado e apreciado pelos jovens.

É importante a utilização de espécies de árvores e flores nativas e com diferentes épocas de floração e frutificação, que disponibilizarão alimento para os pássaros durante a maior parte do ano, constituindo-se em mais um atrativo para a propriedade.

Bons exemplos são as pousadas que fazem parte do Projeto Acolhida na Colônia na região do Alto Vale do Itajaí, que recebem centenas de visitantes todos os anos. Proporcionam aos hospedes momentos de tranquilidade e grande integração com a natureza e com o meio rural. Nessas propriedades a hospedagem é na própria casa da família e o turista participa das atividades do dia-a-dia, como tirar leite e dar comida aos animais.

Outras atividades desenvolvidas são: pescaria, passeios a cavalo, bicicleta, charrete, pedalinho, trilhas, visitas a cachoeiras, jogos  e brincadeiras dirigidas ao turismo pedagógico, além da gastronomia típica que atrai muitos visitantes.

Saiba mais sobre o Projeto Acolhida na Colônia.

Quem quiser mudas para embelezar a propriedade por entrar em contato com a Apremavi.

Esta matéria foi publicada no Jornal Diário do Alto Vale no dia 17 de junho de 2014. O Espaço Apremavi é publicado quinzenalmente.

Capacitação para adequação ambiental rural é discutida

Entre os dias 02 e 05 de abril de 2014, a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) participou do Seminário Nacional de Formação de Multiplicadores em Desenvolvimento Rural Sustentável e Adequação Ambiental nas Propriedades Rurais da Agricultura Familiar.

O seminário é uma iniciativa da Agência de Desenvolvimento Regional do Extremo Oeste do Paraná (ADEOP), foi realizado em Foz do Iguaçú (PR) e teve como papel principal formar multiplicadores em desenvolvimento rural sustentável.

Com o objetivo de capacitar lideranças e entidades ambientais e rurais no âmbito da Educação Ambiental, dando ênfase na regulamentação ambiental das propriedades rurais de acordo com o Novo Código Florestal – Lei 12.651/2012, foram realizadas palestras  e troca de experiências entre os participantes, trabalhos em grupo de acordo com o bioma de cada região, além de uma atividade de campo para conhecer as iniciativas do extremo oeste do Paraná.

Foi elaborado um esboço de cartilha que servirá de guia para os agricultores familiares utilizarem em suas propriedades. Esta cartilha separa as diferentes regiões do Brasil e aponta em cada uma delas o que foi realizado com sucesso no planejamento das propriedades rurais.

Outro resultado do seminário foi a criação de uma rede para troca de informações, essa rede é um espaço virtual para divulgação de atividades, ações e contribuições.

A próxima etapa é a realização dos seminários regionais, que ocorrerão em Recife, Goiânia, Manaus, Belo Horizonte e Curitiba. Com o objetivo de formar 400 multiplicadores que atuarão em suas respectivas regiões. Em Santa Catarina, a Apremavi auxiliará na divulgação e indicação de multiplicadores com atuação na agricultura familiar

Para Edilaine Dick, coordenadora do Projeto Araucária desenvolvido pela Apremavi, a participação da instituição nesse tipo de evento é muito enriquecedora: "pois nos permite conhecer os trabalhos desenvolvidos em outros estados e ver o que pode ser aprimorado nos projetos que vem sendo desenvolvidos em Santa Catarina.”

Fotos: Thiago Ribeiro Nogueira

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Seminário sobre Código Florestal

O seminário “Código Florestal: Brasil celeiro do mundo ou realidade socioambiental?”, que aconteceu em Brasília, no dia 06 de abril de 2010, promovido pelo Ipam, reuniu parlamentares, técnicos e proprietários rurais. Entre os parlamentares presentes, destaque para a Senadora Marina Silva.

A Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida foi representada por Miriam Prochnow que apresentou alguns dos trabalhos da instituição, relacionados à adequação ambiental de propriedades rurais.

A adequação ambiental é possível também para propriedades localizadas nas regiões de Mata Atlântica, onde restaram pouco mais de 7% de florestas bem conservadas. Para Miriam, coordenadora de Políticas Públicas da Apremavi: “a aplicação do Código Florestal faz diferença na qualidade de vida e renda da população rural e também na urbana, como pudemos constatar nas recentes tragédias em Santa Catarina (no final de 2008), São Paulo e Angra dos Reis, no início deste ano, e agora no Rio de Janeiro, onde a grande maioria das vítimas estava em Áreas de Preservação Permanente (APPs) que não poderiam ter sido ocupadas”, disse.

Com o objetivo de adequar as propriedades, a Apremavi mantém o prograna Matas Legais, em parceria com a empresa Klabin, através do qual projetos de recuperação e conservação de Áreas de Preservação Permanente (APPs) estão sendo desenvolvidos em dois assentamentos rurais no Paraná – Paulo Freire (72 famílias) e Banco da Terra (63 famílias) -, nos quais 146 hectares de APPs degradadas estão sendo recuperadas (com a doação de 150.000 mudas nativas). Nos dois assentamentos, foram demarcados 446 ha de APPs e 191 ha de Reserva Legal.

O programa desenvolve ações de conservação, educação ambiental e fomento florestal. Dentro do programa, a palavra “legal” procura traduzir dois sentidos: o legal do cumprimento da legislação ambiental e o legal da expressão de lugar agradável, bonito e bom de morar e viver.

A coordenadora da Apremavi contou, ainda, que a Apremavi é parceira em um projeto da Associação dos Municípios do Alto Vale Itajaí (Amavi), de Santa Catarina, que está ajudando 25 mil produtores rurais (a maioria com pequenas propriedades) dos 28 municípios da Associação a averbarem suas Reservas Legais. “O mais interessante neste processo é constatar que a maior parte das propriedades tem floresta suficiente para fazer a demarcação e que menos de 5% delas têm alguma dificuldade real para se adequar à legislação ambiental”, diz.

Neste projeto, estão sendo realizados o mapeamento dos remanescentes, a proposição das Reservas Legais formando corredores ecológicos, a capacitação de técnicos das 28 prefeituras, cursos de capacitação para técnicos e proprietários e o apoio na restauração de áreas.

Veja os depoimentos dos participantes do seminário “Código Florestal: Brasil celeiro do mundo ou realidade socioambiental?”

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