Pesquisadores apresentam estudos sobre a Serra da Abelha

A Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) deu mais um importante passo no processo de elaboração do plano de manejo da Área de Relevante Interesse Ecológico (Arie) Serra da Abelha, no dia 12 de setembro de 2014.

Neste dia foi realizada em Blumenau (SC) a reunião técnica de pesquisadores, aonde 09 pesquisadores da Apremavi e da Bio Teia Estudos Ambientais, realizaram a apresentação e socialização dos resultados das pesquisas realizadas na Arie e que contribuirão na elaboração do plano de manejo da unidade de conservação (UC).

A reunião contou com a presença de Célia Lontra e José Guilherme Dias de Oliveira do Instituto de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

As pesquisas realizadas, mesmo num curto espaço de tempo, revelaram que a floresta encontra-se em geral em bom estado de conservação e com a ocorrência de espécies importantes de fauna e flora, inclusive espécies ameaçadas de extinção. Os grupos da fauna pesquisados foram: mamíferos, anfíbios, répteis, aves, insetos de serapilheira, invertebrados aquáticos e ictiofauna. Também foram identificados potenciais problemas e ameaças a essas espécies e áreas que necessitam ser recuperadas.

Os dados das pesquisas de fauna e flora foram complementados com os resultados do diagnóstico socioambiental realizado através de entrevistas aos moradores da UC. O plano de manejo deve levar em consideração o objetivo principal de existência da Arie que é a compatibilização entre os processos ambientais, sociais e econômicos envolvidos neste território.

Os pesquisadores sugeriram áreas, que do ponto de vista científico, merecem maior atenção para a preservação, áreas que necessitam ser recuperadas, áreas para a realização de pesquisas que visem o desenvolvimento sustentável e também propuseram programas para ser realizados visando garantir e/ou melhorar o status de conservação da área.

Na oportunidade também foi apresentado um histórico de atividades que a Apremavi vem desenvolvendo na área desde 1987. A Apremavi e a Associação Catarinense de Preservação da Natureza (Acaprena) trabalharam desde o início para a criação da Arie. Miriam Prochnow, Coordenadora de Políticas Públicas da Apremavi, disse estar muito satisfeita com os resultados das pesquisas: "os resultados mostram que a área continua sendo muito importante para a conservação da biodiversidade na Mata Atlântica e que a Arie continua mantendo as características especiais e únicas que motivaram a criação da UC". Miriam também ressaltou que a Apremavi continuará trabalhando para a implantação plena da Arie Serra da Abelha.

A próxima etapa do plano de manejo será a realização da oficina de planejamento participativo em que será consultada a comunidade através dos seus representantes no conselho consultivo da Arie, que está em processo de formação, a ser realizada no mês de novembro.

A elaboração do plano de manejo da Arie Serrra da Abelha, faz parte do projeto  “Planejamento e Capacitação em Unidades de Conservação”, executado pela Apremavi e financiado pelo Tropical Forest Conservation Act (TFCA), por meio do Funbio.

Aspecto geral da floresta na Arie Serra da Abelha. Foto: Wigold B. Schaffer.

Discussões sobre uso público do Parna das Araucárias são intensificadas

O ano de 2014 foi escolhido pelo Conselho Consultivo do Parque Nacional (PARNA) das Araucárias (SC) como o início das discussões e primeiros encaminhamentos referentes ao uso público da Unidade de Conservação (UC). Um Grupo de Trabalho (GT) foi criado para conduzir as discussões e promoveu uma assembleia extraordinária aberta, com a participação de várias instituições e gestores de outras UCs da região, estaduais e federais.

O Parque, localizado nos municípios Passos Maia e Ponte Serrada, no oeste catarinense, foi criado em 2005. Segundo Juliano Rodrigues Oliveira, chefe da UC, sua regularização fundiária é bastante incipiente, mas nada disso tem sido um obstáculo para a comunidade, que deseja ver o Parque Nacional aberto em pouco tempo.

Entre as atividades promovidas pelo GT de Uso Público está o intercâmbio dos conselheiros com outras UCs. O Parque Nacional das Araucárias já recebeu conselheiros dos parques estaduais das Araucárias e Fritz Plaumann. Já os seus conselheiros visitaram o Parque Estadual Fritz Plaumann e também irão conhecer a Floresta Nacional de Chapecó e o Parque Nacional do Iguaçu, para compreender como ocorre a gestão da visitação nessas áreas.

As visitas já realizadas contaram com apoio da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), por meio de projetos de gestão participativa, planejamento e capacitação em UCs, realizados por esta associação em parceria com o ICMBio e outras instituições. A Apremavi é conselheira do PARNA das Araucárias e integrante do GT de Uso Público e desde a criação do Parque tem contribuído com sua gestão.

Outro encaminhamento aprovado pelos conselheiros foi a concepção de uma marca para a unidade. Sugestões de elementos para compor o logo foram apresentadas em um formulário e a votação foi feita por conselheiros, parceiros, alunos de escolas públicas e também pela comunidade. “Cerca de 500 pessoas participaram da escolha dos aspectos que irão compor a marca. Com isso, conseguimos também a aproximação dos cidadãos com o Parque Nacional”, afirmou Juliano.

Floresta com araucárias, papagaio-do-peito-roxo e rio/cachoeira foram os temas escolhidos na votação. Agora, o material segue para a Divisão de Comunicação (DCom) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) para desenvolvimento de opções de marca e posterior avaliação dos conselheiros e da comunidade.

A próxima atividade será a realização do Workshop Turismo de observação de aves para gestores de UCs, pousadas e empreendimentos turísticos, de 13 a 17/08/2014, em Passos Maia (SC), com o objetivo de fornecer informações que auxiliem no planejamento para implantação da atividade. Trata-se de um evento promovido pelo Conselho Consultivo do Parque Nacional das Araucárias, com o apoio do ICMBio, da Prefeitura de Passos Maia e do SEBRAE/SC e que será ministrado pela consultora Maria Antonietta Castro Pivatto, especialista na área.

O papagaio-de-peito-roxo foi um dos símbolos escolhidos para compor a logo do parque. Foto: Cleiton Brugnarotto.

ICMBio fiscaliza soja transgênica no entorno da Esec Mata Preta

Gestores da Estação Ecológica (Esec) Mata Preta realizaram, em fevereiro, uma operação de fiscalização com o objetivo de verificar o cumprimento da legislação, que não permite o plantio de soja geneticamente modificada em uma faixa de 500 metros em torno de unidades de conservação (UCs). Foi a terceira operação desse tipo realizada na Esec nos últimos quatro anos.

A proibição é prevista no Decreto 5.950, de 31 de outubro de 2006 e na Lei 11.460, de 21 de março de 2007. É uma medida de precaução tomada pelo Governo Federal para evitar que genes novos, que foram introduzidos nessa variedade de soja, contaminem espécies de plantas aparentadas, que fazem parte da flora das UCs.

A equipe de fiscalização do ICMBio, após a fase de reconhecimento de campo, coletou 27 amostras nos plantios de soja localizados no entorno da ESEC. Com os resultados da operação de fiscalização ficou evidente o respeito à legislação por parte dos proprietários: nos 27 plantios fiscalizados, apenas um apresentou soja transgênica. “Comparando-se com as operações anteriores percebe-se o aumento da conscientização, pois em 2011 foram nove plantios e em 2012 apenas três com detecção de soja transgênica”, comenta Antonio de Almeida Correia Jr., analista ambiental do ICMBio envolvido na operação de fiscalização.

Os técnicos do ICMBio, havendo solicitação dos proprietários, fazem visitas às propriedades para indicar as áreas com restrição de plantio de soja transgênica. Para maiores informações, procure o escritório do ICMBio em Palmas-PR, localizado na rua Dr. Bevilaqua nº 863, Centro, ou entre em contato pelo telefone (46) 3262-5099.

Juntamente com as ações de fiscalização, a equipe da Esec Mata Preta vem divulgando informações sobre a unidade de conservação e normas ambientais: “Desde 2009 são feitas visitas, conversando e distribuindo material de divulgação entre proprietários de terras, produtores rurais, cooperativas, sindicatos e bancos financiadores com objetivo de conscientizar os envolvidos na cadeia produtiva da soja sobre as áreas onde há proibição de plantio de soja transgênica e sobre a importância da Estação Ecológica Mata Preta”, frisou Correia Jr.

Outro momento para conscientização ambiental está sendo realizado pela Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) no âmbito do Projeto Araucária, patrocinado pela Petrobras por meio do programa Petrobras Ambiental com apoio do Governo Federal. O objetivo é a conservação e recuperação da Floresta com Araucária.

Segundo Edilaine Dick, coordenadora do projeto, ao final do ano passado foram promovidas reuniões de planejamento na região da ESEC: “Ao longo de 2014 será realizada a recuperação de áreas degradadas do interior da UC, em áreas já indenizadas; o planejamento ambiental de propriedades da zona de amortecimento; o plantio de mudas nativas para recuperação e/ou enriquecimento de áreas e atividades voltadas à educação ambiental”, complementou Edilaine.

Agente de fiscalização coletando soja no entorno da ESEC. Foto: Fabio Moreira Corrêa.

Apremavi realiza levantamento biótico na ARIE Serra da Abelha

A Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) coordenou, entre os dias 2 e 9 de fevereiro de 2014, a saída de campo para levantamento dos dados bióticos da Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) Serra da Abelha, dando continuidade as atividades do plano de manejo.

Mamíferos, aves, anfíbios, répteis, peixes, macroinvertebrados aquáticos e insetos de serapilheira e vegetação foram os grupos amostrados por meio de diferentes metodologias utilizadas pelos pesquisadores da Bio Teia Estudos Ambientais. O trabalho contou com o apoio da coordenadora do plano de manejo Edilaine Dick e do auxiliar de campo Luiz Esser, ambos da Apremavi. Foi também acompanhado pelo gestor da ARIE José Guilherme Dias de Oliveira e moradores locais.

A elaboração deste plano de manejo faz parte do projeto “Planejamento e Capacitação em Unidades de Conservação”,  coordenado pela Apremavi e financiado pelo Tropical Forest Conservation Act (TFCA) por meio do Fundo Brasileiro para Biodiversidade (FUNBIO).

Após a análise dos dados será possível indicar com mais precisão o estado de conservação da ARIE Serra da Abelha, no entanto, já foi possível identificar algumas áreas em melhor estado de conservação, e outras que necessitarão de enriquecimento do  sub-bosque para incrementar a biodiversidade. Algumas dessas áreas tem presença de espécies invasoras e também de gado. As principais ameaças à fauna da ARIE são a caça e o tráfico de animais silvestres.

Pesquisadores relatam algumas das espécies registradas e falam da importância do estudo para a ARIE.

Localizada em uma região de transição entre a Floresta Ombrófila Mista e a Floresta Ombrófila Densa, foram encontradas espécies nobres de árvores nativas como o cedro (Cedrela fissilis), a araucária (Araucaria angustifolia), o sassáfras (Ocotea odorífera) e o pau-óleo (Copaífera trapezifolia).

"Dentre as espécies de aves registradas estão o trinca-ferro (Saltador similis), o jacú (Penelope obscura), o pica-pau (Melanerpes flarifrons), o tucano-de-bico-verde (Ramphastos dicolorus), e o papagaio-do-peito-roxo (Amazona vinacea), sendo esta ameaçada de extinção. Próximo ao Rio da Prata também foi registrado o joão-porca (Lochmias nematura), espécie que está associada à ambientes de riachos localizados dentro de florestas", relata a pesquisadora Mariana Santana Schlichting.

O conhecimento da ictiofauna (peixes) e dos macroinvertebrados aquáticos (larvas de insetos, moluscos e crustáceos que alimentam peixes e algumas aves) é um importante indicador da qualidade da água. Segundo Gislaine Otto, "é necessário respeitar o limite das matas ciliares, pois em regiões de relevo acidentado, como na ARIE, principalmente em épocas de chuva, o solo carrega para a água substâncias tóxicas e impurezas".

De acordo com Cintia Gizele Gruenner "foram registrados mamíferos que são predadores do topo da cadeia alimentar. São eles que regulam a população de presas naturais e por isso são significativos na manutenção do equilíbrio ecológico, destacando-se a jaguatirica (Leopardus pardalis), o gato-do-mato (Leopardus sp.), a irara (Eira barbara) e a lontra (Lontra longicaudis)".

Para Fabiana Dallacorte, "os répteis são importantes da mesma forma, principalmente os anfíbios que são a base da cadeia alimentar e regulam algumas espécies de insetos, além de serem bons indicadores de qualidade ambiental, pois sentem rapidamente os efeitos da utilização de agrotóxicos e poluição aquática e do solo, e a fragmentação de habitats. A espécie Aplastodiscus ehrardt foi registrada próximo a um ribeirão preservado".

"Outro indicador de qualidade ambiental elementar são os insetos encontrados na serapilheira, pois fornecem informações valiosas para a compreensão dos processos ecológicos que ocorrem na restauração de áreas degradadas e ainda podem refletir a composição e qualidade de sua estrutura vertical. Tais informações, são necessárias para o mapeamento da qualidade de áreas sob diferentes usos do solo, se configurando como um indicador biológico destes ambientes", declara o pesquisador Marcelo Diniz Vitorino.

Fotos: Edilaine Dick e Fabiana Dallacorte

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Parque Nacional das Araucárias discute uso público

A visitação para a comunidade local e planejada por ela, direcionada à sensibilização e educação ambiental, será a prioridade do uso público do Parque Nacional (PARNA) das Araucárias. A orientação foi definida em assembleia extraordinária realizada dia 29 de janeiro, em Passos Maia (SC). O evento teve participação de 35 representantes do Poder Público e Sociedade Civil, entre conselheiros e apoiadores. Pela manhã foram avaliadas duas propostas de trilha no Parque. À tarde a assembleia deu continuidade ao diálogo, planejamento e encaminhamentos.

Juliano Rodrigues Oliveira, analista ambiental do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e chefe do PARNA, ressalta que “a visitação vai começar com grupos de educação ambiental, grupos de visitantes da comunidade. A gente pretende incentivar que as pessoas da comunidade de Passos Maia, Ponte Serrada e dos municípios vizinhos, de escolas, trabalhadores, venham conhecer a unidade”, salienta.

Boas vindas aos participantes.

Para Mateus Sônego, da Coordenação Geral de Visitação (CGVIS) do ICMBio/Brasília-DF o Parque e seu conselho acertaram em definir a educação ambiental como tema da visitação. “A Unidade de Conservação (UC) tem que valorizar a comunidade do entorno para que a comunidade do entorno valorize a UC”, frisou Sônego. Nessa relação o ganho é mútuo, pela divulgação da unidade e geração de renda à região, destacou. Segundo o ICMBio, todos os Parques Nacionais receberão esforços de estrutura e investimento até 2020.

A diversidade de atrativos do Parque Nacional das Araucárias destaca seu potencial para o turismo, cita Jaqueline Pesenti, responsável pelo diagnóstico de turismo e uso público do Parque na época da elaboração do plano de manejo. Contudo, “é necessário muito planejamento de longo prazo, passando pela definição do público alvo, estrutura de suporte à visitação e envolvimento direto da comunidade local”, comenta. Um exemplo de envolvimento da comunidade para o turismo foi o almoço preparado pela conselheira Cleusa Gabiatti.

Para Vanessa Kanaan, coordenadora do projeto de reintrodução do papagaio-de-peito-roxo no Parque, um dos atrativos é a observação de aves. Essa atividade está atraindo pessoas de fora e da própria comunidade local, que já está contribuindo com o monitoramento dos papagaios.

A Prefeitura de Passos Maia esteve representada pelo prefeito em exercício, Leomar Listoni e pelo prefeito licenciado, Ivandre Bocalon (Evandro). O Parque representa “um atrativo exuberante, um potencial enorme, que o município vê como uma grande oportunidade e por isso faz questão de participar do conselho”, observa Bocalon. Ele avalia a reunião como positiva e acrescenta que “a administração municipal está apoiando, vai apoiar e acredita na ideia”.

Fabiana Bertoncini, chefe da Floresta Nacional (FLONA) de Chapecó, ressalta que as UCs não devem ser vistas de forma isolada, como historicamente foram percebidas. “É preciso ver o uso público como um aliado da gestão, pois se não há o uso ordenado, há o clandestino”, pontuou. Como exemplo, Fabiana mencionou os projetos de educação e sensibilização ambiental que a unidade vem desenvolvendo junto às escolas e comunidades do entorno, além de atividades diferenciadas, como a recente Pedalada Ambiental, promovida para divulgar a FLONA e incentivar a prática de ciclismo.

De Concórdia a experiência foi compartilhada pela equipe da Equipe Co-Gestora do Parque Estadual (PE) Fritz Plaumann (ECOPEF). “A gente usou o Parque como um catalisador de parcerias e projetos e hoje a satisfação dos visitantes é avaliada como ótima em mais de 80% das avaliações”, cita Rafael Leão, um dos responsáveis pelo uso público dessa unidade.

Em 2013 os conselheiros do PARNA das Araucárias conheceram de perto o PE Fritz Plaumann, em visita técnica realizada pela Apremavi por meio de projeto apoiado pelo TFCA/Funbio. “A visita propiciou aos conselheiros perceber como é o funcionamento de um Parque, desde as trilhas ao envolvimento com os moradores vizinhos, e essa experiência contribuiu para a discussão sobre o uso público do Parque Nacional das Araucárias”, observa Marcos Alexandre Danieli, coordenador de projetos da Apremavi.

Outra situação foi compartilhada pela equipe do Grupo de Apoio à Gestão do Parque Estadual das Araucárias (GRIMPEIRO) de São Domingos (SC). A unidade já teve visitação, mas hoje está fechada e isso tem frustrado a comunidade local. Mesmo assim, o trabalho continua com atividades de educação ambiental nas escolas locais, complementa Angelo Milani, presidente da instituição.

Grimpeiro compartilhando experiência do PE Araucárias.

O uso público do Parque Nacional das Araucárias continuará sendo discutido nas próximas reuniões. A discussão não é recente, mas só pôde avançar após a indenização de algumas áreas. Dentre os encaminhamentos da assembleia, o conselho assinou e encaminhará Moção à presidência do ICMBio solicitando mais analistas ambientais para o Parque, que atualmente possui apenas um servidor lotado.

Fotos: Marcos Alexandre Danieli.

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