Matas Legais incentiva recuperação de nascentes em assentamentos no Paraná

Recentemente em visita aos trabalhos de campo do Programa Matas Legais desenvolvido na região de Telêmaco Borba (PR), foi possível observar nas comunidades rurais que, quando o assunto é água, há uma seriedade e preocupação com esse importante recurso natural.

O local visitado foi um assentamento de reforma agrária chamado Vale Verde, localizado no município de Ibaiti (PR). O programa Matas Legais, parceria entre Apremavi e Klabin, tem proporcionado às comunidades rurais que trabalham com fomento florestal com a Klabin, possibilidades para a recuperação da vegetação nativa nas suas propriedades, mediante plantio com árvores nativas. O que pode ser presenciado nesse assentamento, foi uma intensa preocupação por parte dos moradores com relação à água.

Durante a visita, um período de estiagem assolava a região, e quando a água começa a faltar lembra-se que urgentemente precisa-se fazer algo. Por esse motivo dentro da comunidade do assentamento Vale Verde, tanto os agricultores que são parceiros da Klabin, quanto aqueles que não plantam florestas comerciais, estão engajados no trabalho de recuperação, principalmente de nascentes, o que na região são popularmente conhecidas por “minas de água”.

A fazenda que hoje se transformou em um assentamento, antigamente era de propriedade de uma usina de cana de açúcar, na qual, no passado, era quase que totalmente utilizada para plantio de cana.

Percebe-se que, considerando ser uma área de grande extensão, existem grandes passivos ambientais em decorrência de seu uso no passado. Por outro lado o interesse e a iniciativa existente por parte dos moradores em recuperar as nascentes de água mostra que a consciência ambiental da comunidade está em alerta.

O objetivo do Programa Matas Legais é desenvolver ações de Conservação, Educação Ambiental e Fomento Florestal que ajudem a preservar e recuperar os remanescentes florestais nativos, a melhorar a qualidade de vida da população e aprimorar o desenvolvimento florestal, tendo como base o planejamento de propriedades e paisagens.

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Seminário sobre Código Florestal

O seminário “Código Florestal: Brasil celeiro do mundo ou realidade socioambiental?”, que aconteceu em Brasília, no dia 06 de abril de 2010, promovido pelo Ipam, reuniu parlamentares, técnicos e proprietários rurais. Entre os parlamentares presentes, destaque para a Senadora Marina Silva.

A Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida foi representada por Miriam Prochnow que apresentou alguns dos trabalhos da instituição, relacionados à adequação ambiental de propriedades rurais.

A adequação ambiental é possível também para propriedades localizadas nas regiões de Mata Atlântica, onde restaram pouco mais de 7% de florestas bem conservadas. Para Miriam, coordenadora de Políticas Públicas da Apremavi: “a aplicação do Código Florestal faz diferença na qualidade de vida e renda da população rural e também na urbana, como pudemos constatar nas recentes tragédias em Santa Catarina (no final de 2008), São Paulo e Angra dos Reis, no início deste ano, e agora no Rio de Janeiro, onde a grande maioria das vítimas estava em Áreas de Preservação Permanente (APPs) que não poderiam ter sido ocupadas”, disse.

Com o objetivo de adequar as propriedades, a Apremavi mantém o prograna Matas Legais, em parceria com a empresa Klabin, através do qual projetos de recuperação e conservação de Áreas de Preservação Permanente (APPs) estão sendo desenvolvidos em dois assentamentos rurais no Paraná – Paulo Freire (72 famílias) e Banco da Terra (63 famílias) -, nos quais 146 hectares de APPs degradadas estão sendo recuperadas (com a doação de 150.000 mudas nativas). Nos dois assentamentos, foram demarcados 446 ha de APPs e 191 ha de Reserva Legal.

O programa desenvolve ações de conservação, educação ambiental e fomento florestal. Dentro do programa, a palavra “legal” procura traduzir dois sentidos: o legal do cumprimento da legislação ambiental e o legal da expressão de lugar agradável, bonito e bom de morar e viver.

A coordenadora da Apremavi contou, ainda, que a Apremavi é parceira em um projeto da Associação dos Municípios do Alto Vale Itajaí (Amavi), de Santa Catarina, que está ajudando 25 mil produtores rurais (a maioria com pequenas propriedades) dos 28 municípios da Associação a averbarem suas Reservas Legais. “O mais interessante neste processo é constatar que a maior parte das propriedades tem floresta suficiente para fazer a demarcação e que menos de 5% delas têm alguma dificuldade real para se adequar à legislação ambiental”, diz.

Neste projeto, estão sendo realizados o mapeamento dos remanescentes, a proposição das Reservas Legais formando corredores ecológicos, a capacitação de técnicos das 28 prefeituras, cursos de capacitação para técnicos e proprietários e o apoio na restauração de áreas.

Veja os depoimentos dos participantes do seminário “Código Florestal: Brasil celeiro do mundo ou realidade socioambiental?”

Atividades do Programa Matas Legais no Planalto Serrano

O Programa Matas Legais, uma parceria da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) e Klabin,  participou do 3º Encontro de Mulheres Agricultoras da Região Serrana realizado pela Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri).

O Encontro de Mulheres Agricultoras da Região Serrana, foi realizado no dia 04 de novembro de 2009. O evento, sediado no Clube Caça e Tiro, em Lages (SC), reuniu cerca de 500 agricultoras de 12 municípios da região. Com palestras e atividades lúdicas, o encontro teve como objetivo  promover a troca de experiências entre as mulheres agricultoras, tratando de temas relacionados à qualidade vida no meio rural e à preservação do meio ambiente, além de abordar a importância dos trabalhos organizados na geração de renda para as comunidades.

O Programa Matas Legais teve um espaço para mostrar as atividades que desenvolve nas comunidades rurais, expor os materiais publicados pela Apremavi e Klabin nas atividades de educação ambiental, e mostrar algumas espécies de árvores nativas produzidas no Jardim das Florestas em Atalanta, utilizadas em projetos de restauração de áreas degradadas e enriquecimento de florestas.

“É uma oportunidade de mostrar às agricultoras como é possível gerar renda para sua família de maneira sustentável, conciliando atividades agrícolas rentáveis com o respeito às leis ambientais”, explica Mirelli Pitz, bióloga da equipe Florestal da Klabin. Lançado em 2005, o Programa Matas Legais já distribuiu mais de 250 mil mudas de espécies nativas para cerca de 280 produtores rurais catarinenses.

Nos dias 30 de outubro e 03 de novembro, os alunos da Escola Básica Zulmira e Escola Municipal de Educação Básica Dom Daniel Hostin de Lages, receberam os representantes da Klabin e Apremavi, os quais  promoveram uma gincana ambiental. Entre as atividades elaboradas,  os alunos puderam se divertir e aprender com o jogo "Fique Legal".

Este jogo foi criado com o objetivo de desenvolver em seus participantes conscientização ambiental através dos princípios da sustentabilidade. Para que ficasse mais atraente ao público infanto-juvenil, o "Fique Legal" foi confeccionado em tamanho gigante (42m²) onde os participantes podem ser os pinos.

Após as atividades, os alunos vencedores de ambas as escolas receberam um exemplar do jogo, livro, cartilha do Programa Matas Legais e mudas nativas.

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Seminário do Matas Legais aborda recuperação de áreas

No dia 9 de outubro, a Klabin e a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) realizaram mais um seminário do Programa Matas Legais, desta vez em Agronômica (SC). O objetivo foi esclarecer os benefícios do planejamento da propriedade rural, integrando o cultivo de florestas plantadas com outras atividades agrícolas, além de trazer maior conhecimento sobre a preservação das florestas nativas.

Os seminários que vem sendo realizados há quatro anos, dentro do Programa em Santa Catarina, têm auxiliado os proprietários rurais a colocarem em prática os conceitos de planejamento das propriedades e de cumprimento da legislação ambiental, promovendo assim o desenvolvimento sustentável das atividades produtivas no campo.

Desta vez, o seminário promoveu a capacitação e o alinhamento de conceitos do programa para cerca de 80 técnicos da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) em 23 municípios do Alto Vale do Itajaí. Estes profissionais são os responsáveis por orientar os produtores rurais em suas atividades do dia-a-dia. Outro objetivo do seminário foi levar informações aos técnicos sobre os benefícios da integração do fomento florestal com outras atividades agrícolas produtivas e os cuidados que precisam ser tomados em relação ao meio ambiente.

Um dos destaques do evento foi a palestra do professor Ricardo Ribeiro Rodrigues da USP/ESALQ sobre técnicas e benefícios de recuperação de áreas degradadas. Ele falou da importância destas áreas na composição de uma propriedade rural “legal”, permitindo a adequação à lei ambiental. A palestra proferida pode ser acessada no site do LERF, link acima.

Além da presença de representantes da Apremavi e da Klabin, o encontro contou com a participação de líderes da Associação dos Municípios do Alto Vale do Itajaí (Amavi) e da Associação Sementes do Futuro, com o Sr. Teobaldo Sieves, expondo seus produtos orgânicos.

Fotos: Tatiana Arruda Correia

Matas legais participa do Programa Caiubi de Educação Ambiental

Nos dias 15 e 16 de setembro aconteceu em Otacílio Costa a nona edição do Programa Caiubi. O Caiubi é um programa de educação ambiental realizado pela Klabin nos estados do Paraná e Santa Catarina, que tem como objetivo principal a capacitação de professores dos ensinos fundamental e médio. Desta edição participaram 50 professores e alunos do município de Ponte Alta do Norte.

A Apremavi participou do evento com uma palestra sobre o programa Matas Legais, que é desenvolvido em parceria com a Klabin e está em execução em Santa Catarina desde 2005 e há um ano no Paraná.

O enfoque da palestra proferida pelo técnico da Apremavi, Leandro Casanova, foi sobre as potencialidades que empresas do setor florestal tem a contribuir para a sustentabilidade sócio-econômica e ambiental nas suas regiões de atuação. Neste sentido o programa Matas Legais, vem de forma pioneira e inovadora contribuindo para uma melhor conservação dos recursos florestais nativos e um bom planejamento do plantio de florestas exóticas.

A mensagem deixada aos professores durante o curso é que é perfeitamente possível conciliar atividades econômicas no meio rural com os cuidados necessários ao meio ambiente. Também foram abordados aspectos ligados à legislação ambiental, no intuito de desmistificar certas informações sobre a aplicação do código florestal, em especial o caso das Áreas de Preservação Permanente (APPs) e da Reserva Legal (RL).

Durante o evento houve distribuição de brindes aos participantes, compostos por materiais didáticos do programa Matas Legais, livros, cartilhas e as sempre apreciadas e disputadas mudas de árvores nativas do viveiro Jardim das Florestas. 

Ao final da participação da Apremavi, foi desenvolvido junto aos participantes o Jogão Fique Legal, uma brincadeira lúdica cujo objetivo é mostrar que de forma divertida é possível aprender a importância de conviver em harmonia com a natureza. A versão gigante do Fique Legal, apelidada de “jogão”, é um lona com 40m2, onde está demarcada uma trilha a ser seguida pelos jogadores. O Fique Legal também tem uma versão para ser jogada “on line”.

A estagiária da Apremavi Mila Bryant acompanhou o evento. Mila é espanhola, da cidade de Madri, psicóloga especialista em educação, com mestrado em Educação para Desenvolvimento e Ajuda Humanitária e estará na Apremavi até o final do mês de outubro.

Para Mila, esta iniciativa é muito significativa e importante e deve ser replicada. Confira o depoimento de próprio punho: "El curso del Programa Caubi en Klabin, para capacitación de profesores en educación ambiental, me parece una experiencia clave, ya que los profesores participan como testigos directos de una iniciativa en la que una ONG como Apremavi y una empresa papelera son capaces de entablar un diálogo partiendo de la base de que preservar el medio ambiente es cosa de todos, y que se ponen a trabajar de forma coordinada, colaborando en el día a día para que la madera que Klavin precisa de los propiedades de los pequeños productores  puedan extraerse de forma legal y sustentable, a través del asesoramiento en  los programas de reforestamiento.  Estos profesores, que tienen un papel clave en la formación de las actitudes y hábitos de las futuras generaciones, podrán transmitir a sus alumnos que hay caminos para ese entendimiento, y que lo normal y lo lógico es trabajar en ese sentido.  El curso estuvo muy bien planeado y organizando, participando en el los distintos agentes de la comunidad implicados en temas de educación ambiental.  Creo que para los profesores resultó una experiencia muy interesante, que no dejará de tener su efecto en las aulas".

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