Grupo Plantando o Futuro debate ações de proteção à fauna e paisagismo

Grupo Plantando o Futuro debate ações de proteção à fauna e paisagismo

Grupo Plantando o Futuro debate ações de proteção à fauna e paisagismo

No dia 03 de setembro aconteceu mais uma reunião do Grupo Plantando o Futuro. O grupo é formado por alunos da Escola de Educação Básica Dr. Frederico Rolla de Atalanta (SC) e tem como objetivo discutir assuntos importantes para a sustentabilidade no município e ações na própria escola. As reuniões do grupo são orientadas por integrantes da equipe da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) e por professores e direção do Colégio.

Neste encontro, Wigold Schaffer, integrante do Conselho da Apremavi, apresentou registros fotográficos de aves e outros animais, feitos no quintal de sua casa e no Parque Natural Municipal Mata Atlântica. Entre as espécies registradas estão sabiás, saíras, saís, beija-flores, tucanos, pica-paus, etc. Algumas espécies registradas são raras e que tem como principal habitat florestas bem protegidas, não sendo comum avistá-las em áreas abertas e até mesmo nos jardins das casas.

Candidato Jean de Liz assina o documento. Foto: Arquivo Apremavi.

Ele essalta que se estamos observando espécies que não eram vistas há muito tempo, isso quer dizer que nossas florestas estão com um grau de proteção melhor e com alimento e condições favoráveis para a reprodução na região: “o que precisamos agora é de uma grande campanha de conscientização de combate à caça e apreensão de animais nativos, atividades que, mesmo proibidas, ainda existem no município”, destaca Wigold.

O grupo decidiu que deverá desenvolver atividades de educação ambiental visando a proteção do animais nativos de Atalanta. Dentre as atividades sugeridas está um levantamento em todo o município, para identificar quais espécies de aves e animais ocorrem em maior frequência em nossa cidade, a montagem de uma exposição fotográfica e a realização de palestras sobre o tema.

Candidato Jean de Liz assina o documento. Foto: Arquivo Apremavi.

Outra ação que o grupo discutiu, foi sobre o paisagismo do Parque Natural Municipal da Mata Atlântica com espécies nativas, tanto flores como árvores. A ação visa o embelezamento do parque, mostrando que é possível fazer paisagismo com plantas nativas. Durante o encontro os participantes tiveram a oportunidade de conhecer um jardim e várias espécies nativas que poderão ser utilizadas.

Apremavi estará no revezamento da Tocha Olímpica

Apremavi estará no revezamento da Tocha Olímpica

Apremavi estará no revezamento da Tocha Olímpica

No próximo dia 9 de julho, um dos mais importantes símbolos das Olimpíadas passará pela cidade de Araranguá (SC) nas mãos da ambientalista Miriam Prochnow, conselheira da Associação de Preservação de Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) e uma das indicadas pelo FSC® Brasil a conduzir a Tocha Olímpica. Miriam é uma das condutoras “Abraça”, que representam as causas de Sustentabilidade dos Jogos Rio 2016. Numa feliz coincidência, exatamente neste dia, a Apremavi comemora 29 anos de fundação.

O FSC Brasil e o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 são parceiros no compromisso de usar madeira e produtos de origem florestal adquiridos pela organização do evento, tais como, estruturas temporárias, mobiliário e materiais de comunicação e papelaria, certificados.

Miriam plantando Araucária. Foto: Wigold Schäffer

Para aproveitar os holofotes do maior evento esportivo do mundo e jogar luz sobre a luta pela conservação do meio ambiente, Miriam, representando a Apremavi, se juntou ao FSC e a ONG Sócios da Natureza para plantar mudas de ipês e árvores frutíferas nativas, nas margens do rio Araranguá e também distribuir outras duzentas mudas de Grumixama, Ingá-anão e Jabuticaba, para quem estiver assistindo ao revezamento da tocha na Praça Hercílio Luz, centro de Araranguá.

“É uma alegria imensa poder participar do revezamento da Tocha Olímpica levando a mensagem da sustentabilidade e chamando a atenção para a proteção das nossas florestas”, diz Miriam Prochnow. “Precisamos cada vez mais de pessoas comprometidas com a preservação e uso sustentável do meio ambiente”, completa.

Miriam ao lado de um Mulungu. Foto: Wigold Schäffer

No dia seguinte, 10 de julho, mais dez mudas serão plantadas no balneário Morro dos Conventos, um santuário ecológico formado por falésias, dunas, restingas e Mata Atlântica, contornado pela foz do rio Araranguá e pelo mar, e um dos principais pontos turísticos da região. Além do FSC, da comitiva do Comitê Olímpico Rio 2016 e da Apremavi, contará com a receptividade dos integrantes da ONG Sócios da Natureza de Araranguá.

“Para nós, que defendemos que as florestas são para todos e para sempre, é muito importante que assuntos como manejo responsável, conservação e consumo consciente estejam continuamente e cada vez mais em pauta. Porque informação – e empatia – é a chave para boas escolhas”, diz Aline Tristão, diretora executiva do FSC Brasil.

Slogan Abraça Sustentabilidade Olimpíadas Rio 2016.

Sobre o FSC

É uma organização independente, não governamental, sem fins lucrativos, que promove o manejo florestal responsável ao redor do mundo desde 1994. Com sede na Alemanha, está presente em mais de 80 países. O FSC é o sistema de certificação florestal de maior credibilidade internacional e o único que incorpora, de forma igualitária, os interesses de grupos sociais, ambientais e econômicos.

Sobre a APREMAVI

Fundada em 1987, a Associação tem como missão trabalhar pela defesa, preservação e recuperação do meio ambiente, dos bens e valores culturais, buscando a qualidade de vida na Mata Atlântica e em outros biomas.

Sobre a Sócios da Natureza

O movimento ambientalista foi criado em 1980 para combater a intensa poluição na Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá, Urussanga e Tubarão. Tem como objetivo principal a preservação da natureza e uma melhor qualidade de vida para a população da região sul de Santa Catarina.

Sobre o Comitê Organizador Rio 2016

É uma associação civil de direito privado, com natureza desportiva, sem fins econômicos, formada por Confederações Brasileiras Olímpicas, pelo Comitê Olímpico Brasileiro e pelo Comitê Paralímpico Brasileiro. Sua missão é promover, organizar e realizar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, seguindo as diretrizes do Contrato da Cidade-Sede, do Comitê Olímpico Internacional, do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês) e da Agência Mundial Antidoping, e respeitando a legislação brasileira, a Carta Olímpica e o Manual de Regras do IPC.

Para saber mais sobre a Miriam Prochnow, assista o vídeo.

Os Desafios da Restauração

Os Desafios da Restauração

Os Desafios da Restauração

Restauração é um dos assuntos mais discutidos nos eventos paralelos da conferência do clima (COP21) em Paris. É uma das questões-chave para enfrentar os desafios das mudanças climáticas, porque contribui diretamente para a solução dos principais problemas da humanidade: perda da biodiversidade, proteção dos mananciais hídricos e captura de carbono amenizando o aumento da temperatura. Contribui ainda com a geração de emprego e renda e para a melhoria da paisagem e consequentemente a qualidade de vida humana. É também o link mais fácil de ser feito com a sociedade, porque plantar árvores é uma ação da qual todos podem participar.

Existem diversos conceitos sobre o que é restauração e estes tem evoluído à medida que novos conhecimentos são gerados. Numa visão ampla se fala em restauração de paisagens, o que é algo mais complexo e mais desafiador do que restauração de florestas, porque implica realmente em acordos intersectoriais, para que resultados concretos sejam alcançados. Na restauração de paisagens é muito importante considerar os ecossistemas originais e tentar, a partir da realidade atual, restaurar o máximo de atributos desses ecossistemas, suas espécies de fauna e flora e a interação dessas espécies.

Na restauração de paisagens um elemento que precisamos preservar para todos e que dinheiro nenhum vai conseguir comprar se acabarmos com ele, porque é insubstituível, é a água. E a água precisa passar pelo coração, dela devemos cuidar com amor e respeito.

Aqui em Paris, importantes acordos estão sendo firmados para tentar garantir os recursos financeiros para tudo que precisa ser feito. Essa é uma boa notícia. Entretanto, a “vertente econômica” não vai dar conta do desafio mundial de restauração, se antes não houver o compromisso. Engajamento baseado apenas em dinheiro é vulnerável e momentâneo. Para que o engajamento dure para sempre, é necessário um compromisso global. O lema do Fórum Mundial de Paisagens (Glocal Landscape Fórum) é mostrar que tudo está conectado. Sim, tudo está conectado, mas existe um lugar fundamental por onde todas as conexões precisam passar e esse lugar é o coração!

A maioria dos proprietários de terra, agricultores e pecuaristas gostam do seu sítio, chácara ou fazenda, mas ainda não tem a mesma paixão pelas florestas, os animais silvestres e os recursos hídricos, que são fundamentais para o sucesso de suas atividades. A restauração dos ecossistemas nos imóveis e na paisagem precisa virar uma paixão nacional e global.

Para isso, é necessário que as políticas públicas, a exemplo dos financiamentos agrícolas, contemplem estímulos e incentivos, como juros menores, prazos mais longos e até descontos no valor das prestações para aqueles que conservarem e restaurarem os ecossistemas no imóvel. É nescessário também destinar um percentual do crédito rural para a restauração e conservação dos recursos naturais no imóvel.

Restaurar os ecossistemas é uma necessidade global e por isso precisamos de apoio externo, com grandes fundos para apoiar principalmente os mais pobres, mas é necessário que cada país e cada região e município faça seus arranjos locais para prover apoio técnico e também financeiro às comunidades e detentores de imóveis.

A Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) vem trabalhando com restauração e planejamento de propriedades e paisagens há mais de 28 anos, sempre buscando parcerias com os agropecuaristas, instituições de ensino e pesquisa e com as instituições públicas em todos os níveis. Os resultados alcançados, que envolvem milhões de mudas plantadas e áreas restauradas em milhares de propriedades rurais e urbanas, mostram claramente duas coisas importantes: 1) a natureza é generosa e responde positivamente a toda ação de proteção ou restauração; 2) as pessoas que plantam a primeira árvore passam a ter verdadeiro amor e paixão pelo trabalho que fizeram e não param mais de plantar e cuidar da floresta.

Enfim, para alcançar resultados na conservação e restauração é importante o engajamento e a participação direta do proprietário ou detentor do imóvel. Um programa nacional ou global de restauração deve ser feito com as pessoas e não para as pessoas, caso contrário não terá efetividade no longo prazo, pois não haverá o necessário engajamento e sem isso, não haverá amor e respeito pelas áreas restauradas.

Pin It on Pinterest