13/10/2014 | Notícias
No dia 02 de outubro de 2014 foi realizada a 1ª Etapa da Oficina de Capacitação do Conselho Consultivo do Parque Estadual Rio Canoas, no Salão da Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR) de Campos Novos (SC). O evento foi promovido pela Associação de Preservação do Meio Ambiente (Apremavi) em parceria com a Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (FATMA) e dá continuidade ao processo de formação deste conselho.
O objetivo principal da oficina foi aprofundar o conhecimento sobre o papel do conselho e conselheiro, sobre funcionamento, ferramentas de trabalho e também sobre a biodiversidade do Parque.
Participaram 25 conselheiros representantes de prefeituras, comunidades da zona de amortecimento, empresas de papel, celulose e energia, cooperativas, secretarias de desenvolvimento, órgão de segurança, assistência e fiscalização, associação de municípios, comitê de bacia e academia científica. Além de Leila Alberti, chefe do Parque Estadual Rio Canoas, da Fatma também participaram Carlos Soares, Aurélio José de Aguiar e Morgana Eltz Henrich, representando a Gerência de Unidades de Conservação (GERUC). O evento contou com a moderação e facilitação de Marcos Alexandre Danieli e Edilaine Dick, coordenadores de projetos da Apremavi.
Após situar o processo de formação e formalização do conselho, foi abordado o contexto do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), com destaque à inserção da participação social nos processos de criação, planejamento e gestão de UCs. O papel do conselho e conselheiro foi definido pelos próprios conselheiros, a partir de grupos de trabalho, socialização e discussão em plenária, que permeou também a discussão sobre as ferramentas para o bom funcionamento do conselho gestor.
O momento de interação e troca de experiências entre os conselheiros também buscou aprofundar o conhecimento sobre o Parque e sua biodiversidade. Para isso, pesquisadores da Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó) e da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) socializaram os resultados parciais das pesquisas que vem desenvolvento no Parque, com destaque nos levantamentos macroinvertebrados aquáticos, peixes, anfíbios e aves; e sucessão ecológica, insetos, peixes e parasitos e mamíferos (felinos, roedores e quirópteros), respectivamente.
Estas pesquisas integram projetos financiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), em parceria com a Fundação do Meio Ambiente (Fatma).
Djalma Santos Niles, que no conselho do Parque representa o Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Canoas, mencionou que o Parque será forte se o conselho também for. Não podemos esperar que o conselho faça tudo, mas ele é importante para o empoderamento dos conselheiros e da própria sociedade, enfatiza Niles.
Leila Alberti, chefe do Parque Estadual Rio Canoas, ressalta que o conselho é o espaço para dar sugestões e soluções aos assuntos pertinentes à Unidade de Conservação, no sentido auxiliar na resolução de problemas identificados. O conselho representa um dos passos mais importantes em direção a gestão participativa no Parque Estadual Rio Canoas, conclui Leila.
A próxima etapa da oficina de capacitação será realizada dia 30 de outubro, em Campos Novos. O objetivo será a discussão teórica sobre o Plano de Manejo e Zona de Amortecimento do Parque Estadual Rio Canoas, aliada ao conhecimento prático, a partir de visita técnica a este Parque.
O processo de formação e capacitação do Conselho Consultivo do Parque Estadual Rio Canoas integra o Projeto Planejamento e Capacitação em Unidades de Conservação, coordenado pela Apremavi e financiado pelo Tropical Forest Conservation Act (TFCA), por meio do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio).
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16/09/2014 | Notícias
A Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) deu mais um importante passo no processo de elaboração do plano de manejo da Área de Relevante Interesse Ecológico (Arie) Serra da Abelha, no dia 12 de setembro de 2014.
Neste dia foi realizada em Blumenau (SC) a reunião técnica de pesquisadores, aonde 09 pesquisadores da Apremavi e da Bio Teia Estudos Ambientais, realizaram a apresentação e socialização dos resultados das pesquisas realizadas na Arie e que contribuirão na elaboração do plano de manejo da unidade de conservação (UC).
A reunião contou com a presença de Célia Lontra e José Guilherme Dias de Oliveira do Instituto de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
As pesquisas realizadas, mesmo num curto espaço de tempo, revelaram que a floresta encontra-se em geral em bom estado de conservação e com a ocorrência de espécies importantes de fauna e flora, inclusive espécies ameaçadas de extinção. Os grupos da fauna pesquisados foram: mamíferos, anfíbios, répteis, aves, insetos de serapilheira, invertebrados aquáticos e ictiofauna. Também foram identificados potenciais problemas e ameaças a essas espécies e áreas que necessitam ser recuperadas.
Os dados das pesquisas de fauna e flora foram complementados com os resultados do diagnóstico socioambiental realizado através de entrevistas aos moradores da UC. O plano de manejo deve levar em consideração o objetivo principal de existência da Arie que é a compatibilização entre os processos ambientais, sociais e econômicos envolvidos neste território.
Os pesquisadores sugeriram áreas, que do ponto de vista científico, merecem maior atenção para a preservação, áreas que necessitam ser recuperadas, áreas para a realização de pesquisas que visem o desenvolvimento sustentável e também propuseram programas para ser realizados visando garantir e/ou melhorar o status de conservação da área.
Na oportunidade também foi apresentado um histórico de atividades que a Apremavi vem desenvolvendo na área desde 1987. A Apremavi e a Associação Catarinense de Preservação da Natureza (Acaprena) trabalharam desde o início para a criação da Arie. Miriam Prochnow, Coordenadora de Políticas Públicas da Apremavi, disse estar muito satisfeita com os resultados das pesquisas: "os resultados mostram que a área continua sendo muito importante para a conservação da biodiversidade na Mata Atlântica e que a Arie continua mantendo as características especiais e únicas que motivaram a criação da UC". Miriam também ressaltou que a Apremavi continuará trabalhando para a implantação plena da Arie Serra da Abelha.
A próxima etapa do plano de manejo será a realização da oficina de planejamento participativo em que será consultada a comunidade através dos seus representantes no conselho consultivo da Arie, que está em processo de formação, a ser realizada no mês de novembro.
A elaboração do plano de manejo da Arie Serrra da Abelha, faz parte do projeto Planejamento e Capacitação em Unidades de Conservação, executado pela Apremavi e financiado pelo Tropical Forest Conservation Act (TFCA), por meio do Funbio.
Aspecto geral da floresta na Arie Serra da Abelha. Foto: Wigold B. Schaffer.
01/08/2014 | Notícias
O ano de 2014 foi escolhido pelo Conselho Consultivo do Parque Nacional (PARNA) das Araucárias (SC) como o início das discussões e primeiros encaminhamentos referentes ao uso público da Unidade de Conservação (UC). Um Grupo de Trabalho (GT) foi criado para conduzir as discussões e promoveu uma assembleia extraordinária aberta, com a participação de várias instituições e gestores de outras UCs da região, estaduais e federais.
O Parque, localizado nos municípios Passos Maia e Ponte Serrada, no oeste catarinense, foi criado em 2005. Segundo Juliano Rodrigues Oliveira, chefe da UC, sua regularização fundiária é bastante incipiente, mas nada disso tem sido um obstáculo para a comunidade, que deseja ver o Parque Nacional aberto em pouco tempo.
Entre as atividades promovidas pelo GT de Uso Público está o intercâmbio dos conselheiros com outras UCs. O Parque Nacional das Araucárias já recebeu conselheiros dos parques estaduais das Araucárias e Fritz Plaumann. Já os seus conselheiros visitaram o Parque Estadual Fritz Plaumann e também irão conhecer a Floresta Nacional de Chapecó e o Parque Nacional do Iguaçu, para compreender como ocorre a gestão da visitação nessas áreas.
As visitas já realizadas contaram com apoio da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), por meio de projetos de gestão participativa, planejamento e capacitação em UCs, realizados por esta associação em parceria com o ICMBio e outras instituições. A Apremavi é conselheira do PARNA das Araucárias e integrante do GT de Uso Público e desde a criação do Parque tem contribuído com sua gestão.
Outro encaminhamento aprovado pelos conselheiros foi a concepção de uma marca para a unidade. Sugestões de elementos para compor o logo foram apresentadas em um formulário e a votação foi feita por conselheiros, parceiros, alunos de escolas públicas e também pela comunidade. Cerca de 500 pessoas participaram da escolha dos aspectos que irão compor a marca. Com isso, conseguimos também a aproximação dos cidadãos com o Parque Nacional, afirmou Juliano.
Floresta com araucárias, papagaio-do-peito-roxo e rio/cachoeira foram os temas escolhidos na votação. Agora, o material segue para a Divisão de Comunicação (DCom) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) para desenvolvimento de opções de marca e posterior avaliação dos conselheiros e da comunidade.
A próxima atividade será a realização do Workshop Turismo de observação de aves para gestores de UCs, pousadas e empreendimentos turísticos, de 13 a 17/08/2014, em Passos Maia (SC), com o objetivo de fornecer informações que auxiliem no planejamento para implantação da atividade. Trata-se de um evento promovido pelo Conselho Consultivo do Parque Nacional das Araucárias, com o apoio do ICMBio, da Prefeitura de Passos Maia e do SEBRAE/SC e que será ministrado pela consultora Maria Antonietta Castro Pivatto, especialista na área.
O papagaio-de-peito-roxo foi um dos símbolos escolhidos para compor a logo do parque. Foto: Cleiton Brugnarotto.
15/07/2014 | Notícias
Durante o período de 07 a 09 de julho de 2014 a equipe da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) iniciou o processo de elaboração do diagnóstico socioeconômico e socioambiental da Área de Relevante Interesse Ecológico (Arie) Serra da Abelha.
Durante os três dias foram entrevistados 60 moradores das comunidades de Colônia Sadlowki e Varaneira, com o objetivo de caracterizar a comunidade local quanto ao seu modo de vida, caracterização da propriedade frente aos aspectos econômicos e ambientais, organização e percepção dos moradores sobre a unidade de conservação e potencialidade turística da área.
Entrevista sendo realizada. Foto: Edilaine Dick.
O diagnóstico dos aspectos turísticos também foi realizado com moradores da comunidade Santa Cruz dos Pinhais, nas propriedades aonde já existe visitação em pontos de relevante beleza cênica, ou pousadas rurais. Os demais dados desta comunidade serão levantados posteriormente.
Esta etapa de campo faz parte da metodologia para elaboração do plano de manejo da Arie, para o qual já foram realizadas as etapas de levantamento primário e secundário de dados bióticos e abióticos, bem como reuniões abertas com as comunidades.
A elaboração do Plano de Manejo da ARIE Serra da Abelha integra o projeto Planejamento e Capacitação em Unidades de Conservação, coordenado pela Apremavi e financiado pelo Tropical Forest Conservation Act (TFCA), por meio do Funbio.
Atividade de fumicultura na Arie Serra da Abelha. Foto: Edilaine Dick
Os moradores entrevistados também foram convidados a participar do Seminário Regional Conservação Ambiental e Cultivo de Erva-mate a ser realizado pelo Projeto Araucária desenvolvido pela Apremavi no dia 22 de julho de 2014 em Santa Terezinha.
02/07/2014 | Notícias
Visando a revisão do Plano de Manejo do Parque Estadual das Araucárias (PEA), foram realizadas várias oficinas, com diversos públicos, nos municípios de São Domingos e Chapecó.
Em junho de 2014 a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) realizou a Oficina de Planejamento Participativo e a Oficina de Pesquisadores do Parque, localizado nos município de São Domingos e Galvão.
A Oficina de Planejamento Participativo foi realizada dia 10, na Câmara Municipal de Vereadores de São Domingos, com o objetivo de revisar aspectos do Plano de Manejo do PEA, especialmente de diagnóstico do ambiente interno (pontos fortes e pontos fracos) e externo (ameaças e oportunidades) do Parque. O evento reuniu lideranças comunitárias e conselheiros do parque.
Grupo de trabalho na Oficina de Planejamento Participativo. Foto: Marculi Pozzan.
Já no período de 24 a 26 aconteceu a Oficina de Pesquisadores do PEA, em Chapecó. O evento foi promovido em parceria com o Projeto Qual o status de conservação da biodiversidade em Unidades de Conservação na região Oeste do Estado de Santa Catarina?, desenvolvido pela Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó) e financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), em parceria com a Fundação do Meio Ambiente (Fatma).
Essa oficina teve como objetivo socializar as pesquisas realizadas no PEA pela Unochapecó (Macroinvertebrados aquáticos; peixes; aves; anfíbios, educação e comunicação ambiental e percepção ambiental) e pela Universidade do Oeste de Santa Catarina Unoesc (Vegetação) e revisar aspectos do seu Plano de Manejo com embasamento nos dados apresentados no evento.
Os três dias do evento reuniram 55 participantes, principalmente conselheiros do parque, pesquisadores que realizam trabalhos na Unidade de Conservação, comunidade acadêmica e representantes do Grimpeiro (Grupo de Gestão de Apoio à Gestão do Parque Estadual das Araucárias).
Grupo de trabalho na Oficina dos Pesquisadores. Foto: Marcos Alexandre Danieli.
Segundo Marcos Alexandre Danieli, coordenador de Projetos da Apremavi, a oficina de planejamento participativo e a oficina de pesquisadores constituíram momentos fundamentais para subsidiar o processo de revisão do plano de manejo: "as discussões foram especialmente importantes pela valorização do Parque Estadual das Araucárias e a atualização dos cenários, complementa Marcos.
Para Elaine M. Lucas Gonsales, vinculada ao curso de Ciências Biológicas e mestrado em Ciências Ambientais da Unochapecó, a oficina de pesquisadores foi bastante positiva: "foi um momento de discussão e de socialização sobre um assunto de interesse comum: a conservação da biodiversidade. Nesses momentos, percebemos a importância dos estudos que realizamos e como eles podem contribuir com a definição de políticas públicas e estratégias de conservação. Por outro lado, percebemos a complexidade envolvida na criação e implementação de unidades de conservação, e o quanto precisamos avançar para que esta seja uma estratégia realmente efetiva para a conservação da biodiversidade no Brasil.
A oficina de pesquisadores também foi marcada pela visita de monitoria da gestora de Programas no Fundo Brasileiro de Biodiversidade (Funbio), Maria Rita Olyntho Machado.
Para Maria Rita, a oficina foi muito importante: "serviu para embasar as decisões referentes à gestão do PEA. A troca de informações entre os pesquisadores contribui para a otimização dos esforços voltados à conservação dessa área. Parabéns a toda equipe da Apremavi e a seus parceiros na construção do evento.
As oficinas integram o processo de revisão do Plano de Manejo do PEA, realizado no âmbito do Projeto Planejamento e Capacitação em Unidades de Conservação, coordenado pela Apremavi e financiado pelo Tropical Forest Conservation Act (TFCA), por meio do Funbio.
04/06/2014 | Notícias
Parque Nacional da Serra do Itajaí 10 anos no coração do Vale
Poucos moradores do Vale do Itajaí sabem que em junho de 2004, há 10 anos, foi criado na região, o
Parque Nacional da Serra do Itajaí. Abrangendo parte de nove municípios: Presidente Nereu, Vidal Ramos, Botuverá, Guabiruba, Gaspar, Blumenau, Indaial, Apiúna e Ascurra, o parque tem 57.374 hectares, ou seja, 570 km2, ocupando 0,59% do estado de Santa Catarina.
Trata-se de uma Unidade de Conservação de Proteção Integral, administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, vinculado ao Ministério do Meio Ambiente.
O Parque Nacional da Serra do Itajaí abriga mais de 500 espécies de árvores e arbustos, 350 espécies de aves e mamíferos, algumas delas ameaçadas de extinção, que necessitam de proteção contra exploradores e caçadores, e que ali encontram local propício para sua reprodução e vivência, podendo aumentar suas populações e recolonizar áreas degradadas e pobres em vida silvestre. A floresta do parque representa a melhor mancha de Mata Atlântica do estado de Santa Catarina.
Apesar da grande área que abarca, segundo o seu Plano de Manejo, residiam no interior do parque 14 famílias, cinco das quais já tiveram suas terras indenizadas e, portanto ali não mais habitam. Outras nove, bem como os demais proprietários de terras serão ao longo do tempo também indenizados.
Na criação deste parque estiveram à frente entidades como a Associação Catarinense de Preservação da Natureza (Acaprena), a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), a Universidade Regional de Blumenau (FURB), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o Instituto Parque das Nascentes (Ipan), dentre outras muitas instituições e pessoas que não mediram esforços, por décadas, para dotar o Vale do Itajaí com a valiosa Pérola Verde.
O parque apresenta muitos locais de visitação, com possibilidade de caminhada e pedaladas em trilhas e estradas, banhos de rio e cachoeiras, piqueniques, favorecendo o contato saudável dos visitantes com a natureza. Pesquisas científicas mostram que 30 minutos no interior de uma floresta diminuem as taxas de colesterol, diabetes, estresse, depressão e seus efeitos permanecem ao longo de quase um mês. Visite áreas florestais do seu município e as proteja, visite o Parque Nacional da Serra do Itajaí.
O Parque é o lugar ideal para pesquisas científicas sobre a vegetação, os animais e os micro-organismos, bem como para o entendimento dos ecossistemas e seus serviços e funções ambientais.
Local também privilegiado para levar estudantes de todas as idades, do ensino fundamental até à universidade, para ali fazer educação ambiental e lazer.
As visitas devem ser agendadas com antecedência via e-mail: parnaserradoitajai.sc@icmbio.gov.br ou pelo fone: 47 33261527 (em Blumenau). Os outros municípios também têm entradas para o parque, o ideal é buscar informações nas respectivas prefeituras.
Para os municípios que abrigam o parque, e também para os demais, os serviços ambientais providos pelo parque são de alta relevância:
- proteção dos mananciais de água que abastecem mais de 800 mil habitantes da Bacia do Itajaí, especialmente de Blumenau, Indaial, Brusque e Itajaí;
- proteção contra extremos climáticos (secas, chuvas excessivas, calor e frio extremos, vendavais);
- abrigo de rica biodiversidade (de animais, de plantas, de micro-organismos);
- local de lazer e turismo ecológico;
- fonte de bem estar e saúde;
- abrigo de plantas e de animais de grande importância econômica (banco de sementes no presente e para o futuro);
- local de pesquisa científica e educação ambiental.
Esta matéria foi publicada no Jornal Diário do Alto Vale no dia 03 de junho de 2014. O Espaço Apremavi é publicado quinzenalmente.
10/04/2014 | Notícias
Dias 25 e 26 de março de 2014, a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) promoveu oficina técnica de revisão do plano de manejo do Parque Estadual das Araucárias. O evento foi realizado em Florianópolis (SC) e contou com a presença de representantes da Fundação de Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma), do Grupo de Apoio à Gestão do Parque Estadual das Araucárias (Grimpeiro) e da Apremavi.
O evento teve como objetivo nivelar informações entre a equipe do projeto e parceiros, planejar atividades, levantar informações disponíveis e analisar o impacto, resultados e implementação do plano de manejo do Parque, compreendendo o período de setembro de 2007 a março de 2014. Este encontro deu continuidade à oficina realizada em São Domingos em novembro de 2013.
A próxima atividade será a realização das oficinas de Planejamento Participativo e de Pesquisadores, previstas para o primeiro semestre de 2014. Depois de compiladas as informações levantadas, serão realizadas as oficinas de estruturação do plano de manejo, culminando com a submissão para aprovação e divulgação, com término do projeto em março de 2015.
Angelo Milani, presidente do Grimpeiro, fala sobre algumas barreiras que devem ser superadas pelo Parque: O desafio é a conclusão da obra existente no Parque e a abertura para a visitação do público, pois isso contribuirá para que muitos objetivos sejam realizados. Sobre a oficina realizada, Milani comenta que ela permitiu uma análise mais aprofundada das atividades realizadas no Parque, especialmente no período da existência dos vigilantes, que atuaram de fevereiro de 2008 a novembro de 2013: Algumas etapas do plano de manejo foram concluídas, e outras parcialmente, e outras não aconteceram, cita Milani.
Para Eduardo Mussatto, da Fatma, o Projeto de Revisão do Plano de Manejo do Parque Estadual das Araucárias possui um contexto ímpar no processo de implantação de uma Unidade de Conservação (UC): "de uma forma geral, as UCs no Brasil carecem até mesmo de um plano de manejo e isto faz deste Projeto um dos poucos exemplos da etapa no processo de implantação de uma Unidade. Também, faz dele um processo ímpar, o fato de estar sendo executado no mesmo momento em que se discute a abertura de uso público na UC. Abertura esta, que é normatizada por um plano distante da realidade encontrada.
Mussatto comenta também que analisar, reconhecer e entender as modificações ocorridas e estabelecer critérios para as alterações necessárias requer o conhecimento do Plano de Manejo em vigor e a organização e identificação das realizações implantadas ao longo do tempo: "Neste sentido, a oficina realizada em Florianópolis foi fundamental para a continuidade das etapas do Projeto de Revisão. Contudo, as próximas etapas, pautadas nos levantamentos técnicos e informações prestadas na oficina acima referida, serão decisivas para a formatação final do Plano de Manejo revisado. Nelas, serão discutidos e elencados os programas que farão parte do Plano de Manejo e nortearão a implantação da UC até a próxima revisão, conclui Mussatto.
Esta meta de revisão do plano de manejo do Parque Estadual das Araucárias integra o Projeto Planejamento e Capacitação em Unidades de Conservação, coordenado pela Apremavi e financiado pelo Tropical Forest Conservation Act (TFCA), por meio do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio).
Momentos da oficina. Foto: Marcos Alexandre Danieli.
02/04/2014 | Notícias
Entre os dias 19 e 20 de março de 2014 a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) realizou em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) as primeiras reuniões abertas na Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) Serra da Abelha, visando a elaboração do Plano de Manejo da área.
Participaram da reunião em torno de 140 pessoas, entre elas representantes das comunidades de Santa Cruz dos Pinhais, Serra da Abelha II, Colônia Sadlowski e Varaneira, além do Prefeito (Lourival Lunelli), Vice-prefeito (Luiz Lúcio Fossa), Secretário de Agricultura e Meio Ambiente (Marcelo Sadlowski) e representantes do INCRA.
Com o objetivo de aproximar a comunidade do processo de construção do plano de manejo da Arie da Serra Abelha, as reuniões foram pautadas no esclarecimento à população, das atividades que vem sendo e ainda serão realizadas na área e da importância que a construção de um plano de manejo bem elaborado pode trazer para a comunidade abrangida pela Unidade de Conservação (UC).
Edilaine Dick, da Apremavi, pontua a importância desse processo quando diz: um bom plano de manejo deve ter como característica principal a participação da comunidade para que dessa forma sejam apontadas as principais oportunidades e também as soluções para os problemas e contratempos que estão ocorrendo na área.
José Guilherme Dias de Oliveira, representante do ICMBio recém nomeado gestor da ARIE, esclareceu durante as reuniões qual será o papel do ICMBio na construção do plano de manejo e quais vão ser as características da sua gestão. Além disso, auxiliou a comunidade a se localizar dentro dos limites da Arie e levantou questões relacionadas às atividades que são proibidas dentro dos limites de uma UC.
Quando questionado sobre os contratempos relacionados à questão fundiária, José Guilherme comenta: acredito que, uma vez que o Conselho Consultivo da Arie seja implementado, a comunidade terá acesso de forma mais rápida e fácil ao INCRA e à prefeitura para resolver problemas relacionados às posses das terras.
Durante as reuniões o prefeito evidenciou que o povo está bastante apreensivo e preocupado com uma possível saída da rotina em função das propostas que surgirão com elaboração do Plano de Manejo, mas acredita que reuniões vão ajudar no esclarecimento de várias questões: "o trabalho que tem que ser feito é de conscientização e informação e nós estamos cientes do andamento desse processo, complementa o prefeito.
A deliberação da reunião foi a indicação, por parte das comunidades, dos representantes comunitários para que seja iniciada a criação do Conselho Consultivo que auxiliará a implementar e discutir o plano de manejo da Arie.
Esta meta de elaboração do plano de manejo integra o Projeto Planejamento e Capacitação em Unidades de Conservação, coordenado pela Apremavi e financiado pelo Tropical Forest Conservation Act (TFCA), por meio do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO).
Fotos: Carolina C. Schaffer
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31/03/2014 | Notícias
A Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) e a Fundação de Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma) informam que está aberto o processo para formação do Conselho Consultivo do Parque Estadual (PE) Rio Canoas, localizado no município de Campos Novos, em Santa Catarina.
Instituições interessadas devem encaminhar oficio e preencher cadastro específico até o dia 23 de abril de 2014. Os critérios de cadastramento, o cronograma do processo e informações adicionais constam no edital em anexo que também pode ser acessado aqui.
A formação do conselho do PE Rio Canoas envolve atividades de mobilização e capacitação. Iniciou em 2013, durante a identificação de atores interessados, que ocorreu por meio de reuniões de mobilização com moradores, proprietários do entorno do Parque e representantes de instituições do Poder Público e Sociedade Civil.
As reuniões foram um momento importante para esclarecer dúvidas, mostrar a importância do PE Rio Canoas; apresentar as etapas de formação do conselho e para falar sobre o papel do conselheiro no apoio à gestão participativa do Parque.
O conselho será formado por representantes de instituições do Poder Público e Sociedade Civil atuantes na região do PE Rio Canoas. O objetivo do conselho é aproximar a sociedade da gestão deste Parque e funcionar como um fórum de discussão, planejamento e divulgação de atividades. A estrutura do conselho será definida localmente, junto às instituições interessadas, sendo observado o disposto na Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC).
Esta meta de formação do conselho integra o Projeto Planejamento e Capacitação em Unidades de Conservação, coordenado pela Apremavi e financiado pelo Tropical Forest Conservation Act (TFCA), por meio do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO).
24/03/2014 | Notícias
Gestores da Estação Ecológica (Esec) Mata Preta realizaram, em fevereiro, uma operação de fiscalização com o objetivo de verificar o cumprimento da legislação, que não permite o plantio de soja geneticamente modificada em uma faixa de 500 metros em torno de unidades de conservação (UCs). Foi a terceira operação desse tipo realizada na Esec nos últimos quatro anos.
A proibição é prevista no Decreto 5.950, de 31 de outubro de 2006 e na Lei 11.460, de 21 de março de 2007. É uma medida de precaução tomada pelo Governo Federal para evitar que genes novos, que foram introduzidos nessa variedade de soja, contaminem espécies de plantas aparentadas, que fazem parte da flora das UCs.
A equipe de fiscalização do ICMBio, após a fase de reconhecimento de campo, coletou 27 amostras nos plantios de soja localizados no entorno da ESEC. Com os resultados da operação de fiscalização ficou evidente o respeito à legislação por parte dos proprietários: nos 27 plantios fiscalizados, apenas um apresentou soja transgênica. Comparando-se com as operações anteriores percebe-se o aumento da conscientização, pois em 2011 foram nove plantios e em 2012 apenas três com detecção de soja transgênica, comenta Antonio de Almeida Correia Jr., analista ambiental do ICMBio envolvido na operação de fiscalização.
Os técnicos do ICMBio, havendo solicitação dos proprietários, fazem visitas às propriedades para indicar as áreas com restrição de plantio de soja transgênica. Para maiores informações, procure o escritório do ICMBio em Palmas-PR, localizado na rua Dr. Bevilaqua nº 863, Centro, ou entre em contato pelo telefone (46) 3262-5099.
Juntamente com as ações de fiscalização, a equipe da Esec Mata Preta vem divulgando informações sobre a unidade de conservação e normas ambientais: Desde 2009 são feitas visitas, conversando e distribuindo material de divulgação entre proprietários de terras, produtores rurais, cooperativas, sindicatos e bancos financiadores com objetivo de conscientizar os envolvidos na cadeia produtiva da soja sobre as áreas onde há proibição de plantio de soja transgênica e sobre a importância da Estação Ecológica Mata Preta, frisou Correia Jr.
Outro momento para conscientização ambiental está sendo realizado pela Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) no âmbito do Projeto Araucária, patrocinado pela Petrobras por meio do programa Petrobras Ambiental com apoio do Governo Federal. O objetivo é a conservação e recuperação da Floresta com Araucária.
Segundo Edilaine Dick, coordenadora do projeto, ao final do ano passado foram promovidas reuniões de planejamento na região da ESEC: Ao longo de 2014 será realizada a recuperação de áreas degradadas do interior da UC, em áreas já indenizadas; o planejamento ambiental de propriedades da zona de amortecimento; o plantio de mudas nativas para recuperação e/ou enriquecimento de áreas e atividades voltadas à educação ambiental, complementou Edilaine.
Agente de fiscalização coletando soja no entorno da ESEC. Foto: Fabio Moreira Corrêa.
03/02/2014 | Notícias
A visitação para a comunidade local e planejada por ela, direcionada à sensibilização e educação ambiental, será a prioridade do uso público do Parque Nacional (PARNA) das Araucárias. A orientação foi definida em assembleia extraordinária realizada dia 29 de janeiro, em Passos Maia (SC). O evento teve participação de 35 representantes do Poder Público e Sociedade Civil, entre conselheiros e apoiadores. Pela manhã foram avaliadas duas propostas de trilha no Parque. À tarde a assembleia deu continuidade ao diálogo, planejamento e encaminhamentos.
Juliano Rodrigues Oliveira, analista ambiental do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e chefe do PARNA, ressalta que a visitação vai começar com grupos de educação ambiental, grupos de visitantes da comunidade. A gente pretende incentivar que as pessoas da comunidade de Passos Maia, Ponte Serrada e dos municípios vizinhos, de escolas, trabalhadores, venham conhecer a unidade, salienta.
Boas vindas aos participantes.
Para Mateus Sônego, da Coordenação Geral de Visitação (CGVIS) do ICMBio/Brasília-DF o Parque e seu conselho acertaram em definir a educação ambiental como tema da visitação. A Unidade de Conservação (UC) tem que valorizar a comunidade do entorno para que a comunidade do entorno valorize a UC, frisou Sônego. Nessa relação o ganho é mútuo, pela divulgação da unidade e geração de renda à região, destacou. Segundo o ICMBio, todos os Parques Nacionais receberão esforços de estrutura e investimento até 2020.
A diversidade de atrativos do Parque Nacional das Araucárias destaca seu potencial para o turismo, cita Jaqueline Pesenti, responsável pelo diagnóstico de turismo e uso público do Parque na época da elaboração do plano de manejo. Contudo, é necessário muito planejamento de longo prazo, passando pela definição do público alvo, estrutura de suporte à visitação e envolvimento direto da comunidade local, comenta. Um exemplo de envolvimento da comunidade para o turismo foi o almoço preparado pela conselheira Cleusa Gabiatti.
Para Vanessa Kanaan, coordenadora do projeto de reintrodução do papagaio-de-peito-roxo no Parque, um dos atrativos é a observação de aves. Essa atividade está atraindo pessoas de fora e da própria comunidade local, que já está contribuindo com o monitoramento dos papagaios.
A Prefeitura de Passos Maia esteve representada pelo prefeito em exercício, Leomar Listoni e pelo prefeito licenciado, Ivandre Bocalon (Evandro). O Parque representa um atrativo exuberante, um potencial enorme, que o município vê como uma grande oportunidade e por isso faz questão de participar do conselho, observa Bocalon. Ele avalia a reunião como positiva e acrescenta que a administração municipal está apoiando, vai apoiar e acredita na ideia.
Fabiana Bertoncini, chefe da Floresta Nacional (FLONA) de Chapecó, ressalta que as UCs não devem ser vistas de forma isolada, como historicamente foram percebidas. É preciso ver o uso público como um aliado da gestão, pois se não há o uso ordenado, há o clandestino, pontuou. Como exemplo, Fabiana mencionou os projetos de educação e sensibilização ambiental que a unidade vem desenvolvendo junto às escolas e comunidades do entorno, além de atividades diferenciadas, como a recente Pedalada Ambiental, promovida para divulgar a FLONA e incentivar a prática de ciclismo.
De Concórdia a experiência foi compartilhada pela equipe da Equipe Co-Gestora do Parque Estadual (PE) Fritz Plaumann (ECOPEF). A gente usou o Parque como um catalisador de parcerias e projetos e hoje a satisfação dos visitantes é avaliada como ótima em mais de 80% das avaliações, cita Rafael Leão, um dos responsáveis pelo uso público dessa unidade.
Em 2013 os conselheiros do PARNA das Araucárias conheceram de perto o PE Fritz Plaumann, em visita técnica realizada pela Apremavi por meio de projeto apoiado pelo TFCA/Funbio. A visita propiciou aos conselheiros perceber como é o funcionamento de um Parque, desde as trilhas ao envolvimento com os moradores vizinhos, e essa experiência contribuiu para a discussão sobre o uso público do Parque Nacional das Araucárias, observa Marcos Alexandre Danieli, coordenador de projetos da Apremavi.
Outra situação foi compartilhada pela equipe do Grupo de Apoio à Gestão do Parque Estadual das Araucárias (GRIMPEIRO) de São Domingos (SC). A unidade já teve visitação, mas hoje está fechada e isso tem frustrado a comunidade local. Mesmo assim, o trabalho continua com atividades de educação ambiental nas escolas locais, complementa Angelo Milani, presidente da instituição.
Grimpeiro compartilhando experiência do PE Araucárias.
O uso público do Parque Nacional das Araucárias continuará sendo discutido nas próximas reuniões. A discussão não é recente, mas só pôde avançar após a indenização de algumas áreas. Dentre os encaminhamentos da assembleia, o conselho assinou e encaminhará Moção à presidência do ICMBio solicitando mais analistas ambientais para o Parque, que atualmente possui apenas um servidor lotado.
Fotos: Marcos Alexandre Danieli.
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02/08/2013 | Notícias
A 6ª reunião ordinária do conselho consultivo da Estação Ecológica (ESEC) Mata Preta foi realizada no dia 24 de julho de 2013, na Câmara Municipal de Clevelândia (PR). O evento deu posse ao novo conselho, que atuará no biênio 2013/2014.
O conselho é o espaço de participação da sociedade na gestão da Unidade de Conservação. Assim, os conselheiros devem ser o canal de comunicação entre a UC e suas representações.
No atual conselho da ESEC, representam o poder público o ICMBio, órgão gestor da unidade, além do INCRA, Epagri, Câmara Municipal de Clevelândia (PR) e prefeituras de Abelardo Luz (SC) e Clevelândia. Da sociedade civil, há representantes dos sindicatos Rural de Abelardo Luz e dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Abelardo Luz e Ouro Verde, do Lions Club de Abelardo Luz, do Rotary Club de Abelardo Luz, a Câmara dos Dirigentes Lojistas de Abelardo Luz, da Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc), da Associação de Preservação do Meio Ambiente e Vida (Apremavi), da Cooperativa de Crédito Rural de Abelardo Luz, do Colegiado de Proprietários rurais do interior da Unidade, da Madeiras do Paraná (Madepar S.A) e da comunidade Sítio Barrichelo e Moradores do Rincão Torcido.
Durante a reunião, também foram discutidos outros temas relacionados à gestão da ESEC Mata Preta:
Indenizações
Seguem em andamento alguns processos de indenização de imóveis particulares inseridos no interior da unidade. Aproximadamente 5% das áreas da UC estão em posse do Governo Federal, parte dessa área adquirida com recursos de compensação ambiental, com perspectiva de aumento em 2014.
Projetos e Pesquisa
O Projeto Mazana nana está sendo realizado pela UNESP para avaliar e estimar a população deste cervídeo na ESEC Mata Preta. Outro projeto, financiado pelo BNDES e coordenado pela SPVS, atuará na restauração de áreas degradadas de propriedades da região. Também será iniciado em 2013 o projeto da Apremavi aprovado no Programa Petrobrás Ambiental, que tem como objetivo a restauração e conservação de remanesces florestais, incluindo a ESEC e entorno na área de abrangência do projeto.
Fiscalização da caça
A ESEC Mata Preta iniciou em 2013 ações efetivas de combate à caça. Além de ser crime ambiental, a caça clandestina geralmente vem associada a outros crimes, como invasão de propriedade particular, invasão de UC, porte ilegal de armas, formação de quadrilha e atentado à vida da população local, em autuações que estão sendo realizadas pelos valores máximos, destacou Fábio, gestor da unidade. Estão previstas ações de inteligência para combater esse tipo de crime, com o apoio da Polícia Federal.
Andamento da ação pela caducidade do decreto de criação
Ao contrário do que tem sido veiculado em algumas páginas da internet, Fábio informou que a ESEC Mata Preta continua existindo e que decisões definitivas só devem ocorrer após julgamento pelo Supremo Tribunal Federal. Ressaltou que decisões recentes ferem a legislação nacional (SNUC e decreto de criação da ESEC), tendo em vista que somente uma lei pode anular um decreto presidencial.
Plano de manejo
Assim como um plano diretor de um município, o plano de manejo da ESEC Mata Preta vai estabelecer as atividades que podem ou não ser realizadas dentro da UC e no seu entorno, como por exemplo, a utilização da soja transgênica na zona de amortecimento, atualmente proibida por legislação federal, o que tem gerado insatisfação de representações do conselho ligadas ao setor produtivo. O termo de referência para elaboração deste documento foi submetido em 2012 à coordenação do ICMBio em Brasília e aguarda definição institucional para início da elaboração.
Demarcação e sinalização
Como resultado do monitoramento da fauna atropelada na ESEC e entorno, placas de sinalização foram colocadas em locais estratégicos e outras devem ser inseridas nas propriedades já adquiridas pelo ICMBio e nas comunidades vizinhas da unidade, buscando a divulgação e minimização dos impactos à biodiversidade.
Serão enviados aos conselheiros informativos mensais sobre as atividades realizadas pela ESEC Mata Preta. Ainda, os conselheiros devem analisar o regimento interno do conselho e enviar sugestões à ESEC para adiantar a revisão deste documento na próxima reunião ordinária, prevista para o final de 2013.
Abaixo, exemplo de placa de sinalização em rodovia de acesso à ESEC Mata Preta. Foto: Marcos A. Danieli