Mulheres de Santa Terezinha visitam a Apremavi

O dia 14 de agosto de 2014 ficou marcado pela alegria e espontaneidade de um grupo de mulheres de Santa Terezinha que visitou a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi).

O grupo composto de 21 mulheres é fruto do trabalho que a instituição vem desenvolvendo no município, junto a Cooperativa de Produtores de Mate e Ervas Medicinais (COOPAMATER), que está em processo de criação. A atividade faz parte do Projeto Araucária, executado pela Apremavi, que tem patrocínio da Petrobras, através do programa Petrobras Socioambiental.

Edilaine Dick e Daiana Tânia Barth, técnicas do Projeto Araucária e da Apremavi, recepcionaram as mulheres no Centro Ambiental Jardim das Florestas, onde foi servido um delicioso café colonial. Na sequencia, Edegold Schäffer, presidente da instituição, fez um breve relato sobre a história do município de Atalanta. Também foi apresentado o vídeo institucional da Apremavi.

Edilaine relatou em detalhes os objetivos do Projeto Araucária e demais atividades que são desenvolvidas no município de Santa Terezinha e falou sobre a importância da participação das mulheres e da família nas atividades desenvolvidas junto a cooperativa e na propriedade rural. Para Edilaine, a participação da família é essencial para o sucesso dos trabalhos desenvolvidos em cada propriedade e na comunidade: “todos devem se sentir parte do processo e cuidar das áreas de restauração ou sistemas agroflorestais que estão sendo implantados, uma vez que todos serão beneficiados com os resultados alcançados”.

Ela destaca ainda que a visita foi importante para que as mulheres pudessem visualizar aspectos importantes da propriedade como o paisagismo, e vislumbrar novas oportunidades como a confecção de artesanatos, a produção de geleias de frutas nativas e o plantio e uso de plantas medicinais.

Exposição de produtos artesanais. Foto: Edilaine Dick.

Durante a visita foi realizada uma exposição de artesanato do Clube de Mães Recanto da Cachoeira, de Atalanta e da loja Nigenete, de Agrolândia. Também foram expostos produtos orgânicos, como geleias e compotas, da Associação de Produtores Agroecológicos Semente do Futuro, de Atalanta. As mulheres foram presenteadas com vários desses produtos.

O grupo teve ainda a oportunidade de conhecer o viveiro de mudas nativas da Apremavi, o quintal e as orquídeas da Dona Anita Schaffer e áreas de recuperação de mata ciliar na propriedade de Edegold Schaffer. Conheceram também o Parque Natural Municipal da Mata Atlântica, uma importante Unidade de Conservação da região do Alto Vale do Itajaí.

Visitando área de mata ciliar recuperada. Foto: Edilaine Dick.

A despedida foi uma visita na Floricultura Mondini em Pouso Redondo (SC).  Segundo Lourdes Juraszek e sua filha Enizeli o grupo gostou muito da visita: “com certeza voltaremos outras vezes, porque todo o passeio foi muito bom e aprendemos muito”.

Curso de Agricultura Orgânica foi um sucesso

Fomentar, divulgar e ensinar técnicas de agricultura orgânica. Estes foram os principais objetivos de um curso realizado entre os dias 06 e 09 de agosto no Centro Ambiental Jardim das Florestas em Atalanta. A iniciativa foi da Associação dos Municípios do Alto Vale do Itajaí, a AMAVI e contou com o apoio de outras 10 instituições e organização da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi).

O colombiano Jairo Restrepo Rivera foi quem ministrou o curso. Ele é consultor da ONU e conta com mais de 30 anos de experiência na área. Informações sobre o trabalho de Rivera podem ser acessadas no site "La Mierda de Vaca", que com um slogan criativo instiga os internautas a saber mais sobre a prática da agricultura orgânica: "con agua y mierda no hay cosecha que se pierda" (com água e dejetos a colheita é certa). Os participantes aprenderam de forma descontraída e objetiva, práticas de preparo dos insumos e nutrientes necessários para a correção do solo no cultivo de produtos orgânicos. Rivera também iniciou os participantes na técnica da cromatografia, utilizada para se fazer a análise do solo, verificando quais substâncias ele contém.

Rivera explicando a cromatografia. Foto: Wigold B. Schaffer.

As explanações ocorreram de forma teórica e prática e cerca de 80 pessoas participaram. Entre elas, produtores orgânicos, técnicos, estudantes de agronomia, professores e engenheiros agrônomos, vindos de diversas cidades da região. Alguns deles, inclusive, ficaram hospedados durante os cinco dias de capacitação no albergue do próprio Centro Ambiental e em outros abrigos nas proximidades do local.

O presidente da Apremavi, Edegold Schaffer destaca que o evento foi um dos mais marcantes sobre o tema já realizados no Alto Vale. Ele também ressalta a importância das parcerias: “O sucesso do curso se deve a parceria entre 11 instituições de vários setores da região, entre elas; ONG, poder público, setor financeiro, órgão de pesquisa e meio acadêmico”. O curso de Agricultura Orgânica contou com o apoio da prefeitura do município de Atalanta, do Banco do Brasil, da Cemear, da Cooperfavi, da Cresol, da Epagri, do Instituto Federal Catarinense, do Senar e da Univali.

O presidente da Apremavi ainda frisa que é importante expandir estes conhecimentos para que mais produtores venham a desenvolver a prática: “Um dos objetivos do curso era trazer mais conhecimento para os agricultores que já produzem produtos orgânicos e também formar multiplicadores desse conhecimento”.

Vale destacar que na agricultura orgânica não é permitido o uso de substâncias que possam colocar em risco a saúde humana e o meio ambiente. Nela, não são utilizados fertilizantes sintéticos, solúveis ou agrotóxicos.  O produto orgânico deve ser produzido contemplando elementos naturais e o uso correto do solo, da água e do ar.

Colocar a mão na massa fez parte dos trabalhos. Foto: Wigold B. Schaffer.

Apesar de o Brasil poder se destacar nesta atividade pelo fato de possuir diferentes tipos de solo e clima, o nosso país é o que mais consome agrotóxicos em todo o mundo e segundo a coordenadora de políticas públicas da Apremavi, Miriam Prochnow, isso preocupa a entidade. Em escala mundial, são usados 2,5 milhões de toneladas de agrotóxicos por ano.

O uso indiscriminado dos também chamados “defensivos agrícolas”, acarreta em vários problemas ambientais. Entre eles está a degradação do solo, a contaminação de reservas subterrâneas de água (lençóis freáticos), e o desmatamento. Estudos comprovam que o consumo de agrotóxicos também causa problemas à saúde humana.

A alternativa tida como solução para estes sérios problemas é a prática da agricultura orgânica, sem o uso de agrotóxicos e também pesticidas. No lugar destas substâncias são usados adubos e fertilizantes naturais e orgânicos, por exemplo.

Com cursos e capacitações como esta a Apremavi almeja alcançar mais agricultores conscientes, que passem a produzir alimentos que não farão mal à saúde do ser humano e também não impactarão o meio ambiente.

Participantes do curso. Espera-se que todos sejam multiplicadores da agricultura orgânica em seus locais de origem. Foto: Wigold B. Schaffer.

Curso capacita sobre Inventário Florestal da Mata Atlântica

Curso capacita sobre Inventário Florestal da Mata Atlântica

Curso capacita sobre Inventário Florestal da Mata Atlântica

A Prefeitura Municipal de Chapecó, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente (Sedema) e a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) promoveram nos dias 25 e 26 de julho o “Minicurso sobre Inventário Florestal e Estágios Sucessionais da vegetação da Mata Atlântica”. O evento foi realizado no Centro de Treinamento de Chapecó – CETREC – da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina – EPAGRI.

O curso teve como objetivo dar o aporte teórico-prático necessário para a realização de inventários florestais e identificação de estágios sucessionais da vegetação da Mata Atlântica. Foi ministrado pelo Professor Dr. João de Deus Medeiros, do Departamento de Botânica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e contou com a participação de 30 pessoas, entre representantes de órgãos ambientais, de segurança, fiscalização, organizações-não-governamentais, universidades, acadêmicos interessados no tema.

Durante o minicurso foram abordadas as características gerais da vegetação do Estado de Santa Catarina, com destaque à Floresta Ombrófila Mista e Floresta Estacional Decidual, por serem características da região Oeste do Estado. Também foram abordados temas relacionados à sucessão ecológica, ecologia da paisagem, processos sociais, transformações históricas, legislação ambiental e políticas públicas necessárias à conservação da biodiversidade.

Outro enfoque foi sobre metodologias adotadas para inventários florestais, considerando aspectos qualitativos e quantitativos. A aplicação prática deste conhecimento ocorreu no próprio CETREC, por meio de trabalhos em grupos, que implementaram na prática exercícios de inventário florestal, com levantamento, tratamento dos dados, e enquadramento do estágio sucessional da área amostrada.

Priscila Fernanda Rech Confortin, da Sedema, destaca que o minicurso cumpriu com seus objetivos ao mesmo tempo em que oportunizou a qualificação dos técnicos e profissionais da área ambiental: “o evento contribuiu com a prestação de melhores serviços à comunidade e ao meio ambiente”, comenta Priscila.

Marluci Pozzan, da Apremavi, acrescenta que o evento foi bastante interessante, pois abordou vários pontos relativos à flora catarinense e envolveu diversos atores sociais relacionados à preservação do meio ambiente, os quais serão multiplicadores do conhecimento em suas respectivas instituições: “A integração do conteúdo programático teórico com atividade prática teve grande contribuição no sucesso da capacitação”, cita Marluci.

O professor João chamou atenção também para a importância de se analisar o conjunto dos dados do inventário florestal e não apenas o percentual geral da cobertura florestal do estado, que pode mascarar a gravidade da situação das florestas catarinenses: “é importante ter essa avaliação mais detida dos dados do Inventário, pois a simples projeção da ampliação da cobertura florestal (os atuais 29% indicados no inventario) pode ser repassado como algo positivo, dando a entender que a política de conservação da natureza no Estado é exitosa, quando o dado qualitativo, também expresso no inventário, mas negligenciado, mostra o contrário“, destaca João de Deus.

Dados do Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
  • Projeto envolveu a definição de 440 unidades amostrais de 0,4 ha (4.000 metros quadrados).
  • Mais de 200.000 arvores foram medidas.
  • A cobertura florestal do Estado é de 29%.
  • Entre 4 e 5% a cobertura é de formações pioneiras (capoeirinhas).
  • Na floresta estacional decidual (que ocorre no oeste ao longo do rio Uruguai) a situação é mais critica, estando a cobertura com apenas 16%.
  • Florestas maduras (bem diversificadas) no estado não chegam a 5%.
  • 860 espécies de arvores e arbustos foram registradas no inventário.
  • O numero de espécies arbóreas nas florestas é baixo, no máximo a metade do numero esperado –  entre 35 e 40 espécies quando o esperado seria 70.
  • O volume de madeira das florestas e seu estoque de biomassa e carbono são atualmente menores que um terço do valor original.
  • Nossas florestas são degradadas e ainda sofrem ameaças de conversão para expansão de atividades humanas.
  • O Inventário registrou 150 espécies com apenas 1 ou 2 indivíduos em todo o estado.
  • Varias espécies importantes apresentam baixa diversidade genética em muitas de suas populações – é o caso, por exemplo, da araucária, canela-preta, imbuia, canela- sassafrás, xaxim.
  • Há hoje, para muitas espécies, grande aumento no risco de extinção local.

Autor: Marcos Alexandre Danieli.
Revisão: Miriam Prochnow.

Educação Ambiental nas Escolas

Julho é o mês do aniversário da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi). Em 2014 a associação completa 27 anos de fundação.  A educação ambiental tem sido uma das ferramentas mais usadas pela Apremavi visando desenvolver a conscientização ambiental da população. Para comemorar a data, a Apremavi compartilha algumas das ações que realizou nos meses de junho e julho, em parceria com escolas de Atalanta, mostrando exemplos que podem ser seguidos e replicados.

As escolas da rede municipal e estadual do município de Atalanta são grandes parceiras dos trabalhos da Apremavi. Os alunos das 5ª séries do ensino fundamental da Escola de Ensino Básico Dr. Frederico Rolla visitaram o Centro Ambeintal Jardim das Florestas e participaram de uma roda de conversa sobre “mudanças climáticas” e “a importância da recuperação de áreas degradadas”.

A escola Ribeirão Matilde foi parceira nas atividades em comemoração a Semana do Meio Ambiente. Os conhecimentos adquiridos foram aplicados nos trabalhos para a XII Feira Municipal de Matemática e de Ciências que foi realizada no dia 19 de julho em Atalanta.

Dentro do projeto “Um novo olhar sobre o bosque”, onde a escola trabalha com as árvore nativas de um bosque implantado nas dependências da escola há 15 anos, foram criados dois grupos ambientais, RM Ambiental e Patrulha das Sementes. Do trabalho dos grupos surgiram duas pesquisas científicas. A primeira com os alunos do 7º ano com o tema “Propriedade Rural: Organizar pra Fica Legal”, que trabalhou as questões da mata ciliar, reserva legal, corredor ecológico, erosão, etc. Para a apresentação na Feira foi montada uma maquete com uma propriedade rural dentro dos padrões legais e ambientais para uma agricultura sustentável. Para chegar neste resultado os alunos tiveram aulas práticas de restauração de mata ciliar numa propriedade da comunidade e realizaram estudos sobre a sucessão ecológica e espécies indicadas para o plantio.

A outra pesquisa científica foi denominada de “Plantando Sementes: Relembrando o Passado” com os alunos do 5º ano. Este trabalho foi desenvolvido com o intuito de explorar as características das diversas espécies nativas existentes no bosque da escola. Estas duas pesquisas foram apresentadas na XII Feira Municipal de Matemática e de Ciências sendo que ambos os trabalhos receberam a premiação “Destaque” e irão representar a escola na XIV Feira de Matemática e XIV Feira de Ciências da região de Ituporanga (FEMACRI) em agosto.

A Escola Municipal Vila Gropp, que também é parceira da Apremavi de longa data, também expôs trabalhos ambientais na Feira Municipal: Coopermática – Cooperativismo para a Sustentabilidade; O Solo Nosso de Cada Dia; e Belezas Cênicas da Nossa Terra: Beija-flor

A Escola Municipal Vila Gropp também organizou um passeio ciclístico no dia 25 de julho, data em que se comemorou o Dia do Colono e do Motorista. O passeio ciclístico é uma forma de conscientizar as pessoas da importância da prática de atividades físicas e chamar a atenção para a diminuição do uso de combustíveis fósseis.

Muitas das atividades de educação ambiental da Apremavi são desenvolvidas através do Projeto Araucária, patrocinado pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental.

Esta matéria foi publicada no Jornal Diário do Alto Vale no dia 29 de julho de 2014. O Espaço Apremavi é publicado quinzenalmente.

Semana do Meio Ambiente também é comemorada no Oeste

A importância de celebrar o dia Mundial do Meio Ambiente está relacionada ao trabalho de conscientização da população em relação a preservação da biodiversidade, a necessidade de discutir e realizar ações para diminuição da poluição do ar, água, solo e a extinção de espécies.

Precisamos compreender que todos devem contribuir de forma direta ou indireta para a sustentabilidade, encontrando a harmonia entre o desenvolvimento socioeconômico e a conservação ambiental. Para alcançar esse equilíbrio, atitudes individuais e coletivas como o consumo consciente, são fundamentais.

Para celebrar a data, através do Projeto Araucária foram desenvolvidas atividades de Educação Ambiental em escolas da Região Oeste: dia 02/06/2014 na Escola Nossa Senhora Aparecida do Assentamento Zumbi dos Palmares de Passos Maia –SC; no dia 04/06/2014 na Escola Municipal Bento Munhoz da Rocha de Clevelândia – PR e dia 06/06/2014 a atividade ocorreu na E.E.B. Professora Gênova Palma Nunes de São Domingos – SC.

A escolha das escolas teve como critério a proximidade com importantes unidades de conservação da região, sendo elas o Parque Nacional das Araucárias, Parque Estadual das Araucárias e a Estação Ecológica da Mata Preta.

Antonio de Almeida Correia Junior, analista ambiental de ESEC Mata Preta – ICMBIO que participou das atividades em Clevelândia destaca que foi muito bom ver as crianças aprendendo e se divertindo com as atividades educativas: "a maior parte das crianças que participaram mora no entorno da ESEC Mata Preta e é muito importante que possam aprender e refletir sobre a preservação das áreas de proteção permanente e da floresta numa unidade de conservação". "A equipe do projeto conseguiu envolver os alunos com jogos e brincadeiras e levaram as crianças a pensar sobre a responsabilidade ambiental que todos temos", complementa Antônio.

Prática sobre a importância da Mata Ciliar. Foto: Francieli Delazeri.

A programação incluiu uma conversa sobre a importância da preservação ambiental, dinâmica e demonstração da função da mata ciliar, além de jogos relacionados ao meio ambiente e ao final foi realizado plantio de árvores nativas no entorno das escolas de Passos Maia e Clevelândia. Em São Domingos em virtude do mau tempo as crianças levaram as mudas para serem plantadas em suas residências.

Segundo Larissa Paes, aluna da E.E.B. Professora Gênova Palma Nunes de São Domingos, o projeto é muito legal: "aprendemos a cuidar do meio ambiente, não jogar o lixo na rua,  sempre no lixeiro”.

Confira mais foto na página do Face.

Pin It on Pinterest