06/07/2012 | Notícias
O Refúgio de Vida Silvestre (REVIS) dos Campos de Palmas é uma Unidade de Conservação (UC) de proteção integral, situada nos municípios de Palmas e General Carneiro (PR), criada em 2006, abrangendo uma área de 16.582 hectares.
A elaboração do seu Plano de Manejo (PM) iniciou em abril de 2012, com previsão de finalização em julho de 2013. Este será o primeiro Plano de Manejo de um Refúgio de Vida Silvestre federal, demonstrando o empenho de toda a equipe envolvida para o efetivo planejamento e implementação desta UC.
Como parte das atividades de elaboração do PM, nos dias 09 a 13 de abril de 2012, foi realizada a Primeira Reunião Técnica entre a equipe do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) de Palmas e Brasília (DF), empresa de consultoria contratada e representante dos proprietários de áreas, com o objetivo de organizar o planejamento para a elaboração do PM.
Os trabalhos de campo referentes aos dados socioeconômicos foram realizados de 11 a 21 de junho de 2012, envolvendo o diagnóstico da área e reuniões abertas com as comunidades dos assentamentos Colina Verde e Recanto Bonito, e proprietários do entorno e interior da UC.
Outro importante evento foi a Oficina de Planejamento Participativo (OPP), realizada em Palmas nos dias 26 e 27 de junho de 2012. O evento reuniu representantes do conselho, proprietários e demais representantes de entidades governamentais e da sociedade civil interessadas em contribuir com o planejamento da UC.
A Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) participa do conselho consultivo do REVIS e esteve representada na OPP pelo técnico ambiental Marcos Alexandre Danieli. Além da participação no conselho, outras ações vem sendo desenvolvidas pela Apremavi no apoio à implementação desta UC, como as atividades do projeto de Gestão Participativa em UCs, focadas no fortalecimento de seu conselho e apoio à elaboração do Plano de Manejo.
No âmbito do conselho consultivo do REVIS, a Apremavi também participa da Câmara Técnica (CT) sobre o Uso do Fogo em Campos, que tem por objetivo discutir e propor ações a esta atividade adotada nas propriedades inseridas na UC, considerando a categoria de manejo. A primeira reunião desta CT será realizada no dia 11 de julho de 2012, na sede do ICMBio em Palmas, e além dos conselheiros que a integram, contará com a apoio técnico e científico de pesquisadores externos com amplo conhecimento no tema.
Segundo a equipe do REVIS, o Refúgio de Vida Silvestre é uma categoria complexa de Unidade de Conservação. Ela tem, basicamente, a missão de conciliar a proteção integral do ambiente no interior de propriedades privadas que possuem atividades econômicas diversas sendo este o grande desafio da gestão do REVIS dos Campos de Palmas.
Veja outras informações no blog do REVIS
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13/06/2012 | Notícias
Vamos fazer um Fogo de Chão,
com mateada e pinhão…
Pra ouvir dos mais antigos
as histórias da FLONA de Chapecó,
a intenção de seu começo
e desenvolvimento na região
Prá fechar, um carreteiro…
Contamos com sua participação!
O convite acima resume o sentimento do encontro promovido pela gestão da Floresta Nacional (FLONA) de Chapecó, neste dia 05 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente.
O encontro foi realizado na sede desta Unidade de
Conservação (UC), em Guatambu (SC), e teve como objetivo reunir seu conselho consultivo, moradores da comunidade e funcionários mais antigos, proporcionando um momento de integração e aproximação com a história da FLONA, contada por quem ajudou a construí-la.
Entre conversas e contação de histórias, em volta de um Fogo de Chão acompanhado de pinhão e chimarrão, em referência à cultura local e para amenizar o frio, os participantes puderam viver e reviver a história da FLONA em seus momentos iniciais, a partir de causos contados pelos Srs. Oscar Ribeiro de Melo, José Celias Vaz, e Alcides Machado da Silva, primeiros funcionários da FLONA, e Sr. Onório Heuko e João Chaves que trabalham na área desde a criação da FLONA, em 1968, e tem profundo conhecimento desta.
Dentre as histórias, contaram sobre o período em que parte da mata nativa existente na área foi cortada para dar lugar aos plantios experimentais de pinus, eucalipto e araucária, por motivação governamental em testá-los sob diferentes condições de cultivo, pois na época (década de 1960), quando a área passou pela administração do Instituto Nacional do Pinho (INP) e Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF), havia a intenção e preocupação com o abastecimento florestal do país.
Relataram que nesta época, o desenvolvimento e instalação das serrarias na região intensificou significativamente a exploração da madeira disponível na mata nativa, com destaque para o pinheiro brasileiro (araucária), que então poderia ser processada, gerando a necessidade de desenvolver espécies de rápido crescimento, num contexto de crescente demanda por madeira, identificando um vínculo com a questão ambiental para FLONA à época.
Partilharam que a produção desenvolvida na FLONA não foi só dos plantios para produção de madeira, mas também a produção de mudas que abastecia a própria FLONA e o mercado da região, e, em alguns períodos a produção de erva mate.
Os plantios de pinus ainda podem ser vistos na FLONA, como os localizados às margens da rodovia SC 283, em sua entrada principal. É importante, contudo, o entendimento de que a existência dessas espécies exóticas na UC está relacionada ao seu contexto histórico, e que atualmente, a FLONA possui outros objetivos, pautados no uso múltiplo dos recursos florestais, na pesquisa científica, com ênfase em métodos de manejo florestal sustentável, além do fomento à educação ambiental e ao uso público.
Esses relatos em roda de conversas, além de outras entrevistas realizadas no dia, foram registrados e farão parte do vídeo que está sendo produzido para contar um pouco da história desta UC, de suas características gerais e importância para a região. O vídeo está sendo produzido pela Sombrero Filmes, no âmbito do projeto de Gestão Participativa em UCs, conduzido pela Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), tendo como objetivo a divulgação da FLONA para a sociedade em geral, especialmente aos moradores das comunidades vizinhas, escolas e demais pessoas que possuem relação com a UC.
O encontro promovido entrou para a história da FLONA e certamente para as pessoas que participaram do evento, representando a intenção da gestão desta UC em valorizar a história desta área, das pessoas que fizeram parte de sua história e da disponibilidade em ser parceira dos moradores da região onde se insere.
Para Fabiana Bertoncini, gestora da FLONA de Chapecó, a ideia da realização do evento se fundou na oportunidade imperdível que representa a disposição de servidores que acompanharam a FLONA desde o seu início, para socializar suas experiências e vivências, diante dos mais de 50 anos da UC. O Conselho Gestor da FLONA, na busca do entendimento do legado existente na UC e das perspectivas de sua gestão, demandou este entendimento do histórico.
Destaca ainda que o evento possibilitou de maneira fácil e agradável esta apropriação da história, o entendimento de sua missão/vocação desenvolvida ao longo do tempo, frente a diversos contextos políticos e mesmo históricos. O resgate e a valorização da história oral da FLONA nos dá este sentido de realidade dinâmica, não a partir da renegação do passado, mas de sua incorporação num processo de desenvolvimento contínuo de adaptação e aprimoramento diante das mudanças da sociedade e do ambiente. Esta história partilhada se constitui em bagagem que não representa um fardo, mas sim experiência que nos habilita ao presente e futuro.
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23/05/2012 | Notícias, Parque Nacional das Araucárias, Parques e UCs
Parque Nacional das Araucárias renovará seu conselho
O Parque Nacional (PARNA) das Araucárias, situado nos municípios de Passos Maia e Ponte Serrada (SC), é uma Unidade de Conservação (UC) criada através do
Decreto Federal de 19 de outubro de 2005, abrangendo uma área aproximada de 12.841 hectares.
Esta UC tem como principal objetivo a preservação de importantes remanescentes de Floresta Ombrófila Mista (Floresta com Araucárias) e toda a biodiversidade que nela existe, bem como de seus recursos hídricos, que formam a Bacia Hidrográfica do Rio Chapecó, proporcionando assim, espaço para o desenvolvimento de pesquisas científicas, atividades de educação ambiental, turismo ecológico e o contato direto com a natureza.
O PARNA das Araucárias conta com um conselho consultivo, criado com o objetivo de auxiliá-lo no alcance de seus objetivos. Este conselho é formado por entidades governamentais e da sociedade civil, sendo realizadas três reuniões ordinárias por ano, e extraordinárias sempre que solicitadas, de acordo com seu regimento interno.
Atualmente, encontra-se aberto o processo de renovação do conselho do Parque, no período de 01/05/2012 a 13/07/2012.
Como parte deste processo de renovação, nos dias 09 e 10 de maio de 2012, a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) promoveram reuniões com as comunidades vizinhas ao Parque Nacional das Araucárias, para falar sobre este processo de renovação do conselho, bem como, socializar informações sobre a gestão do Parque e esclarecer as dúvidas dos proprietários.
Participaram das reuniões proprietários e moradores das comunidades Santo Antonio, Rio do Poço e assentamentos Conquista dos Palmares, Sapateiro, Zumbi dos Palmares e 29 de Junho, de Passos Maia, e comunidade Granja Berté e Linha Caratuva, de Ponte Serrada.
No convite para participar do processo de renovação do conselho, alguns moradores demonstraram interesse em representar as comunidades, assumindo uma importante responsabilidade, de servir de elo de ligação entre a UC e seu grupo ou entidade de representação.
Desta forma, a Apremavi e o ICMBio convidam as instituições já integrantes do conselho a manifestarem continuidade ou desligamento deste espaço, assim como, convidam demais instituições da sociedade civil, representantes comunitários, dos proprietários de imóveis inseridos na UC e entidades governamentais interessadas e que tenham relação com o Parque a se manifestarem formalmente até o dia 13 de julho de 2012, com Ricardo Castelli Vieira (ICMBio), ricardo.vieira@icmbio.gov.br / (48) 3282-9002; ou Marcos Alexandre Danieli (Apremavi), marcos@apremavi.org.br / (49) 8834-8397.
Os representantes das entidades interessadas em integrar o conselho serão convidados a participar da oficina de renovação do conselho, em data e local a serem comunicados, sendo necessário o comprometimento e participação destes nas diversas atividades relacionadas ao conselho e Parque.
Autor: Marcos Alexandre Danieli.
Contribuição: Edilaine Dick e Alanza Mara Zanini.
18/05/2012 | Notícias
No dia 15 de maio de 2012, a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) promoveu Oficina de Capacitação do Conselho Consultivo do Parque Estadual (PE) das Araucárias, na Câmara de Vereadores de São Domingos (SC).
O evento reuniu 31 pessoas, entre eles, conselheiros e gestores do Parque, equipe da Apremavi e outros convidados. A oficina teve como objetivo nivelar o conhecimento dos conselheiros sobre o papel do conselho e do conselheiro na gestão dessa Unidade de Conservação (UC).
Inicialmente, Marcos A. Danieli, Técnico Ambiental da Apremavi, apresentou o contexto do projeto de Gestão Participativa que está sendo conduzido pela Apremavi, falando sobre as atividades que envolveram o PE das Araucárias até o momento, tais como o processo de renovação do conselho consultivo.
Na sequência da manhã, foram esclarecidas dúvidas dos conselheiros sobre o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) e o PE das Araucárias. Marcelo Limont, moderador do evento, falou sobre o conceito de UC, Plano de Manejo, Zona de Amortecimento, dentre outros aspectos do SNUC. Em seguida, a chefe do PE das Araucárias, Patrícia M. Soliani, apresentou o contexto do Parque, esclarecendo dúvidas dos conselheiros, relacionadas principalmente ao funcionamento e estrutura da UC. Em seguida foram realizados trabalhos em grupo sobre o conselho gestor e o papel do conselheiro, visando propiciar um momento de reflexão sobre o espaço em que atuam e perceber o que pode ser melhorado no conselho.
À tarde houve a socialização dos trabalhos em grupo e foram apresentadas as principais ferramentas do conselho, como regimento interno, secretaria executiva, plano de manejo, câmaras técnicas, grupos de trabalho, entre outros. Logo depois, a apresentação ficou por conta de Rafael Goidanich Costa e Angelo Milani, envolvidos no grupo de apoio à gestão do PE das Araucárias, o GRIMPEIRO. Rafael falou sobre o processo de criação e formação do grupo, enquanto Angelo, presidente do GRIMPEIRO, apresentou a equipe, missão, objetivos, projetos previstos e atuação desta entidade.
Segundo a gestora do Parque, Patrícia M. Soliani, a renovação do conselho consultivo do PE das Araucárias fortalece, e muito, a gestão desta UC. A consolidação deste conselho, através da participação das instituições envolvidas, cria condições para a real democratização dos processos decisórios na gestão deste patrimônio natural. Acrescenta ainda, que tudo isto acontece num momento bastante importante para a continuidade das ações de implantação do Parque, renovando também as perspectivas e esperanças de que esta Unidade de Conservação, muito brevemente estará cumprindo com grande parte de seus objetivos de criação.
Fotos de Marcos A. Danieli
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15/05/2012 | Notícias
No dia 11 de maio de 2011, a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) promoveu a visita do conselho consultivo do Parque Estadual (PE) Fritz Plaumann à região do Parque Nacional (PARNA) das Araucárias, situado nos municípios de Passos Maia e Ponte Serrada.
A visita teve como objetivo promover a aproximação entre Unidades de Conservação (UCs), a partir do conhecimento das características gerais do Parque Nacional das Araucárias e sua zona de amortecimento, ação prevista no projeto de Gestão Participativa que está sendo desenvolvido pela Apremavi.
O Parque Nacional das Araucárias foi criado em outubro de 2005 e seu Plano de Manejo e Conselho Consultivo oficializados em 2010. Contudo, o parque ainda não está aberto à visitação, pois ainda não foi realizada a devida indenização da área. A visita em questão, de caráter educacional, foi realizada a partir de contatos aos proprietários de áreas situadas no interior do parque e lideranças locais.
O evento contou com a participação de conselheiros do PE Fritz Plaumann, equipe da Apremavi, representantes do Projeto Filó e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão responsável pela gestão da UC. Outra convidada inesperada foi a chuva, que acompanhou todo o trajeto e não permitiu a visita ao interior do Parque.
Os visitantes foram recepcionados em Ponte Serrada com um café colonial. Na sequência, Edilaine Dick, da Apremavi, e Antonio de Almeida Correia Jr, do ICMBio, deram as boas vindas e apresentaram os objetivos da visita e o contexto da UC, numa fala enriquecida com o vídeo O Parque Nacional das Araucárias e a Estação Ecológica Mata Preta, passado aos participantes contando um pouco da história da UC.
A visita iniciou na comunidade Linha Caratuva, em Ponte Serrada, área que integra a Zona de Amortecimento do Parque. Neste local pode-se ter uma vista do Parque, e discutiu-se principalmente os impactos que os javalis estão causando na área a UC e aos cultivos agrícolas dos moradores das comunidades vizinhas.
Em seguida, o grupo foi recepcionado pelo Sr. Amarildo Zanchett e sua esposa Neuza C. Zanchett, agricultores de Passos Maia que compartilharam suas histórias de vida, relação com a região e sobre a diversidade de produtos de sua propriedade, que abastecem a merenda escolar, moradores da região e a Casa Colonial deste município, a partir da Associação de Agricultores e Produtores Familiares de Passos Maia.
O almoço foi servido pela Associação Amigos do Cavalo, de Passos Maia. O Sr. José Arcari, representando a associação, contou a história de formação da entidade e ressaltou a importância da amizade e companheirismo entre os associados para a garantia de sua existência e continuidade.
À tarde, a visita prosseguiu com a visita ao centro de Passos Maia, especialmente a Praça Municipal e a Igreja São Jorge, toda construída em madeira, finalizando com a visita à Casa Colonial de Passos Maia, que comercializa diversos produtos dos agricultores do município.
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