Dia da Terra e a urgência por ações concretas

Dia da Terra e a urgência por ações concretas

Dia da Terra e a urgência por ações concretas

A data ganhou peso internacional na década de 1990, e desde então é utilizada para destacar os desafios socioambientais que o Planeta enfrenta e as demandas por ações concretas em todos os dias do ano.

Há muito, datas como este 22 de abril devem ser encaradas como momentos para além da conscientização sobre ações para a preservação do meio ambiente. São tempos de ativismo, de reivindicar posicionamento e, principalmente, mudanças concretas para a mitigação das crises que se aprofundam em nosso tempo.

Neste ano, o debate deve considerar as novas conclusões do novo relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), publicado em março deste ano. O documento apresenta as contribuições do Grupo de Trabalho 3 do painel do clima, que trata da mitigação da crise climática. Mais de 8.000 publicações científicas foram revisadas nesta etapa.

Entre as conclusões, fica clara a insuficiência das medidas adaptativas promovidas até o presente. As políticas públicas de clima adotadas no mundo até 2020 levarão a Terra a um aquecimento de 3,2ºC, mais do que o dobro do limite do Acordo de Paris. Outro destaque é o potencial de mudança do uso da terra (restauração ecológica) para neutralizar os impactos dos gases de efeito estufa: até 14 bilhões de toneladas por ano até 2050 a custos de US$ 100 ou menos por tonelada.

Em rede, e com ajuda dos inúmeros parceiros, estamos promovendo ações para observar e cuidar da Terra e das formas de vida que deveriam coexistir em harmonia. Confira:

Projeto da Apremavi é destaque em publicação sobre restauração

Lançado na última semana, o mais novo volume dos Cadernos do Diálogo, publicação do Diálogo Florestal, trouxe à luz o tema da restauração no contexto da Década das Nações Unidas para Restauração de Ecossistemas 2021–2030. A publicação “Desafios para Ganhar Escala na Restauração e o Papel da Sociedade Civil”, que analisa a importância do viés social da restauração, é considerada uma ferramenta de trabalho alinhada aos compromissos assumidos pelos Estados-membros da Organização das Nações Unidas (ONU), em 2019, quando criada a Década da Restauração.

De acordo com a secretária executiva do Diálogo Florestal, Fernanda Rodrigues, o objetivo com o lançamento do caderno é mobilizar esforços de cooperação e ampliar as ações para recuperar serviços ecossistêmicos nos diversos biomas do país. O caderno apresenta a importância da construção de um novo pacto social para além de plantar árvores, considerando gênero, respeito à diversidade e proteção dos recursos naturais no contexto da emergência climática e das perdas de ecossistemas. Somado a isso, a necessidade de olhar para a soluções baseadas na natureza, a escuta ativa, a dignidade humana e os direitos dos povos tradicionais e indígenas.

O Restaura Alto Vale foi selecionado para a publicação na categoria ‘Pequenas Áreas, Grandes Impactos’. Desenvolvido em duas regiões do Estado de Santa Catarina, o projeto teve como objetivo principal a restauração de 320 ha de APPs degradadas, atuando maioritariamente em pequenas propriedades rurais. Confira algumas conquistas do Projeto:

・733 propriedades da agricultura familiar beneficiadas;
・Aproximadamente 1040 proprietárias(os) envolvidas(os) nas atividades;
・320,87 hectares restaurados através do projeto;
・Mais de 450.000 mudas produzidas e entregues para a restauração;
・Reconhecimento através dos Prêmios Expressão de Ecologia e Fritz Müller (2020).

Edilaine Dick, que atuou como coordenadora do Restaura Alto Vale, destaca a importância de atuar junto aos territórios da agricultura familiar: “É uma honra para a Apremavi ser reconhecida como um Caso de Sucesso e dividir essa premiação com outras iniciativas inovadoras Brasil afora. O projeto é um exemplo de que pequenas áreas e iniciativas podem se somar e dar escala para a restauração, bem como unir pessoas e parceiros em busca de um objetivo comum”. 

O Restaura Alto Vale foi concluído em março deste ano. Edilaine salienta que isso não significa o fim das parcerias ou interrupção dos trabalhos na agenda da restauração: “As atividades não vão parar e a Apremavi continuará promovendo, cada vez mais intensamente, a restauração através de outros projetos”.

Registro de atividades realizadas no âmbito do projeto Restaura Alto Vale. Fotos: Arquivo Apremavi.

Conservador das Araucárias lança vídeo institucional

A ambiciosa parceria entre a Tetra Pak, líder mundial de produção de embalagens longa vida, e a Apremavi, apresentou nesta semana um filmete com alguns dos resultados previstos para os próximos dez anos e detalhes sobre as metodologias e atividades previstas para restaurar sete mil hectares nos estados de Santa Catarina e no Paraná.

Em entrevista recente para o jornal Valor Econômico Marco Dorna, presidente da Tetra Pak no Brasil, comenta que o projeto promoverá benefícios para todos os envolvidos, e vai muito além de uma estratégia para a neutralização de emissões da companhia: “A intenção é desenvolver um modelo que junte a restauração ambiental ao pagamento de serviços ambientais por créditos de carbono e biodiversidade a proprietários rurais”. 

Já Miriam Prochnow, co-fundadora da Apremavi, destaca a valorização da biodiversidade da área onde o trabalho irá acontecer: “O território que estamos chamando de ‘Conservador das Araucárias’ é o espaço onde faremos o estudo completo de uso do solo, remanescentes de florestas, populações que vivem ali”.

Matas Legais e Sociais SC amplia área de atuação

O projeto da Apremavi em parceria com a Klabin para o planejamento ambiental e recuperação de áreas degradadas em Santa Catarina vai incluir em seu território de atuação dois municípios do Planalto Catarinense. A partir de agora, propriedades rurais de Palmeira e de Ponte Alta poderão contar com a Apremavi para, entre outras atividades, realizar:

・A diversificação das atividades produtivas a partir de orientações da equipe;
・O desenvolvimento de estratégias para a conservação da biodiversidade;
・A proteção de nascentes que existem na propriedade através de plantios;
・O intercâmbio de conhecimentos sobre a produção orgânica de alimentos;
・A adequação da propriedade à legislação ambiental.

Registros de atividades desenvolvidas pelo projeto Matas Legais. Fotos: Arquivo Apremavi.

+ Confira mais detalhes sobre o Matas Legais

Autor: Vitor L. Zanelatto
Revisão: Carolina Schäffer

Programa Matas Legais investe em educação ambiental

Programa Matas Legais investe em educação ambiental

Programa Matas Legais investe em educação ambiental

O programa Matas Legais, uma parceria da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) e da Klabin, realizou no dia 31 de agosto de 2016, no município de Otacílio Costa (SC), palestras para alunos do 5º ano da rede municipal de ensino. A ação surgiu durante os encontros dos grupos que compõem o Fórum Otacílio Costa dos Nossos Sonhos, que é uma inciativa da Klabin através do Fórum de Desenvolvimento de Otacílio Costa. Este fórum se reúne desde o final do ano de 2015, em encontros mensais, contando com a participação de pessoas e instituições do município, tem como objetivo “Criar um espaço de diálogo em Otacílio Costa para pensar e contribuir com o desenvolvimento local sustentável do município, ou seja, melhorar a qualidade de vida em Otacílio Costa!”

Os grupos que compõem o fórum já realizaram inúmeras atividades no município, sendo que uma das atividades elencada como prioritária foi a educação ambiental com os alunos da rede municipal de ensino de Otacílio Costa.Surgiu assim o Projeto Ambiental Apremavi e Klabin, que pretende desenvolver temas relacionados à sustentabilidade, com o público escolhido.

Candidato Jean de Liz assina o documento. Foto: Arquivo Apremavi.

O Projeto prevê a realização de encontros mensais com alunos do 5º e 6º ano das escolas da rede municipal de ensino, pretendendo atender cerca de 400 alunos. Na palestra inaugural foram atendidos 120 alunos das Escolas de Educação Básica Pedro Álvares Cabral e Escola de Educação Básica Marechal Rondon.

A palestra foi ministrada pelo engenheiro florestal Leandro da Rosa Casanova, que tratou de assuntos como poluição, água, lixo, aquecimento global e sustentabilidade. Após a palestra, Edinho Schaffer, técnico do programa, coordenou uma atividade de descontração e aprendizado, com os estudantes se divertindo com dois jogos lúdicos e educativos: o Jogão Fique Legal, que é um jogo de trilha em tamanho gigante, e o Jogo da Memória da Fauna e Flora da Mata Atlântica, também em tamanho grande. A atividade contou com o auxilio da Estagiária da Apremavi, Maíra Ratuchinski, estudante do curso de engenharia florestal.

Como recordação das atividades realizadas, os alunos puderam levar para casa um jogo da memória que traz ilustrações de animais e plantas, oferecido pela Klabin, e também uma muda de pitanga para plantar nos quintais de suas casas. O Projeto contou com a parceria da Secretaria de Educação e da Secretaria do Meio Ambiente do município.

Candidato Jean de Liz assina o documento. Foto: Arquivo Apremavi.

Apremavi e Klabin celebram 10 anos do Programa Matas Legais

Apremavi e Klabin celebram 10 anos do Programa Matas Legais

Apremavi e Klabin celebram 10 anos do Programa Matas Legais

A Klabin, maior produtora e exportadora de papéis do Brasil, líder na produção de papéis e cartões para embalagens, embalagens de papelão ondulado e sacos industriais, celebrou no dia 11 de maio de 2016, em parceria com a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), os dez anos do Programa Matas Legais, que orienta, conscientiza e apoia os donos de pequenas e médias propriedades rurais nos Estados do Paraná e Santa Catarina para o uso sustentável de suas terras e conservação do meio ambiente.

A comemoração aconteceu no Harmonia Clube, em Telêmaco Borba (PR), e contou com a presença de produtores rurais que fazem parte do Matas Legais, representantes da Apremavi, equipe Klabin e parceiros das regiões de atuação. Durante o encontro, dez produtores, além dos fundadores do Matas Legais, foram homenageados pelos bons resultados obtidos e por terem acreditado na iniciativa desde o início. Os participantes assistiram uma apresentação do gerente de Fomento Florestal e Comercialização de Madeira da Klabin, Carlos Alberto Bernardi, sobre o Projeto de Fomento Florestal da companhia e suas conquistas, como a certificação FSC® de pequenos e médios produtores e as adequações das propriedades rurais das regiões onde a Klabin atua. O gerente de Relações com a Comunidade da empresa, Uilson Paiva, apresentou o programa Planejando Propriedades Sustentáveis, e a Apremavi, representada pela Conselheira e Coordenadora de Políticas Públicas da Associação, Miriam Prochnow, mostrou os avanços alcançados pelo programa Matas Legais nessa primeira década.

Miriam apresentando os resultados do Programa.

Ao longo destes dez anos, o projeto somou mais de um milhão de mudas entregues aos produtores do Paraná e Santa Catarina que participam do programa de fomento da empresa e aos projetos socioeducativos dos municípios em que a Klabin possui atividade florestal. O Matas Legais recuperou aproximadamente 350 hectares de matas ciliares; na recuperação e conservação das Áreas de Preservação Permanente (APP) foram mais de seis mil hectares de reservas legais demarcadas e 1.200 hectares de reservas legais em regeneração no Paraná. Dessa forma, impulsionou a prática da agricultura orgânica e a conservação e consciência ambiental, permitindo a diversificação das atividades rurais do agricultor, reforçando a renda familiar e contribuindo na preservação dos recursos naturais.

De acordo com a Apremavi, no Paraná, as adequações ambientais seguirão possibilitando o alcance de certificações aos produtores rurais, aumentando o valor agregado do produto deles. Já na região Serrana e Alto Vale do Itajaí, em Santa Catarina, a iniciativa será fundamental para auxiliar os municípios no planejamento da paisagem, com a elaboração de Planos Municipais de Restauração e Conservação da Mata Atlântica.

O Matas Legais é aliado ao programa de Fomento Florestal da Klabin, que desde 2014 apoia produtores florestais do Médio Rio Tibagi na obtenção do selo internacional FSC® (Forest Stewardship Council®), que atesta a gestão que conserva os recursos naturais e proporciona condições justas de trabalho. Atualmente, o projeto conta com 193 proprietários e mais de 300 propriedades rurais envolvidas no processo de certificação.

Matas Legais tem resultados impressionantes no Paraná

Matas Legais tem resultados impressionantes no Paraná

Matas Legais tem resultados impressionantes no Paraná

O Programa Matas Legais, uma parceria entre a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) e a Klabin, tem obtido resultados muito animadores no Paraná, região onde está atuando desde 2008.

O programa teve início em 2005 em Santa Catarina e em 2008 foi implantado no Paraná, atendendo três municípios do norte pioneiro: Curiúva, Sapopema e São Jerônimo da Serra. Sete anos se passaram desde sua implementação, e atualmente temos atividades em 30 municípios: Arapoti, Bandeirantes, Candido de Abreu, Congonhinhas, Conselheiro Mairinck, Curiúva, Figueira, Ibaiti, Imbaú, Jaboti, Jaguariaíva, Londrina, Mauá da Serra, Nova Santa Barbara, Ortigueira, Pinhalão, Piraí do Sul, Reserva, Santana do Itararé, Santo Antônio da Platina, Sapopema, Siqueira Campos, Tamarana, Telêmaco Borba, Tibagi, Tomazina, Uraí, Ventania e Wenceslau Braz, estando localizados nas regiões: Norte Pioneiro, Centro Oriental e Norte Central do Paraná.

O objetivo do programa é desenvolver ações de conservação, educação ambiental e fomento florestal, que ajudam a recuperar os remanescentes florestais nativos, a melhorar a qualidade de vida da população e a aprimorar o desenvolvimento florestal, tendo como base o planejamento de propriedades e paisagens.

Atualmente o Matas Legais PR conta com a participação de 599 propriedades, distribuídas em quatro bacias hidrográficas: Bacia do Rio Tibagi, Ivaí, Cinzas e Itararé. Já restaurou mais de 1.500 hectares entre áreas de preservação permanente e reservas legais, destes hectares, 294 foram restaurados através do plantio de mudas nativas da Mata Atlântica, o restante está em regeneração natural. O trabalho envolveu a conservação de quase 7 mil hectares de  vegetação nativa em diversos estágios de regeneração.

O Programa tem se mostrado uma importante ferramenta para planejamento de propriedades e paisagens, levando em consideração a restauração de áreas degradadas, tornando-se referência para região e também para diversas instituições de outros setores.

Técnicos da Apremavi participam do Curso da Escola de Líderes

Técnicos da Apremavi participam do Curso da Escola de Líderes

No período de 03 de setembro a 03 de novembro de 2015, os técnicos da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), Emílio André Ribas e Maurício Batista dos Reis, responsáveis pelos projetos Planejando Propriedades Sustentáveis e Matas Legais, desenvolvido em parceria com a empresa Klabin SA, participaram em Telêmaco Borba (PR), do curso da Escola de Desenvolvimento de Líderes do Sebrae – Paraná, com uma carga horária de 40 horas.

O objetivo do curso foi instigar lideranças locais a pensar em qual é o seu papel e como está sendo a atuação desses líderes. Dentre os temas abordados durante o curso estão:

  • O perfil e as atitudes do líder contemporâneo na transformação da sociedade;
  • A motivação da liderança;
  • A construção de novas lideranças;
  • A comunicação eficaz e seus princípios éticos na liderança.

Durante o curso obteve-se uma visão geral de um planejamento, de gestão e soluções, para uma liderança eficaz, com propósito para o desenvolvimento de competência.

Emílio André Ribas acredita que o curso trouxe mais confiança para o trabalho que ele vem desenvolvendo. “Durante o curso tivemos a oportunidade de encontrar as respostas, desenvolver competências e entender como se tornar um líder empreendedor e transformador para que possa efetivamente tornar-se uma liderança estratégica na sua organização de trabalho ou na comunidade e a expectativa é agora poder aplicar todo esse conhecimento em campo nos projetos que atuamos””, comenta Ribas.

Autor: Emílio André Ribas.
Colaboração: Edilaine Dick.

Matas Legais debate Planos Municipais da Mata Atlântica

Nos dias 04 e 05 de novembro de 2015 foi realizado em Atalanta, no Centro Ambiental Jardim das Florestas da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), mais uma edição do seminário anual do Programa Matas Legais.

Na pauta a elaboração de Planos Municipais da Mata Atlântica e temas relacionados às mudanças climáticas. Os assuntos não poderiam ser mais apropriados, uma vez que as recentes chuvas novamente causaram enchentes no sul do Brasil.  Aliás, enchentes, enxurradas, granizos e tempestades tem sido cada vez mais frequentes.  A frequência e a intensidade desses fenômenos estão diretamente ligadas com a forma como temos tratado os recursos naturais.

Mário Mantovani, da Fundação SOS Mata Atlântica, falou da importância da elaboração do plano Municipal da Mata Atlântica (PMMA), uma ferramenta de planejamento que tem como objetivo proteger e recuperar os remanescentes vegetais, mas que pode contribuir diretamente na minimização dos impactos causados pelas mudanças climáticas. Mário destacou que a sociedade precisa participar e construir de forma coletiva o plano para o seu município.

Se cada município criar ao menos uma Unidade de Conservação, isso aumentará significativamente a área total protegida da Mata Atlântica, melhorando assim as condições dos ecossistemas naturais em benefício das gerações atuais e futuras.

A elaboração do plano municipal traz inúmeras vantagens para o município, entre elas podemos destacar:

– Estruturação do planejamento integrado no município.

– Mapeamento de áreas para fins de regularização fundiária, licenciamento e conservação de mananciais.

– Segurança jurídica com o cumprimento da Lei da Mata Atlântica e colaboração ao cumprimento do Código Florestal com apoio aos munícipes na inscrição no Cadastro Ambiental Rural e nos programas de regularização.

– implementação de um instrumento norteador e balizador para os Municípios que estão licenciando atividades e empreendimentos em seu território, em virtude da descentralização do licenciamento ambiental pelo órgão ambiental, assegurando igualmente maior segurança jurídica.

– planejamento do município para o enfrentamento dos efeitos adversos da mudança do clima utilizando os próprios ecossistemas da Mata Atlântica para ajudar as pessoas a se adaptarem às mudanças previstas.

– Mitigação de impactos à sociedade de eventos climáticos extremos (por exemplo: deslizamentos, enchentes etc.), na prevenção de ocupações.

– Valorização do Conselho de Meio Ambiente Municipal e operacionalização dos Fundos Municipais de Meio Ambiente.

Miriam Prochnow, Coordenadora de Políticas Públicas da Apremavi, apresentou os passos para a elaboração dos Planos Municipais da Mata Atlântica, observando que o plano deve apontar ações prioritárias e áreas para a conservação e recuperação da vegetação nativa e da biodiversidade da Mata Atlântica no município. Dentre as áreas e ações que o Plano deverá apontar, estão:

1 – Criação de Unidades de Conservação públicas e privadas (RPPNs).

2 – Adequação ambiental dos imóveis rurais: Averbação e recuperação de Reservas Legais e recuperação de APPs.

3 – Formação de Corredores Ecológicos.

4 – Proteção de áreas frágeis e de risco de enchentes e deslizamentos ou desbarrancamentos.

5 – Proteção e valorização das belezas cênicas e paisagísticas (serras, montanhas, cachoeiras, lagos, praias, cânions etc.).

6 – Proteção e recuperação de mananciais e de áreas de recarga de aquíferos.

7 – Indicação de áreas propícias para a implantação de projetos (proteção de remanescentes, regeneração assistida, reflorestamento) de pagamento por serviços ambientais (produção de água, fixação e prevenção de emissão de carbono, conservação da biodiversidade, manutenção do clima/microclima etc.).

8 – Implantação de projetos de uso sustentável dos recursos naturais (sistemas agroflorestais, entre outros).

9 – Implantação de atividades de ecoturismo.

10 – Ações de fiscalização.

11 – Realização de inventários e pesquisas da biodiversidade de fauna e flora.

Wigold Schaffer, Conselheiro da Apremavi, falou sobre legislação ambiental, em especial a aplicação da Lei da Mata Atlântica e como a sua implementação pode contribuir com a conservação e recuperação da natureza e do incremento da qualidade de vida das pessoas.

Por fim, Juliana Ribeiro, da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, falou sobre Adaptação às Mudanças Climáticas, cujo foco foi a forma de como as sociedades deverão se adaptar frente a eventos climáticos cada vez mais frequentes e intensos. Uma das estratégias abordadas em sua palestra foi a Adaptação baseada em Ecossistemas, conhecida como AbE, que pode ser utilizada combinada com outras estratégias, considerando a avaliação custo benefício, custo-efetividade e os co-benefícios, ou seja, a implantação de medidas de adaptação às mudanças climáticas associada à manutenção dos serviços ambientais e à conservação da biodiversidade.

O Programa Matas legais é uma parceria da Apremavi e da Klabin, em execução desde 2005.

Matas Legais está na Plataforma de Boas Práticas da FAO-ONU

A Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) e a Klabin, comemoram mais uma conquista, o Programa Matas Legais, uma iniciativa da parceria, acaba de integrar a Plataforma de Boas Práticas para o Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

A ideia da plataforma é disseminar iniciativas e atitudes que possam ser replicáveis em outras regiões.

O reconhecimento do programa vem exatamente no ano em que o Matas Legais comemora 10 anos de existência.

Clique aqui para acessar a plataforma!

Sobre o Matas Legais:

O Programa Matas Legais tem o objetivo de desenvolver ações de conservação, educação ambiental e fomento florestal que ajudem a preservar e recuperar os remanescentes florestais nativos, melhorar a qualidade de vida da população e aprimorar o desenvolvimento florestal, tendo como base o planejamento de propriedades e paisagens.

Dentre os principais resultados alcançados pelo programa estão a restauração de aproximadamente 295 hectares de matas ciliares nos estados do Paraná e Santa Catarina, envolvimento direto de 875 famílias, participação de aproximadamente 1.200 técnicos, agricultores e estudantes em seminários, além da certificação de produtores florestais (41 proprietários e 72 propriedades rurais) com obtenção do selo internacional do FSC

Uma geração que aposta na conservação

O entusiasmo e a consciência ambiental que o jovem personagem desta história traz consigo são animadores. Ele, que mora em São Paulo traz em suas raízes vivências da infância e da juventude em uma cidade do interior de Santa Catarina: Pouso Redondo.

Preocupado com o meio ambiente, Eduardo Steil, adquiriu um terreno rural no município catarinense onde o antigo proprietário mantinha um reflorestamento de eucaliptos em parceria com a Klabin.

Uma vez assumindo o contrato de parceria, Eduardo ficou sabendo do apoio ambiental do programa Matas Legais aos produtores de madeira ligados a Klabin. Deu-se início aí um sinergismo entre o proprietário e projeto.

Eduardo conta que sempre que vinha à Santa Catarina, seu hobby preferido era plantar árvores no terreno de seus pais: “Eu comprava mudas nas floriculturas para plantar no sítio de meus pais, chegava a pagar até R$ 5,00 por muda. Assim que conheci o programa Matas Legais e a disponibilidade de ter as mudas, não tive dúvida, era a oportunidade e o incentivo que precisava”. Animado, continua o trabalho até os dias de hoje.

Sempre que vem a Pouso Redondo, Eduardo entra em contato com o pessoal da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) para que as mudas sejam levadas até o seu sítio.  Ele pessoalmente planta algumas das mudas.
Seu Antônio, braço direito de Eduardo no sítio, relata que ele tem um zelo muito grande com as pequenas plantas e sempre alerta para que se tenha o máximo de cuidado nos momentos das capinas e roçadas para não quebrarem nenhuma muda de árvore. “Não posso machucar nenhuma plantinha, o Eduardo até briga caso isso aconteça por algum descuido”, comenta Seu Antônio dando uma gargalhada.

Até o momento foram plantadas 3.060 mudas nativas na propriedade, entre espécies frutíferas, ornamentais, nobres e palmitos.

E a consciência ambiental de Eduardo não fica restrita ao plantio de árvores. Ele é um apaixonado pela agricultura orgânica e tem planos para, futuramente, realizar o comércio de orgânicos em São Paulo com os produtos agrícolas produzidos em seu sítio.

O exemplo de Eduardo nos faz refletir, pois, embora não sobrevivendo da terra, morando em uma metrópole distante, sabe da importância de se produzir com sustentabilidade. Para uma grande cidade sobreviver é preciso de um meio rural bem cuidado e conservado. É o respeito que todos devem ter com as propriedades rurais destacada em um cenário que pode parecer tão diferente.

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Equipe técnica da Apremavi participa de cursos de capacitação

O período de 10 a 13 de junho foi de capacitação e muito aprendizado para os técnicos do Projeto Araucária e do Programa Matas Legais, no Centro Ambiental Jardim das Florestas, localizado em Atalanta (SC).

Nos dias 10 e 11, houve uma capacitação sobre sistema de dados que está sendo implantado na Apremavi (Cargeo), e nos dias 12 e 13 foi a vez de aprender sobre fixação de Carbono em florestas.

A capacitação sobre o sistema de dados que vai organizar os arquivos da Apremavi foi ministrada pelo geógrafo e especialista em sistemas de informação geográfica Marcos Rosa, da empresa ArcPlan de São Paulo. O sistema de informações geográficas com banco de dados associado ao sistema foi adaptado para auxiliar no gerenciamento dos projetos da Apremavi, facilitando os trabalhos dos técnicos tanto no registro de informações sobre os trabalhos realizados e também na elaboração de relatórios dos projetos.

O sistema está sendo implantado na Apremavi por meio de um Acordo de Cooperação Técnica com a The Nature Conservancy do Brasil (TNC).

Para o conselheiro da Apremavi Wigold B. Schaffer, “o gerenciamento dos projetos e informações através de bases de dados com plataformas geográficas é imprescindível para instituições com trabalhos de campo, pois isso facilita o monitoramento das ações e também a análise comparativa dos dados ao longo do tempo”.

O outro assunto de pauta foi o Estudo de Fixação de Carbono em Plantios de Restauração da Apremavi, o qual está sendo realizado pelo Professor Dr. João de Deus Medeiros, do Departamento de Botânica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O curso abordou a relação das mudanças climáticas com a fixação de Carbono em florestas e contou com atividades práticas e teóricas.

Primeiramente, o professor explanou sobre a importância dos estudos de fixação de carbono e depois apresentou a metodologia utilizada. Após a absorção do conhecimento, os técnicos foram a campo (plantios da Apremavi) coletar dados e quantificar o carbono fixado nos plantios.

Para João, “esse tipo de estudo é importante no sentido de ter um grau de confiabilidade maior nas estimativas de acúmulo de carbono pela vegetação e com isso uma melhor compreensão da importância da recuperação e manutenção das áreas de vegetação para a melhoria das relações climáticas”.

Edilaine Dick, coordenadora do projeto Araucária, destaca “após a finalização do estudo, será possível quantificar qual será o impacto positivo para a fixação de carbono dos plantios realizados pelo projeto Araucária”.

Os cursos fazem parte do projeto Araucária, desenvolvido pela Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), patrocinado pela Petrobras, Governo Federal, por meio do programa Petrobras Socioambiental.

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Agricultura do Matas Legais promove Educação Ambiental

Um pequeno riacho, com um pequeno bosque de mata ciliar plantado com mudas nativas, é o cenário que mudou a vida da agricultora Maria da Silva, no município de São Jerônimo da Serra no Paraná.

Em uma visita de monitoria do Programa Matas Legais à propriedade de Maria da Silva, uma frase dita pela agricultora deslumbrou a equipe da Apremavi. Ao caminhar junto com a agricultora no bosque plantado, que está com idade de quatro anos, veio a declaração: “Aqui  é onde dou minhas aulas para as crianças”.

Indagamos: "Como assim Maria? Explica melhor pra nós"! Ela responde: “Certo dia minha filha, Vitória, convidou seus coleguinhas da creche para realizar um piquenique no sítio, usando a área do bosque plantado na beira do rio”.

A partir desse momento surge a ideia em Maria de utilizar esse bosque para a prática de Educação Ambiental. O amor pela natureza fica visível em sua fala: “É como se as árvores fossem da família, todo o dia tem que se dar uma atenção a elas”.

O projeto, carinhosamente chamado de "Crescendo com a Natureza" e iniciado com a creche Pe. Ladislau Serziscko, já despertou interesse de professores e alunos do Colégio Arlindo José dos Santos e outras escolas da região.

Atualmente o projeto atende 150 alunos por ano. Diante dessa proporção, em meio ao bosque, trilhas e passarelas foram construídas pela agricultora para que as crianças possam ter maior conhecimento das espécies da flora e segurança durante a visita.

Orgulhosamente a agricultora Maria nos diz: “…ate já mudei o caminho para levar e buscar a Vitória até o ônibus escolar, agora passo pela trilha do bosque”. Com apenas seis anos de idade a pequena Vitória já demostra sua vocação e diz: “ Quando eu crescer quero ser Bióloga”.

Segundo Mauricio Reis, coordenador do Programa Matas Legais no Paraná, são experiências como essa que motivam e fortalecem o trabalho.

Atitudes como de Maria nos fazem refletir que somos responsáveis pelo cuidado com o ambiente e que não é de competência somente de um professor a de educar e nem só de um ambientalista a de preservar, o dever é de todos.

O Programa Matas Legais é uma parceria da Apremavi e da Klabin, que está em andamento desde 2005 em Santa Catarina e desde 2008 no Paraná.

Fotos: Divulgação Apremavi.

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Restaurar APPs, um dos frutos do Matas Legais

A rotina da equipe do Matas Legais, programa da parceria da Apremavi e da Klabin, é corrida e bastante diversa, contempla atividades de educação ambiental, reuniões, palestras, seminários, adequações ambientais, além de realização de visitas a produtores rurais.

Foi em uma dessas visitas que encontramos Mariusa de Jesus Amaral, que mora em um pequeno sítio no assentamento São Luiz II, no município de Sapopema (PR).

Desde o início do programa no Paraná, a equipe do Matas Legais realiza trabalhos com agricultores daquele assentamento que tivessem interesse em recuperar áreas degradadas. Dona Mariusa foi uma das agricultoras que aderiu ao projeto, plantando mudas de árvores nativas em uma mina, nome local dado as nascentes. Foram 1.000 mudas nativas. Mariusa explica que ao optar pelo plantio de uma pequena área de eucaliptos em parceria com a Klabin, aproveitou a oportunidade para receber mudas nativas doadas pelo programa para recuperar uma nascente na propriedade.

Dona Mariusa conta que começou o plantio das mudas nativas com 200 árvores em uma pequena horta, foi aumentando e hoje conta com um belíssimo bosque: “hoje vejo a diferença, a água da mina aumentou, vejo pássaros se alimentarem dos frutinhos das árvores, é muito gratificante”.

Mas o que realmente chamou nossa atenção durante a visita foi ouvir o relato de Dona Mariusa, sobre como as árvores em crescimento mudaram sua vida: “pensei até em me mudar daqui, mas quando olho minhas arvorezinhas não consigo, isso é minha vida”, comenta a agricultora.

Com esse singelo relato Dona Mariusa mostra que pequenos gestos realmente fazem a diferença, a felicidade está em coisas simples, para ela, preservar, respeitar e recuperar a natureza faz uma enorme diferença.

O "antes e depois" da mina d’água, na propriedade da Dona Mariusa.

Aspecto da nascente, em outubro de 2013. Foto: Arquivo Apremavi.

Mesma área (atrás da casa), vista de cima, em fevereiro de 2015. Foto: Arquivo Apremavi

Matas Legais implanta corredores ecológicos no Paraná

Desenvolvido pela Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), em parceria com a Klabin, o programa “Matas Legais” tem contribuído na restauração de centenas de hectares de matas ciliares no Paraná, onde existe desde 2008.

Em 2014 o foco está sendo o de intensificar ações que promovam a conexão de matas ciliares, através de plantios com espécies nativas em propriedades parceiras da Klabin, visando a formação de corredores ecológicos. Na prática, significa juntar florestas nativas que estão fragmentadas, formando corredores através de rios e riachos da região.

Os trabalhos estão sendo realizados na Bacia Hidrográfica do rio Tibagi, que engloba 41 municípios e possui uma área de 25.000 km². Como ponto de partida, as ações estão sendo desenvolvidas inicialmente na Sub-bacia do rio Imbauzinho no município de Imbaú.

Levantamentos de campo preliminares realizados pela equipe do “Matas Legais” estimam que nas microbacias trabalhadas, a área de abrangência é de aproximadamente 2.317 hectares. Destas, 594 hectares são Áreas de Preservação Permanentes (APPs), sendo que nas áreas de fomento de parceiros da Klabin essas áreas ciliares preservadas correspondem a 127 hectares.

Área demarcada para restauração. Foto: Weliton de Oliveira Machado

A estimativa é de que haverá necessidade de restaurar 15 hectares de matas ciliares em áreas de fomentados e de aproximadamente 30 hectares em propriedades privadas que não fazem parte do fomento florestal com a Klabin. Com isso, se estabelece a conexão de corredores ecológicos na Sub-bacia do rio Imbauzinho.

Segundo Emílio André Ribas, coordenador do programa Matas Legais no PR, o trabalho está sendo bem visto pelos proprietários rurais: “na visão dos proprietários rurais o programa está sendo uma oportunidade, pois dá todo o apoio na busca da adequação ambiental das propriedades, desde orientações até a disponibilização de mudas nativas para plantio”. É um estímulo ao cumprimento do novo código florestal, salienta Emílio.

Mapa da Bacia com delimitação das áreas a serem restauradas.

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