Dia da Terra e a urgência por ações concretas

Dia da Terra e a urgência por ações concretas

Dia da Terra e a urgência por ações concretas

A data ganhou peso internacional na década de 1990, e desde então é utilizada para destacar os desafios socioambientais que o Planeta enfrenta e as demandas por ações concretas em todos os dias do ano.

Há muito, datas como este 22 de abril devem ser encaradas como momentos para além da conscientização sobre ações para a preservação do meio ambiente. São tempos de ativismo, de reivindicar posicionamento e, principalmente, mudanças concretas para a mitigação das crises que se aprofundam em nosso tempo.

Neste ano, o debate deve considerar as novas conclusões do novo relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), publicado em março deste ano. O documento apresenta as contribuições do Grupo de Trabalho 3 do painel do clima, que trata da mitigação da crise climática. Mais de 8.000 publicações científicas foram revisadas nesta etapa.

Entre as conclusões, fica clara a insuficiência das medidas adaptativas promovidas até o presente. As políticas públicas de clima adotadas no mundo até 2020 levarão a Terra a um aquecimento de 3,2ºC, mais do que o dobro do limite do Acordo de Paris. Outro destaque é o potencial de mudança do uso da terra (restauração ecológica) para neutralizar os impactos dos gases de efeito estufa: até 14 bilhões de toneladas por ano até 2050 a custos de US$ 100 ou menos por tonelada.

Em rede, e com ajuda dos inúmeros parceiros, estamos promovendo ações para observar e cuidar da Terra e das formas de vida que deveriam coexistir em harmonia. Confira:

Projeto da Apremavi é destaque em publicação sobre restauração

Lançado na última semana, o mais novo volume dos Cadernos do Diálogo, publicação do Diálogo Florestal, trouxe à luz o tema da restauração no contexto da Década das Nações Unidas para Restauração de Ecossistemas 2021–2030. A publicação “Desafios para Ganhar Escala na Restauração e o Papel da Sociedade Civil”, que analisa a importância do viés social da restauração, é considerada uma ferramenta de trabalho alinhada aos compromissos assumidos pelos Estados-membros da Organização das Nações Unidas (ONU), em 2019, quando criada a Década da Restauração.

De acordo com a secretária executiva do Diálogo Florestal, Fernanda Rodrigues, o objetivo com o lançamento do caderno é mobilizar esforços de cooperação e ampliar as ações para recuperar serviços ecossistêmicos nos diversos biomas do país. O caderno apresenta a importância da construção de um novo pacto social para além de plantar árvores, considerando gênero, respeito à diversidade e proteção dos recursos naturais no contexto da emergência climática e das perdas de ecossistemas. Somado a isso, a necessidade de olhar para a soluções baseadas na natureza, a escuta ativa, a dignidade humana e os direitos dos povos tradicionais e indígenas.

O Restaura Alto Vale foi selecionado para a publicação na categoria ‘Pequenas Áreas, Grandes Impactos’. Desenvolvido em duas regiões do Estado de Santa Catarina, o projeto teve como objetivo principal a restauração de 320 ha de APPs degradadas, atuando maioritariamente em pequenas propriedades rurais. Confira algumas conquistas do Projeto:

・733 propriedades da agricultura familiar beneficiadas;
・Aproximadamente 1040 proprietárias(os) envolvidas(os) nas atividades;
・320,87 hectares restaurados através do projeto;
・Mais de 450.000 mudas produzidas e entregues para a restauração;
・Reconhecimento através dos Prêmios Expressão de Ecologia e Fritz Müller (2020).

Edilaine Dick, que atuou como coordenadora do Restaura Alto Vale, destaca a importância de atuar junto aos territórios da agricultura familiar: “É uma honra para a Apremavi ser reconhecida como um Caso de Sucesso e dividir essa premiação com outras iniciativas inovadoras Brasil afora. O projeto é um exemplo de que pequenas áreas e iniciativas podem se somar e dar escala para a restauração, bem como unir pessoas e parceiros em busca de um objetivo comum”. 

O Restaura Alto Vale foi concluído em março deste ano. Edilaine salienta que isso não significa o fim das parcerias ou interrupção dos trabalhos na agenda da restauração: “As atividades não vão parar e a Apremavi continuará promovendo, cada vez mais intensamente, a restauração através de outros projetos”.

Registro de atividades realizadas no âmbito do projeto Restaura Alto Vale. Fotos: Arquivo Apremavi.

Conservador das Araucárias lança vídeo institucional

A ambiciosa parceria entre a Tetra Pak, líder mundial de produção de embalagens longa vida, e a Apremavi, apresentou nesta semana um filmete com alguns dos resultados previstos para os próximos dez anos e detalhes sobre as metodologias e atividades previstas para restaurar sete mil hectares nos estados de Santa Catarina e no Paraná.

Em entrevista recente para o jornal Valor Econômico Marco Dorna, presidente da Tetra Pak no Brasil, comenta que o projeto promoverá benefícios para todos os envolvidos, e vai muito além de uma estratégia para a neutralização de emissões da companhia: “A intenção é desenvolver um modelo que junte a restauração ambiental ao pagamento de serviços ambientais por créditos de carbono e biodiversidade a proprietários rurais”. 

Já Miriam Prochnow, co-fundadora da Apremavi, destaca a valorização da biodiversidade da área onde o trabalho irá acontecer: “O território que estamos chamando de ‘Conservador das Araucárias’ é o espaço onde faremos o estudo completo de uso do solo, remanescentes de florestas, populações que vivem ali”.

Matas Legais e Sociais SC amplia área de atuação

O projeto da Apremavi em parceria com a Klabin para o planejamento ambiental e recuperação de áreas degradadas em Santa Catarina vai incluir em seu território de atuação dois municípios do Planalto Catarinense. A partir de agora, propriedades rurais de Palmeira e de Ponte Alta poderão contar com a Apremavi para, entre outras atividades, realizar:

・A diversificação das atividades produtivas a partir de orientações da equipe;
・O desenvolvimento de estratégias para a conservação da biodiversidade;
・A proteção de nascentes que existem na propriedade através de plantios;
・O intercâmbio de conhecimentos sobre a produção orgânica de alimentos;
・A adequação da propriedade à legislação ambiental.

Registros de atividades desenvolvidas pelo projeto Matas Legais. Fotos: Arquivo Apremavi.

+ Confira mais detalhes sobre o Matas Legais

Autor: Vitor L. Zanelatto
Revisão: Carolina Schäffer

Diálogo Florestal lança vídeo animado: Dialogando a Gente se Entende

Diálogo Florestal lança vídeo animado: Dialogando a Gente se Entende

Diálogo Florestal lança vídeo animado: Dialogando a Gente se Entende

Será lançada nas redes sociais, nesta terça-feira, 02 de agosto de 2016, a animação “Dialogando a gente se entende” que conta a história do Diálogo Florestal – uma das mais inovadoras iniciativas na construção de soluções de consenso e resolução de conflitos, tanto no Brasil como no exterior.

O Diálogo Florestal foi criado em 2005, no auge do confronto entre a indústria de papel e celulose, comunidades e ambientalistas. O ambiente tenso dos encontros iniciais, não desanimou os participantes a buscar uma metodologia que conseguisse dar voz e transparência aos processos de negociação. “As decisões são tomadas por consenso mesmo que isso demore mais tempo. Mas quando se chega a um acordo, ele reflete o processo de maturidade do grupo e por isso funciona”, explica Miriam Prochnow, secretária executiva do Diálogo Florestal.

A animação foi a técnica escolhida para contar essa história por permitir que um público mais amplo possa conhecer a metodologia desenvolvida pelo Dialogo Florestal. O vídeo mostra dois dos mais emblemáticos acordos realizados pelos parceiros da iniciativa: o afastamento dos plantios de pinus e eucalipto de núcleos urbanos e a rota das barcaças que mudou o trajeto transporte de celulose para não afetar os pescadores e a vida marinha no Sul da Bahia.

“Temos inspirado muitas iniciativas com a nossa metodologia como, por exemplo, a Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura e vários diálogos regionais” conta Miriam. O Diálogo Florestal começou na Mata Atlântica mas já se espalhou por outros biomas brasileiros e está presente em 10 estados. “Ninguém poderia imaginar que isso aconteceria quando tivemos o nosso primeiro encontro. Isso nos faz acreditar mesmo que “dialogando a gente se entende” e que a “tecnologia do diálogo” pode ser muito útil neste momento da vida brasileira”, completa ela.

Para Ivone Namikawa, representante da Klabin e integrante do Conselho de Coordenação do Diálogo Florestal, o vídeo será uma importante ferramenta de divulgação: “durante o evento paralelo da COFO 23, na FAO em Roma, onde aconteceu o pré-lançamento do vídeo, ficou claro que o exemplo do diálogo será muito importante para outros setores”.

Momento do pré-lançamento realizado na Conferência da FAO. Foto: Arquivo Diálogo Florestal.

No Alto Vale do Itajaí o pré-lançamento do vídeo aconteceu no dia 20 de julho de 2016, durante o evento do Diálogo do Uso do Solo – Planejando Propriedades Sustentáveis no Alto Vale do Itajaí, que contou com a presença de 70 representantes de vários setores da região. Confira abaixo um dos momentos do evento.

A animação “ Dialogando a gente se entende” poderá ser acessada nas seguintes páginas das redes sociais:

Youtube:
https://www.youtube.com/watch?v=LcCEs_pwLSM&feature=youtu.be 

Facebook:
https://www.facebook.com/DialogoFlorestal/ 

O vídeo tem uma versão em inglês, que pode ser acessada aqui.

Em anexo (no final da matéria) arquivos com vários formatos do vídeo para download.

Ficha Técnica:
Animação: “Dialogando a gente se entende” – 2’20”
Produção: Mandra Filmes
Roteiro e Coordenação: Maria Zulmira de Souza, Miriam Prochnow e Maura Campanili.
Informações para a imprensa:
(47) 8840-7072
miriam@dialogoflorestal.org.br
www.dialogoflorestal.org.br

O que é o Diálogo Florestal

Iniciativa que reúne organizações, empresas, ambientalistas e moradores para implementar uma nova maneira de dialogar, com o objetivo de executar ações conjuntas de sustentabilidade entre setores historicamente antagônicos no país: a indústria de base florestal e organizações da sociedade civil.
Criado em 2005, foi inspirado no modelo da iniciativa internacional The Forests Dialogue (TFD). Está presente em dez estados brasileiros e trabalha a partir de fóruns e grupos de tra­balho voltados para a cooperação, resolução de problemas e consolidação de oportunidades.

Vídeo sobre Diáogo do Uso do Solo será lançado no dia 20 de julho

Vídeo sobre Diáogo do Uso do Solo será lançado no dia 20 de julho

Vídeo sobre Diáogo do Uso do Solo será lançado no dia 20 de julho

DIÁLOGO DO USO DO SOLO

Apresentação de Projeto e Lançamento de Vídeo

Temos a honra de convidar V. Sra. para o lançamento do vídeo Diálogo do Uso do Solo – Planejando Paisagens Sustentáveis no Alto Vale do Itajaí”a ser realizado no dia 20 de julho de 2016, às 19h, no auditório do Parque Universitário UNIDAVI, em Rio do Sul (SC).

O vídeo mostra os resultados do Seminário Internacional sobre o mesmo tema, realizado no período de 25 a 28 de abril de 2016, no Centro Ambiental Jardim das Florestas da Apremavi em Atalanta-SC.

O evento é uma realização conjunta da Associação de Preservação do Meio Ambiente (Apremavi), Associação dos Municípios do Alto Vale do Itajaí (Amavi), Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), Cooperativa Regional Agropecuária Alto Vale do Itajaí (Cravil), Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Diálogo Florestal, Universidade do Alto Vale do Itajaí (Unidavi) e Faculdade Metropolilana de Rio do Sul (Uniasselvi/Famesul).

Juntamente com o lançamento do vídeo haveráuma apresentação sobre o projeto Diálogo do Uso do Solo (LUD), a ser desenvolvido nos próximos 12 meses na região do Alto Vale do Itajaí. O objetivo desta iniciativa éreunir conhecimento existente sobre a região, nos diversos setores que atuam na paisagem, e a partir disso oportunizar processos de envolvimento da sociedade e seus diversos segmentos para definir cenários e ações que permitam uma melhor governança, em busca do desenvolvimento sustentável.

O Alto Vale do Itajaífoi escolhido para esse projeto em razão do reconhecimento de que o uso do solo na região jáatende em grande medida aos preceitos do que se entende como paisagens sustentáveis. Trata-se, portanto, de uma grande oportunidade para trocar ideias e experiências que podem contribuir para melhorar o uso do solo na região e também para divulgar a região como exemplo para outras regiões do Brasil e outros países.

Programação:

19:00 – Abertura – Apresentação do Grupo de Trabalho: Diálogo do Uso do Solo – Alto Vale do Itajaí

19:30 – Diálogo do Uso do Solo –Perspectiva Internacional, Nacional e Regional.

Miriam Prochnow – Secretária Executiva do Diálogo Florestal Brasileiro.

Carlos Roxo – Conselho de Sustentabilidade da Fibria e do Land Use Dialogue.
20:00 – Lançamento do vídeo.

20:20 – Próximos passos do Projeto no Alto Vale do Itajaí e debate.

20:45 – Café de encerramento.

Contamos com sua participação neste importante evento para o Alto Vale do Itajaí e ficamos à disposição para informações adicionais.

Confirmar presença até o dia 18 de julho, com Maria Luiza, na Apremavi pelo email administrativo@apremavi.org.br ou fone 3521-0326.

Diálogo do Uso do Solo é realizado com sucesso em Atalanta

Diálogo do Uso do Solo é realizado com sucesso em Atalanta

Diálogo do Uso do Solo é realizado com sucesso em Atalanta

O Seminário Internacional Diálogo do Uso do Solo – Planejando Paisagens Sustentáveis no Alto Vale do Itajaí, realizado de 25 a 28 de abril de 2016, no Centro Ambiental Jardim das Florestas da Apremavi, em Atalanta (SC), reuniu mais de 40 participantes.  Representantes de ONGs, agricultores, empresas privadas e públicas, governos locais, cooperativas e associações de produtores e universidades de diferentes países e de vários estados brasileiros e da região tiveram a oportunidade de debater a importância de se pensar na paisagem de forma integrada.

O evento é a primeira atividade de um projeto de iniciativa do Diálogo Florestal Internacional (The Forests Dialogue), do Diálogo Florestal Brasileiro e da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), com apoio da União Internacional para a Conservação da Natureza e do Profor-Banco Mundial, a ser realizado no Alto Vale do Itajaí. O seminário contou também com o apoio da Associação do Municípios do Alto Vale do Itajaí (Amavi), da Prefeitura Municipal de Atalanta e da Klabin.

Uma amostra da importância do evento pode ser conferido na reportagem produzida pela RBA TV.

O projeto pretende mobilizar os diversos setores que atuam na região e promover o diálogo e trocar experiências sobre uso sustentável do solo e da paisagem, conservação da biodiversidade e da água, conservação do solo, correlação entre produção agropecuária, silvicultura e ecossistemas, restauração de áreas frágeis ou degradadas, mitigação de riscos das mudanças climáticas e criação de mosaicos de áreas protegidas e corredores ecológicos.

Os participantes do evento visitaram e falaram com os produtores de propriedades rurais onde conheceram a realidade rural de Atalanta, conheceram também o Parque Natural Municipal Mata Atlântica, a empresa Scheller Madeiras, e as experiências de produção de mudas e restauração florestal da Apremavi, junto ao Centro Ambiental Jardim das Florestas.

Os resultados serão difundidos para outras regiões do Brasil e para outros países na América Latina, África e Asia.

E por que precisamos dialogar sobre uso do solo e planejamento de paisagens sustentáveis?

Em dezembro de 2015, todos os países do mundo aprovaram o acordo de Paris, e concordaram que as mudanças climáticas já estão em curso e precisam ser combatidas e esse é o maior desafio da humanidade. Como minimizar os efeitos dos eventos extremos cada vez mais frequentes como furacões, enchentes, tornados, secas, degelo das calotas polares e aumento do nível dos oceanos?

Outros problemas ambientais igualmente dramáticos são a perda da biodiversidade causada pelo desmatamento e pela captura e caça de animais silvestres, a escassez e diminuição da qualidade da água, necessária aos processos agrícolas, industriais, energéticos e de abastecimento público, a erosão dos solos e a desertificação.

Grupo visitando uma das propriedades. Foto: Arquivo Apremavi

Tudo isso está na paisagem e depende dela. Mas afinal, o que é uma Paisagem?

Paisagem é tudo o que nos cerca: a nossa casa, o quintal, a pastagem, a roça, os rios, os lagos, a floresta, o reflorestamento… Num olhar mais amplo é a vizinhança, a microbacia, o município, a bacia hidrográfica…incluindo as casas, as cidades, os rios, os lagos, as montanhas e as serras e até os mares.

Planejar paisagens sustentáveis começa em casa, no terreno de cada um…mas tem que levar em conta os vizinhos próximos e os não tão próximos, pois os rios, o ar, os animais silvestres e as sementes das plantas, ultrapassam as divisas dos imóveis, das microbacias, dos municípios e até dos estados e países.

Quando pensamos em paisagens sustentáveis e uso sustentável do solo temos que levar em conta tudo o que nos une. Todos precisamos de água limpa, ar puro, solo conservado. Todos gostamos de um ambiente agradável cheio de animais silvestres e pássaros cantando. Todos sofremos com os efeitos das mudanças climáticas, da perda da biodiversidade, do mau uso da água. Todos temos que cumprir as leis como o Código Florestal e a Lei da Mata Atlântica.

Por que precisamos prestar atenção à paisagem do Alto Vale do Itajaí?

No Alto Vale as frequentes enchentes são motivos que levam à necessidade de promover o uso sustentável do solo e da paisagem, e proteger e recuperar a Mata Atlântica.

Os 28 municípios do Alto Vale do Itajaí tem 7.500 Km², onde vivem aproximadamente 250.000 pessoas. 58% moram nas cidades e 42% no meio rural.

A região tem 43 mil imóveis rurais, mais de 90% são propriedades com até 50 hectares, onde se destaca a agricultura familiar de arroz, milho, soja, fumo, cebola, hortaliças, a pecuária leiteira, a suinocultura e a piscicultura. Muitos imóveis rurais tem pequenas plantações florestais de pinus e eucalipto que complementam a renda e permitem a manutenção de indústrias madeireiras e outras atividades como é o caso da fumicultura.

Cerca de 40% da região é coberta por remanescentes de Mata Atlântica em diferentes estágios de regeneração, que protegem milhares de nascentes e riachos formadores do rio Itajaí-açu.

A região também abriga a Terra Indígena Ibirama onde vivem índios Xokleng, Kaingang e Guarani e algumas unidades de conservação Federais, Estaduais, municipais e particulares.

A erosão do solo e o lançamento de efluentes domésticos, dejetos animais e efluentes industriais não suficientemente tratados ainda afetam a qualidade das águas da bacia do rio Itajaí.

Conversando com proprietários rurais. Foto: Arquivo Apremavi
Para conservar a biodiversidade da região no longo prazo é necessário evitar o desmatamento e criar novos parques e reservas. É também fundamental restaurar as Reservas Legais e as Áreas de Preservação Permanente degradadas, para a formação de corredores ecológicos para a fauna e flora e manutenção dos serviços ambientais.

Uma importante contribuição vem da AMAVI, que criou e implantou um sistema de Cadastro Ambiental Rural, integrado ao SICAR Nacional do Ministério do Meio Ambiente. Através desse sistema, técnicos das prefeituras auxiliam os proprietários de terra a identificar e mapear as Reservas Legais e Áreas de Preservação Permanente dos imóveis rurais.

A titulo de exemplo, em Atalanta, praticamente 100% das propriedades rurais já foram mapeados e cadastrados no CAR. O cadastro é uma importante ferramenta para o planejamento das propriedades e da paisagem.

Um dos próximos passos na região será identificar um conjunto de propriedades que já adotam ou se disponham a implementar ações de uso sustentável do solo e da paisagem e que possam servir como fonte de difusão dessas boas práticas, tais como: cumprimento da legislação ambiental; proteção das nascentes e cursos d’água; respeito aos animais silvestres; controle da erosão e conservação do solo; embelezamento da propriedade com espécies ornamentais e frutíferas; e incremento da diversidade e produtiva agrícola.

Diálogo sobre uso do solo será realizado no Alto Vale do Itajaí

Diálogo sobre uso do solo será realizado no Alto Vale do Itajaí

Diálogo sobre uso do solo será realizado no Alto Vale do Itajaí

O Diálogo do Uso do Solo, conhecido em inglês pela sigla LUD (Land Use Dialogue), a ser desenvolvido no Alto Vale do Itajaí, em Santa Catarina, é uma iniciativa da parceria entre o Diálogo Florestal Internacional (TFD – The Forests Dialogue), o Diálogo Florestal Brasileiro, a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) e a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). Assista o vídeo.

A ideia é discutir cenários sustentáveis no longo prazo para a Mata Atlântica, levando em conta a paisagem e as diferentes formas de uso do solo. A proposta é reunir o conhecimento existente e envolver os diversos setores da sociedade para discutir cenários que permitam uma melhor governança e o desenvolvimento inclusivo em paisagens em risco de destruição, como é o caso da Mata Atlântica.

O projeto faz parte da iniciativa internacional do TFD, que pretende estimular diálogos sobre uso do solo e planejamento de paisagens sustentáveis, em diversos países.

A primeira reunião está prevista para ser realizada no final de abril de 2016, no Centro Ambiental Jardim das Florestas, em Atalanta (SC). A reunião contará com a participação de representantes de organizações internacionais, nacionais e locais, vindos de vários setores.

O projeto como um todo, que desenvolverá várias atividades até o final do ano, espera como resultados: ações diretas de planejamento de paisagens sustentáveis na região do Alto Vale do Itajaí, uma avaliação de oportunidades de restauração na região, o estabelecimento de intercâmbio com o Diálogo Florestal, visando a aplicação do aprendizado em outras regiões do Brasil, que também apresentem paisagens de risco e o intercâmbio com as outras iniciativas do TFD nos outros países.

Visita de Gary à Associação dos municípios do Alto Vale do Itajaí (AMAVI). Foto: Wigold Schaffer.

Para Gary Dunning, secretário Executivo do TFD, que visitou a região no início de março, o objetivo é que se possa construir um banco de dados de como o planejamento de paisagens funciona no solo, com pessoas reais e situações reais, não somente um professor em algum lugar escrevendo sobre o conceito de planejamento de paisagens: “para mim, estar nesse lugar nos fornece inspiração e esperança. Você pode ver com seus olhos e sentir com suas mãos como, com o tempo, uma paisagem que provavelmente era sem vida e de alguma forma danificada, pode ser restaurada. Quando pensamos em planejar paisagens, estamos pensando em restauração, pensando em uso do solo, pensando em todas as coisas que irão nos ajudar a restaurar o meio ambiente, mas também criar meios de sustento e acarretar em desenvolvimento sustentável.”

Visita ao Centro Ambiental Jardim das Florestas. Foto: Wigold Schaffer.

Fórum Florestal PR e SC discute planejamento de propriedades e paisagens

Fórum Florestal PR e SC discute planejamento de propriedades e paisagens

Fórum Florestal PR e SC discute planejamento de propriedades e paisagens

Nos dias 23 e 24 de fevereiro de 2016, o Fórum Florestal Paraná e Santa Catarina se reuniu para sua XXIII reunião, na sede da Klabin, no município de Telêmaco Borba (PR). Participaram da reunião 22 representantes de organizações ambientalistas e empresas do setor de base florestal.

Foram dois dias de troca de experiências sobre o planejamento de propriedades e paisagens sustentáveis, incluindo visita técnica em uma propriedade modelo, que alia produção e conservação.

Miriam Prochnow, secretária executiva do Diálogo Florestal Nacional e conselheira da Apremavi, abordou planejamento de propriedades e paisagens sustentáveis, especialmente sobre a importância de unir recuperação, produção e conservação em um cenário de mudanças climáticas.

Durante a realização do Fórum, Miriam lançou o  volume 7, da série Cadernos do Diálogo, publicação que conta a experiência do Fórum Florestal do Sul e Extremo Sul da Bahia e também do Fórum Nacional e outros Fóruns Regionais.

Nos relatos de experiência sobre trabalhos voltados ao planejamento da propriedade rural, restauração de áreas e certificação, Ivone Namikawa, coordenadora de Sustentabilidade Florestal da Klabin, trouxe o histórico e a importância do processo de certificação do Grupo de Produtores Florestais do Médio Rio Tibagi.

Maurício Reis, coordenador do Programa Matas Legais no Paraná (parceria Apremavi e Klabin), apresentou as oportunidades e resultados do trabalho desenvolvido no período de 2008 a 2016, que já envolveu mais de 350 propriedades em ações de preservação e recuperação de remanescentes florestais nativos.

Sabrina de Freitas Bicca, coordenadora do Projeto Planejando Propriedades Sustentáveis, juntamente com Emílio André Ribas, da Apremavi e Paulo Santana, da TNC, apresentaram este projeto, que tem como objetivo a melhoria das condições econômicas, sociais e ambientais das pequenas e médias propriedades rurais nos municípios de Ortigueira, Imbaú e Telêmaco Borba.

Marcos Alexandre Danieli, secretário executivo do Fórum, apresentou um balanço das atividades realizadas no período de 2014 a 2015. Em grupos, também foram discutidas as prioridades de atuação do Fórum, um trabalho que segue em andamento.

Conhecendo o sistema silvipastoril durante a visita técnica. Foto: Marcos Alexandre Danieli.

No segundo dia de reuniões, o destaque foi a visita técnica realizada a uma propriedade do município de Reserva(PR), guiada por Vinicius Oliveira e Victor Fagundes/2Tree Consultoria, Maurício Reis/Apremavi, Ivone Namikawa/Klabin e o proprietário, Sr. Júlio Pisani F. A propriedade desenvolve um modelo silvipastoril (eucalipto consorciado com ovinos) e possui certificação FSC (Forest Stewardship Council), selo que reconhece a produção responsável de produtos florestais. Ela também integra o Programa Matas Legais e já foi beneficiada com o plantio de 20.660 mudas nativas durante as ações de restauração.

No local os participantes do Fórum tiveram a oportunidade de ver na prática os temas apresentados no primeiro dia. Somado à troca de experiências dos dois dias de reunião, saem do evento com o importante papel de levar a experiência às suas empresas e instituições, sabendo que a demanda por projetos que aliem conservação e produção dentro de uma visão de planejamento de propriedades e paisagens sustentáveis é crescente e estratégica dentro dos objetivos do Fórum Florestal Paraná e Santa Catarina.

As reuniões do Fórum acontecem em importantes momentos para a troca de experiências entre os participantes, de maneira que experiências bem sucedidas possam servir de exemplos e replicadas para o setor florestal e organizações ambientalistas.

Para mais informações, entre em contato com a secretaria executiva: Marcos A. Danieli – marcos@apremavi.org.br.

Diálogo Florestal Internacional define agenda para 2016

Diálogo Florestal Internacional define agenda para 2016

Diálogo Florestal Internacional define agenda para 2016

De 01 a 04 de fevereiro de 2016  aconteceu, em New Haven (EUA), a reunião do Conselho de Coordenação do Diálogo Florestal Internacional (The Forests Dialogue – TFD). Paralelamente ocorreram vários eventos organizados pelos estudantes do curso de Engenharia Florestal e Estudos de Meio Ambiente, da Universidade de Yale. O conselho do TFD normalmente se reúne duas vezes por ano, sendo que uma das reuniões acontece em New Haven exatamente para propiciar esse intercâmbio com os estudantes de Yale.

Na reunião foi definida a agenda para 2016, que terá como prioridades as seguintes iniciativas: Diálogo do Uso do Sol (Land Use Dialogue – LUD), As Florestas Plantadas na Paisagem (Planted Trees in the Landscape – TPL), Entendendo o Desmatamento Zero (Understanding Deforestation Free – UDF) e Energia Sustentável da Biomassa (Sustainable Biomass for Energy – SBE). Cada iniciativa dessas deverá realizar reuniões em diversos países para o melhor entendimento sobre cada tema, juntamente com os desafios e oportunidades que cada um apresenta.

Miriam Prochnow, secretária executiva do Diálogo Florestal Brasileiro e representante da Apremavi no conselho do TFD, explica que o Diálogo do Uso do Solo será muito importante, uma vez que a Apremavi deverá executar um projeto vinculado à essa iniciativa, na região do Alto Vale do Itajaí. O projeto ainda está em negociação, mas o início de sua execução está previsto para os meses de março ou abril e contará com a parceria do Diálogo Florestal Brasileiro.

Café da manhã sobre possibilidades profissionais no setor ambiental e florestal. Foto: Arquivo Apremavi

Além de participar da reunião do Conselho do TFD, Miriam participou também de outros eventos apresentando a experiência da Apremavi e do Diálogo Florestal Brasileiro, bem como sua trajetória pessoal. Também foi debatedora no Painel sobre Biomassa, um primeiro debate sobre esse assunto, dentro das atividades do TFD. A questão da energia produzida através da biomassa estará em evidência e deverá ser aprofundada nos próximos anos, pela necessidade de implantarmos no mundo uma matriz livre de combustíveis fósseis.

A Apremavi mantém também uma parceria com Yale para um programa de estágio, recebendo estudantes para os chamados estágios de verão (período de inverno aqui no Brasil). Em 2015 Marco Pau, estudante de MBA de Yale, passou 2 meses em Atalanta, acompanhando os trabalhos da associação. Para o ano de 2016 já existem alguns estudantes interessados.

Diálogo Florestal realiza seminário sobre o CAR

O Fórum Regional Paraná e Santa Catarina do Diálogo Florestal realizou no dia 13 de agosto o Seminário sobre Cadastro Ambiental Rural (CAR), com os seguintes objetivos: esclarecer os trâmites do CAR; entender as dificuldades para aplicação do CAR em campo; conhecer experiências de outros estados; e discutir como as empresas podem ajudar na implantação do CAR, inclusive no apoio a seus fomentados.

O evento foi realizado no Centro Ambiental Jardim das Florestas da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), em Atalanta (SC) e contou com a participação de mais de 40 pessoas entre representantes de organizações ambientalistas e empresas do setor florestal, técnicos do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e da Secretaria de Desenvolvimento Econômico Sustentável de Santa Catarina (SDS), além de professores e estudantes interessados no tema.

Edegold Schäffer, presidente da Apremavi, destacou a importância do trabalho em parceria entre empresas, poder público e ONGs para a efetiva implementação do CAR dentro do prazo determinado pela lei.  Miriam Prochnow e Edilaine Dick fizeram um breve relato sobre os trabalhos já realizados pelo Diálogo Florestal Nacional e pelo Fórum Florestal Paraná e Santa Catarina.

Hélio dos Santos Pereira, representante do Ministério do Meio Ambiente, explicou detalhadamente o funcionamento do Sistema de Cadastro Ambiental Rural nacional (SICAR). Destacou que o SICAR está preparado para detectar inconsistências e erros (propositais ou não) nas informações prestadas pelos detentores de imóveis rurais. Segundo Hélio Pereira, o sistema vai checar automaticamente as informações e fazer uma comparação de imagens atuais e imagens de julho de 2008, data limite para eventuais anistias a desmatamentos: “Quem desmatou depois de julho de 2008 e tentar esconder essa informação vai ter problemas pois o sistema vai comparar automaticamente as imagens e apontar as inconsistências”, frisou Pereira.

A atuação do Governo do Estado de Santa Catarina na implementação do CAR foi apresentada por Bruno Beilfuss, engenheiro florestal da SDS, que destacou as atividades realizadas em treinamento de facilitadores para implementação do CAR. Ele também informou que até o dia 08 de agosto de 2014 já haviam sido cadastradas no SICAR, 3.538 propriedades, cerca de 1% da meta para Santa Catarina. Hélio Pereira do MMA informou que além dessas propriedades também já foram encaminhadas, pela Associacão dos Municípios do Alto Vale do Itajaí (Amavi), outros 3.223 cadastros, que estão aguardando liberação no sistema. Bruno disse estar esperançoso de que esse número aumente rapidamente assim que houver uma campanha para que todos os proprietários se cadastrem.

Bruno da SDS anunciou que SC já tem 3.538 cadastros realizados. Foto: Miriam Prochnow

Hélio e Bruno também informaram que já aconteceu uma reunião entre o Ministério do Meio Ambiente e representantes da SDS, para que o sistema nacional utilize as imagens (aerofotografias) feitas pelo governo do estado e que são de excelente qualidade.

Gabriela Savian, Coordenadora de Projetos da Conservação Internacional (CI), apresentou o INOVACAR, um sistema de monitoramento da implantação do CAR e dos Planos de Recuperação Ambiental (PRAs), que por enquanto está sendo desenvolvido na Amazônia, mas que deve ser implantado em todo o país. Para Gabriela, o CAR deve servir como uma ferramenta de planejamento das propriedades e para implantar ações de controle do desmatamento.

Maria Dalce Ricas, da Associação Mineira de Defesa do Ambiente (Amda) representou o Fórum Florestal Mineiro, e Káthia Vasconcelos Monteiro, do Instituto Augusto Carneiro, o Fórum Florestal do Rio Grande do Sul. Ambas falaram sobre a implantação do CAR em seus estados. Em Minas o cadastramento tem avançado  com vários problemas para serem resolvidos, já no estado gaúcho, o cadastramento ainda não começou.

Sobre as atividades que podem ser realizadas e/ou apoiadas pelas organizações que compõe o Diálogo Florestal estão: realizar campanhas de cadastramento, apoiar ações sobre a importância do CAR e ajudar nos cadastramentos em si.

Nos debates, Wigold Schaffer, Coordenador do Conselho Consultivo da Apremavi, ressaltou a importância de se incluir cada vez mais os municípios na implantação do CAR e dos PRAs, uma vez que isso está previsto na nova Lei Florestal e porque o município é responsável pela gestão e planejamento locais.

Mais detalhes sobre o SICAR podem ser acessados nos seguintes sites:
www.car.gov.br
www.cadastroambientalrural.sc.gov.br

Outras informações também podem ser conseguidas no seguinte email: car@sds.sc.gov.br.

Após o Seminário, os participantes  visitaram o viveiro de mudas nativas da Apremavi e os projetos e as áreas demonstrativas de restauração florestal próximas ao viveiro, e também o Parque Natural Municipal da Mata Atlântica.

No dia anterior ao Seminário, também em Atalanta, o Fórum Florestal Paraná e Santa Catarina realizou sua XIX reunião. Entre os encaminhamentos destaca-se a continuidade da revisão do planejamento do Fórum, com a definição das prioridades de atuação e a elaboração da carta propositiva que será enviada aos candidatos aos Governos dos Estado de Santa Catarina e Paraná. Entre os tópicos, o Fórum solicita prioridade na implementação do Cadastro Ambiental Rural (CAR), por ser o instrumento básico de efetivação da nova lei florestal (Lei n° 12.651/2012) e das políticas a ela relacionadas.

Reunião do Fórum Florestal Paraná e Santa Catarina. Foto: Miriam Prochnow

Para saber mais sobre sobre Diálogo Florestal acesse o site: www.dialogoflorestal.org.br

Diálogo Florestal pede urgência no Cadastro Ambiental Rural (CAR)

Faltando apenas um mês que a nova lei florestal complete dois anos de aprovação, as empresas e organizações socioambientalistas do Diálogo Florestal manifestam novamente preocupação com o fato do processo de sua implementação ainda não estar concluído. Em nota, as instituições que fazem parte do Diálogo pedem urgência na implantação do Cadastro Ambiental Rural (CAR).

Diálogo Florestal pede urgência na regulamentação do Cadastro Ambiental Rural (CAR)

À semelhança de nota publicada em 31 de julho de 2013, o Diálogo Florestal, iniciativa que integra empresas do setor de base florestal e organizações socioambientalistas, manifesta novamente preocupação com o atraso na regulamentação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e pede urgência na sua implementação.

Entendemos que o CAR é o instrumento básico para implantação da nova lei florestal e das políticas a ela relacionadas e sua implantação deve ser tratada como prioritária, por ser uma ferramenta fundamental para a regularização ambiental das propriedades rurais e à integração das informações ambientais das propriedades e posses rurais.

Por meio dele será possível planejar e regularizar os imóveis rurais para que produzam e ao mesmo tempo conservem a natureza, cumprindo sua função social/ambiental, prevista na Constituição. Além disso, será a base para o controle, monitoramento e planejamento ambiental e econômico e combate ao desmatamento.

O conhecimento público da forma atual de ocupação do solo brasileiro é uma informação que beneficia diversos setores. Trata-se de uma informação necessária à orientação de políticas públicas, ao desenvolvimento das diversas regiões do país, além de ser estratégica para o setor privado, uma vez que garante o controle de sua cadeia de produção e fornecimento. É preocupante o fato de que passados quase dois anos da aprovação da nova lei florestal, o processo de implementação ainda não esteja concluído.

Neste sentido, ao mesmo tempo em que o Diálogo Florestal vem a público externar novamente o seu compromisso em apoiar a implantação da nova lei florestal, em especial o CAR, através de ações a serem executadas por parte de suas organizações, solicitamos a implantação urgente e imediata da nova legislação e cumprimento dos prazos estabelecidos na lei 12.651/2012.

28 de abril de 2014.

Conselho de Coordenação do Diálogo Florestal
Cenibra, CMPC (RS), Fibria, Klabin, Suzano Papel e Celulose, Amda, Apremavi, Conservação Internacional, Instituto BioAtlântica, The Nature Conservancy

Acesse aqui a nota emitida em 31 de julho de 2013.

Fórum Florestal PR e SC realiza a última reunião do ano

A XVII reunião do Fórum Florestal do Paraná e Santa Catarina foi realizada no dia 17 de outubro de 2013, em Lages (SC). A reunião contou com a presença de 10 representantes de organizações ambientalistas e empresas do setor florestal e teve como objetivo discutir a questão do Cadastro Ambiental Rural (CAR), a organização de um seminário sobre comunidades e o planejamento de atividades para 2014.

Definiu-se que em 25 de março de 2014 o Fórum realizará um Seminário sobre o CAR na sede da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), em Atalanta SC.

O CAR é uma exigência prevista em lei e obrigatória para todos os proprietários e possuidores de imóveis rurais. Recentemente o Diálogo Florestal divulgou documento apoiando e cobrando a sua implantação por parte do governo.

Na reunião também ficou definido que em 2014 a Apremavi continuará responsável pelas atividades de secretaria executiva do Fórum, tendo sido criado um grupo de apoio, que auxiliará a secretária executiva em assuntos emergenciais. O grupo de apoio é composto por representantes da Arauco e do Centro Vianei.

No dia seguinte, 18 de outubro, os integrantes do Fórum PR e SC participaram do Seminário do Programa Matas Legais, que abordou os seguintes temas:
A  adequação ambiental de pequenas propriedades.
A Certificação do Manejo Florestal em pequenas propriedades.
O Licenciamento de empreendimentos florestais.
O Diálogo Florestal – iniciativas para um caminho sustentável
O Matas Legais é um programa de parceria entre a Apremavi e a Klabin, sendo que o evento foi realizado no Auditório Caverna da UDESC e contou com a presença de 185 pessoas entre estudantes, professores, técnicos,  agricultores, representantes de ONGs e empresas do setor florestal.

A participação do Fórum neste Seminário faz parte de umas das ações prioritárias do GT Fomento Florestal, que tem como um dos objetivos a aproximação com outras iniciativas que acontecem no Brasil, visando a troca de experiências e o aprendizado. Um dos temas prioritários é a certificação florestal, em especial de pequenas e médias propriedades rurais, cuja certificação tem acontecido em grupo. A palestra sobre certificação foi ministrada por Victoria Rizo, que apresentou o caso da certificação em grupo da ASPEX, no Sul da Bahia.

Abaixo, momento da reunião do Fórum Florestal PR e SC. Foto: Miriam Prochnow

Matas Legais realiza seminário em Lages

A Apremavi e a Klabin convidam para o Seminário do Programa Matas Legais, que vai acontecer no dia 18 de outubro de 2013, no auditório da Udesc, em Lages (SC).

Programação:

8h-9h – Inscrições e café com prosa
9h – 9h30 – Abertura
9h30 – Programa Matas Legais – Adequação de Pequenas Propriedades. Apremavi/Klabin.
10h30 – Certificação do Manejo Florestal em Pequenas Propriedades
Estudo de caso – Associação dos Produtores de Eucalipto do Extremo Sul da Bahia (Aspex) – Tree Consultoria Ambiental/Victoria Riso.
12h – Almoço
13h30 – Como legalizar seu empreendimento florestal? – Empresa Junior – Udesc/Vilmar Picinatto Filho.
14h30 – Diálogo Florestal – Iniciativas para um caminho sustentável. Apremavi-DiálogoFlorestal/Miriam Prochnow.
16h – Café com prosa
16h30 – Encerramento do evento.

Local do evento:
Auditório Caverna – Udesc
Av. Luiz de Camarões, 2.090
Bairro Conta Dinheiro – Lages (SC)

Confirme sua presença até 15/10 pelo telefone (49) 3275-8228 com Kauana ou pelo email: astupp@klabin.com.br

No dia 17 de outubro acontecerá a reunião do Fórum Florestal Paraná e Santa Catarina do Diálogo Florestal, com a seguinte pauta:

15h: Boas vindas e apresentação da pauta
15h20min: Fórum PR e SC e o CAR
15h45 min: Seminário com a comunidade
16h15 min: Programação Fórum para 2014 (técnica e financeira) 16h45 min: Informes da última reunião

17h: Encaminhamentos

Local:ACR.
Endereço: Rua João de Castro, 68, Centro, Lages (SC). Data:17 de outubro de 2013.

Confirme presença com Daiana Tânia Barth: daiana@apremavi.org.br

Apremavi recebe VIII Encontro Nacional do Diálogo Florestal

Nos dias 16 e 17 de abril de 2013 aconteceu em Atalanta (SC), o VIII Encontro Nacional do Diálogo Florestal. O encontro contou com a presença de 33 representantes de ONGs socioambientais e empresas do setor florestal de 09 estados brasileiros (PR, SC, SP, MS, RJ, ES, BA, MG e PI).

A abertura foi feita por Ivone Namikawa da Klabin e por Edegold Schaffer da Apremavi, anfitriões do encontro. Miriam Prochnow fez um breve relato sobre as atividades mais recentes da secretaria executiva nacional, entre elas a apresentação sobre o “Diálogo 4Fs”, que está sendo implantado no Brasil e que terá apoio do Diálogo Florestal; a atualização sobre a elaboração do volume 5 do “Cadernos do Diálogo”, que terá como tema a silvicultura e comunidades; e o lançamento da página do Diálogo Florestal no Facebook.

Outro assunto da pauta foi a atualização das atividades realizadas nos Fóruns Regionais, com cada fórum relatando ações que acha importantes que sejam replicadas no outros fóruns e também apontando seus maiores desafios. Entre as iniciativas a serem replicadas tiveram destaque: a realização de reuniões temáticas que estimulam a discussão de questões práticas e o encaminhamento de ações concretas; a coordenação compartilhada, com a formação de um grupo de apoio aos trabalhos das secretarias executivas; a realização de reuniões itinerantes; e a elaboração de documentos sobre políticas públicas, a serem encaminhadas aos órgãos públicos.

Como maiores desafios foram apontados: a necessidade de se ampliar a alocação de recursos para a consolidação de alguns Fóruns Regionais; a necessidade de se ampliar o número de participantes em alguns estados; e como fazer para influenciar na  mudança de realidades impactantes, como a questão do carvão vegetal, que continua a ser produzido a partir de florestas nativas em alguns estados.

Um período inteiro foi dedicado à discussão sobre o novo código florestal, com a realização da Mesa Redonda: O Diálogo Florestal e os desafios do novo Código Florestal. Wigold Schaffer, da Apremavi, apresentou os principais aspectos do novo código florestal; Henrique Santos, da TNC,  fez a apresentação da ferramenta que está sendo utilizada pela instituição para a implantação do Cadastro Ambiental Rural (CAR); e Beto Mesquita, da CI, fez uma comparação entre o documento elaborado pelo Diálogo Florestal, com pontos de consenso para a discussão sobre o código florestal, na época da tramitação no Congresso e o texto aprovado, instigando também os participantes sobre como o Diálogo Florestal pode ir além do que foi aprovado.

O principal encaminhamento da discussão foi a de que o Diálogo Florestal apoiará fortemente a implantação do CAR no Brasil, com a elaboração de um documento para as autoridades federais e discussões específicas nos Fóruns Regionais visando a implantação concreta do cadastro, nas atividades das instituições que participam do Diálogo. Também foi decidido que o Conselho de Coordenação avançará na discussão sobre outros pontos importantes como a compensação da Reserva Legal e os incentivos econômicos, visando ir além do estabelecido no texto do novo código.

Os participantes do encontro tiveram ainda a oportunidade de conhecer várias iniciativas e experiências na área ambiental existentes em Atalanta, como: o Parque Natural Municipal da Mata Atlântica, o Viveiro e o Centro Ambiental Jardim das Florestas da Apremavi, projetos de restauração florestal, experiências de plantios com fins econômicos, experiências de enriquecimento de florestas secundárias, aspectos da organização e da silvicultura em pequenas propriedades da região, o programa Acolhida na Colônia e o programa Matas Legais, com o lançamento do vídeo sobre o programa.

Ficou definido que a próxima reunião conjunta do Conselho de Coordenação e do Comitê Executivo do Diálogo Florestal será realizada no Mato Grosso do Sul, no segundo semestre de 2013.

Os participantes avaliaram o encontro como motivador e estimulante, sendo que várias ideias novas devem ser implantadas no retorno de cada um aos seus estados.

Confira a galeria de fotos no site do Diálogo Florestal.

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