29/12/2012 | Notícias
Talvez o F de Futuro possa sintetizar os resultados da reunião sobre os 4Fs (Food, fuel, fiber and forests – alimentos, biocombustíveis, fibras e florestas) realizada em Capão Bonito(SP), em novembro de 2012. Afinal, reunir todos os setores para discutir ações conjuntas é uma das ações para 2013.
O Diálogo 4Fs Brasil reuniu em Capão Bonito (SP), de 11 a 14 de novembro de 2012, 44 lideranças nacionais e internacionais de comunidades locais, setor privado, organizações não governamentais, institutos de pesquisa e organizações intergovernamentais em florestas e agricultura num diálogo construtivo baseado nas experiências brasileiras sobre um dos principais desafios globais da atualidade: o atendimento às crescentes demandas da sociedade pelos 4Fs.
O relatório com a visão dos organizadores brasileiros (Instituto Ethos, Diálogo Florestal, Bracelpa e Fibria) foi lançado no dia 18 de dezembro, em São Paulo e aponta para a continuidade de um processo nacional (vide abaixo e pdf em anexo).
As emissões de carbono do evento foram compensadas através do plantio de árvores, realizado pela Apremavi em parceria com a Fibria e a Bravo Ambiental (relatório em anexo).
Relatório Preliminar do Diálogo 4Fs Brasil na visão do
Instituto Ethos, Bracelpa, Fibria e Diálogo Florestal Brasileiro.
Iniciativa que discutiu os chamados 4 Fs (food, fuel, fiber e forests, reuniu, entre 11 e 14 de novembro de 2012, em Capão Bonito (SP), comunidades locais, setor privado, organizações da sociedade civil, institutos de pesquisa e organizações intergovernamentais de florestas e agricultura.
A busca de soluções sustentáveis para atender a demanda crescente por alimentos, combustíveis renováveis e fibras, levando em conta a necessidade de proteção de florestas e inclusão social, é um dos desafios globais do século XXI. Para discutir esses temas, a iniciativa internacional The Forests Dialogue (TFD Diálogo Florestal) criou, em 2011, o projeto 4Fs food, fuel, fiber and forests (alimentos, biocombustíveis, fibras e florestas).
A primeira reunião sobre os 4Fs foi realizada no ano passado, em Washington (EUA), quando foram definidas as diretrizes para reconhecimento das oportunidades de ações integradas na iniciativa. No encontro, foram detectados os principais desafios associados ao assunto, bem como as diversas visões, atores interessados e divergências ou convergências sobre como enfrentá-lo. Decidiu-se também pela realização de um segundo evento, em Capão Bonito, no interior do Estado de São Paulo, para debater tais pontos à luz de um caso concreto brasileiro.
Realizado entre os dias 11 e 14 de novembro de 2012, o encontro foi promovido pelo TFD, em parceria com o Instituto Ethos, o Diálogo Florestal Brasileiro, a Associação Brasileira de Papel e Celulose (Bracelpa), a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) e a Fibria, e contou com o patrocínio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e copatrocínio da Fibria, da Bracelpa, do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e das organizações internacionais CGIAR Research Program on Climate Change, Agriculture and Food Security (CCAFS), Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ), International Institute for Environment and Development (IIED) e Mondi.
Participaram do diálogo 44 lideranças, das quais 14 estrangeiras e 30 brasileiras, representando empresas florestais e agrícolas, produtores rurais, ONGs ambientais, movimentos sociais, universidades, órgãos de governo e organismos multilaterais. A programação envolveu dois dias de visita a empresas e produtores rurais e dois dias de debates com os objetivos de:
Fazer uma ponte entre os setores florestal e agrícola, de grande até pequena escala, em níveis local até internacional, e desenvolver percepções sobre os desafios do uso do solo e de água, a intensificação da agricultura e da silvicultura, a conservação dos valores florestais e a salvaguarda dos serviços ecológicos no contexto das necessidades das populações crescentes;
Estabelecer formas específicas e práticas de progredir em questões-chave, entre as partes interessadas no Brasil. Identificar formas de progredir em questões-chave em nível internacional, inclusive sobre como os parceiros podem trabalhar com a iniciativa dos 4Fs.
Sobre o TFD
A iniciativa internacional The Forests Dialogue (TFD ) surgiu em 1999 para identificar agendas comuns entre o setor privado, ambientalistas e comunidades locais na preservação e manejo sustentável de florestas. O TFD conta com a participação das maiores empresas do setor florestal mundial, grandes organizações ambientalistas, pesquisadores das ciências ambientais e representantes de movimentos sociais.
Capão Bonito a cidade que sediou o primeiro encontro no Brasil
Cidade com 47 mil habitantes, no sudoeste do Estado de São Paulo, a 220 km da capital, Capão Bonito é um destino turístico para aqueles que gostam de esportes radicais. Mas a economia do município não vive só do turismo. Há uma produção agrícola diversificada, pecuária, indústria de celulose e papel, madeireiras e mineração, principalmente de granito, mundialmente conhecido como granito Capão Bonito.
O sudoeste paulista, composto por 14 municípios, além de Capão Bonito, é conhecido como ramal da fome e se caracteriza por ser uma das regiões de mais baixo desenvolvimento humano do Estado. Esse tipo de atividade produziu um modelo de desenvolvimento marcado pela concentração de renda e pela degradação ambiental. Nos últimos anos, houve grande crescimento da produção de grãos, da atividade pecuária e do reflorestamento, com pressão sobre a área preservada de Mata Atlântica que existe na região.
Desde o início dos anos 2000, as comunidades locais, a Fibria e a Bracelpa, juntamente com o setor privado em geral, a sociedade civil e órgãos intergovernamentais, iniciaram um diálogo para estabelecer um planejamento que faça com que a conservação e o manejo da floresta, bem como as atividades agropecuárias e industriais, possam atuar em harmonia, promovendo o desenvolvimento sustentável da região.
Resultados
O encontro de Capão Bonito foi o primeiro do TFD sobre 4Fs com visita a campo. Os participantes destacaram a importância de conhecer de perto os desafios e dilemas das comunidades locais, das empresas, dos órgãos públicos e da sociedade civil. O diálogo constante e qualificado foi apontado como fundamental para harmonizar as demandas desses diferentes grupos.
Entre os principais desafios discutidos está a conciliação do uso intensivo do solo com a preservação ambiental e florestal e com a inclusão social. O diálogo mostrou a necessidade de se buscar maior produtividade para as lavouras, melhores práticas de manejo florestal e garantia de renda para a agricultura familiar e as atividades ligadas à floresta desenvolvidas por comunidades tradicionais.
Outra importante questão discutida foi como planejar de forma integrada e participativa o uso da terra. As soluções apontadas foram agregar a governos e à iniciativa privada os outros setores interessados nesse planejamento e identificar e divulgar os possíveis usos do solo, além de capacitar e sensibilizar esses públicos.
Uso da água
Um ponto importante levantado durante a discussão do uso da terra foi como avaliar os serviços ecossistêmicos (água, biodiversidade, cultura) no planejamento do uso da terra. Os participantes deste Diálogo 4Fs concluíram que é necessário definir o valor econômico dos ecossistemas e incentivos para sua manutenção em áreas críticas. Isso impõe a governos, à sociedade e ao setor privado o desafio de criar incentivos e instituições que direcionem, de maneira correta, os investimentos em capital natural, levando em consideração a complexidade dos ecossistemas nos diferentes contextos geográficos, econômicos e sociais.
Próximos passos
O encontro levantou algumas perguntas que vão orientar os próximos diálogos, mas também servem para a reflexão da sociedade. Por exemplo:
Como mudar os padrões de consumo a partir de uma ação originada no setor agropecuário/florestal, como um planejamento multistakeholder de uso da terra?
Qual é a melhor abordagem para a tomada de decisão em fóruns multistakeholder?
Como harmonizar florestas e reduzir a pobreza no meio rural?
Como evitar o comércio ilegal de madeira e qual seria o papel de cada uma das partes interessadas?
As respostas virão do diálogo como forma democrática e efetiva de solução de problemas e de mudança social, destacando-se as seguintes questões:
1 – Implementação efetiva da legislação, visando:
atingir o desmatamento zero;
regularizar os títulos das terras públicas e privadas;
adequar todas as propriedades ao novo Código Florestal;
efetivar o Cadastro Ambiental Rural (CAR);
implantar projetos de restauração florestal em áreas estratégicas para a conservação ambiental.
2 – Aumento da produtividade do agronegócio e da agricultura familiar, por meio:
do aproveitamento econômico das terras degradadas;
da agregação de valor à produção agrícola empresarial e familiar por meio da diversificação do uso e pleno aproveitamento da biomassa;
de assistência técnica, disseminação da tecnologia e criação de linhas de financiamento destinadas a promover a produção sustentável;
da aplicação de políticas públicas e instrumentos de mercado para incentivar o aumento da produtividade e otimizar a rentabilidade da produção.
3 – Fortalecimento da governança por meio da organização de um processo de diálogo brasileiro de múltiplas partes interessadas sobre o tema 4Fs, visando:
debater as diferentes visões, procurando entender as divergências e encontrar áreas de convergência nas quais uma ação conjunta seja possível;
sempre que houver convergência sobre alguma área, discutir e propor ações concretas e coordenadas entre os vários atores;
reduzir a atual polarização de opiniões na sociedade brasileira, expressa no debate sobre o Código Florestal, facilitando o encaminhamento de soluções integradas nas esferas pública e privada.
4 Adoção pelas partes envolvidas de compromissos voluntários, facilitada e estimulada pela implementação dos diálogos. Como exemplo, ao final do evento de Capão Bonito, representantes de diversas instituições brasileiras estabeleceram o compromisso de buscar a organização do processo de diálogo brasileiro, envolvendo e integrando os múltiplos setores interessados no tema 4Fs, enquanto produtores rurais da região (Capão Bonito, Itapeva e outras localidades) assumiram o compromisso de dialogar com as ONGs locais visando a sustentabilidade de suas atividades.
17/11/2012 | Notícias
O diálogo brasileiro sobre alimentos, biocombustíveis, fibras e florestas (Os 4Fs – food, fuel, fiber and forests) é parte de uma iniciativa do The Forests Dialogue (TFD), que tem como objetivo debater, com os diversos setores, um dos principais desafios globais da atualidade: o atendimento às crescentes demandas da sociedade por alimentos, biocombustíveis e fibras, compatibilizando-as com a proteção das florestas e a inclusão social.
Embora essas sejam questões inseparáveis, seu enfrentamento vem sendo feito por meio de enfoques setoriais. Um dos objetivos do Diálogo é identificar as principais oportunidades e obstáculos para que as questões sejam tratadas de forma integrada.
A iniciativa teve início com uma reunião realizada em Washington (USA), em junho de 2011, onde foram identificados os principais desafios associados ao assunto, bem como as diversas visões, atores interessados e divergências ou convergências sobre como enfrentar os desafios. O evento brasileiro, segundo da série, visou discutir esses mesmos pontos a luz de um caso concreto, no caso, o do Brasil.
O evento brasileiro do 4Fs, que aconteceu na cidade de Capão Bonito (SP), de 11 a 14 de novembro de 2012, foi uma promoção conjunta do TFD e do Instituto Ethos, com apoio das seguintes instituições: BNDES, GIZ, MMA, BRACELPA, Fibria, Diálogo Florestal Brasileiro, IIED, Mondi, WWF e CI.
45 lideranças participaram do diálogo, sendo 15 estrangeiras e 30 brasileiras (de âmbito nacional, regional e local), representando empresas florestais e agrícolas, produtores rurais, ONGs ambientais, movimentos sociais, universidades, orgãos de governo e instituições multilaterais. A programação envolveu 2 dias de visita a diferentes tipos de empresas e produtores rurais e 2 dias de debates.
Os resultados do Diálogo serão publicados num sumário, que servirá de base para a continuação da discussão do tema.
Listam-se abaixo as principais propostas do encontro.
1 – Implementação efetiva da legislação, visando:
– Atingir o desmatamento zero.
– Regularização dos títulos das terras públicas e privadas.
– Adequação de todas as propriedades ao novo Código Florestal.
– Efetivação do Cadastro Ambiental Rural (CAR).
– Implantação de projetos de restauração florestal em áreas estratégicas para a conservação ambiental.
2 – Aumento da produtividade do agronegócio e da agricultura familiar, por meio de:
– Aproveitamento econômico das terras degradadas.
– Agregação de valor à produção agrícola empresarial e familiar através da diversificação do uso e pleno aproveitamento da biomassa.
– Assistência técnica, disseminação da tecnologia e linhas de financiamento destinadas a promover a produção sustentável.
– Uso de políticas públicas e instrumentos de mercado para incentivar o aumento da produtividade e otimizar a rentabilidade da produção.
3 – Fortalecimento da Governança através da organização de um processo de diálogo brasileiro de múltiplas partes interessadas sobre o tema 4Fs, visando:
– Debater as diferenças de visão, procurando entender as divergências e encontrar áreas de convergência onde uma ação conjunta é possível.
– Sempre que houver convergência sobre alguma área, discutir e propor ações concretas e coordenadas entre os vários atores.
– Reduzir a atual polarização de opiniões na sociedade brasileira expressa no debate sobre o Código Florestal, facilitando o encaminhamento de soluções integradas nas esferas pública e privada.
4 – Compromissos voluntários:
– Representantes de diversas instituições brasileiras manifestaram compromisso em buscar a organização do processo de diálogo brasileiro, envolvendo e integrando os múltiplos setores interessados no tema 4Fs.
– Produtores rurais da região (Capão Bonito, Itapeva e outros) manifestaram o compromisso de dialogarem com as ONGs locais visando a sustentabilidade de suas atividades.
– Cada participante do evento assumiu compromissos pessoais perante a iniciativa.
A Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) esteve representada pela Coordenadora de Políticas Públicas, Miriam Prochnow e pelo sócio, Wigold Schaffer. Miriam é também a Secretária Executiva do Diálogo Florestal Brasileiro e representa a Apremavi no Conselho de Coordenação do TFD. Miriam foi a responsável pela elaboração do documento "Panorama Brasileiro" para o evento.
A Apremavi, com o apoio da Fibria, também estará realizando a compensação da emissão dos gases de efeito estufa do evento, através do Programa Clima Legal.
Fotos: Miriam Prochnow e Wigold B. Schaffer
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08/10/2012 | Notícias
Durante o dia 03 de outubro de 2012, foi realizado na Associação Desportiva Classista da Rigesa, em Três Barras (SC), o Seminário Certificação e Fomento Florestal, promovido pelo Fórum Florestal Paraná e Santa Catarina.
O evento contou com um público de 80 pessoas, entre elas técnicos das empresas florestais diretamente envolvidos com o tema, representantes de entidades da sociedade civil e governamental, agricultores fomentados, profissionais autônomos e demais interessados pelo assunto.
O seminário foi conduzido pela coordenadora de projetos da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) e secretária executiva do Fórum, Edilaine Dick e Giovana Baggio da The Nature Conservancy e teve como objetivo esclarecer os trâmites envolvidos nos processos de fomento e certificação florestal, entender as principais dificuldades encontradas em campo pelos técnicos, e apropriar os participantes das diretrizes estabelecidas para o Fomento Florestal no âmbito deste Fórum.
Ivone Satsuki Namikawa da empresa Klabin, iniciou o seminário falando sobre os princípios, critérios, dificuldades envolvidas na certificação florestal e a contribuição deste processo na conservação ambiental.
Vanessa Maria Basso, da Universidade Federal de Viçosa, apresentou os desafios e oportunidades para a certificação florestal para pequenos e médios produtores, iniciativa pioneira do FSC no Brasil.
As 09 diretrizes elaboradas pelo Fórum Florestal Paraná e Santa Catarina, para o Fomento Florestal, foram apresentadas por Giovana Baggio que destacou que a elaboração dessas diretrizes surgiu da necessidade de harmonizar os padrões socioambientais utilizados pelas empresas em suas áreas próprias com os padrões adotados por seus fornecedores vinculados a programas de fomento.
Zilda Romanovski da MWV Rigesa complementou as discussões sobre o assunto, apresentando os princípios e critérios pelo Cerflor para a certificação florestal.
Mecanismos de financiamento a projetos de Fomento Florestal também foi assunto do seminário e foram apresentadas por Luiz Aberto Troula, do Banco Votorantim.
Para encerrar, as discussões no período da tarde, Fábio Henrique Ferlin, Paulo Vicente Angelo e Marcio Caliari, respectivamente das empresas MWV Rigesa, Klabin e Suzano Papel e Celulose, apresentaram os seus programas de fomento e principais diretrizes adotadas.
Para Miriam Prochnow, coordenadora de políticas públicas da Apremavi e secretária executiva do Diálogo Florestal Nacional, a realização de seminários como este, é uma forma efetiva de aproximar as discussões realizadas no âmbito do Fórum, com a sociedade diretamente ligada ao setor florestal.
Destaca-se que as secretárias executivas do Diálogo Florestal e do Fórum Florestal Paraná e Santa Catarina são de responsabilidade da Apremavi, sendo coordenadas as atividades respectivamente por Miriam Prochnow, Coordenadora de Políticas publicas da Apremavi e Edilaine Dick, coordenadora de projetos da instituição.
03/04/2012 | Notícias
O Conselho Brasileiro de Manejo Florestal (FSC Brasil) iniciou oficialmente em 16 de março de 2012 a consulta pública ao Padrão Nacional Slimf Plantadas(Padrão de Certificação FSC para o Manejo Florestal em Pequena Escala e de Baixa Intensidade para Florestas Plantadas) cujo documento (Versão 1.0) já se encontra disponível em no website FSC Brasil.
Para a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) a elaboração desse padrão será muito importante, especialmente para as atividades do Programa Matas Legais.
A participação no processo de construção do padrão Slimf poderá ser feita de 3 formas:
1 – Acessando nosso website, preenchendo o formulário próprio e enviando para o e-mail:consultapublica@fsc.org.br até o dia 16 de maio.
2 – Acessando o hotsite www.florestascertificadas.org.br, que estará disponível a partir de 09 de abril com informações sobre o processo, os padrões, o público ao qual se destina etc, e, com uma seção para preenchimento online do formulário de comentários e sugestões.
3 – Participando das consultas e reuniões presenciais preparadas para estimular os debates e colher manifestações de partes interessadas no conteúdo e proposta deste novo padrão nacional. Veja a agenda abaixo:
24/04/2012: PR – Telêmaco Borba:
SESI Telêmaco Borba
Av. Vidal de Negreiros, 225 | 84.261-560 | Telêmaco Borba/ PR.
Contato:(42) 3271-4800
HORÁRIO: A definir.
05/05/2012: MG – São João Evangelista:
IFMG São João Evangelista
Av. 1º de Junho Nº 1043 Centro – São João
Evangelista/MG.
Contato: (33) 3412-2900
HORÁRIO: A definir.
08/05/2012: BA Teixeira de Freitas:
Faculdade Pitágoras
Avenida Juscelino Kubitschek 3000 – Br 101 KM 879,4 – Teixeira de Freitas/BA.
Contato: (73) 3011-8300
HORÁRIO: 18:00 horas
O prazo final para manifestações e sugestões é 16 de maio de 2012.
Todos os comentários serão registrados e avaliados pela equipe do FSC Brasil, WWF Brasil e Equipe Técnica responsável na elaboração da versão final do Padrão SLIMF Plantadas, e os resultados amplamente comunicados a toda a comunidade FSC.
Detalhes sobre a consulta Online
Consulta Online Padrão Nacional SLIMF Plantadas
Contamos com a sua participação no processo de consulta pública para a elaboração do Padrão de Certificação FSC para o Manejo Florestal em Pequena Escala e de Baixa Intensidade para Florestas Plantadas, ou como chamaremos daqui em diante, do SLIMF Plantadas.
O Brasil já possui um padrão dirigido a pequenos grupos: o SLIMF Amazônia, para grupos de manejo de florestas nativas, construído por muitas mãos durante cinco anos, e aprovado em 2010 pelo FSC Internacional.
Desde então a demanda por um padrão mais adaptado à realidade dos pequenos produtores de florestas plantadas só fez crescer, e em resposta, iniciamos em 2011 a construção de um documento com indicadores específicos a este público, que complementarão o SLIMF Amazonia sem alterar seu conteúdo original, garantindo a ele uma nova categoria.
E agora iniciamos oficialmente a consulta ao Padrão Nacional Slimf Plantadas, convidando a todos a participarem deste processo enviando seus comentários no documento, ou, participando das reuniões presenciais que acontecerão nos próximos meses.
A consulta pública online ocorre no período de 16 de março de 2012 a 16 de maio de 2012.
Para contribuir com o processo, leia o Padrão V 1.0, preencha o formuláriocom suas sugestões/críticas e envie para o FSC (consultapublica@fsc.org.br).
Alguns esclarecimentos são importantes neste processo:
O padrão interino é dividido em Princípios, Critérios e Indicadores. Os Princípios e Critérios são definidos pelo FSC Internacional e nesta revisão não serão alterados.
O que está em fase de consulta são apenas os indicadores relacionados a florestas plantadas que seguem descritos abaixo de cada princípio/critério. Não transcrevemos todos os indicadores de florestas nativas do documento original, apenas aqueles que podem ser aplicados aos dois concomitantemente: nativas e plantadas. Assim, todos os indicadores que estão no documento podem ser comentados, melhorados etc.
Recomendamos que os comentários sejam feitos em forma propositiva, ou seja, através da sugestão de textos que traduzam a ideia ou a proposta, e que podem ser usados no documento.
24/11/2011 | Notícias
A Comissão de Meio Ambiente (CMA) do Senado impôs mais uma derrota às florestas brasileiras e aos recursos naturais do país. Foi aprovado, nesta quarta-feira (23/11), o texto substitutivo apresentado pelo senador Jorge Viana (PT-AC), relator da matéria, por ampla maioria na CMA. Apenas o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) votou contra a matéria.
O texto mantém, em sua essência, uma série de retrocessos advindos do substitutivo aprovado na Câmara dos Deputados, sob relatoria do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), como a anistia a crimes ambientais e a desobrigação de recompor áreas desmatadas em APPs e reservas legais.
Segundo a ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva, o Brasil sofreu uma derrota fragorosa na Comissão. É mentira dizer que o texto é bom e que houve consenso entre ambientalistas e ruralistas, chegando-se ao chamado caminho do meio. Na verdade, foi trilhado o caminho da ampliação das devastações e do retrocesso, com patrocínio do Governo Federal e a omissão do Ministério do Meio Ambiente, protestou.
Marina Silva ainda manifestou desapontamento com o relator da matéria na Comissão de Meio Ambiente, senador Jorge Viana. Uma coisa é sermos derrotados pelo Aldo Rebelo, outra é ver os ruralistas celebrando um texto do nosso companheiro Jorge Viana. Fiquei por 16 anos no Senado e nunca vi uma unanimidade ruralista tão grande, hoje foi um dia muito difícil para mim, lamentou a ex-senadora.
João Paulo Capobianco, ex-secretário de Florestas do Ministério do Meio Ambiente, também criticou o texto aprovado. Trata-se muito mais de um código agrícola do que de um código florestal. Foi uma grande decepção, especialmente porque o relator é uma pessoa que tinha um compromisso com o meio ambiente, analisou.
Um dos pontos que mais despertou desconfiança em relação ao processo foi a pressa com que a matéria tramitou. O senador Jorge Viana leu o substitutivo na segunda-feira (21/11) e foram dadas menos de 48 horas para que as mais de 200 emendas apresentadas fossem analisadas, discutidas e votadas. Até poucos minutos antes da votação os senadores ainda não haviam recebido cópias de todas as emendas.
O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) lembrou que, quando o texto tramitou nas comissões de Constituição e Justiça (CCJ), Ciência e Tecnologia (CCT) e Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado, não foi dado espaço para discutir o mérito do substitutivo, sob a promessa de que os debates mais aprofundados aconteceriam na Comissão de Meio Ambiente. Isso não aconteceu. Não há motivo para tanto atropelo, não podemos votar algo de tamanha importância dessa forma. Estamos votando no escuro, protestou.
O senador Randolfe Rodrigues pediu por reiteradas vezes que a votação fosse adiada, para que o texto e as mais de 200 emendas apresentadas pudessem ser avaliados e discutidos pelos senadores encarregados de votar a matéria. O substitutivo lido pelo senador Jorge Viana anteontem já sofreu mudanças estruturais, muitos problemas persistem no texto. Não podemos votar desta maneira, disse. Porém, o presidente da Comissão, senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), ignorou o pedido de Randolfe Rodrigues e o regimento interno do Senado, determinando o andamento da votação.
Segundo o parlamentar do PSOL, é fundamental que a sociedade se envolva com o tema e exija que os senadores rejeitem o texto em plenário. A votação deve acontecer nas próximas semanas. Os ruralistas pretendem, ainda este ano, aprovar o substitutivo no Senado, em segundo turno na Câmara e obter a sanção da presidente Dilma Rousseff.
Dentre as mais de 200 emendas apresentadas, 77 foram destacadas para votação nesta quinta (24/11). Segundo Kenzo Jucá, analista de políticas públicas do WWF-Brasil, a maior parte delas tem o potencial de tornar o texto ainda pior do que o que foi aprovado nesta quarta. Isso demonstra que o calendário adotado pelas comissões do Senado inviabilizou a formulação de um texto que proteja as florestas, concluiu.
Matéria produzida e publicada pelo WWF Brasil.
02/08/2011 | Notícias
Foi realizada nos dias 26 e 27 de julho de 2011, na sede da empresa Arauco do Brasil, em Curitiba (PR) a X reunião coletiva do Fórum Florestal PR e SC, a qual teve como objetivos:
Avaliar o andamento do Fórum e resultados obtidos até o momento;
Definir ações prioritárias que auxiliarão o Fórum a ter resultados efetivos em campo, levando em consideração a conservação ambiental aliada à produção florestal.
Durante a reunião foram ouvidas as expectativas dos participantes em relação ao Fórum, definidos os objetivos específicos e as ações prioritárias para serem desenvolvidas nos próximos dois anos de atuação. Outros assuntos também foram discutidos, procurando qualificar a estrutura e funcionamento do Fórum.
A reunião foi conduzida por Edilaine Dick, Secretária Executiva do Fórum e Coordenadora de Projetos da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), e a metodologia utilizada baseou-se em atividades como a chuva de ideias, formação de grupos de trabalho e discussão em plenária, como forma de promover a construção conjunta entre os participantes.
Após a apresentação e análise da trajetória do Diálogo Florestal e do Fórum Florestal PR e SC, foram definidas ações estratégicas que conduzirão o Fórum nos próximos dois anos de atuação.
Nesse período, as ações serão voltadas para que o Fórum seja um espaço dedicado a:
Influenciar positivamente em ações de conservação de remanescentes florestais e campos nativos;
Ser um espaço de diálogo e planejamento que influencie políticas públicas voltadas à conservação ambiental (ICMS ecológico, plantio com espécies nativas, créditos financeiros para conservação, Pagamento por Serviços Ambientais – PSA);
Desenvolver e divulgar boas práticas voltadas a conservação de remanescentes da Mata Atlântica.
Visando potencializar as ações realizadas, o Fórum conta com 03 Grupos de Trabalhos (GTs), sendo: GT Fomento Florestal, GT Planejamento de Paisagem e Conservação, e GT Socioambiental.
Em grupos, foi feita a avaliação do andamento destes GTs, seguida da definição de ações para sua continuidade, que, de maneira geral, estarão voltadas a temas relacionados a melhoria da comunicação do Fórum com a sociedade em geral, a qualificação de sua estrutura, a influência na certificação dos agricultores fomentados, e, principalmente ao seu fortalecimento enquanto espaço de diálogo e planejamento que influencie políticas públicas voltadas a conservação ambiental.
Desde 2008, a Apremavi participa ativamente do Fórum Florestal PR e SC, coordenando as atividades, através da secretaria executiva. Participa também do conselho de coordenação do Diálogo Florestal.
O Diálogo Florestal é uma iniciativa que reúne empresas do setor de papel e celulose e organizações ambientalistas que visa a construção de uma visão comum entre esses setores que leve a ações ambientalmente corretas e economicamente viáveis, por meio de ações que aumentem a escala dos esforços e os resultados para a conservação do meio ambiente, e gerem benefícios tangíveis para os participantes do Diálogo e para a sociedade em geral. Uma das principais estratégias do Diálogo Florestal é a ampliação e consolidação de Fóruns Regionais. Atualmente, o Diálogo Florestal tem sete Fóruns Regionais. Cada Fórum Regional tem uma pauta específica de discussão, levando em conta as peculiaridades e necessidades locais.
13/04/2011 | Notícias
O I Seminário Sobre Florestas Plantadas e Critérios Socioambientais, tem como objetivo discutir critérios socioambientais envolvidos nos processos de Certificação Florestal com ênfase nas Relações Comunitárias e Direito dos Trabalhadores.
O evento será realizado no dia 05 de maio de 2011, sendo direcionado para representantes das empresas florestais que participam ou não do Fórum Florestal Paraná e Santa Catarina, representantes do terceiro setor e demais interessados no tema.
A programação do seminário será pautada nas seguintes palestras:
– O Diálogo Florestal e o Fórum Florestal PR e SC.
Palestrante: Edilaine Dick (Secretária executiva do Fórum PR e SC).
– Iniciativas socioambientais desenvolvidas por empresas participantes do Fórum Florestal PR e SC.
Palestrantes:
Programa Semear de Responsabilidade Socioambiental Maristela da Silva (Arauco).
Programas de Educação Ambiental Antonio Tsunoda (Rigesa).
Mecanismos de Comunicação Ivone Namikawa (Klabin).
– Relações do setor florestal com os movimentos sociais e direitos dos atores envolvidos.
Palestrante: Décio Zylbersztajn (Profº da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade e membro do Centro de Conhecimento em Agronegócios da USP PENSA).
– Princípios e critérios socioambientais adotados pelo Cerflor.
Palestrante: Maria Tereza (Secretária executiva do Cerflor/Inmetro)
– Princípios e critérios socioambientais adotados pelo FSC.
Palestrante: Fabíola Zerbini (Secretária executiva do FSC Brasil)
O seminário será realizado no Condomínio Business Offices Av. Sete de Setembro, 4214 Curitiba (PR).
Segue em anexo a programação completa.
É necessário confirmar a sua presença, até o dia 29/04/2011, com Edilaine Dick, pelos telefones (47) 88269859/35350119 ou email edilaine@apremavi.org.br.
24/03/2011 | Notícias
São Paulo, 24 de março de 2011 Com o objetivo de contribuir para o aprimoramento da legislação vigente, empresas do setor de base florestal plantada e algumas das principais organizações socioambientais em atuação no Brasil apresentaram hoje (24), em São Paulo, uma proposta contendo 16 pontos específicos para o novo Código Florestal Brasileiro, em tramitação no Congresso Nacional.
O documento é resultado de um trabalho de oito meses realizado pelo Diálogo Florestal iniciativa que reúne empresas do setor florestal e organizações socioambientais , e seu principal diferencial é a busca de consenso entre os setores.
Na Carta do Diálogo Florestal que apresenta os 16 pontos de consenso, os signatários afirmam que o Código Florestal precisa ser revisado, aperfeiçoado e modernizado, pois a legislação atual ainda é tímida e pouco eficaz na compatibilização entre a produção rural e a proteção ambiental. O texto destaca a vocação florestal do Brasil e sua relevância no cenário das mudanças climáticas, apontando as florestas plantadas para fins industriais e as nativas como importantes vetores para a promoção do desenvolvimento sustentável do país.
O documento ressalta, também, que o país precisa de uma legislação florestal forte, com robustez científica e respaldada por políticas públicas inovadoras e instituições comprometidas com a proteção e ampliação da cobertura florestal brasileira.
Segundo Elizabeth de Carvalhaes, presidente executiva da Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa), a elaboração da proposta teve como base a busca do equilíbrio entre a visão de desenvolvimento das empresas de base florestal, que têm planos de expansão no país, e a preocupação legítima das organizações socioambientais com a preservação do meio ambiente e da agricultura familiar. As propostas refletem o interesse de seus signatários por uma legislação que valorize a sustentabilidade. E isso foi possível graças à experiência adquirida nesses últimos anos, no Diálogo Florestal, afirma Elizabeth.
Foi um trabalho bastante produtivo e esperamos colaborar com os poderes Legislativo e Executivo. O novo Código Florestal deve dar conta dos novos desafios da sociedade e do planeta, acrescenta Beto Mesquita, diretor do Instituto BioAtlântica e membro do Conselho de Coordenação do Diálogo Florestal. Questões como mudanças climáticas, incentivos econômicos para recuperação de áreas, a valorização do carbono florestal, pagamento por serviços ambientais, negócios sustentáveis e uma nova economia verde devem permear a revisão da lei atual, comenta Raul do Valle, coordenador do Instituto Socioambiental.
Para apresentação da proposta, a Carta do Diálogo Florestal está sendo encaminhada a parlamentares, como os integrantes da Câmara conciliatória do Código Florestal na Câmara dos Deputados; a representantes do poder Executivo envolvidos na discussão do tema, e à Confederação Nacional da Indústria (CNI).
A Carta do Diálogo Florestal, contendo o posicionamento conjunto dos 64 signatários, e o resumo executivo das 16 propostas de consenso estão em anexo.
A Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) é integrante do Conselho de Coordenação do Diálogo Florestal Nacional, exerce a Secretaria Executiva do Fórum Florestal PR/SC e é signatária dos documentos lançados hoje em São Paulo.
Contatos para entrevistas:
Elizabeth de Carvalhaes
Presidente executiva da Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa)
Tels.: (11) 3018-7803 / 7540-7594, com Silvia Maiolino, silvia@bracelpa.org.br
Beto Mesquita
Diretor do Instituto BioAtlântica (IBio) e membro do Conselho de Coordenação do Diálogo Florestal
Tels.: (21) 2535-3940 / 9464-5038, com Thadeu Melo, thadeu@bioatlantica.org.br
Raul do Valle
Coordenador Adjunto Instituto Socioambiental (ISA)
Tels.: (61) 3035-5104 / 9103-2127, com Oswaldo Braga oswaldo@socioambiental.org
Ana Cristina Barros
Representante da The Nature Conservancy (TNC) no Brasil
Tels.: (11) 3168-1412 / 8752-4637, com Luiz Soares, luiz@lead.com.br
08/10/2010 | Notícias
A ambientalista catarinense Miriam Prochnow, Coordenadora de Políticas Públicas da Apremavi, participará da reunião do Diálogo Florestal Internacional (The Forests Dialogue – TFD), que acontece de 12 a 17 de outubro na Indonésia. Miriam integra o Comitê Executivo do Diálogo Internacional representando o Brasil.
Nesta reunião o Diálogo Florestal Internacional discutirá as plantações florestais e sua relação com as populações indígenas e tradicionais e realizará uma reunião ordinária do Comitê Executivo. Em Pekanbaru serão visitadas algumas comunidades onde existem ou existiram conflitos entre as atividades das populações tradicionais e as atividades da silvicultura, visando a elaboração de diretrizes internacionais de resolução desse tipo de conflito. Já a reunião do Comitê Executivo será em Bali e complementará as visitas de campo, com encaminhamentos para os trabalhos futuro do Diálogo.
A Indonésia foi escolhida para sediar este evento do Diálogo Internacional por ser hoje um dos países que tem o maior índice de desmatamento de florestas no mundo, contribuindo substancialmente para as emissões de gases do efeito estufa e onde ainda existem muitos conflitos sociais por conta do uso e ocupação do solo, entre elas a implantação de áreas para agricultura e plantações florestais. Uma das iniciativas do governo para reduzir a emissão de CO2 é a implantação de projetos de REDD (desmatamento evitado), que é também uma das áreas de interesse do Diálogo Florestal.
Miriam entende que esta viagem será importantíssima para a troca de experiências e para o encaminhamento de ações conjuntas visando cada vez mais o entrosamento entre o setor florestal, as comunidades e a conservação do meio ambiente. A experiência brasileira tem mostrado que isso não só é possível, como fundamental. Uma das experiências bem sucedidas é o Programa Matas Legais, que é desenvolvido numa parceria da Apremavi com a Klabin.
O Diálogo Florestal Internacional surgiu em 2000 e conta com a participação das maiores empresas do setor florestal mundial, grandes organizações ambientalistas, pesquisadores das ciências ambientais e representantes de movimentos sociais. Sua secretaria executiva está baseada na Universidade de Yale (EUA).
O primeiro encontro do The Forests Dialogue no Brasil foi em outubro de 2003, com o tema biodiversidade. Neste evento, realizado em Santa Cruz Cabrália (BA), os convidados brasileiros começaram a conversar sobre a ideia de implantar uma iniciativa similar no Brasil, reunindo empresas e organizações ambientalistas.
A iniciativa brasileira também chamada de Diálogo Florestal existe desde 2005 e reúne empresas do setor florestal e organizações ambientalistas com o objetivo de construir uma visão comum entre esses setores que leve a ações economicamente viáveis e aumente a escala dos esforços e os resultados para a conservação do meio ambiente, gerando benefícios para os participantes do Diálogo e para a sociedade em geral. Atualmente o Diálogo Florestal atua na Mata Atlântica, no Pampa e no Cerrado.
Miriam Prochnow é a secretária executiva do Diálogo Florestal brasileiro, cargo do qual está licenciada desde julho em função do processo eleitoral, devendo retomar suas atividades após o retorno desta viagem de trabalho.
O Diálogo Florestal realizou seu VI Encontro Nacional, em Itu (SP), entre os dias 25 a 27 de agosto de 2010. No encontro foi decidido que haverá uma terceira fase, de quatro anos, focada nos seguintes temas prioritários:
1 – Conservação e silvicultura (mosaicos e corredores ecológicos, restauração, planejamento da paisagem).
2 – Legislação ambiental (Código florestal, ICMS Ecológico e serviços ambientais e zoneamento ecológico/econômico).
3 – Florestas como vetor de desenvolvimento
4 – Florestas e mudanças climáticas
5 – Fomento florestal
O Diálogo Florestal conta com um Fórum Nacional, um Conselho de Coordenação, uma Secretaria Executiva e sete Fóruns Regionais, sendo uma deles o Fórum Florestal Paraná e Santa Catarina, cuja secretaria executiva está sob a responsabilidade da Apremavi.
O atual Conselho de Coordenação do Diálogo é composto pelas seguintes organizações: Amda, Apremavi, Instituto Bioatlântica, Instituto Ecosolidário, The Nature Conservancy, Cenibra, Fibria, Klabin, Rigesa e Suzano.
13/08/2010 | Notícias
O Diálogo Florestal é uma iniciativa que reúne empresas do setor de papel e celulose e organizações ambientalistas com vistas a construir uma visão comum entre esses setores que leve a ações ambientalmente corretas e economicamente viáveis, por meio de ações que aumentem a escala dos esforços e os resultados para a conservação do meio ambiente, e gerem benefícios tangíveis para os participantes do Diálogo e para a sociedade em geral.
Desde 2008, representantes de empresas do setor florestal e ONGs do estado de Santa Catarina e Paraná, tem se reunido periodicamente, com o objetivo de consolidar localmente as estratégias e objetivos do Diálogo Nacional. Entre os desafios elencados por este coletivo, destacam-se a necessidade de divulgar a importância de se seguir as normas ambientais atuais para o plantio de espécies exóticas, incluindo princípios de sustentabilidade em seus plantios e considerando o planejamento da paisagem. Também se destaca a necessidade de manter os remanescentes florestais existentes elaborando estratégias e desenvolvimento de mecanismos que possam auxiliar na minimização do índice de desmatamento.
Para que esses assuntos sejam amplamente discutidos com a sociedade, no dia 16 de setembro de 2010, o Fórum Florestal Paraná e Santa Catarina, estará realizando o Seminário Regional – Conservação e Restauração da Mata Atlântica em Canoinhas (SC). O evento é direcionado aos prefeitos, técnicos, extensionistas rurais, representantes de empresas do setor florestal e ONGs.
Durante o seminário serão realizadas as seguintes palestras:
– Integração entre empresas privadas e o terceiro setor na conservação e restauração da Mata Atlântica. Palestrante: Miguel Calmon (Coordenador Geral do Pacto pela Restauração da Mata Atlântica).
– Recursos hídricos e legislação ambiental. Palestrante: Maria José Zakia (Engenheira Florestal).
– Serviços ambientais. Palestrante: Claudio Klemz (Especialista em Servidão Florestal The Nature Conservancy).
– Responsabilidade socioambiental das empresas do setor florestal. Palestrante: Guilherme de Andrade Lopes (Coordenador de Certificação Florestal Imaflora).
O evento será realizado no hotel Santa Catarina Plaza Hotel. Rua: Vidal Ramos 480 Centro. Canoinhas (SC). É necessário confirmar a sua presença até o dia 10 de setembro de 2010, com Edilaine Dick ou Marcos Alexandre Danieli, pelos telefones (47) 3535-0119 / (47) 8826-9859 / (49) 8834-8397 ou email edilaine@apremavi.org.br e marcos@apremavi.org.br
15/05/2009 | Notícias
O conjunto das organizações do Diálogo Florestal para a Mata Atlântica e Pampa, vem a público manifestar o que segue:
1 – O Diálogo Florestal para a Mata Atlântica e Pampa é uma iniciativa que reúne empresas do setor florestal e organizações ambientalistas com vistas a construir uma visão comum entre esses setores que leve a ações economicamente viáveis e aumente a escala dos esforços para a conservação do meio ambiente, gerando benefícios ambientais tangíveis para os participantes do Diálogo e para a sociedade em geral.
2 – Durante os encontros promovidos pelo Diálogo Florestal, foram elaboradas estratégias para atuação integrada dos participantes em temas indicados como prioritários: (1) fomento florestal, como vetor de desenvolvimento e conservação ambiental; (2) ordenamento territorial, como oportunidade de pactuar uso e ocupação do solo na escala de paisagem, (3) relação água-florestas e biodiversidade
3 O Diálogo Florestal tem por objetivos: manter e consolidar um espaço de diálogo pró-ativo para gerar resultados concretos, em campo e em larga escala, para a conservação dos recursos naturais; contribuir para a melhoria da qualidade de vida humana; e propor e influenciar a adoção de políticas públicas que favoreçam a proteção e a sustentabilidade dos recursos naturais.
4 Para atingir estes objetivos o Diálogo Florestal entende que uma das principais ações é o cumprimento e a aplicação da legislação ambiental, principalmente o Código Florestal. No caso da Mata Atlântica, a imediata implantação do Código Florestal é crucial, visto que as formações florestais e ecossistemas associados que a integram já foram reduzidos a menos de 27% de sua área original, dos quais apenas 7% representam remanescentes florestais bem conservados (segundo dados da SOS/INPE). Isso torna a Mata Atlântica o segundo Bioma mais ameaçado do mundo.
5 Para a conservação e restauração dos ecossistemas brasileiros, em especial a Mata Atlântica, dois instrumentos previstos no Código Florestal são extremamente importantes: as Áreas de Preservação Permanente (APP) e a Reserva Legal (RL). O Código Florestal inclusive reconhece as diferenças regionais e estabelece percentuais mínimos, porém diferenciados, tanto para a RL, em razão das características da vegetação ou da localização, quanto para as APP, em razão das características das áreas ou da localização (margens de rios, nascentes, topos de morro, etc.).
6 – Conforme preconizado pelo Código Florestal, as APP são áreas com a função ambiental de (1) preservar os recursos hídricos, (2) a paisagem, (3) a estabilidade geológica, (4) a biodiversidade, (5) o fluxo gênico de fauna e flora, (6) o solo e (7) assegurar o bem-estar das populações humanas. Ou seja, as APP não têm apenas a função de preservar a vegetação ou a biodiversidade. Trata-se de áreas cobertas ou não por vegetação nativa, que têm uma função ambiental muito mais abrangente, voltada a proteger espaços de relevante importância para a conservação da qualidade ambiental.
7 Já a RL tem a função de prover na propriedade ou posse rural, o (1) uso sustentável dos recursos naturais, (2) conservar e reabilitar os processos ecológicos, (3) conservar a biodiversidade e (4) servir de abrigo e proteção de fauna e flora nativas, ou seja é tão importante quanto as APPs. Neste sentido, o Código Florestal concilia o necessário uso sustentável de recursos naturais para a propriedade ou posse rural com as funções ambientais e o provimento de serviços ambientais de retenção de água, conservação do solo, manutenção de polinizadores e fixação de biomassa, entre outros.
8 O Diálogo Florestal também entende que já existem inúmeras flexibilizações no Código Florestal, especialmente no que se refere às APP e RL, como a possibilidade de compensação de RL em outras propriedades e a possibilidade de se realizar atividades de baixo impacto nas APP, além da possibilidade de se somar áreas de APP com RL nas pequenas propriedades. Essas flexibilizações podem eventualmente ser melhor regulamentadas para facilitar seu entendimento e aplicação. Entretanto, é recomendável que novas atualizações, quando pertinentes, não devam modificar os conceitos fundamentais destas áreas e nem reduzir os benefícios ambientais que estas proporcionam na paisagem e nas atividades rurais e urbanas.
9 Para o Diálogo Florestal é imprescindível que os instrumentos de estímulo ao desenvolvimento sustentável já disponíveis, como o pagamento por serviços ambientais, sejam colocados em prática e aplicados em larga escala. Outra medida importante é a simplificação dos processos de averbação e compensação da RL, para facilitar a sua aplicação, criando estímulos para a regularização das propriedades rurais.
10 Por fim, o Diálogo Florestal se coloca à disposição para contribuir no processo de aplicação e aperfeiçoamento do Código Florestal e das demais normas ambientais vigentes, sempre buscando os melhores instrumentos para concretizar a conservação e restauração do meio ambiente e dos processos naturais, fundamentais para a manutenção da qualidade de vida humana.
11 – As organizações e empresas participantes do Diálogo já desenvolvem ações e projetos que comprovam a viabilidade e a pertinência da conciliação da produção com a proteção ambiental, sobretudo relativo à implantação e recuperação das Áreas de Preservação Permanente e Reserva Legal. Estes são os exemplos que o Diálogo quer compartilhar com os demais setores da sociedade.
Maio de 2009.
Conselho de Coordenação do Diálogo Florestal para a Mata Atlântica e Pampa
Cenibra, Rigesa, Suzano Papel e Celulose, Veracel, Votorantim Celulose e Papel, Apremavi, Conservação Internacional, Fundação Biodiversitas, Instituto BioAtlântica, The Nature Conservancy.
www.dialogoflorestal.org.br
secretariaexecutiva@dialogoflorestal.org.br
11/11/2008 | Notícias
Nos dias 6 e 7 de novembro aconteceu o II Encontro do Fórum Regional Paraná e Santa Catarina, do Diálogo Florestal para a Mata Atlântica e Pampa, uma iniciativa que reúne empresas do setor florestal e organizações ambientalistas e que vêem discutindo e implementando ações destinadas a conservação da biodiversidade associadas às operações da produção florestal.
O II Encontro foi coordenado pela Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), The Nature Conservancy (TNC), Klabin e Rigesa, e contou com a presença de 30 representantes de organizações ambientalistas e empresas do setor florestal. O encontro aconteceu no Parque Natural Municipal da Mata Atlântica em Atalanta, Santa Catarina.
Os fóruns regionais têm como objetivo discutir e encaminhar soluções em nível local para os temas que dizem respeito à silvicultura e à conservação. Além disso, os fóruns regionais têm mais condições do que o fórum nacional de colocar projetos efetivamente em andamento, comentou Miriam Prochnow, Coordenadora de Políticas Públicas da Apremavi e atual Secretária Executiva do Fórum Nacional do Diálogo.
Neste II Encontro aconteceram as reuniões dos Grupos de Trabalho (GTs) do Projeto Piloto e do Fomento e seus resultados e encaminhamentos foram discutidos em reunião plenária, para a definição das ações regionais.
O GT do Projeto Piloto definiu uma região geográfica onde será realizado um diagnóstico e montado um banco de dados, que servirá para definir as ações a serem implementadas na região. As informações a serem sistematizadas e compiladas são:
- Áreas georeferenciadas de empresas contendo perímetro de fazendas, áreas de preservação permanente, alocação de reservas legais e áreas de vegetação nativa não alocadas como reserva legal;
- Áreas georeferenciadas de atuação das ONGs contendo pontos de atuação e/ou perímetro de projetos (áreas próprias, RPPNs,…), dando sempre preferência para o último;
- Unidades de Conservação e Terras Indígenas;
- Áreas de desmatamento/ameaças
- Existência de ações do Projeto Microbacias
- Dados sobre as Prefeituras (conselhos, fundo de meio ambiente e plano diretor)
- Mapa de planejamento de empreendimentos (hidrelétricos, industriais, infraestutura, etc.)
Já o GT do Fomento, fez uma análise detalhada dos critérios já aprovados no Fórum do Sul e Extremo Sul da Bahia (em anexo) e referendados pelo Fórum Nacional, propondo uma adequação para a realidade local. Os critérios foram revistos pela plenária e agora serão discutidos internamente nas empresas.
Durante o evento também foi apresentado o Programa de Constituição da Reserva legal da Klabin, vide apresentação anexa. A Apremavi também fez a apresentação do Programa Matas Legais, em parceria com a Klabin, e do projeto de Recuperação de APPs, em parceria com a Adami.
Além de todas essas discussões, os participantes tiveram a oportunidade de conhecer de perto os projetos da Apremavi, em especial o Viveiro de Mudas Nativas Jardim das Florestas , alguns plantios do Programa Clima Legal e o Parque Natural Mata Atlântica.
O próximo encontro acontecerá em março de 2009, na cidade de Caçador e contará com o apoio da ONG Gato do Mato e da empresa Adami, além das organizações que já fazem parte da coordenação do Fórum.
O Diálogo Florestal para a Mata Atlântica e Pampa, em nível nacional, é atualmente coordenado pelas seguintes organizações não-governamentais: Instituto BioAtlântica, The Nature Conservancy (TNC), Conservação Internacional (CI), Biodiversitas e Apremavi; e pelas seguintes empresas do setor de papel e celulose: Rigesa/MeadWestvaco, Suzano Papel e Celulose, Veracel Celulose, Cenibra e VCP.
O objetivo geral do Diálogo é construir uma visão comum entre empresas e ambientalistas, para a promoção de ações efetivas em prol da conservação da biodiversidade associadas às operações de produção florestal, e ampliar a escala dos esforços e gerar benefícios tangíveis, tanto para os participantes do Diálogo quanto para a sociedade em geral.
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