Louro-pardo, uma árvore de luxo

Louro-pardo, uma árvore de luxo

Louro-pardo, uma árvore de luxo

O louro-pardo (Cordia trichotoma) é uma espécie de árvore nativa da América do Sul ocorrendo no Brasil, Argentina e Paraguai. Em terras brasileiras pode ser encontrada em todas as regiões, nos seguintes tipos de vegetação: área antrópica, Caatinga (stricto sensu), Cerrado (lato sensu), Floresta Estacional Decidual, Floresta Estacional Semidecidual e Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial).

A árvore pode alcançar 35 metros de altura, com tronco reto e cilíndrico, dando fustes de 10 a 20 metros. Suas flores são pequenas, brancas, perfumadas e com floração vistosa, observada de janeiro a julho, e possui propriedades melíferas. A produção de sementes ocorre a cada dois anos e a dispersão de frutos e sementes é anemocórica, ou seja, se dá pelo pelo vento.

O louro-pardo apresenta melhor crescimento nas áreas sem geadas rigorosas. Em seus primeiros anos de vida, é sensível ao frio e sofre com as geadas tardias. Sua plantação é mais recomendada para plantios em locais com temperatura média de 18 ºC. Além disso, é uma espécie exigente com relação ao tipo de solo, assim os plantios devem ser feitos em solos de fertilidade química média a alta, profundos, bem drenados e com textura que varia de franca a argilosa. 

É uma das espécies nativas com maior potencial para o plantio com fins econômicos, especialmente nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, por apresentar uma combinação de aspectos favoráveis, como crescimento rápido, boa forma, madeira de qualidade, frutificação abundante e facilidade de produção de mudas.

Em relação aos seus aspectos ecológicos, é considerada uma espécie secundária inicial a secundária tardia, sendo recomendada para a restauração em locais sem inundação.  A Apremavi produz mudas de louro-pardo no viveiro Jardim das Florestas, para utilização em projetos de recuperação de áreas degradadas.

Louro-pardo em Teresina (PI). Foto: Izamoi Nam, CC BY-SA 4.0, via Wikimedia Commons

Árvore, mudas, flores e sementes de Louro-pardo (Cordia trichotoma). Fotos: Arquivo Apremavi e Izamoi Nam, CC BY-SA 4.0, via Wikimedia Commons

Louro-pardo

Nome científico: Cordia trichotoma (Vell.) Arráb. Ex Steud
Família: Boraginaceae
Utilização: madeira utilizada para fabricação de móveis, peças decorativas e pequenos barcos. Utilizada para paisagismo de forma geral.
Coleta de sementes: diretamente da árvore quando se observar que as inflorescências estiverem secas.
Época de coleta de sementes: janeiro a maio.
Fruto: alado, inflorescência seca quando madura, cálice aderente ao fruto.
Flor: branca.
Crescimento da muda: rápido.
Germinação: normal.
Plantio: mata ciliar, área aberta, sub-bosque.
Observação: a semente permanece aderida ao fruto.

 

Referências: 

CARVALHO, P. E. R . Espécies arbóreas brasileiras, 2014.

Carvalho, P. E. R. Louro pardo, 2002.

Cordia in Flora e Funga do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <https://floradobrasil.jbrj.gov.br/FB16536>. Acesso em: 29 ago. 2023.

PROCHNOW, M. (org). No Jardim das Florestas. Rio do Sul: APREMAVI, 2007.

LORENZI, H. Árvores  brasileiras: um manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil, vol. 1, 3 ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2000.

http://www.tropicalflora.com.br/tropicalflora/pt/ajxDetTexto.php?codtexto=45&codcategoria=25. Acesso em: 20 de fev.2009.

 

Autoria: Equipe Apremavi.
Revisão: Thamara Santos de Almeida e Vitor Lauro Zanelatto.

Feijoa, a nossa goiaba-da-serra

Feijoa, a nossa goiaba-da-serra

Feijoa, a nossa goiaba-da-serra

A goiaba-da-serra, também conhecida como feijoa, goiaba-serrana, goiaba-crioula ou araçá-do-rio-grande é uma frutífera nativa da Mata Atlântica do Sul do Brasil, encontrada na floresta com araucárias. Suporta bem o frio, sendo uma espécie importante para plantios de restauração.

A goiaba-da-serra tem formato arbustivo, com altura variando de 2 a 5 metros de altura, o que facilita a colheita dos frutos. Seu fruto verde possui casca bastante espessa e em geral é consumido in natura e de “colherinha” como se diz na região meio oeste de Santa Catarina. O fruto doce-acidulado e com excelente aroma também serve para a produção de sucos, geleias e sorvetes.

As flores da goiaba-da-serra são muito vistosas, com pétalas
carnudas e estames vermelhos.  As pétalas das flores podem ser utilizadas em saladas. Como são muito saborosas são bastante apreciadas pelas aves, que funcionam como polinizadores da planta. Ao se “sujarem” de pólem acabam levando o pólem de uma planta para outra. Pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), chegaram a observar nove espécies de pássaros se alimentando em um único pé de goiaba-da-serra, em Gramado (RS), entre eles o sanhaço-cinzento (Thraupis sayaca) e a saíra-preciosa (Tangara preciosa). O sanhaço foi avistado alimentando os filhotes no ninho com os pedacinhos de pétalas.

As flores vistosas fazem com que a espécie seja muito usada para ornamentação. A goiaba-da-serra também tem sido apontada como uma espécie de grande potencial ecológico, exatamente por ser muito atrativa à avifauna.

Apesar de ser nativa do Brasil, as raras frutas que podem ser encontradas nos mercados, são normalmente provenientes de plantações feitas na Colômbia. Mesmo tendo um enorme potencial econômico, os plantios para fins comercias no Brasil ainda são raros, por conta da fragilidade do fruto, cuja armazenagem não pode ultrapassar de 2 a 3 semanas, e pelo fato da espécie ainda não estar completamente domesticada.

O viveiro Jardim das Florestas da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) produz mudas de goiaba-da-serra para serem utilizadas em projetos de recuperação de áreas e paisagismo. Um dos projetos executados pela Apremavi que utiliza essa espécie é o Projeto Araucária, patrocinado pela Petrobras.

Sanhaçu de encontro azul (Thrapis cyaniptera)​, um dos apreciadores da goiaba-da-serra. Foto: Acervo Apremavi.

Goiaba-da-serra

Nome científico: Acca sellowiana (O. Berg.) Burret.
Família: Myrtaceae.
Utilização: Madeira utilizada para lenha e obras em geral. Seus frutos são comestíveis e podem ser transformados em geleias, sucos, doces, etc. Muitos animais se alimentam desta espécie que pode também ser utilizada para o paisagismo urbano.
Coleta de sementes: Diretamente da árvore quando começa a queda espontânea dos frutos.
Fruto: O fruto é classificado como um pseudofruto do tipo pomo, casca verde, baga com formato oblongo, polpa cor gelo, tem diâmetro de 3 a 5 cm.
Frutificação: Fevereiro a Maio.
Flor: Vermelha com branco
Crescimento da muda: Médio.
Germinação: Normal.
Plantio: Mata ciliar, área aberta.

Autora: Marluci Pozzan.
Colaboração: Edilaine Dick e Miriam Prochnow.
Fontes Consultadas:

AMARANTE, C .V. T.; SANTOS, K. L. Goiabeira-serrana (Acca sellowiana). Rev. Bras. Frutic. vol.33 no.1 Jaboticabal Mar. 2011.

BARNI, E.J.; DUCROQUET, J.P.; SILVA, M.C.; NETO, R.B.; PRESSER, R.F.Potencial de mercado para goiabeira-serrana catarinense. Florianópolis: Epagri, 2004. 48p. (Documento, 212).

DEGENHARDT, J. et al. Morfologia floral da goiabeira serrana (feijoa sellowiana) e suas implicações na polinização. Rev. Bras. Frutic. vol.23 no.3 Jaboticabal Dec. 2001.

LORENZI, H. Eugenia uniflora L. In: LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa: Plantarum, 1992. p. 254.

MONDIN, C. A., EGGERS, L. FERREIRA, P. M. A. (Org). Catálogo ilustrado de plantas – espécies ornamentais da PUCRS. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2010.

PROCHNOW, M. (Org.). No Jardim das Florestas. Rio do Sul. Apremavi: 2007.

QUADROS, K. E. et al. Estudo anatômico do crescimento do fruto em Acca sellowianaBerg. Rev. Bras. Frutic. vol.30 no.2 Jaboticabal June 2008.

http://planetasustentavel.abril.com.br/blog/biodiversa/feijoa-guardem-bem-este-nome/

Grumixama, a surpresa de Natal da Mata Atlântica

Grumixama, a surpresa de Natal da Mata Atlântica

Grumixama, a surpresa de Natal da Mata Atlântica

No Natal da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) uma coisa é certa: não pode faltar aquela cesta cheia de frutas deliciosas colhidas direto do Jardim das Florestas. Dentre as opções que enchem os nossos olhos e também o dos pássaros está a Grumixama (Eugenia brasiliensis).

Nativa da Mata Atlântica a Grumixama é uma árvore de porte médio, altamente resistente à variação climática, que ocorre do sul da Bahia até Santa Catarina.

É uma árvore elegante com flores brancas de muito perfume, dotada de copa densa e estreita. Quando adulta, pode alcançar até 15 metros de altura.

A madeira é própria para obras de marcenaria comum, carpintaria e forros. Podem também ser utilizadas para preparar sucos, licores, aguardentes, vinagres e doces (Veja abaixo receita de Cheescake).

Acredita-se que a Grumixama é rica em antioxidantes e tem alto teor de vitamina C, do complexo B (B1 e B2) e flavonoides. Pode ser usada como expectorante para cessar a tosse, quando feito um xarope com a sua casca e um pouco de mel.

A origem do nome Grumixama, segundo o vocabulário Tupi-Guarani, provém de “guamichã”: o que pega na língua. A fruta deve “pegar na língua” por ser bastante palatável e com sabor inigualável, misto de pitanga e jabuticaba.

Na época de frutificação (novembro-dezembro) são as árvores repletas de frutos que fazem o convite para o início da festa das crianças e também dos adultos, que depois experimentar in natura várias frutinhas (é impossível comer uma só!) ainda levam mais um pouco para casa.

Como toda frutífera nativa a grumixama serve como alimento para a fauna e, apesar do seu crescimento lento, é muito utilizada nos projetos de restauração florestal.

Neste Natal, enquanto a natureza nos mostra cada dia mais que devemos valorizar a nossa biodiversidade, a Apremavi convida você a apreciar a beleza e os sabores da Mata Atlântica.

Fartura de grumixama. Foto: Miriam Prochnow.

Grumixama

Nome científico: Eugenia brasiliensis Lam.
Família: Myrtaceae
Utilização: Madeira utilizada para obras de torno, carpintaria. Bom potencial para paisagismo. Bastante cultivada para produção de frutos, que são saborosos e consumidos principalmente ao natural. São atrativos para a avifauna.
Época de coleta de sementes: Novembro a dezembro.
Coleta de sementes: Diretamente da árvore ou no chão após a queda dos frutos.
Fruto: Amarelo, vermelho ou preto carnoso.
Flor: Branca.
Crescimento da muda: Médio.
Germinação: Normal.
Plantio: Mata ciliar, área aberta.

Hora da receita:

Cheesecake de Grumixama

Ingredientes

Para a base de biscoito:
200 gramas de biscoito doce tipo Maria
100 gramas de manteiga sem sal
Para a cheesecake:
400 gramas de cream cheese
3 ovos
1 gema
100 gramas de açúcar refinado
20 gramas de farinha de trigo
300 ml de leite
Essência de baunilha

Para a geleia de grumixama:
500 gramas de polpa de grumixama
100 gramas de açúcar refinado
Suco de 1 limão

Modo de Preparo

Base de biscoito
Triture os biscoitos-maria no liquidificador. Em seguida, derreta a manteiga e misture-a com a farinha de biscoito. Com essa massa, forre o fundo de uma assadeira redonda.

Cheesecake
Em uma batedeira, bata o cream cheese com os ovos, a gema e o açúcar refinado, e deixe homogeneizar um pouco. Depois, acrescente o leite, a essência de baunilha, e lentamente, a farinha. Continue batendo até obter um creme homogêneo e fofo.
Despeje, então, o creme sobre a base de biscoito e asse em forno aquecido a 180ºC por, aproximadamente, 45 minutos. Reserve.

Geleia de grumixama
Em uma panela, cozinhe todos os ingredientes até reduzir pela metade. Depois de frio é só jogar por cima do cheesecake e servir.

Autoras: Tatiana Arruda Correia.
Colaboração: Miriam Prochnow.

Fontes Consultadas:

LORENZI, H. Árvores Brasileiras. Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil. São Paulo: Instituto Plantarum, 2008.

PROCHNOW, M. No Jardim das Florestas. Rio do Sul: Apremavi, 2007.

MAGALI, A. Benefícios da Grumixama. Acessado em: http://www.frutasnobrasil.com/beneficios_grumixama.html.

RIGO, N. É hora de colher grumixama. Acessado em:
http://come-se.blogspot.com.br/2011/11/e-hora-de-colher-grumixama.html

Guabiroba, um gostinho inconfundível

Guabiroba, um gostinho inconfundível

Guabiroba, um gostinho inconfundível

A guabiroba (Campomanesia xanthocarpa) também conhecida como gabiroba é uma planta da família das Myrtaceae. É uma espécie nativa, mas não endêmica de nosso país, que ocorre na Mata Atlântica e no Cerrado. É uma árvore mediana, varia de 10 a 20 m de altura, dotada de copa alongada e densa.  Tronco ereto e com caneluras de 30 a 50 cm de diâmetro com casca fissurada e de cor marrom. Folhas simples, opostas, membranáceas, frequentemente assimétricas, brilhantes, com nervuras impressas na face superior e salientes na inferior.

A planta é pouco exigente de cuidados, crescimento rápido a médio, resistente ao frio, abundante nas partes úmidas das matas, produzindo anualmente grande quantidade de frutos e sementes. Ao se extrair as sementes do fruto, as mesmas devem ser semeadas logo, uma vez que perdem rapidamente a capacidade de germinar. Curiosamente um quilo de sementes contêm aproximadamente 13.000 unidades.

A guabiroba é rica em proteínas, carboidratos, niacina, sais minerais, vitaminas do complexo B. Além do consumo in natura, a gabiroba pode ser aproveitada na forma de sucos, doces, sorvetes, pudins e ainda servir de matéria-prima para saborosos licores. Frutifica de dezembro a maio.

Segundo informações populares, tem boas qualidades medicinais especialmente para tratamentos gastrointestinais, como a diarreia. As folhas da gabiroba em infusão podem ser usadas como um relaxante muscular através de banhos de imersão, e assim aliviar dores. Importante ressaltar que para o uso de medicamentos fitoterápicos a orientação médica é imprescindível.

Os frutos da gabiroba servem de alimento para grande número de pássaros, pequenos mamíferos, peixes e até répteis, como o lagarto-teiú (Tupinambis teguixin), que juntamente com o muriqui (Brachyteles arachnoides), representam os dois principais agentes dispersores de suas sementes. Esse aspecto a torna uma espécie chave nos plantios de restauração da Mata Atlântica, especialmente para áreas de matas ciliares.

A madeira é moderadamente pesada, dura, resistente, textura média e de boa durabilidade natural. É empregada para tabuado em geral, para confecção de instrumentos musicais e cabos de ferramentas.

O nome guabiroba é de origem Tupi e segundo estudiosos, quer dizer “árvore de casca amarga”, importante elemento de reconhecimento da espécie, aliás, a casca do tronco da gabirobeira, como a da maioria das Mirtáceas, vai se desprendendo em lascas e deixando grandes manchas mais claras por toda a sua extensão, o que lhe confere um bonito aspecto.
A gabirobeira é ainda utilizada na arborização em geral, graças a sua bela conformação ornamental, principalmente na primavera, quando sua copa se enche de pequenas flores brancas, dando um agradável e relaxante sensação de limpeza e claridade ao ambiente. A espécie é indicada para reflorestamentos em áreas degradadas, matas ciliares e é amplamente cultivada nos pomares domésticos.

Muda de guabiroba. Foto: Acervo Apremavi.

Guabiroba

Nome científico: Campomanesia xanthocarpa
Família: Myrtaceae
Utilização: empregada para tabuado em geral, para confecção de instrumentos musicais e cabos de ferramentas. Seus frutos são comestíveis, servindo de alimento para vários animais.
Coleta de sementes: os frutos são colhidos diretamente da árvore quando iniciarem a queda espontânea, durante os meses de novembro a janeiro.
Fruto: Amarelo, arredondado, de aproximadamente 2 cm, contendo até 4 sementes.
Flor: branca.
Crescimento da muda: médio.
Germinação: normal de 15 a 30 dias e geralmente a taxa de germinação é alta.
Plantio: Mata ciliar, áreas abertas ou sub-bosques, pomares domésticos e arborização urbana.

Autoras: Daiana Tânia Barth e Miriam Prochnow.

Fontes Consultadas:

LORENZI, H. Eugenia uniflora L. In: LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Volume 1. Nova Odessa: Plantarum, 1992. p. 257.

PROCHNOW. M. No Jardim das Florestas. Rio do Sul: Apremavi, 2007.

http://www.plantasquecuram.com.br/ervas/guabiroba.html#.UVs1U6KG1vA disponível em 15/05/2013 às 17h38.

http://nossasarvores.greennation.com.br/content/tree_specie/6 disponível em 02/04/2013 às 17h52.

http://frutasefloresexoticas.blogspot.com.br/2008/05/guabiroba.html disponível em 02/04/2013 às 17h56.

http://www.colecionandofrutas.org/campomanesiaxantoc.htm disponível em 03/04/2013 às 08h40.

Paineira-rosa, uma beleza singular

Paineira-rosa, uma beleza singular

Paineira-rosa, uma beleza singular

A Paineira-rosa, como é conhecida, ocorre naturalmente nos estados da Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Distrito Federal.

Ela chega a medir até 20 metros de altura, tem o tronco cinzento-esverdeado com estrias. O tronco das paineiras tem boa capacidade de sintetizar clorofila, isto auxilia o crescimento mesmo quando a árvore está despida de folhas.

As folhas caem na época da floração. São grandes, com cinco pétalas rosadas com pintas vermelhas e bordas brancas. Há uma variedade menos comum, com flores brancas.

Os frutos são cápsulas verdes, e quando maduras arrebentam expondo as sementes envoltas em fibras finas e brancas que auxiliam na flutuação.

A partir dos vinte anos de idade aproximadamente, os espinhos costumam começar a cair na parte baixa do caule, e, gradualmente, também caem das partes mais altas. Diz-se no Brasil que isto permite à árvore receber ninhos de pássaros, o que seria impossível de acontecer quando ela está com espinhos longos e pontiagudos, assim, flores e frutos já não estão presentes, a árvore continua dando sua contribuição hospedando os passarinhos.

A madeira da paineira-rosa é bastante leve, mole e pouco resistente, além de não ter boa durabilidade. Pode ser utilizada na confecção de calçados, caixotaria, celulose e artesanato. A paina é uma fibra fina e sedosa, mas pouco resistente, não sendo muito aproveitada na confecção de tecidos, mas é usada como preenchimento de travesseiros e brinquedos de pelúcia.

Por terem crescimento rápido são bastante populares na recuperação de áreas degradadas. A paineira-rosa é uma planta excelente para o paisagismo de grandes áreas, como parques e jardins públicos, devido ao seu rápido crescimento e beleza. A floração é intensa e ocorre no verão e outono, com a árvore semi ou completamente despida de sua folhagem.

É uma árvore tropical, mas tolera o frio, desde que não seja muito intenso. Deve ser cultivada em solos férteis irrigados a intervalos regulares, sempre sob sol pleno. Multiplica-se facilmente por sementes, que germinam e se desenvolvem rapidamente. Pode se multiplicar por estacas, embora mais raramente, sendo este método empregado em regiões muito frias.

Muda de Paineira-rosa. Foto: Acervo Apremavi.

Paineira-rosa

Nome científico: Chorisia speciosa A. St.-HIl
Família: Bombocaceae
Utilização: madeira utilizada para fabricação de caixas, canoas e celulose. Espécie utilizada para paisagismo e grandes áreas e jardins.
Coleta de sementes: diretamente da árvore.
Época de coleta de sementes: setembro a outubro.
Fruto: verde escuro, oval, contendo várias sementes por fruto, envoltas com paina, possuindo aproximadamente 20 cm.
Flor: rosa.
Crescimento da muda: rápido.
Germinação: rápida.
Plantio: mata ciliar, área aberta, solo degradado.

* Os dados sobre usos medicinais das espécies nativas são apenas para informação geral. O uso de medicamentos fitoterápicos deve ser seguido de orientações médicas.

Fontes consultadas

PROCHNOW. M. No Jardim das Florestas. Rio do Sul: Apremavi, 2007.

Autora: Geraldine Marques Maiochi.

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