SOS Legislação Ambiental

A iniciativa dos professores e pesquisadores de Santa Catarina de lançar o manifesto "Criação do código ambiental catarinense: uma reflexão sobre as enchentes e os deslizamentos", merece elogios e todo apoio. O documento mostra que existem pessoas abnegadas e serenas, além de preocupadas com o bem estar geral, que conseguem trazer luz para a discussão desta catástrofe e procuram evitar algo pior no futuro.

O documento, além de oportuno, é muito importante, especialmente neste momento em que forças políticas retrógradas e com interesses imediatistas, investem contra a legislação ambiental na Assembléia Legislativa de Santa Catarina, no Congresso Nacional e no CONAMA. O termo “retrógrado” ficará explicado ao longo deste texto.

É necessário mencionar que Santa Catarina e o Vale do Itajaí, em particular, sempre conviveram com enchentes, um fenômeno natural, que ocorre mesmo em regiões não desmatadas. No entanto, em regiões não desmatadas e naquelas em que as APPs (em geral áreas de risco natural) não estão ocupadas por moradias ou outros itens de infra-estrutura, as conseqüências econômicas e sociais são bem menores, em especial aquelas que implicam em perda de vidas humanas.

Tristemente, nos últimos 8 anos, de acordo com dados da Fundação SOS Mata Atlântica e do INPE, o Estado de Santa Catarina é apontado como o campeão nacional de desmatamento da Mata Atlântica. Um título que certamente envergonha a maioria dos catarinenses e que é resultado das iniciativas contra o meio ambiente que vem sendo corroboradas por diversos representantes políticos e governamentais do Estado.

Infelizmente o Governo e alguns parlamentares de Santa Catarina tem atuado em todas as frentes possíveis (Assembléia Legislativa de SC, Congresso Nacional, CONAMA) para acabar ou flexibilizar a legislação que protege as áreas de preservação permanente e a reserva legal, visando ampliar as possibilidades de ocupação de áreas de risco, sob discursos sem nenhuma consistência técnica ou científica. Alegam que sem a ocupação dessas áreas o Estado de SC fica inviabilizado e os pequenos produtores irão à falência.

Se não bastasse isso, o Governador de SC também tem atuado fortemente contra a criação de Unidades de Conservação. Em 2005 entrou com a Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 3646, com requerimento de medida liminar para a suspensão da eficácia do art. 22 e seus parágrafos 5º e 6º da Lei nº 9.985, de 18.07.2000. Com isso, na prática o Governador quer impedir a criação de novas áreas protegidas.

Essa iniciativa contra as Unidades de Conservação não se restringe apenas ao discurso e às Ações na Justiça. Um exemplo desse absurdo é encaminhamento recente do Projeto de Lei à Assembléia Legislativa que visa reduzir significativamente o Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, para atender interesses de especuladores, fato esse inclusive denunciado por representantes da Assembléia Legislativa e por funcionários da Fundação do Meio Ambiente (FATMA). Só para lembrar, a maior parte da água consumida pela população da grande Florianópolis vem de dentro do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro.

Tem mais, o Governo de SC também impetrou ações na justiça contra o Parque Nacional da Serra do Itajaí, o Parque Nacional das Araucárias e a Estação Ecológica da Mata Preta além de apoiar ações na justiça e usar o poder político contra a criação do Parque Nacional do Campo dos Padres e do Refúgio de Vida Silvestre do Rio Pelotas.

No entanto, é importante destacar também que já houve época em que Santa Catarina era destaque nacional em ações em prol da conservação da natureza. Apenas para rememorar um exemplo: em 1989 foi aprovada por unanimidade na Câmara dos Deputados e depois referendada no Senado Federal a Lei nº 7.803, de autoria do Deputado Artenir Werner, natural de Rio do Sul no Alto Vale do Itajaí, uma das cidades atingidas pelas grandes enchentes de 1983 e 1984.

O Deputado Artenir Werner, que era madeireiro, propôs o manejo sustentado das florestas e a alteração das faixas de APP. Uma das justificativas do Deputado para dar maior rigor à legislação sobre as APPs: “Seja ampliada, ao longo dos rios, a inexpressiva faixa marginal de vegetação, cuja preservação a lei exige. Tão estreita (era de apenas 5 metros em cada lado da margem para os rios com até 10 metros de largura), ela expõe os cursos d´água e os seres vivos aí existentes às ações adversas, que naturais ou antropogênicas, e a efeitos danosos para os ecossistemas”. (Fonte: anais da Câmara dos Deputados).

Outro argumento utilizado à época para ampliar as faixas de APP e estender claramente o regime jurídico das APPs também para as áreas urbanas foi o de que os prejuízos econômicos e em vidas humanas decorrentes das grandes enchentes em SC, de 1983 e 1984, teriam sido menores se estas faixas de APP fossem maiores. Neste sentido o Congresso Nacional, aprovou o Projeto do Deputado Artenir Werner, que alterou o art. 2º da Lei 4771, de 1965, acrescentando o texto abaixo:

“Art. 1º A Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965, passa a vigorar com as seguintes alterações:

I – o art. 2º passa a ter a seguinte redação:

"Art. 2º …………………………………………………………………..

a) ao longo dos rios ou de qualquer curso d’água desde o seu nível mais alto em faixa marginal cuja largura mínima seja.

1) de 30 (trinta) metros para os cursos d’água de menos de 10 (dez) metros de largura;

2) de 50 (cinqüenta) metros para os cursos d’água que tenham de 10 (dez) a 50 (cinqüenta) metros de largura;

3) de 100 (cem) metros para os cursos d’água que tenham de 50 (cinqüenta) a 200 (duzentos) metros de largura;

4) de 200 (duzentos) metros para os cursos d’água que tenham de 200 (duzentos) a 600 (seiscentos) metros de largura;

5) de 500 (quinhentos) metros para os cursos d’água que tenham largura superior a 600 (seiscentos) metros;

c) nas nascentes, ainda que intermitentes e nos chamados olhos d’água, qualquer que seja a sua situação topográfica, num raio mínimo de 50 (cinqüenta) metros de largura;

……………………………………………….

g) nas bordas dos tabuleiros ou chapadas, a partir da linha de ruptura do relevo, em faixa nunca inferior a 100 (cem) metros em projeções horizontais;

h) em altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) metros, qualquer que seja a vegetação.

Parágrafo único. No caso de áreas urbanas, assim entendidas as compreendidas nos perímetros urbanos definidos por lei municipal, e nas regiões metropolitanas e aglomerações urbanas, em todo o território abrangido, observar-se-á o disposto nos respectivos planos diretores e leis de uso do solo, respeitados os princípios e limites a que se refere este artigo." (Grifo nosso).

Aproveitamos para relembrar que em 1984 morávamos numa casa de madeira, alugada, na cidade de Ibirama (SC), num desses loteamentos feitos numa encosta de morro com declividade de aproximadamente 20º. As ruas do loteamento foram construídas de baixo para cima do morro, retas, e as casas, uma ao lado da outra, construídas em pequenos patamares, com barrancos (ou muros) de uns 2 a 3 metros de altura ao lado de cada casa. A nossa casa, assim como outras casas na cidade, foi atingida por desbarrancamento. No nosso caso, foram apenas prejuízos materiais, visto que não havia ninguém dentro de casa na hora do desbarrancamento. A experiência vivida naquelas enchentes trouxe a certeza de que era necessário ampliar as faixas de APP e defender a sua conservação.

Cabe também mencionar que não apenas alguns políticos de SC, mas também políticos de outros estados, além de outras autoridades públicas e representantes de setores empresariais, não raro, defendem mudanças no Código Florestal, especialmente a diminuição das faixas e percentuais de APPs e Reservas Legais, e a possibilidade de construção em áreas de risco. A título de exemplo basta verificar as inúmeras iniciativas que ocorreram nos últimos anos envolvendo as discussões do Projeto de Lei 3057, que tramita na Câmara dos Deputados e trata do parcelamento do solo urbano.

Diante da gravidade da catástrofe de Santa Catarina, da perda de mais de uma centena de vidas humanas, de centenas de milhões de reais em prejuízos econômicos é o momento de denunciar esta proposta de “Código Ambiental de Santa Catarina” e trabalhar pela sua não aprovação, pois na verdade trata-se de um código contra a conservação do meio ambiente. Além disso, é necessário denunciar e trabalhar contra a aprovação de todas as outras iniciativas contra o meio ambiente, especialmente aquelas que querem acabar com as APPs, a Reserva Legal e as Unidades de Conservação, visto que ao fim e ao cabo, tais iniciativas acabam se voltando contra o bem estar e a segurança da sociedade.

Miriam Prochnow – Especialista em Ecologia
Wigold B. Schaffer
– Administrador

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Uma reflexão sobre a Tragédia em Santa Catarina

Criação do código ambiental catarinense:

uma reflexão sobre as enchentes e os deslizamentos

Blumenau, 28 de novembro de 2008

As imagens de morros caindo, de desespero e morte, de casas, animais e automóveis sendo tragados por lama e água, vivenciadas por centenas de milhares de pessoas no Vale do Itajaí e Litoral Norte Catarinense nos últimos dias, são distintas, e muito mais graves, das experiências de enchentes que temos na memória, de 1983 e 1984.

Por que tudo aconteceu de forma tão diferente e tão trágica? Será que a culpa foi só da chuva, como citam as manchetes? Nossa intenção não é apontar culpados, mas mencionar alguns fatos para reflexão, para tentar encaminhar soluções mais sábias e duradouras, e evitar mais e maiores problemas futuros.

Houve muita chuva sim. No médio vale do Itajaí ocorreu mais que o dobro da quantidade de chuva que causou a enchente de agosto de 1984. Aquela enchente foi causada por 200 mm de chuva em todo o Vale do Itajaí. Agora, em dois dias foram registrados 500 mm de precipitação, ou seja, 500 litros por metro quadrado, mas somente no Médio Vale e no Litoral.

A quantidade de chuva de fato impressiona. Segundo especialistas do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), a floresta amazônica é a principal fonte de precipitações de grande parte do continente e tudo o que acontecer com ela modificará de maneira decisiva o clima no Sul e no norte da América do Sul. Assim, as inundações de Santa Catarina e a seca na Argentina seriam atribuídas à fumaça dos incêndios florestais, que altera drasticamente o mecanismo de aproveitamento do vapor d’água da floresta amazônica. Outros especialistas discordam dessa hipótese e afirmam que houve um sistema atmosférico perfeitamente possível no Litoral Catarinense.

Existe uma periodicidade de anos mais secos e anos mais úmidos, com intervalo de 7 a 10 anos, e entramos no período mais úmido no ano passado. Esse mecanismo faz parte da dinâmica natural do clima. De qualquer forma, outros eventos climáticos como esse são esperados e vão acontecer.

Mas o Vale do Itajaí sabe lidar com enchentes melhor do que qualquer outra região do país. Claro que muito pode ser melhorado no gerenciamento das cheias, à medida que as prefeituras criarem estruturas de defesa civil cada vez mais capacitadas e à medida que os sistemas de monitoramento e informação forem
sendo aperfeiçoados.

De todos os desastres naturais, as enchentes são os mais previsíveis, e por isso mais fáceis de lidar. Os deslizamentos e as enxurradas não. Esses são praticamente imprevisíveis, e é aí que reside o real problema dessa catástrofe.

É preciso compreender que chuvas intensas são parte do clima subtropical em que vivemos. E é por causa desse clima que surgiu a mata atlântica. Ela não é apenas decoração das paisagens catarinenses, tanto como as matas ciliares não existem apenas para enfeitar as margens de rios. A cobertura florestal natural das encostas, dos topos de morros, das margens de rios e córregos existe para proteger o solo da erosão provocada por chuvas, permite a alimentação dos lençóis d´água e a manutenção de nascentes e rios, e evita que a água da chuva provoque inundações rápidas (enxurradas).

A construção de habitações e estradas sem respeitar a distância de segurança dos cursos d’água acaba se voltando contra essas construções como um bumerangue, levando consigo outras infra-estruturas, como foi o caso do gasoduto. Esse é um dos componentes da tragédia.

Já os deslizamentos, ou movimentos de massa, são fenômenos da dinâmica natural da Terra. Mas não é o desmatamento que os causa. A chuva em excesso acaba com as propriedades que dão resistência aos solos e mantos de alteração para permanecerem nas encostas. O grande problema de ocupar encostas é fazer cortes e morar embaixo ou acima deles. Há certas encostas que não podem ser ocupadas por moradias, principalmente as do vale do Itajaí, onde o manto de intemperismo, pouco resistente, se apresenta muito profundo e com vários planos de possíveis rupturas (deslizamento), além da grande inclinação das encostas. E é aí que começa a explicação de outra parte da tragédia que estamos vivendo.

A ocupação dos solos nas cidades não tem sido feita levando em conta que estão assentadas sobre uma rocha antiga, degradada pelas intempéries, e cuja capacidade de suporte é baixa. Através dos cortes aumenta a instabilidade. As fortes chuvas acabaram com a resistência e assim o material deslizou.

A ocupação do solo é ordenada por leis municipais, os planos diretores urbanos. Esses planos diretores definem como as cidades crescem, que áreas vão ocupar e como se dá essa ocupação. Por falta de conhecimento ecológico dos poderes executivo, judiciário e legislativo (ou por não leva-lo em consideração), o código florestal tem sido desrespeitado pelos planos diretores em praticamente todo o Vale do Itajai, e também no litoral catarinense, sob a alegação de que o município é soberano para decidir, ou supondo que a mata é um enfeite desnecessário. Da mesma forma, as encostas têm sido ocupadas, cortadas e recortadas, à revelia das leis da Natureza.

Trata-se de uma falta de compreensão que está alicerçada na idéia, ousada e insensata, de que os terrenos devem ser remodelados para atender aos nossos projetos, em vez de adequarmos nossos projetos aos terrenos reais e sua dinâmica natural nos quais irão se assentar.

A postura não é diferente nas áreas rurais, onde a fiscalização ambiental não tem sido eficiente no controle de desmatamentos e intensidade de cultivos em locais impróprios, como mostram as denúncias frequentes veiculadas nas redes que conectam ambientalistas e gestores ambientais de toda região. A irresponsabilidade se estende, portanto, para toda a sociedade.

Deslizamentos, erosão pela chuva e ação dos rios apresentam fatores condicionantes diferentes, mas todos fazem parte da dinâmica natural. A morfologia natural do terrreno é uma conquista da natureza, que vai lapidando e moldando a paisagem na busca de um equilíbio dinâmico. Erode aqui, deposita ali e assim vai
conquistando, ao longo de milhões de anos, uma estabilidade dinâmica. O que se deve fazer é conhecer sua forma de ação e procurar os cenários da paisagem onde sua atuação seja menos intensa ou não ocorra.

As alterações desse modelado pelo homem foram as principais causas dos movimentos de massa que  ocorreram em toda a região. Portanto, precisamos evoluir muito na forma de gestão urbana e rural e encontrar mecanismos e instrumentos que permitam a convivência entre cidade, agricultura, rios e
encostas.

Por isso tudo, essa catástrofe é um apelo à inteligência e à sabedoria dos novos ou reeleitos gestores municipais e ao governo estadual, que têm o desafio de conduzir seus municípios e toda Santa Catarina a uma crescente robustez aos fenômenos climáticos adversos. Não adianta reconstruir o que foi destruído, sem considerar o equívoco do paradigma que está por trás desse modelo de ocupação. É necessário pensar soluções sustentáveis. O desafio é reduzir a vulnerabilidade.

Uma estranha coincidência é que a tragédia catarinense ocorreu na semana em que a Assembléia Legislativa concluiu as audiências públicas sobre o Código Ambiental, uma lei que é o resultado da pressão de fazendeiros, fábricas de celulose, empreiteiros e outros interesses, apoiados na justa preocupação de pequenos agricultores que dispõe de pequenas extensões de terra para plantio.

Entre outras propostas altamente criticadas por renomados conhecedores do direito constitucional e ambiental, a drástica redução das áreas de preservação permanente ao longo de rios, a desconsideração de áreas declivosas, topos de morro e nascentes, além da eliminação dos campos de altitude (reconhecidas paisagens de recarga de aqüíferos) das áreas protegidas, são dispositivos que aumentam a chance de ocorrência e agravam os efeitos de catástrofes como a que estamos vivendo. Alega o deputado Moacir Sopelsa que a lei ambiental precisa se ajustar à estrutura fundiária catarinense, como se essa estrutura fundiária não fosse, ela mesma, um produto de opções anteriores, que negligenciaram a sua base de sustentação.

Sugerimos que os deputados visitem Luiz Alves, Pomerode, Blumenau, Brusque, só para citar alguns municípios, para aprender que a estrutura fundiária e a urbana é que precisam se ajustar à Natureza. Dela as leis são irrevogáveis e a tentativa de revogá-las ou ignorá-las custam muitas vidas e dinheiro público e privado.

É hora de ter pressa em atender os milhares de flagelados. Não é hora de ter pressa em aprovar uma lei que torna o território catarinense ainda mais vulnerável para catástrofes naturais.

Prof. Dra. Beate Frank (FURB, Projeto Piava)
Prof. Dr. Antonio Fernando S. Guerra (UNIVALI)
Prof. Dra. Edna Lindaura Luiz (UNESC)
Prof. Dr. Gilberto Valente Canali (Ex-presidente da Associação Brasileira de Recursos Hídricos)
Prof. Dr. Hector Leis (UFSC)
João Guilherme Wegner da Cunha (CREA/CONSEMA)
Prof. Dr. Juarês Aumond (FURB)
Prof. Dr. Julio Cezar Refosco (FURB)
Prof. Dr. Lino Fernando Bragança Peres (UFSC)
Prof. Dra. Lúcia Sevegnani (FURB)
Prof. Dr. Luciano Florit (FURB)
Prof. Dr. Luiz Fernando P. Sales (UNIVALI)
Prof. Dr. Luiz Fernando Scheibe (UFSC)
Prof. Dr. Marcus Polette (UNIVALI)
Prof. Dra. Noemia Bohn (FURB)
Núcleo de Estudos em Serviço Social e Organização Popular – NESSOP (UFSC)
Prof. Dra. Sandra Momm Schult (FURB)
Equipe do Projeto Piava (Fundação Agência de Água do Vale do Itajaí).

Se você também quer uma discussão mais aprofundada sobre o Código Ambiental e deseja que os parlamentares saibam disso, acesse o site www.comiteitajai.org.br/abaixoassinado

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O Decreto da Mata Atlântica

A aprovação, após 14 anos de tramitação no Congresso Nacional, da Lei 11.428 de 22.12.2006, conhecida como Lei da Mata Atlântica, foi um passo importantíssimo para a conservação dos remanescentes dessa floresta, que é considerada Patrimônio Nacional e que abrange total ou parcialmente 17 estados brasileiros.

A Apremavi, como integrante da Rede de ONGs da Mata Atlântica, participou ativamente das atividades em prol da Lei da Mata Atlântica e também pela assinatura e publicação do Decreto de regulamentação da Lei.

Por isso, a Apremavi considera que a assinatura do Decreto 6660 no dia 21.11.2008, que regulamenta a Lei 11.428, é outro passo decisivo para a consolidação da legislação que protege a Mata Atlântica e cria uma segurança jurídica, na medida em que estabelece em detalhes “o que”, “como” e “onde” pode haver intervenção ou uso sustentável da floresta e ecossistemas associados. Ele atende reivindicações históricas, principalmente dos pequenos produtores rurais e populações tradicionais.

O Decreto também detalha os tipos de vegetação protegidos pela Lei da Mata Atlântica os quais são delimitados no “Mapa da Área de Aplicação da Lei 11.428, de 2006”, elaborado pelo IBGE. De acordo com o Decreto, o Mapa será disponibilizado nos sítios eletrônicos do IBGE e do MMA e também na forma impressa.

O Mapa elaborado pelo IBGE contempla as configurações originais das seguintes Formações Florestais e Ecossistemas Associados, bem como os encraves florestais e brejos interioranos: Floresta Ombrófila Densa; Floresta Ombrófila Mista, também denominada de Mata de Araucárias; Floresta Ombrófila Aberta; Floresta Estacional Semidecidual; Floresta Estacional Decidual; campos de altitude; áreas das formações pioneiras, conhecidas como manguezais, restingas, campos salinos e áreas aluviais; refúgios vegetacionais; áreas de tensão ecológica; brejos interioranos e encraves florestais, representados por disjunções de Floresta Ombrófila Densa, Floresta Ombrófila Aberta, Floresta Estacional Semidecidual e Floresta Estacional Decidual; áreas de estepe, savana e savana-estépica; e vegetação nativa das ilhas costeiras e oceânicas. O IBGE elaborou o Mapa com base na Lei 11.428, de 2006 e Resoluções do CONAMA que tratam da matéria.

A Lei e o Decreto procuram proteger efetivamente o que restou da Mata Atlântica ao estabelecer que quaisquer novos empreendimentos na região abrangida, sejam preferencialmente implementados em áreas já substancialmente alteradas ou degradadas.

Um destaque importante é que o regime jurídico da Lei e deste Decreto somente se aplica aos remanescentes de vegetação nativa, não interferindo em áreas já ocupadas legalmente com agricultura, cidades, pastagens e florestas plantadas ou outras áreas desprovidas de vegetação nativa.

O Decreto permitirá que a grande parcela da população brasileira que vive na Mata Atlântica, concilie o desenvolvimento socioeconômico com a necessária conservação do que restou deste conjunto de formações florestais e ecossistemas associados, que ainda guarda um dos maiores índices de diversidade de plantas e animais do planeta. O Decreto também vai contribuir para o alcance do “desmatamento ilegal zero” na Mata Atlântica.

O Decreto também estabelece procedimentos simplificados para o uso sustentável da Mata Atlântica para pequenos produtores rurais e população tradicional e os requisitos mínimos necessários para a coleta de subprodutos como folhas, frutos e sementes, manutenção da prática do pousio e até mesmo da exploração de espécies arbóreas pioneiras, tudo em perfeita harmonia com a determinação constitucional de se promover a proteção e o uso sustentável dos recursos naturais.

Além disso ele estimula o plantio de espécies nativas para recuperação de áreas já desmatadas e também para a produção de matéria prima florestal para uso econômico.

Importante lembrar que a qualidade de vida de mais de 110 milhões de brasileiros depende dos serviços ambientais prestados pelos remanescentes de Mata Atlântica, quer na proteção e manutenção de nascentes e fontes de água que abastecem as cidades e comunidades, na regulação do clima, da temperatura, da umidade e das chuvas, como também ao assegurar a fertilidade do solo, garantindo a produtividade das nossas lavouras, e protegendo escarpas e encostas de morros dos processos erosivos.

O Decreto avança também no estabelecimento dos requisitos mínimos para a elaboração do PLANO MUNICIPAL DE CONSERVAÇÃO E RECUPERAÇÃO DA MATA ATLÂNTICA, estabelecido pela Lei com o objetivo de envolver os municípios na conservação e recuperação da Mata Atlântica. O plano municipal poderá ser elaborado em parceria com instituições de pesquisa ou organizações da sociedade civil, devendo ser aprovado pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente.

Só ficou faltando no Decreto a regulamentação do Fundo de Restauração do Bioma Mata Atlântica que é fundamental para que as ações necessárias à conservação e recuperação do Bioma possam efetivamente serem implementadas. Esperamos que essa regulamentação saia na maior brevidade possível.

Agradecemos imensamente a todos que se dedicaram para que mais este avanço na legislação de proteção da Mata Atlântica fosse possível.

Alguns pontos importantes do decreto

O que pode ser feito nos remanescentes de Mata Atlântica?

1 – É livre a exploração eventual, sem propósito comercial direto ou indireto, de espécies da flora nativa provenientes de formações naturais, para consumo nas propriedades rurais, posses das populações tradicionais ou de pequenos produtores rurais, respeitadas a vegetação primária, as espécies ameaçadas e os seguintes limites:

Limites máximos para exploração eventual sem propósito comercial:
– 15 m3 de lenha por ano por propriedade ou posse.
– 20 m3 de madeira a cada 3 anos por propriedade ou posse.

2 – Estimula o Enriquecimento Ecológico da Vegetação secundária, com espécies nativas com vistas a recuperar a biodiversidade dos remanescentes de vegetação secundária.

3 – Estabelece que o Plantio e Reflorestamento com espécies nativas pode ser feito sem autorização dos órgãos ambientais.

4 – Permite o corte e exploração de espécies nativas comprovadamente plantadas, com autorização do órgão ambiental e desde que as mesmas estejam previamente cadastradas junto ao mesmo.

5 – Simplifica o procedimento para autorização do corte ou supressão de vegetação em estágio inicial de regeneração e para o Pousio em áreas de até 2 hectares por ano para pequenos produtores e população tradicional.

6 – Estabelece os critérios para a livre coleta de folhas, frutos e sementes, tais como: períodos de coleta e época de maturação dos frutos e sementes.

7 – Permite a prática do extrativismo sustentável, por intermédio da condução de espécie nativa produtora de folhas, frutos ou sementes, visando a produção e comercialização, e a adoção das regras do Sistema Participativo de Garantia da Qualidade Orgânica nos termos do Decreto no 6.323, de 27 de dezembro de 2007.

8 – Reconhece um conjunto de atividade de uso indireto, que não necessitam de autorização dos órgãos ambientais:
    I – abertura de pequenas vias e corredores de acesso;
    II – implantação de trilhas para desenvolvimento de ecoturismo;
    III – implantação de aceiros para prevenção e combate a incêndios florestais;
    IV – construção e manutenção de cercas ou picadas de divisa de propriedades; e
    V – pastoreio extensivo tradicional em remanescentes de campos de altitude, nos estágios secundários de regeneração, desde que não promova a supressão da vegetação nativa ou a introdução de espécies vegetais exóticas.

9 – Estabelece os critérios para o corte ou exploração de Espécies Florestais Pioneiras em florestas em estágio médio de regeneração de acordo com lista de espécies pioneiras publicada pelo Ministério do Meio Ambiente.

10 – Define como será a compensação por destinação de área equivalente nos casos de supressão de vegetação em função de obras ou empreendimentos legalmente autorizados, dando ao empreendedor a possibilidade de optar entre as seguintes alternativas:

I – destinar área equivalente à extensão da área desmatada, para conservação, com as mesmas características ecológicas, na mesma bacia hidrográfica;
II – destinar, mediante doação ao Poder Público, área equivalente no interior de unidade de conservação de domínio público, pendente de regularização fundiária, localizada na mesma bacia hidrográfica, no mesmo Estado;
III – efetuar a reposição florestal, com espécies nativas, em área equivalente à desmatada, na mesma bacia hidrográfica.

11 – Reconhece a importância da preservação das Espécies Ameaçadas de Extinção, as quais devem receber atenção especial da sociedade e dos órgãos ambientais.

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Apremavi desenvolve atividades com comunidades em Abelardo Luz e Clevelândia

Dando continuidade às atividades de Elaboração do Plano de Ação para Conservação da Estação Ecológica da Mata Preta, durante o período de 10 a 13 de novembro de 2008, foram realizadas reuniões com comunidades e conversas com diferentes atores sociais dos municípios de Abelardo Luz (SC) e Clevelândia (PR).

A Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) está coordenando estes trabalhos, e esteve representada pelo técnico ambiental Marcos Alexandre Danieli.  As reuniões e oficinas foram conduzidas por Larissa Lopes Mellinger e Cecília Brosig representantes da Cinco Reinos – Serviços e Pesquisas Ambientais, empresa que está elaborando o Plano de Ação para a Estação Ecológica (ESEC).

A elaboração deste Plano está sendo feita de forma participativa, junto aos moradores da zona de amortecimento da Unidade de Conservação (UC), dos líderes comunitários, dos representantes dos órgãos governamentais e da sociedade civil dos municípios envolvidos, e demais entidades que contribuam com o estudo.

A metodologia de elaboração do “Plano de Ação” para Unidades de Conservação foi desenvolvida pela The Nature Conservancy (TNC). Este Plano constitui numa importante ferramenta para o monitoramento de áreas de conservação, uma vez que fornece seu zoneamento e é aplicável durante todos os níveis de planejamento. Aliado a estes fatores, fornecerá a base para a posterior elaboração do plano de manejo da ESEC da Mata Preta, documento este que irá orientar a gestão da UC. Auxiliará ainda no estabelecimento de metas e prioridades de conservação, bem como no direcionando dos investimentos a serem aplicados e geridos pelo futuro chefe da unidade.

Nas reuniões com as comunidades, que teve o seguinte slogan: “Venham conversar sobre o que existe e o que precisa ser cuidado nessa mata, quais as principais dificuldades em preservá-la e nos ajude a pensar em como podemos resolver os conflitos relacionados a ela!”,bem como nas conversas com os diferentes atores sociais, foram levantadas informações importantes sobre a Estação Ecológica da Mata Preta, principalmente sobre o que precisa ser conservado nessa mata, quais as principais dificuldades em preservá-la e  de que maneira os conflitos relacionados a ela podem ser resolvidos.

O momento agora é de análise das informações que foram levantadas durante os dias de trabalho, e das informações já existentes sobre a área da UC. Depois deste estudo haverá um outro encontro com as comunidades e diferentes atores sociais para apresentação dos resultados e afinamento das informações.

ONGs pedem à Minc que vista o colete da Mata Atlântica

Durante a semana da Mata Atlântica, que está sendo realizada no Rio de Janeiro desde o dia 16 de novembro e que irá até o dia 21, a Rede de ONGs da Mata Atlântica (RMA), em manifestação pediu ao Ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, para “vestir o colete da Mata Atlântica”.

A manifestação ocorreu no dia 17, no Jardim Botânico, na abertura do seminário nacional. 50 representantes da RMA vestidos com coloridos coletes de papel, com as várias reivindicações para a Mata Atlântica escritas nas costas dos coletes, realizaram uma ciranda na chegada do Ministro ao evento e cantaram cada uma das solicitações.

Já durante a sessão de abertura do seminário na fala de Elizete Siqueira, Coordenadora Geral da RMA, os  representantes devidamente paramentados se levantaram e mostraram novamente para o Ministro e para a platéia suas reivindicações para o Bioma, sendo os coletes colados na frente do palco do evento. Finalizando a manifestação a Coordenadora Geral da RMA, concluindo sua fala, entregou seu colete ao Ministro que o vestiu e ficou com ele durante toda a sessão.

Entre as reivindicações prioritárias da RMA, está a solicitação da publicação imediata do Decreto de Regulamentação da Lei da Mata Atlântica. Segundo anúncio feito pelo Ministro durante o evento, o decreto será assinado ainda esta semana. Confira os principais aspectos do Decreto no anexo.

As costas de vários coletes estampavam as inúmeras Unidades de Conservação que estão com processos prontos no MMA, no ICMBIO e na Casa Civil, aguardando um “OK” para serem criadas. Foram elencadas mais de 20 UCs que aguardam essa aprovação e que são fundamentais para a conservação da biodiversidade na Mata Atlântica. Carlos Minc deu esperanças de que esta semana ainda seriam anunciadas três UCs na Bahia, entre elas a Reserva Extrativista de Cassurubá, que já havia sido assinada pelo Presidente Lula, há um ano atrás, cuja publicação ficou na “geladeira”, por conta das pressões do governo estadual.

Na lista das UCs a serem criadas em Santa Catarina, estavam: o Parque Nacional do Campo dos Padres, cujo colete foi vestido pelo Presidente da Apremavi, Edegold Schäffer; o Refúgio de Vida Silvestre Rio da Prata, colete vestido por Márcia Stefani do Grupo Pau Campeche; e o Refúgio de Vida Silvestre do Rio Pelotas, colete vestido pela representante gaúcha Káthia Monteiro.

Havia também coletes de protesto, com destaque para os seguintes: “Fora decreto das cavernas”, “Não a mudanças no Código Florestal” e “Fora Angra 3”.

Na programação da Semana da Mata Atlântica, também foi realizada a Assembléia Geral da RMA, que teve como destaques a aprovação do Plano de Captação de Recursos, a criação de um Grupo de Trabalho para a regulamentação dos Prêmios “Motosserra” e “Amigo da Mata Atlântica” e o referendum da participação da RMA no Diálogo Florestal.

Já no dia 18, o destaque foi para a apresentação e discussão do Programa Nacional para a Mata Atlântica, que está sendo elaborado sob a coordenação do Núcleo dos Biomas Mata Atlântica e Pampa, do Ministério do Meio Ambiente.

A semana termina no dia 21, com as reuniões do Conselho Nacional da Reserva da Biosfera (CNRBMA) e da Câmara Técnica de Biodiversidade do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA).

Fotos: Miriam Prochnow

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Apremavi participa de capacitação sobre Terceiro Setor

Nos dias 10, 11, 12 e 13 de novembro de 2008, a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), representada pela funcionária Grasiela Hoffmann, participou da Oficina de Capacitação em Gestão do Terceiro Setor na cidade de Colombo (PR).

A oficina teve como objetivo iniciar um novo ciclo do processo de fortalecimento institucional compartilhado com parceiros da AVINA. Além de fornecer embasamento conceitual e informações relevantes que atendam às peculiaridades dos procedimentos e processos de gestão dessas organizações, tanto no que se refere ao desenvolvimento de atividades e projetos quanto nos aspectos referentes à gestão para sustentabilidade institucional. Diminuir as deficiências estruturais de planejamento, organização, direção e controle, peças fundamentais no processo administrativo e, conseqüentemente, no processo de fortalecimento institucional das organizações participantes.

Durante a oficina, foram abordados diversos temas como: direito, aspectos tributários e incentivos fiscais, gestão contábil e prestação de contas de organizações do terceiro setor.

Prorrogado prazo dos editais para formação de conselhos consultivos de UCs.

O processo de formação de um conselho consultivo de uma unidade de conservação envolve diversas etapas, que compreende desde a identificação dos atores sociais, identificação de como a sociedade encontra-se organizada, mobilização dos atores, seleção dos atores, até a formação efetiva do conselho.

Durante o período de 06 a 25 de outubro de 2008, a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) e o ICMbio através do projeto “Elaboração dos planos de manejo da ESEC da Mata Preta e do Parna das Araucárias” trabalharam na mobilização dos atores que já havia sido identificados como potencial para participar dos  conselhos consultivos das referidas UCs, sendo eles: organizações que representem a sociedade civil com atuação direta nos municípios de abrangência das UCs, organizações governamentais, e organizações comunitárias ou entidades que representem os moradores da zona de amortecimento e proprietários de terras da área de abrangência das UCs.

Para isso foram lançados editais específicos para que esses segmentos que estão diretamente ligadas as UCs e que apresentam interesse em participar, preenchessem o seu cadastro.  Além disso, o processo de mobilização envolveu a entrega dos referidos editais nas comunidades localizadas na zona de amortecimento das UCs, nas entidades governamentais identificadas, divulgação dos mesmos em jornais e rádios de abrangência local e regional, e comunicação eletrônica.

No dia 06 de novembro de 2008, o grupo de trabalho responsável pela formação do referido conselho consultivo, composto por representantes do ICMbio, Apremavi e Mater Natura Instituto de Estudos Ambientais, reuniu-se para análise dos cadastros das entidades postados até o dia 25 de outubro e a partir disso,  verificou que alguns setores da sociedade com atuação no município de abrangência das ESEC da Mata Preta não se cadastraram, sendo então necessária a prorrogação do referido cadastramento; visto que, um conselho consultivo de uma Unidade de Conservação envolve a participação de entidades governamentais e da sociedade civil, respeitando sempre critérios de paridade e representatividades dos diversos setores.

Dessa maneira, a Apremavi e o ICMbio, comunicam que o prazo para cadastramento das entidades que possuem interesse em participar dos referidos conselhos, está prorrogado até o período de 31 de março de 2009. Sendo que os editais encontram-se no anexo.

Apremavi e FEEC contestam proposta de Código Ambiental

Recentemente a Federação de Entidades Ecologistas Catarinense criou o Grupo de Trabalho sobre o Código Ambiental, com o objetivo de compreender o Projeto de Lei (PL) 0238.0/2008 que visa instituir um “Código Ambiental para Santa Catarina”, assim como compará-lo com a legislação federal, formular críticas e sugestões, e qualificar os integrantes para participarem das audiências públicas.

O GT Código Ambiental é formado por dez integrantes sendo eles membros da coordenação da FEEC, de entidades filiadas à instituição e pessoas com afinidade no assunto.

Após estudo inicial e leitura crítica e aprofundada do assunto, os integrantes do grupo reuniram-se no dia 08 de novembro/2008 no Plenarinho da Assembléia Legislativa de Santa Catarina, para debaterem os temas mais relevantes e sugerirem encaminhamentos.

A partir desse estudo, ficou uma dúvida no ar, “Quais são as reais intenções do executivo estadual com a propositura de tal projeto de lei?”, sendo que o um código dessa magnitude nada mais é que um esforço para compilação de uma matéria jurídica em um único texto legal, visando reunir toda a disciplina sobre certa matéria, no caso, a matéria ambiental.

Em vários momentos percebe-se que a versão atual do documento não atende a esses quesitos, pois em diversos temas não regula a matéria, apenas apresenta vagas orientações, alguns indicativos de critérios e procedimentos, sem esgotar tal regulamentação, tornando-se em vários pontos contraditório, além de desrespeitar a legislação federal.

Para o grupo é necessário ser imediatamente suspensa a projeção de votação do código em dezembro do presente ano, estendendo-se para o ano de 2009, visando propiciar tempo para reformulações e engrandecimento de tão importante diploma legal.

Os frutos desse trabalho realizado pelos membros do GT Código Ambiental estão compilados em um manifesto a ser lido nas audiências públicas que estão acontecendo no Estado durante o mês de novembro e que se encontra em anexo. Para isso a FEEC está contando com o apoio de suas entidades filiadas, que estarão repassando a mensagem.

A primeira exposição do manifesto aconteceu no dia 10 de novembro, em audiência pública realizada no município de Criciúma, na qual a FEEC esteve representada por Tadeu Santos, da ONG Sócios da Natureza.

Segundo Tadeu dos Santos, as audiências públicas ainda são a forma mais democrática de apresentar um projeto ou uma proposta para obter opinião pública, mas deixa a desejar no que se refere à manifestação da sociedade civil, sendo visível que alguns setores, como o produtivo organizado, podendo extrapolar o tempo previsto para pronunciamento, enquanto a sociedade civil teve que se restringir a meros 2 minutos.

Segundo ele: "é preciso muita sorte nestes momentos para defender o óbvio da necessária mata ciliar, quando o homem rural ali presente não entendeu a importância das mesmas para a preservação dos recursos hídricos da sua bacia hidrográfica, tendo sua mente contaminada pela ganância do lucro imediato das monoculturas".

No dia 13 de novembro a FEEC também esteve presente na audiência pública realizada em Blumenau, na qual foi representada por Rudi Laps, presidente da Acaprena. E também em Rio do Sul, na qual compôs a mesa de honra, sendo representada pelo vice-presidente da Apremavi, Urbano Schmitt Junior. Na audiência de Rio do Sul, a Apremavi também apresentou um manifesto, que se encontra em anexo.

Para Edilaine Dick, coordenadora de comunicação da FEEC, que também esteve presente em Rio do Sul “é lamentável ver como os pequenos agricultores estão sendo manipulados, em função de interesses particulares de alguns seguimentos da sociedade. Um código ambiental no qual se deveria defender a proteção dos recursos naturais está sendo usado para facilitar a produção agrícola em grande escala, impossibilitando cada vez mais que a agricultura familiar cumpra um dos seus papéis sociais, como a manutenção da qualidade de vida”.

Edegold Schaffer, presidente da Apremavi, comenta “seria muito mais oportuno, se o governo do estado e os nossos parlamentares, buscassem mecanismos para compensar os agricultores e proprietários de terras que cumprem a legislação vigente, do que propor leis menos restritivas, como estão querendo com o código ambiental”.

No dia 19 de novembro a FEEC estará representada na audiência pública que acontece na capital do estado. A FEEC aproveita o momento para convidar todos os membros das entidades filiadas a instituição para se fazer presente nesse dia para que possamos juntos defender uma legislação ambiental adequada à conservação dos recursos naturais e da qualidade ambiental.

Em anexo encontra-se também o comentário de Luiz Fernando Kriguer Merico, ambientalista catarinense, sobre a proposta de Código Ambiental, além do próprio Projeto de Lei 0238.0/2008.

II Encontro do Fórum Regional PR e SC do Diálogo Florestal aconteceu em Atalanta

Nos dias 6 e 7 de novembro aconteceu o II Encontro do Fórum Regional Paraná e Santa Catarina, do Diálogo Florestal para a Mata Atlântica e Pampa, uma iniciativa que reúne empresas do setor florestal e organizações ambientalistas e que vêem discutindo e implementando ações destinadas a conservação da biodiversidade associadas às operações da produção florestal.

O II Encontro foi coordenado pela Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), The Nature Conservancy (TNC), Klabin e Rigesa, e contou com a presença de 30 representantes de organizações ambientalistas e empresas do setor florestal. O encontro aconteceu no Parque Natural Municipal da Mata Atlântica em Atalanta, Santa Catarina.

“Os fóruns regionais têm como objetivo discutir e encaminhar soluções em nível local para os temas que dizem respeito à silvicultura e à conservação. Além disso, os fóruns regionais têm mais condições do que o fórum nacional de colocar projetos efetivamente em andamento”, comentou Miriam Prochnow, Coordenadora de Políticas Públicas da Apremavi e atual Secretária Executiva do Fórum Nacional do Diálogo.

Neste II Encontro aconteceram as reuniões dos Grupos de Trabalho (GTs) do Projeto Piloto e do Fomento e seus resultados e encaminhamentos foram discutidos em reunião plenária, para a definição das ações regionais.

O GT do Projeto Piloto definiu uma região geográfica onde será realizado um diagnóstico e montado um banco de dados, que servirá para definir as ações a serem implementadas na região. As informações a serem sistematizadas e compiladas são:

  • Áreas georeferenciadas de empresas contendo perímetro de fazendas, áreas de preservação permanente, alocação de reservas legais e áreas de vegetação nativa não alocadas como reserva legal;
  • Áreas georeferenciadas de atuação das ONGs contendo pontos de atuação e/ou perímetro de projetos (áreas próprias, RPPNs,…), dando sempre preferência para o último;
  • Remanescentes vegetais;
  • Unidades de Conservação e Terras Indígenas;
  • Áreas de desmatamento/ameaças
  • Existência de ações do Projeto Microbacias
  • Dados sobre as Prefeituras (conselhos, fundo de meio ambiente e plano diretor)
  • Mapa de planejamento de empreendimentos (hidrelétricos, industriais, infraestutura, etc.)

Já o GT do Fomento, fez uma análise detalhada dos critérios já aprovados no Fórum do Sul e Extremo Sul da Bahia (em anexo) e referendados pelo Fórum Nacional, propondo uma adequação para a realidade local. Os critérios foram revistos pela plenária e agora serão discutidos internamente nas empresas.

Durante o evento também foi apresentado o Programa de Constituição da Reserva legal da Klabin, vide apresentação anexa. A Apremavi também fez a apresentação do Programa Matas Legais, em parceria com a Klabin, e do projeto de Recuperação de APPs, em parceria com a Adami.

Além de todas essas discussões, os participantes tiveram a oportunidade de conhecer de perto os projetos da Apremavi, em especial o Viveiro de Mudas Nativas “Jardim das Florestas” , alguns plantios do Programa Clima Legal e o Parque Natural Mata Atlântica.

O próximo encontro acontecerá em março de 2009, na cidade de Caçador e contará com o apoio da ONG Gato do Mato e da empresa Adami, além das organizações que já fazem parte da coordenação do Fórum.

O Diálogo Florestal para a Mata Atlântica e Pampa, em nível nacional, é atualmente coordenado pelas seguintes organizações não-governamentais: Instituto BioAtlântica, The Nature Conservancy (TNC), Conservação Internacional (CI), Biodiversitas e Apremavi; e pelas seguintes empresas do setor de papel e celulose: Rigesa/MeadWestvaco, Suzano Papel e Celulose, Veracel Celulose, Cenibra e VCP.

O objetivo geral do Diálogo é construir uma visão comum entre empresas e ambientalistas, para a promoção de ações efetivas em prol da conservação da biodiversidade associadas às operações de produção florestal, e ampliar a escala dos esforços e gerar benefícios tangíveis, tanto para os participantes do Diálogo quanto para a sociedade em geral.

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Apremavi participa de Workshop na ESALQ

Nos dias 05 e 06 de novembro de 2008, foi realizado em Piracicaba (SP), na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ) – USP, o 2º Workshop sobre Adequação Ambiental e a Propriedade Rural. O evento foi organizado pela ESALQ – USP e pelo Grupo de Adequação Ambiental (GADE) formado por professores e alunos da Universidade.

A Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), participou do evento a convite dos organizadores, para ministrar palestra sobre o programa Matas Legais (programa ambiental de parceria entre Klabin e Apremavi). A palestra cujo título foi: “Programa Matas Legais: um caminho para a sustentabilidade do setor florestal” teve como principal objetivo mostrar a experiência realizada com fomentados da empresa Klabin, no Estado de Santa Catarina e Paraná, com relação ao desenvolvimento de uma silvicultura sustentável nas regiões de atuação da empresa.

A exposição foi voltada principalmente nos aspectos referentes ao respeito às APPs  (Áreas de Preservação Permanente), mostrando as potencialidades do setor florestal brasileiro, mas salientando que o respeito a legislação ambiental deve ser observado para que se possa assim atingir a sustentabilidade do setor.

De acordo com Leandro Casanova, engenheiro florestal da Apremavi, o evento foi bastante produtivo. “As falas dos palestrantes tiveram uma temática ambiental significativa e unânime, demonstrando que a atual época tem como missão reverter processos responsáveis por parte das degradações ambientais do passado”.

Leonardo Boff visita a Apremavi

O dia 31 de outubro foi um dia muitíssimo especial para a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi). Tivemos a honra de receber, em Atalanta, a visita do Prof. Dr. Leonardo Boff, acompanhado de sua esposa Márcia.

Leonardo Boff, nome mundialmente conhecido: teólogo, filósofo, ecologista, dispensa apresentação. Ex-frade franciscano, doutor em Teologia pela Universidade de Munique e detentor de vários títulos de “doutor honoris causa”. Respeitado no mundo inteiro, conferencista e palestrante disputado  por entidades e organizações dos mais variados matizes de todo o mundo, – sua casa é o avião -, conseguiu um “intermezzo” em sua disputadíssima agenda e passou algumas horas no viveiro Jardim das Florestas da Apremavi.

Ciceroneado pelo Presidente Edegold e pelos Diretores Urbano, Milton e Davide, percorreu com calma todo nosso complexo de produção de mudas, mostrando-se agradavelmente surpreso com nosso parque e incentivando-nos a alçarmos vôos cada vez mais altos na nossa ânsia de recuperação e salvação de nossa mãe terra – Gaia, como ele gosta de definir nosso habitat – e salvá-la da destruição que, infelizmente, se prenuncia com cores cada vez mais sombrias.

O casal, acostumado aos estrelados restaurantes da alta cozinha internacional, degustou com prazer a cozinha genuinamente colonial de Da. Isolete, esposa de nosso Presidente, tecendo-lhe elogios sinceros e prazeirosos, em especial, ao marreco que ofereceu aos presentes.

Vejam abaixo, o comentário que Leonardo Boff encaminhou, após conhecer a Apremavi:

"No dia 31 de outubro visitamos, eu e minha companheira Márcia, levados pelo meu entranhável amigo de toda uma vida Davide Moser, o Viveiro Jardim das Florestas da APREMAVI, no município de Atalanta.

Foi uma das surpresas mais belas que tivemos ultimamente. Encontramos uma experiência de altíssima qualidade, primeiramente pelas pessoas que lá trabalham com sentido ecológico e integradas na natureza. Quero citar o Edelgold (que belo nome, que significa traduzido do alemão “ouro nobre”, enquanto eu sou um pobre Boff) que com cuidado, inteligência junto com sua família e outros, levam avante o projeto. Souberam envolver muitíssimas pessoas com o mesmo propósito: recuperar a floresta nativa. São produzidas a partir de sementes, cerca de um milhão de mudas por ano. Somente da Mata Atlântica são aproximadamente 120 espécies nativas.

Era emocionante para quem se engaja na ecologia ver aqueles viveiros cheios de plantinhas em distintas fases de crescimento. Tudo ao redor era inspirador: a mata circundante, as araucárias soberbas, as flores por todas as partes especialmente nas janelas das casas. Aí eu me imaginei: toda a Terra, se cuidada como é feito pela APREMAVI, poderia voltar a ser um jardim do Éden, um paraíso resgatado, onde natureza e seres humanos viveriam em perfeita sintonia e com um profundo laço de pertença.

Recebemos a literatura que a ONG tem apoiado e produzido sobre a Mata Atlântica e as Araucárias, e outras além de vídeos educativos com ilustrações encantadoras.

Pessoalmente não me cansarei de  admirar e de apoiar uma iniciativa destas. Salvaríamos o Brasil inteiro, diria mais, o próprio Planeta se houvessem milhares de APREMAVI no mundo. Mas a semente do novo paradigma de reconciliação com a Mãe Terra e de paz perene com o Planeta está lançada. A semente contém todo o vigor da planta. É esta planta que a semente intenciona. E ela vai triunfar pelo mundo afora, pois cremos que aquilo que deve ser tem força própria e sempre acaba triunfando. O que deve ser, é o reflorestamento, o resgate das plantas nativas e a nova benevolência para com a natureza, como pude constatar no Viveiro Jardim das Florestas.

Não sei como agradecer por esta experiência estimuladora, senão divulgando esta iniciativa e pedindo às pessoas que não deixem de visitar o viveiro, se entusiasmar e se encher de esperança de que nunca é tarde para potenciar a natureza e a vida".

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Levantamento de campo do PARNA das Araucárias foi um sucesso

Após a visita para reconhecimento de campo do PARNA das Araucárias feita em julho deste ano, pesquisadores e estagiários retornaram aos municípios de Ponte Serrada e Passos Maia para fazer o levantamento biótico da área, dando continuidade às atividades de elaboração do plano de manejo da UC e seu entorno.

Foram 11 dias de campo, de 16 a 27 de outubro, com muito trabalho e dedicação de toda a equipe. Os pesquisadores, que estavam sob a orientação da APREMAVI e tiveram o apoio do ICMBio, realizaram os mais diversos levantamentos. Importante registrar também o enorme apoio recebido por parte dos proprietários das áreas onde foram montados os acampamentos.

Foi através de atividades como o levantamento da avifauna, instalação de redes de captura de aves e mamíferos voadores, montagem de armadilhas fotográficas para registrar mamíferos, realização de coletas de invertebrados aquáticos e anfíbios, análise da água dos rios, e coleta de rastros, pegadas e fezes de mamíferos, que a equipe pode obter vários registros que contribuíram para resultados positivos em relação a quantidade de espécies de animais ainda encontrados na região.

Mais de 200 espécies de aves, entre elas o ameaçadíssimo Pica-pau-de-cara-canela (Dryocopus galeatus), o Gavião-Pato (Spisaetus melanoleucus) e a Gralha-Azul (Cyanocorax caeruleus), se juntaram com os 26 registros de espécies de anfíbios e com os 19 registros de mamíferos, como o Tatu-Peludo, o Macaco-Prego, o Ratão-do-Banhado, o Veado-Mateiro, o Veado-Birá e o Veado-Bororó, este último ameaçado de extinção na categoria vulnerável. Também foram encontrados Jaguatirica e o Gato-do-Mato-Pequeno, ambos ameaçados de extinção.

Todos esses registros serão agora sistematizados num banco de dados que será utilizado na elaboração do Plano de Manejo e também na elaboração dos materiais de educação ambiental. Uma próxima etapa para levantamento de dados bióticos será realizada no início de 2009.

A equipe só sentiu certa tristeza com a identificação também de algumas ameaças à integridade do Parque, entre elas: a invasão de javalis, a dispersão do pinus em algumas áreas nativas e o desmatamento para abastecer fornos de carvão. Mas, se os dias de chuva e frio não conseguiram desanimar o pessoal, não serão alguns desafios causados por intempéries humanas que irão conseguir. A equipe e as organizações envolvidas no projeto trabalharão arduamente em prol da conservação da integridade do Parque Nacional das Araucárias.

Equipe

Adrian Eisen Rupp – Acaprena
Angelo de Lima Francisco – ICMBio
Bruna Broering Savi – estagiária pela Acaprena
Carlize Pasquali – estagiária pela Apremavi
Carolina Cátia Schaffer – estagiária pela Apremavi
Cintia Gisele Gruener – Acaprena
Edegold Schaffer – Presidente Apremavi
Elaine M. Lucas Gonsales – UNOChapecó
Edilaine Dick – Apremavi
Erikcsen A. Raimundi – UNOChapecó
Fábio Rafael Hillesheim – Voluntário Apremavi
Hellen José Florez Rocha – ICMBio
Jean Marcel Bernadon – Estagiário Unoesc – São Miguel d’Oeste
João Carlos Morroco – estagiário pelo UNOChapecó
Levi Beckhauser – estagiário pela Acaprena
Luís Esser – Apremavi
Marcos Alexandre Danieli – Apremavi

Para saber mais sobre o projeto que tem apoio do PDA clique aqui.

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Apremavi e Klabin são vencedoras do Prêmio Expressão de Ecologia

A Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) e a Klabin S/A, conquistaram em conjunto o 16º Prêmio Expressão de Ecologia, com o case “Programa Matas Legais”, na categoria Conservação de Recursos Naturais.

O Programa Matas Legais, é uma parceria da Apremavi e Klabin iniciada em 2005 no estado de Santa Catarina e, devido ao grande sucesso das atividades e ótimos resultados até o momento, o programa foi estendido, este ano, para o estado do Paraná. O objetivo do Programa Matas Legais é desenvolver ações de Conservação, Educação Ambiental e Fomento Florestal que ajudem a preservar e recuperar os remanescentes florestais nativos, a melhorar a qualidade de vida da população e aprimorar o desenvolvimento florestal, tendo como base o planejamento de propriedades e paisagens.

Em matéria recente, o Matas Legais foi mostrado no Programa Globo Rural.

Resultados

O Programa Matas Legais tem um forte componente no que se refere à questão de educação ambiental, e por isso, quantificar momentaneamente os resultados é uma meta difícil. Seu resultado no médio e longo prazo é algo transformador.

O programa disponibiliza uma série de materiais didáticos direcionados aos fomentados: livros e cartilhas com temáticas ambientais, jogos educativos, visando despertar o interesse das crianças com relação ao meio ambiente. Somente a educação é um fator gerador de mudanças. O programa também disponibiliza camisetas, bonés e placas para o fomentado, trazendo o reconhecimento como participante do Programa Matas Legais.

Como grande meta o programa tem como missão desenvolver na região de atuação a conquista de uma tradição florestal que desperte além do interesse pela atividade produtiva, a recuperação e a conservação dos remanescentes florestais nativos, visando o desenvolvimento de uma silvicultura sustentável.

A mudança de paradigma com relação ao uso sustentável da atividade florestal, no que se refere principalmente ao respeito as Áreas de Preservação Permanente (nascentes, riachos e rios) é uma conquista muito importante que poderá se traduzir na revitalização dos recursos hídricos da região, já em alguns casos comprometidos. Dessa forma temos não só beneficiados diretos com esses ganhos ambientais, como também beneficiados indiretos: toda a sociedade a qual são usuários de água da bacia hidrográfica.

Ao se considerar que pela primeira vez na região ou talvez no país, um programa ambiental de parceria de uma empresa do setor de base florestal e uma ONG ambientalista exigem o cumprimento de aspectos legais por parte de seus fomentados no sentido de se adequarem ambientalmente à atividade florestal produtiva, nota-se aí uma inovação.

Como resultados quantitativos podemos apontar que, até julho de 2008 o programa Matas Legais já promoveu:

  • Cadastramento de 232 produtores fomentados nas regiões do Alto Vale do Itajaí e do Planalto Catarinense;
  • 17 cidades atendidas pelo programa;
  • Visitas técnicas para o planejamento da propriedade;
  • Entrega de 258 mil mudas de espécies nativas e conscientização ambiental, com a distribuição de cartilhas e cartazes;
  • Realização de cerca de 50 eventos, entre seminários, cursos e exposição.

O exemplo do Programa Matas Legais tem um forte potencial de replicação, pois, outros setores, além do florestal, seriam importantes para somarem forças nesse “novo modelo econômico”. No Alto Vale do Itajaí a economia é baseada no setor primário, principalmente na agricultura, portanto, proprietários rurais e empresas diretamente ligadas a esse setor teriam também um papel importante nesse contexto, como é o caso de agricultores ligados à rizicultura, fumicultura e também empresas fumageiras, pelo seu potencial de alcance no meio rural e capacidade de gerar impactos positivos.

Os bons resultados do programa no Estado de Santa Catarina serviram de estímulo para a replicação do programa no estado do Paraná, em julho de 2008.

16º Edição do Prêmio

Esta é a 16º edição do Prêmio Expressão de Ecologia e é a quarta vez que a Apremavi é selecionada. Em 1998, a entidade venceu a 6ª edição com o case “Programa Agroeducação” na categoria Educação Ambiental; em 2002, na 10ª edição, a Apremavi venceu com o case “Conservando a Mata Atlântica através do enriquecimento de florestas secundárias” na categoria Conservação dos Recursos Naturais; e em 2007 a entidade venceu a 15ª edição com o case “Planejando Propriedades e Paisagens” na categoria Conservação dos Recursos Naturais.

A coordenação do Prêmio Expressão de Ecologia também concedeu um prêmio especial denominado “Ação Ambiental Especial” para o Diálogo Florestal para a Mata Atlântica, no qual a Apremavi participa da coordenação geral.

O Prêmio Expressão de Ecologia foi criado em 1993 pela Editora Expressão, um ano após a Conferência Mundial do Meio Ambiente no Rio de Janeiro – Eco 92. Para a Apremavi, é uma honra ser vencedora de mais uma edição deste prêmio que é referência nacional.

A cerimônia de premiação dos ganhadores, deve ocorrer no mês de março de 2009.

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Apremavi se reúne com ex-deputada do PV alemão

Em recente viagem pela Alemanha o Presidente da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), Edegold Schäffer e a Secretária Executiva, Maria Luiza Schmitt Francisco, tiveram um importante encontro com a Ex-deputada Federal do Partido Verde da Alemanha, Angelika Koester-Lossack.

O encontro aconteceu no final do mês de setembro na cidade de Heidelberg, e serviu para que Edegold e Maria Luiza, falassem sobre a estrutura da Apremavi, as atividades e projetos desenvolvidos, sobre as dificuldades enfrentadas no dia a dia e também sobre os principais problemas ambientais que atingem o Brasil.

Pelo fato de ser de Heidelberg, Angelika apoiou os primeiros encontros da Apremavi com o BUND, em 1998, para o projeto "Bosques de Heidelberg em Atalanta".

O convite para esse encontro foi feito pela ex-deputada alemã, durante a Conferência Mundial sobre Meio Ambiente, COP-9 que aconteceu em maio deste ano na cidade de Bonn (Alemanha), onde a Apremavi também esteve presente.  

Angelika inicialmente proporcionou aos brasileiros um passeio pela cidade, mostrando a eles os principais atrativos da histórica cidade de Heidelberg. Entre os pontos turísticos visitados, destaca-se o imponente castelo construído no século XII e que pode ser avistado de qualquer ponto da cidade, o centro histórico, onde encontra-se a mais antiga universidade da Alemanha, além de um belo passeio de barco pelo Rio Neckar.

Durante o passeio, Angelika comentou que apóia trabalhos ambientais com Organizações Não-Governamentais da Índia, e na sua próxima visita ao país, quer propor aos indianos um intercâmbio com a Apremavi para a troca de experiências. Uma das Organizações Não-Governamentais a ser visitada pela ex-deputada, localiza-se no sul da Índia e recebe recursos doados por instituições alemãs.

Para o próximo ano, Angelika pretende visitar pessoalmente os trabalhos e projetos da Apremavi, bem como, patrocinar um seminário entre integrantes da Ong Indiana e da Apremavi. Esse Seminário deverá acontecer em outubro de 2009 na cidade de Atalanta-SC e o objetivo principal, segundo a ex-deputada, será para que os indianos conheçam o projeto “Planejando Propriedades e Paisagens” desenvolvido pela Apremavi e posteriormente apliquem esse conceito na Índia.

Angelika é conhecida na Alemanha pela sua luta em favor das causas ambientais e era considerada uma das mais atuantes parlamentares da Alemanha.

Ela teve um papel também de destaque nas articulações para a implementação do Programa Piloto para a Proteção das Florestas Tropicais do Brasil (PPG7), que tem como um dos principais componentes, o PDA, que tem apoiado inúmeros projetos demonstrativos de ONGs e comunidades.

Em sua primeira fase, de 1996 a 2003, o PDA apoiou 44 projetos na Mata Atlântica. A partir de 2004, com um componente específico para o bioma, já foram aprovados 120 projetos.

Um exemplo de projeto apoiado pelo PDA é o que está sendo desenvolvido pela Apremavi na ESEC da Mata Preta e no PARNA das Araucárias.

Angelika na primeira fila do side event da Mata Atlântica, na COP9, onde Miriam Prochnow da Apremavi, falou sobre o trabalho das ONGs, representando a Rede de ONGs da Mata Atlântica
Jogo Gigante na Escola Agrotécnica

Jogo Gigante na Escola Agrotécnica

Jogo Gigante na Escola Agrotécnica

No dia 03 de outubro de 2008, 50 alunos do primeiro ano da turma de Agropecuária, da Escola Agrotécnica Federal de Rio do Sul, puderam, através do divertido jogo gigante “Fique Legal”, aprender os conceitos básicos do planejamento ambiental de propriedades. A atividade foi organizada por Eliane Dalmora, professora da escola, e aplicado por Edinho Schäffer, da equipe da Apremavi.

O programa “Planejando Propriedades e Paisagens” da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) vem sendo discutido e estudado por inúmeros professores e alunos em Santa Catarina. A Escola Agrotécnica Federal de Rio do Sul, vem estudando o planejamento da propriedade rural com seus alunos das turmas de agroecologia e agropecuária.

Como a grande maioria dos alunos da escola são filhos de produtores rurais, o objetivo de se estudar o planejamento da propriedade, é para que eles possam colocar em prática os conhecimentos adquiridos, planejando a propriedade da família quando retornarem às suas residências.

Além das discussões e das oportunidades de capacitação, que incluem cursos e dias de campo nas propriedades “modelo”, a Apremavi desenvolveu vários materiais de educação ambiental voltados à “propriedade legal”, aquela que cumpre a legislação ambiental e também é um local que garante a qualidade de vida e renda. Um desses materiais é o jogo gigante “Fique Legal”, um tabuleiro com uma trilha onde os participantes andam sobre uma lona seguindo os números jogados num dado. É uma maneira divertida de aprender. A partir do jogo os alunos puderam perceber a importância do planejamento da propriedade rural.

Para Eliane Dalmora a educação ambiental contribui de forma fundamental para instituir novas bases para os sistemas agrícolas: “as atividades de educação ambiental rompem com o normativo e desencadeiam nas pessoas novas experiências que sejam realmente significativas. Através de uma oportunidade lúdica como o jogo realiza-se a comunicação sobre os comportamentos desejados e de valorização do capital natural”, ressalta a professora.

Autores: Edinho Pedro Schäffer e Geraldine Maiochi.

Eventos de Primavera

Como já foi noticiado em matéria anterior, setembro foi um mês muito movimentado no Viveiro Jardim das Florestas. Mas a movimentação não aconteceu só no viveiro. Várias atividades de educação ambiental também foram desenvolvidas e vários eventos importantes aconteceram. Confira.

Apremavi e Rotary em busca de Objetivos Comuns

No dia 22 de setembro de 2008, o vice-presidente da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), Urbano Schmitt Júnior, juntamente com o tesoureiro, Milton Pukall e o secretário, Davide Moser, participaram da reunião do Rotary Club de Rio do Sul. O convite partiu de Eugênio César Stramoski, associado da Apremavi e membro do Rotary Club.

Na oportunidade, apresentaram o vídeo institucional da Apremavi, falaram sobre o programa Planejando Propriedades e Paisagens e o Clima Legal. Após as explanações, foi aberto espaço para perguntas, que de acordo com Urbano, “enriqueceram o encontro e serviram para constatarmos muitos pontos em comum nas atividades e objetivos das duas entidades, como: servir a comunidade; difusão da ética; busca da melhoria da qualidade de vida da comunidade e cooperação em vista da paz”

Encontros como esse se mostram muito importantes, na medida em que estimulam a continuidade dos trabalhos e oportunizam a junção de forças em vista dos objetivos comuns.

Metalúrgica Riosulense plantando árvores

No dia 27 de setembro de 2008, aconteceu na Metalúrgica Riosulense, o plantio simbólico de árvores nativas, na propriedade da empresa. O evento acontece todos os anos para comemorar o dia da árvore e o início da primavera. Foram convidados para participar do plantio 120 colaboradores, que completaram aniversário de casa, múltiplos de cinco anos, assim, participaram pessoas com vínculo de cinco, dez e até 25 anos de empresa.

Além dos funcionários homenageados, estiveram presentes os diretores da empresa, o chefe do Ibama local e representando a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), o vice-presidente, Urbano Schmitt Júnior.

Segundo Urbano, “com essa atividade, a empresa faz um ótimo trabalho educativo e contribui para melhorar a qualidade do ambiente de trabalho e da vida da comunidade”.

Iniciativas como essa, têm um significado muito especial, que ratifica o princípio norteador de que luta pela preservação e recuperação do meio ambiente – Pensar Globalmente e Agir Localmente.

Parabéns à Metalúrgica Riosulense. Que esse exemplo contagie muitos outros empresários e cidadãos do nosso país.

Mais um bosque sendo plantado na Metalúrgica.

Lançados editais para Conselhos Consultivos de UCs

Os Conselhos Consultivos das Unidades de Conservação (UCs) de Proteção Integral, tem como objetivo garantir a gestão participativa das mesmas, através das seguintes atividades: acompanhar a elaboração, implementação e revisão dos planos de manejo; buscar a integração da unidade de conservação com outras unidades e espaços territoriais protegidos e com o seu entorno; e propor diretrizes e ações para compatibilizar, integrar e otimizar a relação com a população do entorno ou do interior, conforme for o caso.

Através do projeto “Elaboração dos Planos de Manejo da Estação Ecológica (ESEC) da Mata Preta e do Parque Nacional (Parna) das Araucárias” a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) está desde julho de 2007, trabalhando na formação dos conselhos consultivos dessas UCs.

O projeto prevê três etapas para formação dos conselhos: identificação dos atores governamentais e da sociedade civil, mobilização dos atores e formação dos conselhos consultivos.

A primeira etapa, que teve como objetivo identificar entidades potenciais para participar do referido conselho e verificar como a sociedade encontra-se organizada, foi realizada entre o período de agosto/2007 a agosto/2008. Para isso, foram realizadas reuniões com os prefeitos dos municípios onde as UCs estão localizadas e também com organizações da sociedade civil. Além disso, também são realizadas reuniões com moradores das comunidades da zona de amortecimento das UCs e coletados dados através das entrevistas realizadas para a composição dos diagnósticos socioeconômicos das UCs.

A segunda etapa, que se refere à mobilização dos diversos atores sociais, acontecerá de 06 a 25 de outubro, através do lançamento de editais específicos para cada Unidade de Conservação.

Os critérios de cadastramento, o cronograma do processo e as informações adicionais ao presente documento, encontram-se disponíveis nos anexos abaixo.

Apremavi lança jogo virtual

Começou outubro, o mês em que se comemora o dia das crianças. A Apremavi preparou uma novidade para a garotada e também para os mais crescidinhos. Está lançando o jogo Fique Legal! em versão online no seu site. É só entrar e jogar.

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Jogo Fique Legal! agora também tem versão online.

O jogo é baseado na versão impressa, que faz parte do kit Planejando Propriedades e Paisagens. Este kit é utilizado em vários projetos, como por exemplo, o Matas Legais. A versão gigante do jogo, um tabuleiro de lona que mede 6 X 4 metros, onde as pessoas são os peões que se deslocam de acordo com o resultado do dado gigante, tem sido muito utilizado nas atividades cotidianas de educação ambiental da Apremavi. O jogo gigante também faz a festa em inúmeros eventos, como no Encontro Nacional dos Escoteiros em Brasília, na Festa do Eucalipto em São Paulo, na Oficina do Projeto Rondon no Acre e até nas reuniões de planejamento da Apremavi.

A partir do mesmo tabuleiro da versão impressa e do jogo gigante, foi desenvolvida uma versão interativa, em formato Flash, ligada a um banco de dados, que armazena as perguntas e o ranking do jogo. Isso possibilita que os visitantes vejam sua colocação em relação aos outros participantes do jogo e também que o acervo de perguntas seja dinâmico e sempre renovado.

São 40 casas, entre perguntas, fotos e casas especiais, relacionadas às atividades da Apremavi e às questões de meio ambiente. O jogo virtual traz informações sobre inúmeros temas como: Mata Atlântica, áreas de preservação permanente, animais, plantas, curiosidades e ações que degradam a natureza e que devem ser evitadas.

A Apremavi decidiu investir numa versão virtual do jogo “Fique Legal”, porque as versões impressas têm feito muito sucesso e sido muito eficientes nas atividades de educação ambiental e com uma versão online será possível atingir um público muito maior e distante fisicamente da base da instituição.

Quem quiser colaborar, pode mandar sugestões de perguntas para o email: ascom@apremavi.org.br. A Apremavi vai analisar a sugestão e incorporá-la ao jogo.

Desejamos muita diversão a todos e ótimo aprendizado sobre as questões ambientais.

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Apremavi visita organização parceira na Alemanha

No dia 22 de setembro de 2008, o presidente e a secretária executiva da Apremavi, Edegold Schäffer e Maria Luiza Schmitt Francisco, estiveram visitando a organização ambientalista BUND (Bund Für Umwelt und Naturschutz Deutschland) na cidade de Heidelberg, na Alemanha.

Coincidência ou não, há exatos 10 anos, no dia 22 de setembro de 1998, Miriam Prochnow, então presidente da Apremavi, fazia a primeira visita ao BUND, dando início a uma parceria que envolve mais do que as duas instituições. Envolve duas cidades: Atalanta e Heidelberg.

Os representantes da Apremavi foram recepcionados pelo Diretor Presidente do BUND, Dr. Gerharht Kaiser, pela Gerente de Negócios Brigitte Heinz, pelo Coordenador Institucional Stephan Pucher e por Ilge Wilhelm. A primeira atividade do encontro aconteceu na tarde do dia 22, quando os integrantes da Apremavi puderam conhecer a sede administrativa do BUND e fazer uma importante reunião entre Apremavi, BUND e duas vereadoras do Partido Verde da cidade de Heidelberg. Na reunião foram mostrados os trabalhos que estão sendo realizados pela Apremavi no Brasil, em especial os desenvolvidos com os recursos vindos diretamente da cidade de Heidelberg.

Efetivamente os recursos dessa parceria começaram a ser repassados em 1999 e são usados para a implantação de Bosques, denominados “Bosques de Heidelberg no Brasil”. Até o momento, já foram plantadas mais de 60 mil mudas de árvores nativas da Mata Atlântica.

O BUND é uma organização da sociedade civil alemã que luta pela preservação do meio ambiente. Atualmente, tem mais de duas mil filiais espalhadas por toda Alemanha e apóia projetos em vários países da América do Sul, Ásia e África, além da própria Alemanha.

O evento mais importante do encontro aconteceu na noite do dia 22. Edegold Schäffer fez uma apresentação institucional da Apremavi e também do Projeto “Heidelberger Wäldchen in Brasilien” (Bosques de Heidelberg no Brasil). O evento foi realizado no auditório do Instituto para Energias Sustentáveis e Desenvolvimento Ambiental (IFEU – Institut Für Energie und Umweltforschung) e contou com a participação de 27 pessoas.

O presidente do IFEU, Ulrich Höpfner, é um dos colaboradores do programa, tendo feito várias doações. No evento também esteve presente Wilfried Hartmann, que também é um dos colaboradores do programa e inclusive esteve visitando Atalanta em dezembro de 2007, com sua esposa, verificando "in loco" a aplicação dos recursos doados.

Em comemoração ao jubileu de 30 anos, o Instituto Ifeu efetuou uma doação equivalente ao plantio de 3.000 árvores para o projeto “Bosques de Heidelberg”. Uma doação equivalente já havia sido efetuada na ocasião do jubileu de 25 anos.

Dr. Ulrich Höpfner, diretor do instituto, oficializou a doação durante a visita de Edegold e Maria Luiza.

Na oportunidade, a Gerente de Negócios do BUND, Brigitte Heinz também anunciou que em outubro, quando acontece a festa do outono na cidade de Heidelberg, será lançada a tradicional campanha de natal, onde uma parte dos recursos arrecadados com a venda de cartões de natal serão repassados para a Apremavi plantar mais árvores dentro da parceria existente.

Entre as pessoas que estiveram no evento, destaca-se a presença do Engenheiro Mecânico Ângelo Sardá, brasileiro, natural da cidade de Rio do Sul (SC) e que está morando há 11 anos na cidade de Darmstadt – Alemanha. Ângelo é parceiro da Apremavi no plantio de árvores nativas no Alto Vale do Itajaí e teve uma participação muito importante na intermediação dos contatos para que este encontro da Apremavi com o BUND em Heidelberg se tornasse possível.

Após o encerramento da apresentação, Edegold e Maria Luiza foram convidados para um jantar de confraternização, regado com a tradicional cerveja alemã.

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Árvores nativas são sucesso na Semana da Primavera

Setembro sempre foi um mês especial para o Viveiro Jardim das Florestas. É o mês em que se comemora o dia da árvore e o início da primavera, mas também um mês em que as pessoas se animam muito em plantar árvores e por isso a movimentação no viveiro é grande. Grande por conta do número de mudas que são preparadas para deixar o viveiro rumo ao seu destino final e também porque começa a época em que se intensifica a coleta de sementes.

Em setembro foram coletas muitas sementes de várias espécies de ipês, que virarão belas mudas de árvores para serem plantadas no ano que vem. Este mês também foi intenso na realização de mutirões de plantio por parte de empresas, que também distribuíram mudas aos seus funcionários.

Durante o mês de setembro, foram retiradas do viveiro “Jardim das Florestas”, cerca de 100.000 mudas de árvores nativas. Dessas, 40 mil foram destinadas ao Programa Matas Legais em parceria com a Klabin e outras 30 mil foram retiradas pelo Supermercado Archer, que há 11 anos mantém parceria com a Apremavi. 8 mil foram para a Adami e 3 mil para a Malwee, que também mantém um amplo programa de plantio de nativas durante o ano todo.

Mas não foram só as empresas e as grandes quantidades que fizeram a movimentação no viveiro. Inúmeras pessoas como Tarcisio Polastre, Josemir Trentini e Joelson Eger retiraram entre 20 e 30 mudas cada um, ou o exemplo de Osni Schiestl que pegou 600, contribuindo dessa forma com a melhoria da qualidade de vida nas suas comunidades.

A certeza é de que todas essas mudas irão colaborar na amenização dos efeitos das mudanças climáticas e embelezarão os lugares  onde forem plantadas.

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