Comemoração de Bodas de Prata em “Clima Legal”

No dia 07 de março de 2009 aconteceu em Agrolândia (SC) uma grande festa para comemorar as bodas de prata do casal de ambientalistas e fundadores da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), Miriam Prochnow e Wigold Schäffer.

Cerca de 200 pessoas participaram desse momento de confraternização, entre  familiares, amigos e funcionários da Apremavi.

Dois fatos tocantes distinguiram a comemoração das muitas outras que acontecem para celebrar eventos semelhantes.

Em primeiro lugar, o convite para a festa pedia que os convidados oferecessem ao casal um presente diferente. Nada queriam para si ou para a casa. Solicitavam a colaboração em dinheiro, a ser utilizado no plantio de mudas da floresta nativa, de acordo com o Programa Clima Legal da Apremavi.

Outro particular diferenciado estava nas mesas. Em lugar dos tradicionais enfeites de flores, havia sobre as mesas uma muda nativa para cada um dos convidados, instados a levá-las como lembrança daquele momento de alegria e plantá-las com carinho.

Para Wigold e Miriam foi um dia muito especial… "especial porque reunimos familiares e muitos queridos amigos e amigas, parceiros e parceiras de diferentes jornadas, para celebrar e festejar. Lá estavam os "mestres" que nos ensinaram as primeiras "lições" na vida, na sociedade e na convivência com o próximo e com o Planeta Terra. Todos reunidos num "clima muito legal", alegres e sorridentes. Agradecemos a todos pela presença e pela a oportunidade de revê-los, abraçá-los e de relembrar momentos importantes vividos ao longo da jornada até aqui trilhada. Foi também um momento muito importante para recarregar energias para todo o caminho que temos pela frente na vida.

Também queremos agradecer a todos pela bela e importante contribuição que deram para o plantio do "Bosque Bodas de Prata" e assim ajudar a manter o "Clima Legal no Planeta Terra" para as presentes e futuras gerações. A soma das ações individuais pode gerar a mudança necessária para criar um mundo melhor, mais ecológico e com melhor qualidade de vida para todos”.

Com os R$ 10.030,00 (dez mil e trinta reais) doados ao casal e posteriormente à Apremavi, serão plantadas cerca de 2.000 (duas mil) mudas de árvores nativas da Mata Atlântica. De acordo com o Programa Clima Legal. Esse valor corresponde à duas modalidades “ecossistema” na categoria Pessoa Física.

PS: 23 de março de 2009 – Com algumas contribuições recebidas após o evento, o total das doações é de R$ 11.380,00 (onze mil e trezentos e oitenta reais).

Uma bela iniciativa nos tempos atuais, já que muitas pessoas pensam somente nos bens materiais!

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Sibipiruna, uma dama de ouro

Sibipiruna, uma dama de ouro

Sibipiruna, uma dama de ouro

Originária da Mata Atlântica, a sibipiruna é uma espécie da família das leguminosas e atinge altura de 08 a 16 metros, com tronco de 30 a 40 cm de diâmetro. Costuma viver por mais de um século, pela semelhança da folhagem, muitas vezes é confundida com o pau-brasil e o pau-ferro. Também é conhecida como coração-de-negro, pela semelhança da semente com um coração. Os frutos, que surgem após a floração, são de cor bege, achatados, medem cerca de 3 cm de comprimento e permanecem na árvore até março.

A sibipiruna perde parcialmente suas folhas no inverno e a floração ocorre de setembro a novembro, Suas flores amarelas são dispostas em cachos cônicos e eretos, onde primeiro abrem todas as flores da metade de baixo, depois as da metade de cima. Devido à grande beleza, imponência e por ter rápido desenvolvimento é uma árvore muito utilizada em paisagismo urbano, se prestando muito bem para condução de crescimento e convivência com a fiação elétrica.

Adapta-se muito bem ao clima sub-tropical e tropical em sol pleno, não é muito exigente, mas prefere o ligeiramente ácido, a propagação é por semente. Pelo seu rápido crescimento e grande poder germinativo, é indicada também para projetos de reflorestamento, inclusive com potencial madeireiro. Sua madeira é pesada, dura e de média durabilidade, sendo utilizada na construção civil e na produção de móveis em geral.

Se você perguntar a uma pessoa que benefícios para o meio ambiente trazem as árvores, como por exemplo uma Sibipiruna, rapidamente ela lembrará da sua sombra e de sua beleza paisagística. Realmente essas características são altamente relevantes especialmente em dias muito quentes, quando se deseja uma boa sombra.

Mas além dessas, outras vantagens como diminuição de enxurradas e enchentes, resultado da maior  infiltração da água da chuva no solo, devido ao efeito de agregação e aumento da porosidade que as raízes das árvores proporcionam.

Outro benefício das árvores para o meio ambiente é a absorção do carbono emitido pelos veículos e demais atividades humanas, ajudando a amenizar os efeitos do aquecimento global para a conservação da biodiversidade.

O aumento da diversidade animal, proteção de rios e nascentes também são resultados do plantio e conservação de árvores, entre os inúmeros benefícios que podem trazer para o meio ambiente.

A Apremavi disponibiliza informações para toda a população sobre as mudas produzidas no Viveiro Jardim das Florestas, e sobre os vários Programas que desenvolve, como o Clima Legal, de forma clara e interessante, através de ações de educação ambiental.

Muda de sibipiruna. Foto: Acervo Apremavi.
Sibipiruna 

Nome científico:Caesalpinia peltophoroides Benth.
Família: Fabaceae
Utilização: madeira utilizada na construção civil, fabricação de móveis e caixotes. Espécie muito utilizada no paisagismo urbano.
Época de coleta de sementes: setembro a outubro.
Coleta de sementes: diretamente da árvore.
Fruto: legume preto azulado, contendo cerca de 3 a 4 sementes cada vagem, com aproximadamente 8 cm de comprimento.
Flor: amarela.
Crescimento da muda: médio.
Germinação: rápida.
Plantio:
mata ciliar, área aberta.

Autoras: Tatiana Arruda Correia e Miriam Prochnow.
Fontes Consultadas:

Caesalpinia peltophoroides. Disponível em: http://www.jardimdeflores.com.br/floresefolhas/A21sibipiruna.htm. Acesso: 03 mar. 2009.

LORENZI, H. Caesalpinia peltophoroides Benth. In: LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa: Plantarum, 1992. p. 148.

PROCHNOW, M (org). No Jardim das Florestas. Rio do Sul: APREMAVI, 2007. 188p.

SIBIPIRUNA. Disponível em: http://www.viveirosomacal.com.br/muda.aspx?id=67. Acesso: 03 mar. 2009.

Timbaúva, a árvore que tem orelhas

Timbaúva, a árvore que tem orelhas

Timbaúva, a árvore que tem orelhas

É uma árvore de crescimento rápido que fornece boa sombra na primavera e verão e perde suas folhas no inverno, deixando a luz do sol passar. Desta forma ela é bastante apropriada para arborização de regiões com estações bem marcadas.

A Timbaúva pode medir de 20 a 35 metros de altura e de 80 a 160 de diâmetros de tronco. Está dispersa em várias formações florestais, com ocorrência nos estados do Pará, e Piauí até o Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul.

As inflorescências surgem na primavera com cerca de 10 a 20 flores brancas. Os frutos que se seguem são vagens, recurvadas e semilenhosas, em formato de rim ou de orelha, o que rendeu a esta espécie diversos nomes populares, como: orelha-de-macaco, orelha-de-negro, orelha-de-preto, árvore-das-patacas, orelha-de-onça, etc.

Eles surgem verdes e se tornam pretos em junho e julho, quando amadurecem. Cada fruto pode conter de 2 a 12 sementes, brilhantes e de cor marrom. Uma das características dessa espécie, é a disparidade na produção de sementes de ano para ano.

As saponinas, substâncias que se caracterizam pela formação de espuma encontradas nos frutos e na casca, são aproveitadas para produção de sabões. Estas saponinas dos frutos, também são responsáveis por intoxicações em herbívoros, que ocorrem geralmente durante a escassez de alimentos.

Essa espécie deve ser cultivada sob pleno sol, em solo fértil, preferencialmente úmido e irrigado no primeiro ano de implantação. Multiplica-se por sementes. Elas devem ser semeadas em saquinhos preparados com solo adubado. Após quatro meses em viveiro, sob meia-sombra as mudas já podem ser plantadas no local definitivo.

É uma espécie pioneira, de rápido crescimento inicial e muito rústica, a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), tem produzido muitas mudas de Timbaúva no Viveiro Jardim das Florestas, pois é uma espécie muito indicada para restauração. Sua madeira é leve, macia, pouco resistente e utilizada para a fabricação de canoas, caixotaria em geral, brinquedos, compensados, etc.

Muda de Timbaúva. Foto: Acervo Apremavi.

Timbaúva

Nome científico: Enterolobium contorstisiliquum (Vell.) Morong.
Família: Leguminosae – Mimosoideae.
Utilização: madeira utilizada para fabricação de pequenos barcos e canoas, compensados e caixas.
Coleta de sementes: diretamente da árvore.
Época de coleta de sementes: abril a agosto.
Fruto: preto, seco indeiscente, com forma de orelha ou rim, contendo várias sementes por frutos, possuindo 8 cm de comprimento.
Flor: branca .
Crescimento da muda: rápido.
Plantio: mata ciliar, área aberta, solo degradado.
Observação: as sementes desta espécie necessitam de quebra de dormência em água fervente.

Fontes consultadas

CIT – Centro de Informação Toxicológica do Rio Grande do Sul. Timbaúva. Disponível em: <http://www.cit.rs.gov.br/v2/nova/?p=p_148.

LORENZI, H. Árvores Brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. 2. ed. Nova Odessa: Editora Plantarum, 1998. 352p.

PROCHNOW. M. No Jardim das Florestas. Rio do Sul: Apremavi, 2007, 188p.

Autores: Tatiane Arruda e Edinho Pedro Schäffer.

I mutirão de plantio do Clima Legal completa um ano

No dia 24 de fevereiro de 2009 o primeiro plantio em mutirão do Programa Clima Legal da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) completou um ano. Na ocasião, participaram do plantio cerca de 100 pessoas, entre elas: autoridades, políticos, empresários, crianças, jovens, idosos, além de sócios e funcionários da Apremavi.

O evento foi uma verdadeira festa, tal era o entusiasmo dos participantes na hora de colocar a mão na massa para realizar o plantio. O evento teve a cobertura da RBA de Rio do Sul e a Rádio Sintonia de Ituporanga, esta última, transmitiu ao vivo do local do plantio o Programa “Bandinhas em Desfile”.

Após um ano, podemos dizer que o plantio foi um verdadeiro sucesso. Algumas árvores já estão com mais de dois metros de altura e praticamente todas as mudas vingaram. O calor e o longo período chuvoso estão contribuindo para o bom crescimento.

A Apremavi pretende em breve, realizar novos plantios como este, e desde já, convida os empresários da região e demais simpatizantes da natureza para que façam sua adesão ao Programa Clima Legal, dando assim, a sua contribuição para um meio ambiente mais equilibrado.

Convidamos também, a todos aqueles que participaram do 1º plantio simbólico, para que venham fazer uma visita ao local e ver de perto o desenvolvimento das mudas que plantaram.

O Programa Clima Legal foi lançado no final de 2007. Seu objetivo é promover o plantio de árvores para o seqüestro de carbono e ajudar a amenizar os efeitos do aquecimento global.

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Pacari ou Dedaleiro, um remédio por natureza

Pacari ou Dedaleiro, um remédio por natureza

Pacari ou Dedaleiro, um remédio por natureza

Conhecida vulgarmente como pacari, dedaleiro, dedal, mangava-brava, amarelinho, candeia-de-caju, copinho e louro-da-serra, a Lafoensia pacari A. St.-Hil. é uma planta de porte arbóreo, pertencente à família Lythraceae. Esta família é representada por cerca de 600 espécies, distribuídas principalmente nos trópicos.

O pacari ou dedaleiro é encontrado nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul chegando até Santa Catarina, nas florestas de altitude e no cerrado.

Sua madeira é ainda muito utilizada para fazer eixos de carros de boi, principalmente em Goiás, e a base da flor é usada como dedal, daí o nome popular, dedaleiro. De sua casca, madeira e sementes podem ser produzidos corantes para tecidos. A madeira é também utilizada na construção civil, na marcenaria, na produção de cabos para ferramentas e como lenha.

Foi da casca dessa árvore que pesquisadores derivaram um extrato alcoólico que se mostrou eficaz no tratamento e prevenção de alguns sintomas da asma em camundongos. O resultado dessa pesquisa foi publicado no ano passado no periódico científico European Journal of Pharmacology (Vol.580; n.1-2, 2008). Isso abriu a perspectiva para o uso dessa planta no tratamento de processos alérgicos em humanos.

Em Goiás e Mato Grosso a casca do caule do Pacari cozida é usada popularmente como cicatrizante. Outra forma de preparo da planta, para cicatrização, é a maceração, com o macerado sendo utilizado para banhar as feridas. O pó obtido da folha seca também é usado durante as refeições, como recomendação para auxiliar nos processos contra gastrite e úlcera.

A árvore ainda apresenta características ornamentais e pode ser utilizada no paisagismo, principalmente na arborização urbana. É recomendada para reflorestamentos mistos destinados à recuperação da vegetação de áreas degradadas.

Observação importante: A Apremavi reitera que o uso desta espécie deve ser feito com indicação médica e não se responsabiliza por orientações deixadas nos comentários.

Galeria de imagens

Pacari ou Dedaleiro

Nome cientifico: Lafoensia pacari A. St.-Hil.
Família: Lythraceae.
Utilização: madeira utilizada na construção civil, fabricação de cabos de ferramentas e tábuas em geral. Espécie utilizada no paisagismo urbano.
Coleta de sementes: diretamente da árvore.
Época de coleta de sementes: março a abril.
Fruto: marrom, seco. Aproximadamente 6 cm.
Flor: amarela.
Crescimento da muda: rápido.
Germinação: rápida.
Plantio: mata ciliar, área aberta, solo degradado.

Autora: Tatiana Arruda Correia.
Colaboração: Miriam Prochnow.
Fontes Consultadas:

CALDAS, C. REVISTA COMCIÊNCIA. Disponível em: http://www.ensinosuperior.sp.gov.br/sis/lenoticia.php?id=221&c=31. Data de acesso: 11 fev. 2009.
CARVALHO, M.A.C.; ATHAYDE, M.L.F.; SORATTO, R.P. et al. Adubação verde e sistemas de manejo do solo na produtividade do algodoeiro. Pesquisa Agropecúaria Brasileira, Brasilia, v.39, n.12, p. 1205 -1211, 2004.

LORENZI, H. Árvores brasileiras. Manual de Identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa. Ed. Plantarum. 1992. 352p.

MUNDO, R.S, DUARTE, M.R. Morfoanatomia Foliar e Caulinar de Dedaleiro: Lafoensia pacari A. St.-Hil. (Lythraceae). Disponível em: http://www.latamjpharm.org/trabajos/26/4/LAJOP_26_4_1_6_7R59FL2HOP.pdf  Data de acesso: 07 fev. 2009.

NASCIMENTO, M.V.M. et al.. Avaliação farmacológica do extrato etanólico da casca do caule de Lafoensia Pacari St. Hil (PACARÍ) em modelos de dor e inflamação. Disponível em http://www.sbpcnet.org.br/livro/60ra/resumos/resumos/R4510-1.html. Data de acesso: 09 fev 2009.

PROENÇA, C.; OLIVEIRA, R.S.; SILVA, A. P. Flores e frutos do cerrado. Brasilia: EdUnB, São Paulo: Imprensa oficial, 2000. 226p.

SANTOS, Laércio Wanderley. Estudos ecológicos e agronômicos de lafoensia pacari St. Hil (LYTHRACEAE) na região de Barra do Garças – MT. Disponível em: http://www.ufmt.br/agriculturatropical/dissert/LaercioWanderleySantos.pdf. Data de acesso: 12 fev. 2009.

Klabin e Apremavi promovem Seminário no Paraná

Lançado ano passado no Paraná, o Programa Matas Legais, iniciativa da Klabin e da ONG Apremavi (Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida), está alcançando mais uma meta no estado. Nesta nova etapa, produtores rurais participantes do Programa de Fomento Florestal da companhia e demais produtores de diversos municípios participarão de palestras e conhecerão propriedades rurais que estão sendo adequadas à legislação ambiental, garantindo, assim, a geração de renda e a preservação ambiental.

O primeiro seminário será realizado no dia 18 de fevereiro, no município de São Jerônimo da Serra (PR). Além da visita a uma propriedade modelo, os participantes assistirão a palestras sobre legislação ambiental e a associação de florestas plantadas às matas nativas. O objetivo é demonstrar, na prática, que é possível conciliar retorno financeiro e preservação ambiental. “Dentro do conceito de planejamento da paisagem, orientamos os agricultores a viabilizar suas atividades produtivas e ao mesmo tempo manter as reservas destinadas a Áreas de Preservação Permanente (APPs), que protegem as nascentes dos rios, os corredores ecológicos e as espécies nativas”, detalha Ivone Fier, coordenadora de Pesquisa e Desenvolvimento, Qualidade e Ambiência Florestal da Klabin.

Durante a tarde de campo, os assuntos principais serão a recuperação de nascentes degradadas e a agroecologia. "Estamos satisfeitos com resultados apontados pelo Programa Matas Legais, já desenvolvido há três anos em Santa Catarina. Nossa expectativa é disseminar os mesmos conceitos de desenvolvimento sustentável por meio de seminários como este primeiro aqui no Paraná", afirma Leandro Casanova, engenheiro florestal da Apremavi.

Os participantes do Matas Legais no Paraná contam ainda com o suporte do Emater (Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural), que tem convênio firmado com a Klabin pelos próximos cinco anos. Esta parceria prevê aquisição de equipamentos e fortalece as atividades de capacitação e assistência técnica no desenvolvimento da atividade florestal.

Sobre o Programa Matas Legais
O Programa Matas Legais auxilia os produtores rurais a planejar suas propriedades de forma adequada, desenvolvendo atividades produtivas sustentáveis de acordo com a legislação. Dessa forma, uma equipe técnica especializada é responsável por ensinar aos produtores conceitos de ecologia e orientar o desenvolvimento atividades como agricultura, ecoturismo e fomento florestal. O resultado é o cumprimento das normas ambientais vigentes e, ainda, a formação de um lugar agradável para se viver e trabalhar.

Sobre o Programa de Fomento Florestal
A Klabin mantém, desde 1984, o Programa de Fomento Florestal, que é parte de sua Política de Sustentabilidade. Ao todo, são 17 mil proprietários fomentados, de 76 municípios de São Paulo, Santa Catarina e Paraná. O programa incentiva o cultivo sustentável de florestas plantadas nas áreas ociosas das propriedades, permitindo a diversificação das atividades produtivas e a geração de uma poupança verde, que gera renda extra para os produtores rurais e suas famílias. O fomento florestal também traz benefícios ambientais, pois as florestas plantadas são recursos naturais renováveis que protegem o solo e contribuem para regularizar o fluxo das águas. Além de fornecer matéria-prima para a Klabin, o fomento disponibiliza madeira para usos industriais. Além do apoio da Klabin, a iniciativa conta com recursos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e do Programa de Plantio Comercial e Recuperação de Florestas (Propflora), modalidades de financiamento em que a Klabin se torna avalista dos produtores rurais.

Sobre a Klabin
A Klabin é a maior produtora, exportadora e recicladora de papéis do Brasil. É líder na produção de papéis e cartões para embalagens, embalagens de papelão ondulado e sacos industriais, além de comercializar madeira em toras. Fundada há 109 anos, possui 17 unidades industriais no Brasil e uma na Argentina. É pioneira no setor de papel e celulose no Brasil a ter suas florestas e seus processos produtivos certificados pelo FSC (Forest Stewardship Council), confirmando que a empresa desenvolve suas atividades dentro dos mais elevados padrões socioambientais.

Sobre a Apremavi
A Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), é uma instituição sem fins lucrativos fundada em 1987. Assume o papel de vanguarda no que se refere aos problemas ambientais do Estado de Santa Catarina, apontando agressões ambientais e tomando iniciativas para solucioná-las por meio de ações educativas, produção de mudas florestais nativas, projetos de reflorestamento e recuperação de áreas e práticas de agricultura orgânica.

Dia do Agente de Defesa Ambiental

Parabéns para todos nós!

No dia 06 de fevereiro é comemorado o dia do Agente de Defesa Ambiental. Todas as pessoas, que de alguma forma, protegem o meio ambiente, podem ser considerados Agentes Ambientais e estão mesmo de parabéns.

O Portal Social, blog do Clic RBS, presta uma pequena homenagem a essas pessoas que ajudam na defesa da natureza, e fala um pouco de ONGs de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul que se inscreveram em projetos para desenvolver atividades de educação, recuperação e conservação ambiental. O objetivo do portal é arrecadar doações para os projetos inscritos.

A Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) inscreveu um pequeno projeto, com o tema “Desenvolvimento Comunitário, Educação, Meio Ambiente”, e que tem como objetivo: apoiar as ações desenvolvidas no Viveiro Jardim das Florestas, na produção de mudas de árvores nativas e no desenvolvimento de atividades educativas.

Através do projeto, busca-se produzir cerca de 1 milhão de árvores. Se levarmos em conta que cada árvore produzida e plantada pode beneficiar no mínimo uma pessoa, com a produção e plantio de 1 milhão de árvores, poderão ser beneficiadas 1 milhão de pessoas, nas mais diversas regiões onde as árvores serão plantadas.

Desde sua fundação, em 1987, a Apremavi sempre aliou a educação ambiental à questão técnica de se produzir mudas e plantar florestas. Neste sentido os plantios sempre estão presentes em cursos, dias de campo, seminários, mutirões e manifestações. O plantio de árvores nativas também tem sido uma das melhores estratégias de contribuir para a amenização dos efeitos das mudanças climáticas.

Os interessados em apoiar as atividades da Apremavi, podem obter maiores informações diretamente no email: info@apremavi.org.br ou contribuir através do site Portal Social.

Araçá-vermelho, o fruto que tem olhos

Araçá-vermelho, o fruto que tem olhos

Araçá-vermelho, o fruto que tem olhos

A maioria das pessoas considera o fator estético como principal no plantio de uma árvore, mas as árvores, além de proporcionarem o embelezamento da propriedade, trazem conforto ambiental, com a diminuição da incidência de luz e calor no verão, protegem as nascentes e rios, abrigam e alimentam a fauna.

Espécies como o araçá-vermelho (Psidium cattleyanum Sabine), apresentam ainda, grande potencial para exploração econômica, por conta das características dos seus frutos. Os frutos são bem aceitos para consumo “in natura” ou então, industrializados, na forma de doces em pasta, cristalizados ou geléias. Tudo isso pelo teor de vitamina C, proporcionalmente quatro vezes maior que os frutos cítricos. Outra forma de aproveitamento desses frutos é a elaboração de sucos.

Apesar de terem todo esse potencial como fonte nutricional e matéria-prima para a agroindústria de alimentos, poucos são os dados sobre o seu cultivo, produção e utilização.

O araçazeiro é uma Myrtaceae encontrada em estado silvestre no Brasil, da Bahia até o Rio Grande do Sul. O seu nome vem do tupi guarani e significa “fruto que tem olhos” em alusão as sépalas que dão a aparência de olho no fruto.

O óleo extraído de suas folhas é utilizado na medicina tradicional como antidiarréico e muitas vezes é também utilizado como antibiótico, por apresentar forte atividade contra bactérias. Relatos da comunidade falam também de propriedades anti-hemorrágicas.

O araçá tem baixa susceptibilidade a doenças e pragas, com exceção à mosca da fruta. É um componente indispensável em sistemas agroflorestais, sejam eles destinados à recomposição de áreas degradadas ou para fins econômicos.

Na recomposição de áreas de preservação permanente ele tem uma função especial, pelo fato de ter crescimento rápido e de atrair a fauna. A Apremavi tem produzido muitas mudas das várias espécies de araçá no Viveiro Jardim das Florestas. Também tem utilizado essas espécies em larga escala nos seus projetos.

Araçá-vermelho

Nome científico: Psidium cattleyanum Sabine
Família: Myrtaceae
Utilização: madeira para construção civil, cabo para ferramentas, lenha e carvão. Seus frutos são comestíveis e atrativos para fauna
Época de coleta de sementes: outubro a março
Coleta de sementes: diretamente do chão, após a queda do fruto maduro
Fruto: vermelho carnoso
Flor: branca
Crescimento da muda: médio
Germinação: normal
Plantio: mata ciliar, área aberta, solo degradado
Ocorrência: Bahia até o Rio Grande doSul, na mata pluvial atlântica e na mata de altitude, ocorre principalmente nas restingas litorâneas situadas em terrenos úmidos e nas capoeiras de várzeas úmidas. Não ocorre no interior de floresta primária sombria. Ocorre também, porém de maneira mais esparsa, nos campos sujos e capoeiras úmidas de região de altitude.

Curiosidades e receitas

Suco de araçá-vermelho

Ingredientes
2 litros de água filtrada
10 folhas de araçá
15 folhas de hortelã
suco de 4 limões
açúcar ou adoçante a gosto

Modo de fazer
Coloque no liquidificador todas as folhas, água, suco do limão e o açúcar ou adoçante, liquidifique bem, mas não por muito tempo, apenas 5min. Coe em peneira fina e adicione gelo, se precisar coe novamente num pano, para que não fiquem “farelinhos” principalmente para que as crianças tomem.
Sirva bem gelado!

 

Geléia de araçá-vermelho com mamão

Ingredientes
600g de mamão maduro
400g de araçá
300g de açúcar

Modo de fazer 
Tire o caroço das frutas e bata no liquidificador sem água. Coloque num taxo, acrescente o açúcar e leve ao fogo médio por mais ou menos duas horas. A consistência fica a gosto de quem faz.

Fontes consultadas

NACHTIGAL, J.C. Propagação de araçazeiro (Psidium cattleyanum Sabine) através de estacas semilenhosas. Pelotas: UFPEL, 1994, 66p. Dissertação (Mestrado em Fruticultura de Clima Temperado).

PROCHNOW, M., SCHAFFER, W.B (org). A Mata Atlântica e Você: como preservar, recuperar e se beneficiar da mais ameaçada floresta brasileira. Brasília: APREMAVI, 2002. 156p.d

LORENZI, H. Árvores  brasileiras: um manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil, vol. 1, 3 ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2000.

GUERRERO JR, P.G. Composição Química e Atividades Antiparasitárias do Óleo Essencial de Psidium cattleyanum (Mirtaceae) . Sociedade Brasileira de Química ( SBQ). Disponível em: https://sec.sbq.org.br/cdrom/30ra/resumos/T1345-2.pdf. Data de acesso: 30 jan 2009.

Apremavi realiza levantamento turístico no Parque Nacional das Araucárias

No período de 26 a 29 de janeiro de 2009, técnicos da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), estiveram a campo realizando o levantamento turístico e de uso público para compor o Plano de Manejo do Parque Nacional das Araucárias (PARNA das Araucárias), localizado na região oeste de Santa Catarina abrangendo os municípios de Ponte Serrada e Passos Maia. Estas atividades integram o projeto de “Elaboração dos Planos de Manejo do PARNA das Araucárias e da ESEC da Mata Preta”, que em julho de 2008 completou o seu primeiro ano de execução.

O PARNA das Araucárias é uma Unidade de Conservação criada no ano de 2005 por decreto federal, e segundo o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) uma de suas finalidades é o desenvolvimento de atividades de educação ambiental, recreação e turismo ecológico.

Durante o trabalho de campo foram visitadas áreas localizadas na Zona de Amortecimento do parque. A participação da comunidade local foi imprescindível para a realização dos estudos nas áreas, uma vez que foram os moradores da região que informaram e acompanharam os técnicos até os atrativos potenciais para o uso turístico.

Nas saídas de campo foram catalogados alguns atrativos que já recebem visitantes como a Ponte Baixa e a Gruta Nossa Senhora de Lourdes, localizadas no município de Passos Maia e a Cachoeira do Vicensi, no município de Ponte Serrada, que conta com aproximadamente 74m de altura. Também foram localizadas potencialidades naturais e culturais que até o presente momento não estão sendo utilizadas para fins turísticos, como a cascata localizada no assentamento Sapateiro I; a formação de uma bela cachoeira no Rio Quebrado com aproximadamente 40m de altura; diversas quedas d’água no rio Chapecó; o trabalho artesanal produzido pelas moradoras dos assentamentos e das comunidades de Passos Maia e Ponte Serrada; o vinho e a cachaça produzidos no alambique no município de Passos Maia, dentre outros locais que futuramente vão diversificar e complementar a oferta turística oferecida no Parque Nacional das Araucárias.

As atividades compreenderam ainda a realização de entrevistas e conversas informais com moradores das comunidades próximas ao PARNA, bem como com representantes de órgãos governamentais e da sociedade civil, com o objetivo de avaliar o nível de conhecimento dos entrevistados sobre o que é turismo e as perspectivas dos mesmos com relação ao Parque Nacional das Araucárias. Os resultados das entrevistas serão publicados juntamente com o Plano de Manejo da área.

Assim que consolidado, o Parque Nacional das Araucárias será propulsor do desenvolvimento turístico da região onde está inserido. Nesse sentido, a participação da população no processo é de fundamental importância, uma vez que o turismo pode ser uma possibilidade de geração de renda para as famílias.

As atividades foram conduzidas por Jaqueline Pesenti, graduada em turismo e que atua como funcionária da Apremavi junto à gestão do Parque Natural Municipal da Mata Atlântica, no município de Atalanta. Contou ainda com a colaboração de Marcos Alexandre Danieli, técnico ambiental da Apremavi.

A atividade turística e a criação de unidades de conservação podem ser aliadas para garantir a proteção e conservação de remanescentes naturais, gerando benefícios para a localidade em que está inserida.

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Apremavi apoia Movimento por um Código Ambiental Legal

O Movimento por um Código Ambiental Legal (MOVICAL) é uma integração de várias organizações que buscam uma discussão democrática do Projeto de Lei 0238/2008, que tramita na Assembléia Legislativa de Santa Catarina e que pretende instituir o Código Estadual do Meio Ambiente.

O MOVICAL começou nas audiências públicas, promovidas em todo o Estado em novembro de 2008, quando, sob vaias, diferentes grupos e entidades se manifestaram sobre diferentes conteúdos do PL. Houve um grande clamor por parte de técnicos, pesquisadores e ambientalistas, que se esta lei fosse aprovada, apesar do nome Código Ambiental, aumentaria ainda mais o quadro de degradação e vulnerabilidade socioambiental.

A iniciativa conta com um site específico onde podem ser acessados inúmeros artigos importantes sobre a questão, como o  SOS Legislação Ambiental, já publicado no próprio site da Apremavi.

O movimento busca ainda o apoio da população e de organizações da sociedade civil através de um abaixo-assinado, solicitando que o código atenda os parâmetros legais estipulados pela Constituição Federal de 1988: manutenção de um ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida.

O MOVICAL alerta para a importância da iniciativa, levando em conta principalmente, que poucos dias depois da última audiência, Santa Catarina foi vítima de uma grande catástrofe sócio-ambiental. Ainda assim, o plano da Assembléia Legislativa, que fez o questionado Projeto de Lei tramitar em regime de urgência, era votar o Código Ambiental em 18 de dezembro. Os setores e grupos interessados na alteração de determinados pontos do projeto passaram a se articular no sentido de prorrogar o prazo de votação do PL.

A discussão ganhou novo fôlego no início de dezembro, quando as comissões parlamentares decidiram ampliar o prazo para a apresentação de emendas até 27 de fevereiro de 2009, e marcar a votação para 31 de março. Parte desta vitória pode-se creditar à publicação de um artigo no Diário Catarinense no dia 29 de novembro, subscrito por professores da UFSC, UNIVALI, FURB e UNESC e representantes de organizações como a Associação Brasileira de Recursos Hídricos, CREA/CONSEMA e do Núcleo de Estudos em Serviço Social e Organização Popular – NESSOP, da UFSC. Neste artigo, os signatários pediam a construção democrática do código ambiental.

A subscrição do artigo foi reforçada por um abaixo-assinado virtual, que em apenas quatro dias colheu mais de 2500 assinaturas, e que foi entregue aos parlamentares com um ofício assinado pela presidente do Comitê do Itajaí, Maria Izabel Sandri. Os três documentos constituíram-se num manifesto que proporcionou novas discussões e levou à consolidação do MOVICAL.

Os opositores ao texto do PL. 0238/08 sustentam, desde o início, que se o código catarinense for aprovado do jeito que está vai erradicar anos de construção de políticas públicas ambientais. Para eles, o projeto atende a interesses de grupos econômicos e políticos e permitirá ainda mais a ocupação de áreas vulneráveis (encostas, margens, nascentes, restingas, mangues, contribuindo para aumentar riscos de desastres, além de confundir os órgãos ambientais.

Cedro, um nobre da Mata Atlântica

Cedro, um nobre da Mata Atlântica

Cedro, um nobre da Mata Atlântica

Em 1974 a escritora e poeta, Maria Thereza Cavalheiro, em seu belo livro ‘Antologia Brasileira da Árvore’, cita: “O cedro-batata (Cedrela fissillis) é uma árvore bela, de grande desenvolvimento. Atinge até 30 metros de altura. Suas flores são brancas, a madeira é empregada em trabalhos de marcenaria de luxo e obras de entalhe. Muitas imagens são esculpidas em cedro. Os charutos são envolvidos em numa película finíssima de cedro, para tomar-lhe o aroma, e as caixas que os contém são confeccionadas com esta madeira. E ainda, o lenho submetido à destilação, fornece óleo”.

Lendo essa descrição já se pode imaginar, que por conta da versatilidade, a sua exploração foi intensa no passado, como na verdade aconteceu com todas as espécies nobres da Mata Atlântica. Além das utilidades citadas acima, o cedro também possui uma ótima madeira, de cor avermelhada, para a construção civil, naval e aeronáutica.

A ocorrência natural da árvore é do Rio Grande do Sul até Minas Gerais, porém pode ser encontrado em menor intensidade em todo o país. Em Santa Catarina, ocorria em todo o território do estado e em todos os tipos de formações florestais.

O cedro tem um primo amazônico muito famoso, igualmente muitíssimo explorado, tanto que consta da lista das espécies da flora ameaçada de extinção, que é o mogno (Swietenia macrophylla).

Para quem quiser observar um cedro em toda sua imponência e majestade, deve visitar a Reserva Florestal da Embrapa/Epagri, no município de Caçador (SC), onde se encontra o maior cedro vivo de Santa Catarina, com mais de 300 anos de idade, 28 metros de altura e 3,6 metros de diâmetro. Além do cedro, na reserva podem ser encontradas também araucárias e imbuias centenárias.

O cedro é uma espécie com alto potencial para restauração, seja para restauração de ambientes degradados, sequestro de carbono, paisagismo ou plantios com fins econômicos. É uma das espécies produzidas no Viveiro Jardim das Florestas, desde o seu início, nos idos de 1987. Atualmente existem milhares de mudas disponíveis no viveiro, para quem quiser fazer algum plantio.

O único cuidado que se deve ter no plantio do cedro é não fazer plantios homogêneos, uma vez que esta espécie sofre bastante com o ataque da broca. Para evitar ou minimizar esse ataque o plantio deve ser feito misturando-se o cedro com outras espécies, de preferência também nativas, dependendo da finalidade do plantio.

Muda de cedro. Foto: Acervo Apremavi.

Cedro

Nome científico: Cedrela fissilis Vell
Nome popular: cedro, cedro rosa, cedro vermelho, cedro branco, cedro batata, cedro-amarelo, cedro-cetim, cedro –da –várzea
Família: Meliaceae
Características Morfológicas: altura de 20-35 m, com o tronco de 60-90 cm de diâmetro. Folhas compostas de 60-100 cm de comprimento, com folíolos de 8-14 cm de comprimento.
Fenologia: Floresce durante os meses de agosto-setembro. Seus frutos amadurecem com a árvore  totalmente desfolhada durante os meses de julho-agosto. Produz anualmente grande quantidade de sementes viáveis.
Flor: Branca-amarelada
Fruto: Seco deiscente
Coleta de sementes: Diretamente da árvore quando começar a abertura espontânea dos frutos.
Crescimento da muda: Rápida.
Plantio: Mata Ciliar, área aberta, sub-bosque, solo degradado.
Observação: Espécie frequentemente atacada por broca quando plantada no campo em agrupamentos homogêneos.

Fontes Consultadas

PEROZIM, J.R. As raízes do Cedro. Data de acesso: 27 jan. 2009.

LORENZI, H. Árvores  brasileiras: um manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil, vol. 1, 3 ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2000.

PROCHNOW, M. & SCHAFFER, W.B (org). A Mata Atlântica e Você: como preservar, recuperar e se beneficiar da mais ameaçada floresta brasileira. Brasília: APREMAVI, 2002. 156p.

PROCHNOW, M. (org). No Jardim das Florestas. Rio do Sul: APREMAVI, 2007.180p.

Apremavi abre 2009 com curiosidades da flora nativa

A Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) começou o ano de 2009 com força total. No viveiro Jardim das Florestas, entre os dias 05 e 16 de janeiro, já foram produzidas 35.535 novas mudas de árvores nativas. A meta é que o trabalho continue neste ritmo o ano inteiro, em especial após as perdas que ocorreram por conta da tempestade de granizo na virada do ano.

A partir desta semana também, a Apremavi publica um conjunto de informações úteis sobre as espécies da flora brasileira. O objetivo é dar orientações que possam auxiliar as pessoas interessadas em plantar árvores a escolher as espécies adequadas para cada situação.

Árvores grandes e exuberantes sempre exerceram um grande fascínio sobre os seres humanos. Seja de deslumbramento e respeito ou então de cobiça pelo valor de sua madeira. Algumas delas até viraram símbolos, como é o caso do Pau-brasil, que emprestou o nome ao nosso país ou o caso da imbuia, que virou árvore símbolo do Estado de Santa Catarina.

Com isso também queremos estimular as pessoas a cada vez mais plantarem árvores nativas, como uma forma de auxiliar a amenizar os efeitos das mudanças climáticas. O plantio de árvores nativas pode ser feito dentro do programa Clima Legal, que, além do plantio de árvores, desenvolve também ações de educação ambiental.

Estreamos com a espécie que deu o nome ao nosso país, o Pau-brasil.

Pau-brasil

O pau-brasil (Caesalpinia echinata), chamado pelos índios de "ibirapitanga", que significa madeira vermelha, é uma espécie da Mata Atlântica que foi muito explorada na época colonial do país, exatamente por apresentar um corante avermelhado. Hoje sua madeira ainda é utilizada para fabricação de arcos de violino.

A exploração foi tão avassaladora que hoje ele figura na lista das espécies ameaçadas de extinção e praticamente não é mais encontrado nas matas nativas. Estima-se que cerca de 70 milhões de exemplares tenham sido enviados para a Europa.

Por ser uma espécie que  consta da Lista Oficial de Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção, a exploração  do pau-brasil em remanescentes de vegetação nativa natural é proibida pela Lei nº 11.428, de 2006 e pelo Decreto nº  6.660, de 2008.

Em 1978, através da Lei nº 6.607, de 7 de Dezembro, o pau-brasil foi declarado Árvore Nacional do Brasil.

Ocorria naturalmente do Rio de Janeiro ao Rio Grande do Norte. Em outros estados, onde a espécie não é autóctone, há plantios de pau-brasil desenvolvidos principalmente por institutos de pesquisas.

Características

Nome popular: Pau-brasil
Nome científico: Caesalpinia echinata Lam.
Família: Leguminosae-Caesalpinoideae
Flor: Amarela.
Fruto: legume verde-amarronzado, apresentando estruturas semelhantes a espinhos em sua parte externa, possuem cerca de 4 sementes por vagem e aproximadamente 7 cm de comprimento.
Coleta de sementes: Diretamente da árvore quando começar a abertura espontânea dos frutos.
Época de coleta de sementes: Novembro a janeiro. Observação: As sementes precisam ser semeadas imediatamente após a abertura da vagem, pois perdem o poder de germinação.
Germinação: Rápida.
Crescimento da muda: Lento.
Plantio: O plantio de pau-brasil é permitido e recomendado para paisagismo de forma geral e também para enriquecer áreas de vegetação secundária. É atualmente plantada em diversas regiões do Brasil, especialmente em praças e jardins. No entanto, por ser uma espécie pouco tolerante ao clima frio, não suportando geadas, não se recomenda o seu plantio nestas regiões.

Fotos: Miriam Prochnow e arquivo Apremavi

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Mapa de aplicação da Lei da Mata Atlântica é publicado

Já está disponível nos sites do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Ministério do Meio Ambiente (MMA), o Mapa de aplicação da Lei 11.428, conhecida como Lei da Mata Atlântica.

O mapa foi elaborado de acordo com os textos da Lei, que é de 2006, e do Decreto 6.660, editado em 2008.

Nota explicativa do IBGE

Mapa da Área de Aplicação da Lei nº 11.428, de 2006

A Lei 11.428, aprovada pelo Congresso Nacional em 22 de dezembro de 2006, remeteu ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)  a elaboração do Mapa, delimitando as formações florestais e ecossistemas associados passíveis de aplicação da Lei, conforme regulamentação.

O Decreto 6.660, de 21 de novembro de 2008, estabeleceu que o mapa do IBGE previsto no Art. 2º da Lei 11.428 “contempla a configuração original das seguintes formações florestais nativas e ecossistemas associados: Floresta Ombrófila Densa; Floresta Ombrófila Mista, também denominada de Mata de Araucárias; Floresta Ombrófila Aberta; Floresta Estacional Semidecidual; Floresta Estacional Decidual; campos de altitude; áreas das formações pioneiras, conhecidas como manguezais, restingas, campos salinos e áreas aluviais; refúgios vegetacionais; áreas de tensão ecológica; brejos interioranos e encraves florestais, representados por disjunções de Floresta Ombrófila Densa, Floresta Ombrófila Aberta, Floresta Estacional Semidecidual e Floresta Estacional Decidual; áreas de estepe, savana e savana-estépica; e vegetação nativa das ilhas costeiras e oceânicas”.

O Decreto também determinou que o mapa do IBGE, denominado Mapa da Área de Aplicação da Lei 11.428, de 2006, fosse disponibilizado nos sítios eletrônicos do Ministério do Meio Ambiente e do IBGE e de forma impressa.

Em atendimento ao disposto nas normas legais o IBGE elaborou o “Mapa da Área de Aplicação da Lei 11.428, de 2006” na escala 1:5.000.000, que mostra a cobertura vegetal conforme sua configuração original, apresentando a distribuição das distintas tipologias que integram a área passível de aplicação da Lei. Esse mapa tem como base técnica o Mapa de Vegetação do Brasil (IBGE, 2004) e o Mapa de Biomas do Brasil, primeira aproximação (IBGE, 2004).

O IBGE esclarece, na Nota Explicativa que acompanha o “Mapa da Área de Aplicação da Lei 11.428, de 2006”, que a localização dos remanescentes de vegetação nativa das diferentes tipologias vegetais e a identificação dos seus respectivos estágios sucessionais deverá ser feita com a observância do disposto no Art. 4º da Lei 11.428, de 2006, bem como do disposto no Decreto 6.660, de 2008, e nas Resoluções do  Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), que definem os parâmetros técnicos para identificação da vegetação primária e da vegetação secundária nos estágios inicial, médio e avançado de regeneração.

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Na Apremavi 2008 se despede com chuva de granizo

A passagem do ano em Atalanta e outras cidades da região do Alto Vale do Itajaí em Santa Catarina foi marcada por tempestade de vento, chuva e granizo, que começou por volta das 23:00 horas do dia 31 de dezembro. O temporal não durou mais do que 20 minutos, mas foi o suficiente para deixar pessoas em pânico e causar inúmeros prejuízos econômicos. Na região atingida diversas casas foram destelhadas e árvores arrancadas. Inúmeros agricultores tiveram sérios prejuízos em suas lavouras de milho, tomate, cebola e fumo, algumas com perda total.

No Viveiro Jardim das Florestas cerca de 50.000 mudas foram danificadas, algumas totalmente e outras parcialmente, podendo se recuperar. “Caíram pedras de gelo do tamanho de uma bola de pingue-pongue” relata Edegold Schäffer, Presidente da Apremavi. O granizo foi tanto que na tarde do dia seguinte ainda havia blocos de gelo acumulado no sombrite de proteção dos canteiros de mudas. “Felizmente as estruturas das estufas do viveiro resistiram e com isso os prejuízos foram menores”, completa Schäffer. Uma plantação de uvas existente ao lado do viveiro foi totalmente destruída.

Nas primeiras horas de 2009, as pessoas já tiveram que se dedicar a avaliar os estragos e ver o que poderia ser recuperado. Na Apremavi, no dia 01 de janeiro, mesmo sendo feriado, já aconteceram reuniões para ver o que precisava ser feito. Integrantes da Diretoria decidiram que os primeiros meses devem ser de forte trabalho no viveiro,visando a produção de novas mudas e intensificando as ações do Programa Clima Legal.

Novos Prefeitos e Vereadores tomam posse

No dia 1º de janeiro os novos Prefeitos e Vereadores eleitos tomaram posse em todo o País. Em Rio do Sul, cidade sede da Apremavi, Milton Hobus foi reeleito e governará o município por mais quatro anos. O mesmo aconteceu em Atalanta, onde Braz Bilk também foi reeleito e ficará mais quatro anos á frente da prefeitura, juntamente com seu vice Dionísio Kurtz.

Em Vitor Meirelles assumiu a prefeitura o sócio e antigo colaborador da Apremavi Ivanor Boing. A Apremavi saúda e deseja sucesso a todos os novos Prefeitos e Vereadores da região do Alto Vale e conclama a todos para que implementem políticas ambientais em seus municípios, especialmente num momento em que diversos eventos climáticos extremos tem mostrado cada vez com mais intensidade que as mudanças climáticas em curso podem a qualquer momento atingir a todos.

A Apremavi aproveita para lembrar que o recém publicado Decreto 6514, de 2008, que regulamenta a Lei de Crimes Ambientais e estabelece prazo de um ano para a averbação da Reserva Legal em todos os imóveis rurais, além de estabelecer multas elevadas para quem não recuperar as Áreas de Preservação Permanente (APPs), precisa ser cumprido.

Além disso, em novembro de 2008 o Presidente da República assinou o Decreto 6660, regulamentando a Lei 11.428, de 2006 (Lei da Mata Atlântica). Este Decreto detalha “o que”, “como” e “onde” pode haver intervenção ou uso sustentável da Mata Atlântica. Ou seja, não há mais motivo para ficar reclamando, o momento é de implementar a legislação e as autoridades municipais tem um papel crucial nisso, especialmente orientando as pessoas para que não façam coisas que a legislação não permite, evitando assim que sejam autuadas ou multadas.

A Apremavi está à disposição para auxiliar em todas essas ações, seja fornedendo mudas para a recuperação de áreas degradadas ou orientando a correta aplicação da legislação e o planejamento ambiental das propriedades.

Fotos: Carolina Schaffer e Wigold Schaffer.

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Uma árvore de natal nada convencional

O natal é mesmo feito de tradições. Mesmo quando não são importadas, mesmo quando muitas delas não são conhecidas, especialmente por serem típicas de regiões distantes dos centros da informação. Nem por isso são esquecidas ou abandonadas.

Uma delas, introduzida no interior do Vale do Itajaí (SC), pelos imigrantes alemães, no início do século 20, está relacionada com uma árvore da Mata Atlântica, que se enche de frutos bem na época do natal, virando uma verdadeira árvore de natal cobiçada pela garotada e claro pelos animais nativos.

Reza a tradição, que a garotada começava a cobiçar os frutos do ingá-macaco, como é popularmente conhecido o inga sessillis, já no início do mês de dezembro, mas a autorização para a colheita dos frutos só era dada no dia 25 de dezembro, como se fosse um presente da natureza.

É claro que a garotada de hoje, já não espera mais a tão sonhada “autorização” para comerem os gostosíssimos ingás, mas mesmo assim, dezembro é época de ingá e não tem como esquecê-los, eles continuam fazendo parte das diversões de fim de ano.

O ingá-macaco é uma variedade muito generosa, que produz frutos carnudos e doces. Além disso, para abrí-los é necessária uma técnica especial (dominada com exímio pelo macaco-bugio), que faz com que quase sempre as crianças procurem um adulto para ajudá-las com a abertura dos frutos. Assim, a atividade de colher e comer os ingás, acaba sempre sendo uma diversão em família, bem de acordo com o espírito natalino.

Mas a frutificação do ingá-macaco também é esperada pela turma do viveiro “Jardim das Florestas”,  que com suas sementes produzem milhares de mudinhas para serem usadas nos projetos de restauração de áreas da Mata Atlântica, em especial as matas ciliares, onde essa espécie se desenvolve muito bem.

Além de ter um bom desenvolvimento, o ingá-macaco, assim como todos os ingás, é uma ótima alternativa para o plantio, por ser tratar de uma espécie frutífera, o que beneficia a fauna nos processos de recuperação de áreas.

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Feliz Natal! Feliz 2009

A atmosfera Natalina transforma os espíritos.
Deixa-nos mais sensíveis, alegres e sociáveis.
Um clima de Paz parece nos envolver…

Nasce a oportunidade de uma nova proposta de vida
Que requer uma resposta e um compromisso

O Sim é o compromisso de respeito e cuidado
Com a nossa Mãe Terra – Paxa Mama – Gaia

O paraíso pode ser aqui e agora
Depende do amor que dedicarmos uns aos outros,
Do cuidado que dispensarmos a toda natureza
Se nosso viver for mais CONVIVER que consumir.

Como presente de final de ano, brindamos os leitores com 12 imagens do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, uma para cada mês de 2009. Que essas imagens sirvam para nos lembrarmos do nosso compromisso com esta Unidade de Conservação tão importante para o povo de Santa Catarina e que está ameaçada por um Projeto de Lei equivocado que tramita na Assembléia Legislativa.

O Parque Estadual da Serra do Tabuleiro é patrimônio catarinense e precisa ser preservado.

O Parque Estadual da Serra do Tabuleiro é a maior Unidade de Conservação do Estado de Santa Catarina, com quase 90.000 hectares e foi criado em 1975. Protege uma vegetação muito variada e uma fauna exuberante.

É responsável pelo fornecimento de água para toda a população da cidade de Florianópolis, capital do Estado. Outro destaque do parque é a formação geológica da planície costeira, que apresenta a mais evoluída flora da restinga do Sul do Brasil, assumindo grande importância em âmbito mundial como fonte de pesquisas científicas.

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O clima está mudando. Plantar árvores é necessário

Em dezembro de 2008 aconteceu na Polônia mais uma conferência das Nações Unidas sobre a questão do clima no mundo (COP14). O que se discutiu em Poznan é que a meta de 2ºC pode não ser suficiente para interromper os piores efeitos das mudanças climáticas, como secas e chuvas devastadoras.

Cientistas e representantes de ONGs defendem que esse número deve ser reduzido para 1,5oC, ou seja, esse seria o índice máximo que a temperatura pode aumentar nos próximos anos, chamada também de “temperatura segura”. Mas mesmo esse aumento de 1,5oC já pode ser o suficiente para derreter a cobertura da Groelândia, e se isso de fato acontecer, o aumento do nível dos mares deve ser maior do que aquele projetado em 2007, pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), que é de 1 a 4 metros.

Pensando nessa redução no que é considerado um índice “seguro” no aumento da temperatura, foi lançada uma campanha chamada “350”, que é o número limite de concentração de gás carbônico na atmosfera, em partes por milhão (350 ppm), para se chegar aos 1,5oC e não os 2oC negociados anteriormente. O objetivo da campanha é que essa meta de 350 ppm seja adotada oficialmente nas negociações. A campanha também estimula que cada pessoa ou organização faça a sua parte.

Neste sentido a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), quer comunicar algumas das ações feitas nos meses de novembro e dezembro e que efetivamente estão contribuindo para a redução das emissões de CO2 no planeta. A Apremavi também estimula todos que participem ativamente do seu Programa Clima Legal.

No dia 04 de dezembro de 2008, a Apremavi junto com os alunos da Escola de Educação Básica Dr. Frederico Rolla, realizou  plantio em área de mata ciliar do Rio Santo Antônio no centro da cidade de Atalanta (SC). Cerca de 30 alunos do ensino básico, ensino fundamental e professores da Escola participaram da atividade.

A iniciativa foi da professora Kátia Longen que tem uma preocupação constante com o meio ambiente e com a qualidade de vida da população Atalantense. Há aproximadamente 5 anos, já havia realizado outro plantio em algumas áreas do mesmo rio, também em parceria com a Apremavi,  “as árvores já estão bem crescidas e lindas” diz a professora.

Os alunos receberam informações de como proceder para realizar o plantio das 200 mudas nativas como a capororoca, tucaneira, baguaçu, aroeira e ingá, espécies propícias para mata ciliar.

Além desse plantio, a Apremavi promoveu também plantios dentro do projeto “Bosques de Heidelberg”, em vários municípios; no Progarama Matas Legais desenvolvido em parceria com a Klabin, no Paraná e em Santa Catarina; no projeto de recuperação de Áreas de Preservação Permanente, desenvolvido com a Adami, no município de Matos Costa (SC); e no projeto da Vinícola Pericó, no município de São Joaquim (SC).

Entres esses e outros projetos, foram plantadas, nos meses de novembro e dezembro, mais de 40.000 mudas de árvores nativas. A Apremavi espera que 2009 seja um ano de conscientização ambiental e que cada vez mais sejam realizadas ações efetivas de preservação do meio ambiente, em especial no estado de Santa Catarina, onde as recentes inundações e deslizamentos estão comprovando que precisamos cuidar melhor da natureza e da vida.

Assista a uma verdadeira aula sobre a necessidade de se plantar árvores, dada pela Prêmio Nobel da paz, Wangari Maathai, em entrevista exclusiva para o Vitae Civilis no último dia da CoP 14.

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Apremavi e Prefeitura Municipal realizam I Seminário de Turismo em Atalanta (SC)

No dia 04 de dezembro de 2008, a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) e a Prefeitura Municipal de Atalanta (SC), realizaram o “I Seminário Municipal de Turismo”.

O evento foi realizado nas dependências do Parque Natural Municipal da Mata Atlântica e contou com a presença de aproximadamente 90 pessoas, dentre representantes da comunidade local, poder público, legislativo e demais instituições locais.

Durante o seminário a funcionária da Apremavi, Jaqueline Pesenti, apresentou o “Plano de Desenvolvimento Turístico para Atalanta (SC)”, que foi elaborado durante o ano de 2008, se constituindo no tema do trabalho de conclusão do seu curso de graduação em Turismo e Hotelaria pela Universidade para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí (Unidavi). Durante a sua apresentação, também foram relatados os principais resultados do curso de profissionalização para o turismo, desenvolvido desde julho de 2008, pela referida funcionária contando com o apoio da Apremavi e da Prefeitura Municipal.

O curso teve por objetivo capacitar e sensibilizar a mão de obra local para atender aos serviços turísticos, atuais e futuros do município de Atalanta. Foram realizados 11 encontros, sendo que destes, dois foram saídas de campo para praticar a teoria vista em sala de aula.

Formaram-se 15 alunos nesta primeira turma do Curso de Capacitação para o Turismo. Durante a sua realização, os estudantes elaboraram projetos turísticos para o município de Atalanta, trabalhos estes que foram apresentados durante o evento.

Abaixo segue a relação das equipes e os temas de cada trabalho:
– Jussara Daiane Waterkemper, Adriana Sieves e Valquíria Waterkemper: Proposta de planejamento turístico para a propriedade rural do Sr. Nicodemos Krüger;
– Brenda Bilck, Dayane Ribeiro de Andrade e Jéssica Alana dos Santos: Proposta de implantação de um Centro de Informações Turísticas para o município de Atalanta;
– Iria Ludiana Leite, Débora Luana Schwartz e Fabiana Souza: Proposta de planejamento turístico para a propriedade rural do Sr. Abelino Jochem;
– Adélcio Hoengen e Djeime Ribeiro Muniz: Proposta de implantação de um pesque-pague na propriedade rural do Sr. Ademar Hoengen;
– Jaqueline de Souza e Jennifer Cecília Reiter: Proposta de implantação de atividades de Ecoturismo na propriedade da Apremavi;
– Adriéli Cristina Marcelino e Leilane Karine Weingartner: Proposta de implantação de uma Fundação Cultural no município de Atalanta.  

Ações como essa são de extrema importância para o município e para comunidade, conforme afirma a funcionária da Apremavi, Jaqueline Pesenti: “através do plano de desenvolvimento turístico, os gestores públicos, instituições locais e a comunidade como um todo, terão mecanismos para desenvolver o turismo de forma sustentável e geradora de renda. A continuidade da capacitação da população de Atalanta, principalmente dos jovens, se faz imprescindível, uma vez que necessitamos de mão de obra qualificada e temos em nosso município um índice cada vez maior de êxodo rural. Tanto o plano como o curso só trarão resultados positivos se forem continuados e devidamente implantados”.

O evento encerrou com um café colonial preparado pelos alunos em parceria com a Secretaria Municipal de Educação Cultura e Esporte.  

Apremavi faz reunião de avaliação

No dia 06 de dezembro de 2008, a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) reuniu parte de sua equipe de técnicos e da diretoria, para fazer uma avaliação das atividades do ano de 2008.

A avaliação foi feita levando em conta as atividades previstas no Planejamento Estratégico da Apremavi, que compreende os anos de 2008 a 2012.

A avaliação do ano de 2008 foi muito positiva, pois conseguimos avançar em vários pontos, inclusive além dos elencados no planejamento. Alguns dos avanços que consideramos mais significativos foram: a ampliação do leque de atuação; maior divulgação da entidade através dos meios de comunicação, do site e do vídeo institucional; maior aproximação com os atuais parceiros, conseguindo atingir melhor as metas propostas e participando ativamente na coordenação do Diálogo Florestal.

A avaliação também serviu para mostrar alguns pontos que precisam ser reavaliados no sentido de atingir os objetivos propostos no Planejamento.

O Planejamento Estratégico da Apremavi vem sendo realizado desde o ano de 2003 e auxilia a entidade de forma a direcionar o seu rumo, buscando atingir a sustentabilidade. É extremamente importante que uma organização saiba onde está, onde quer chegar e como vai fazer para tornar isso possível.

A reunião terminou com um delicioso jantar à base de trutas, elaborado com muito carinho pela “Dona Isolete”, esposa do Edegold Schäffer, presidente da Apremavi.

1ª Festa do Fomento Florestal de SC

No dia 28 de novembro de 2008 a Klabin e a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), realizaram em Otacílio Costa (SC), a 1ª Festa do Fomento Florestal do Estado de Santa Catarina. O evento contou com a participação de mais de 100 agricultores da região do Alto Vale do Itajaí, além de técnicos da Epagri, sempre parceiros das instituições.

O objetivo do encontro foi promover uma integração entre os fomentados e premiar aqueles que tiveram maior destaque no Programa Matas Legais, uma parceria da Klabin com a Apremavi que já existe há mais de três anos. O objetivo do Programa Matas Legais é promover a adequação ambiental dos fomentados (agricultores parceiros da empresa no plantio de eucalipto) frente à legislação florestal. Essa parceria tem contribuído muito para o desenvolvimento de uma silvicultura sustentável na região de atuação da empresa.

A programação do evento iniciou com uma visita à Fábrica de Papel e Celulose da Klabin, onde todos tiveram a oportunidade de conhecer as etapas do processo produtivo da empresa. Em seguida, reuniram-se no salão da igreja São José, município de Otacílio Costa, para a entrega da premiação e finalizou com um delicioso almoço de confraternização.

Foram premiados 11 agricultores que mais se destacaram no Programa Matas Legais. Alguns critérios utilizados para a premiação foram: Respeito às áreas de preservação permanente (APPs), recuperação de APPs com plantio de árvores nativas, existência de reserva legal averbada na propriedade, entre outras.  Critérios silviculturais com relação ao Eucalipto, também foram considerados nessa avaliação.

Amilton Vessel, um dos premiados, expressou sua satisfação: “sei que ganhei o prêmio porque plantei as árvores nativas nas minhas nascentes”.  Isso mostra a consciência ambiental e faz com que parcerias como o Programa Matas Legais tenham tanto sucesso.

Nesse momento de dor pelo qual passa o Estado de Santa Catarina, por conta das enchentes e deslizamentos, é bom lembrar que o cumprimento da legislação ambiental é fundamental para evitar ou minimizar acontecimentos desse tipo.

Almoço de confraternização da 1ª Festa do Fomento Florestal de SC

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