No dia 22 de abril é comemorado mundialmente o Dia da Terra. Uma oportuna ocasião para refletir sobre o que estamos fazendo para cuidar desse planeta que é a nossa casa. Apesar da recente descoberta do novo planeta que pode abrigar vida, o Kepler 186f, este novo planeta, “primo” da Terra está longe de poder ser habitado por nós seres humanos. Até porque ele fica a 500 anos luz de distância. Por isso precisamos cuidar muito bem do planeta onde vivemos. Um dos documentos mais importantes para nos orientar sobre o que podemos fazer é a Carta da Terra.

A Carta da Terra é uma espécie de código de ética planetário, semelhante à Declaração Universal dos Direitos Humanos, só que voltado à sustentabilidade, à paz e à justiça socioeconômica. Este documento nasceu para conscientizar as pessoas da necessidade de prestar atenção às ameaças que pesam sobre o planeta e sobre a necessidade de agirmos para cuidar da Terra.

Idealizada pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento das Nações Unidas, em 1987, a Carta da Terra ganhou impulso na Rio/92, durante a Conferência Mundial de Meio Ambiente. O documento ficou pronto no ano 2000, foi traduzido para 40 idiomas e atualmente é apoiado por milhares organizações ao redor do mundo. A Carta contém 16 princípios básicos agrupados em quatro grandes tópicos: respeitar e cuidar da comunidade de vida; integridade ecológica; justiça social e econômica; democracia, violência e paz.

Uma forma de você colocar em prática os valores da Carta da Terra é disseminar seu conteúdo entre amigos, familiares e comunidade e pressionar governo, empresas, escolas e demais organizações da sociedade civil a se guiar por seus princípios.

Princípios resumidos na Carta da Terra

1. Respeitar a Terra e a vida em toda a sua diversidade.

2. Cuidar da comunidade da vida com compreensão, compaixão e amor.

3. Construir sociedades democráticas que sejam justas, participativas, sustentáveis e pacíficas.

4. Garantir as dádivas e a beleza da Terra para as atuais e as futuras gerações.

5. Proteger e restaurar a integridade dos sistemas ecológicos da Terra, com especial preocupação pela diversidade biológica e pelos processos naturais que sustentam a vida.

6. Prevenir o dano ao ambiente como o melhor método de proteção ambiental e, quando o conhecimento for limitado, assumir uma postura de precaução.

7. Adotar padrões de produção, consumo e reprodução que protejam as capacidades regenerativas da Terra, os direitos humanos e o bem-estar comunitário.

8. Avançar o estudo da sustentabilidade ecológica e promover a troca aberta e a ampla aplicação do conhecimento adquirido.

9. Erradicar a pobreza como um imperativo ético, social e ambiental.

10. Garantir que as atividades e instituições econômicas em todos os níveis promovam o desenvolvimento humano de forma eqüitativa e sustentável.

11. Afirmar a igualdade e a eqüidade de gênero como pré-requisitos para o desenvolvimento sustentável e assegurar o acesso universal à educação, assistência de saúde e às oportunidades econômicas.

12. Defender, sem discriminação, os direitos de todas as pessoas a viver em ambiente natural e social capaz de assegurar a dignidade humana, a saúde corporal e o bem-estar espiritual, concedendo especial atenção aos direitos dos povos indígenas e minorias.

13. Fortalecer as instituições democráticas em todos os níveis e proporcionar-lhes transparência e prestação de contas no exercício do governo, participação inclusiva na tomada de decisões e acesso à justiça.

14. Integrar, na educação formal e na aprendizagem ao longo da vida, os conhecimentos, valores e habilidades necessárias para um modo de vida sustentável.

15. Tratar todos os seres vivos com respeito e consideração.

16. Promover uma cultura de tolerância, não-violência e paz.

Conheça todo o teor da Carta da Terra acessando aqui. Confira também a versão da Carta da Terra para crianças. Curta e compartilhe as notícias da Carta da Terra no Facebook

O Espaço Apremavi é publicado quinzenalmente no Jornal Diário do Alto Vale.

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