A ideia de um seminário direcionado às mulheres agricultoras foi pensada há algum tempo dentro do Programa Matas Legais, parceria da Apremavi e Klabin, tendo em vista que a cada ano já era organizado um seminário sobre temas ambientais e sobre a  silvicultura do eucalipto, no entanto,  o público era representado predominantemente por homens.

Analisando o contexto atual, onde a presença e a importância da mulher no meio rural é impar e o seu papel na administração e geração de renda se faz tão presente; considerando também que o Programa Matas Legais tem como objetivo incentivar que nas pequenas propriedades rurais se diversifique as atividades agrícolas, trazendo com isso um caminho importante na geração da renda familiar, o seminário trouxe palestrantes que trataram sobre empreendedorismo, alternativas de renda a partir de atividades como artesanato, agricultura orgânica, agroindústria caseira, intercâmbio de experiências na área rural, bem como a motivação para que tudo isso possa acontecer.

A abertura do evento foi realizada por Ivone Satsuki Namikawa, responsável pelo setor de sustentabilidade florestal da Klabin, que destacou a importância da mulher na tomada de decisão e promoção da sustentabilidade da propriedade rural.

Na seqüência, Alessandro Zimmermam Córdova, da Klabin, falou sobre o Programa de Fomento  e em seguida Leandro da Rosa Casanova, da Apremavi, apresentou o contexto do Programa Matas Legais.

Com o tema Motivação, Autoestima e Vida de Qualidade, o palestrante Ainor Lotério abordou questões importantes sobre a sustentabilidade dos nossos comportamentos e hábitos, como forma de buscar o equilíbrio e restauração no trabalho, família e meio ambiente.

A participação de Ainor Lotério mostrou que mais do que em qualquer lugar, o meio rural tem todos os motivos para que as pessoas se sintam felizes e motivadas, porque é lá que existe qualidade de vida, ar puro, água de boa qualidade, sem contato com a violência, enfim, a harmonia mais íntima com a natureza. Mas às vezes, esse entendimento por parte do ‘Homem rural’ (inclui-se aqui o gênero feminino) se perde, influenciado quer seja pela mídia, políticas públicas, etc. Dessa forma é preciso relembrar que o melhor lugar é aquele onde se vive, sendo necessário, através de ações e autoestima, fazer o nosso melhor para que isso se torne algo real.

Motivação é o que grande parte da humanidade precisa. Pensando nisso é que o seminário teve como ponto focal mostrar às mulheres agricultoras o seu grande papel na família, na propriedade e na sociedade, demonstrando que o sentimento de estar no campo, em sua casa, é bom, é saudável, pois precisamos viver a cada dia com motivação.

Para a Apremavi e a Klabin, essa integração das agricultoras do Alto Vale do Itajaí e Planalto Serrano foi muito rica, onde foi possível trocar muitas ideias acerca dos trabalhos realizados através dos Clubes de Mães, das Cooperativas, das Epagris, do Senar, do Centro Vianei de Educação Popular de Lages, do Grupo Arte do Campo de Otacílio Costa e outros. Experiências como a agroindustrialização de alimentos e de artefatos rurais, com características artesanais como os doces, as geléias, e a produção e comercialização de alimentos de forma orgânica, bem como os trabalhos com lã de ovelha, mostraram que o papel da mulher na manutenção da propriedade rural é fundamental e este trabalho precisa e deve ser valorizado todos os dias.

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