As palmeiras ou coqueiros, como são popularmente conhecidas, são da família Aracaceae, compreendem 207 gêneros e 2.675 espécies. Só na Mata Atlântica ocorrem 40 espécies de Palmeiras, sendo que muitas dessas são endêmicas, ou seja, só ocorrem nesse bioma.

O Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassman ou coqueiro-jerivá, como é conhecida popularmente, ocorre na Mata Atlântica desde o sul da Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais e Goiás até o Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul.

Devido ao conjunto de suas características botânicas, constituem grupo vegetal muito peculiar, além de possuírem grande valor ornamental, econômico e nutricional.

Estudos descrevem que os frutos de Palmeiras são utilizados por uma ampla variedade de animais como papagaios, periquitos, jacus, tucanos, morcegos e primatas. Os frutos também são importantes na dieta alimentar do esquilo, ele faz a abertura dos cocos da palmeira, segurando com as mãos, enquanto come.

Os frutos do coqueiro-jerivá também são muito apreciados pelo humano, principalmente pela criançada, sendo uma lembrança comum no interior, a quebra dos coquinhos. Eles eram deixados para secar e depois abertos com pedras para retirar a amêndoa.

Não se pode deixar de lembrar também as brincadeiras com as “canoas” feitas com as grandes brácteas secas dos coqueiros e que eram usadas para descer os pastos íngremes, que viravam verdadeiras pistas de corrida. Tudo isso, claro, com direito a tombos e cambalhotas, mas certamente com muita diversão.

O jerivá tem entre 10 e 15 metros de altura, e frutifica durante todo o ano, porém com pico de maturação entre fevereiro e agosto. Suas folhas são grandes, de cor verde intenso, com até 4,0 m de comprimento. Desde o sul até o centro-oeste do Brasil, é a palmeira mais freqüente na natureza e em cultivo, sendo uma das espécies de palmeiras indicadas para a produção de palmito, podendo ser utilizado em plantios comerciais e também no enriquecimento de florestas secundárias.

No Viveiro de Mudas Nativas Jardim das Florestas, o coqueiro-jerivá é produzido com objetivo de plantios de embelezamento de propriedades e paisagens e restauração de áreas degradadas.

Coqueiro-jerivá

Nome científico: Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassman
Família: Arecaceae
Coleta de sementes: diretamente da árvore quando começar a queda espontânea dos frutos ou recolhê-los do chão.
Época de coleta de sementes: Fevereiro a agoto.
Fruto: Amarelo, em cachos onde cada fruto tem aproximadamente 2 cm.
Flor: Amarela
Crescimento da muda: Médio
Germinação: Demorada, a partir de seis a oito meses.
Observação: A semeadura desta espécie é feita através de pré-germinação em canteiros com serragem.
Plantio: Mata ciliar, área aberta, solo degradado.

Fotos: Leandro R. Casanova e Miriam Prochnow

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Fontes de Pesquisa:

LORENZI, HARRI. Árvores Brasileiras: Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arboóreas Nativas do Brasil. vol.1, 3ª ed. – Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2000.

LORENZI, H. [et al.]. Palmeiras Brasileiras e exóticas cultivadas. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2004.

PROCHNOW, M (org). No Jardim das Florestas. Rio do Sul: APREMAVI, 2007. 188p.

Dinâmica populacional da palmeira nativa jerivá. Disponível em: C:Documents and SettingsUsuárioDesktopjerivaDinâmica populacional da palmeira nativa jerivá, Syagrus romanzoffiana (Cham_) Glassman, em um fragmento florestal no sudeste do Brasilok.mht. Acesso em: 05 dez. 2010.

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